segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Confissão II - Desgosto

Eu sei bem como te sentes.
Dentro do teu coração...

As pupilas estão quentes.
E até parece uma maldição...

Esgana-te sem temor!
E o flagelo assim perdura!
És escravo de um amor!
Que te arrasta para a sepultura!

Liberta-te agora!
Deixa todos saber!
Da amargura que em ti mora
E só te dá vontade pr'a esquecer...
Do fantasma que te suspira...
Segredando aos teus ouvidos
Com a malícia da mentira
Alimentando-se dos teus gemidos.

Grita agora, alto para o céu!
E pede de volta, tudo o que se perdeu!

Partilha esse fardo, tal pesado véu...
Pois não vale a pena... Infelizmente morreu!

E mesmo assim, empurra-te até cá!
Duma forma que tanto estorva...
Oferecendo de livre vontade, a sua pá!
Para cavares a tua própria cova...

Terás de ser o mais forte!
Ajoelha-te no chão...
Ignorando essa falsa morte
E esta cruel lamentação...
Nunca foi tão duro, tanto amar...
Mas assim terás que resistir...
E não existe mal algum em chorar...
Se é isso que estás a sentir...

A voz está presa.
Custa um pouco a respirar...

Devido à tristeza.
Que te está a magoar...

E num solo de minas...
Até parece que foste posto...
E cada vez que voltas as ruínas,
Sofres mais um episódio de desgosto.

Com os olhos fechados,
Tenta sentir o que eu senti...
Os seus sonhos dedicados
Que ela deixou para ti...
Mesmo estando ausente
Além dos quatro cantos da visão,
Ela estará sempre presente
No teu coração...

Como no coração de todos aqueles...
Que ela amou.

Blackiezato Ravenspawn

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