sábado, 9 de outubro de 2010

Água De Hermes

Põe completamente de avessas,
Os grandes perfeccionistas.
E são as tais falsas promessas,
Dos nossos sábios alquimistas.

É a água da antiga Atlântida,
Escondida nas suas cidades.
Que desafia a ciência quântica,
As suas leis e as suas verdades.

É a poção da eterna juventude
A cura para toda a morte,
E diz-se, que quem encontra, esta virtude.
É alguém cheio de sorte...

Mas quem tanto a procura,
Enfrenta várias tempestades.
Numa viagem comprida e dura
Pelos domínios de Hades.

Mas há quem a tenha encontrado,
Nessa esquecida foragida terra.
E há também, quem tenha socializado
Com um povo que desconhece a guerra.

Há quem diga que têm olhos claros,
De diversos azuis cristalinos.
Com majestosos e quase raros,
Deslumbrantes cabelos finos.

Mas é um povo, vítima do cansaço.
Que deixou de avançar no tempo...
E cujo o seu maior fracasso,
É o constante aborrecimento.

No som das suas virtuosas Harpas.
Que soam, como místicas gotas de água,
Formando os rios que sustêm as carpas,
Que fluem na sua própria mágoa.

Musica essa, tão bela e perfeita
Mas ao mesmo tempo, tão triste...
Como uma partícula que é desfeita
E que afirmamos que não existe.

E houve alguém que tenha fugido,
Desse paraíso subaquático.
Infelizmente com o ego ferido
E com um desfecho apático.

E o mais doloroso, no final...
É que toda a água, que se trazia
Desse continente surreal,
Se transformava por magia

Num produto indesejado,
No nosso maior perjúrio.
Num líquido branco e prateado,
A que nós chamamos, de mercúrio.

E assim os Alquimistas,
Abandonaram essa filosofia.
Para iniciar novas conquistas,
Em nome da poesia.

A nossa água de Hermes...

Blackiezato Ravenspawn

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