domingo, 26 de dezembro de 2010

Baile De Máscaras

Pessoas se mascaram
De truques e armadilhas.
E pela noite assim dançam
Ao sabor dessas trilhas.
Girão a roda da fortuna
No Auge da especulação.
Sobre a luz da bela Luna
Em busca de alguma emoção.
Todos jogam o mesmo jogo
E todos vêm para apostar.
E a mim, eu me interrogo
O que existirá para eu ganhar?
Será o prazer que terei
Em dançar com outro alguém?
Ou será, no tempo que perderei
Sozinho e sem ninguém?

Bailam cegos sem saber
Que na verdade, nada persiste...
E vivem presos a esconder
Uma realidade que não existe.

E assim se perdem pelos tempos...
Ausentes de todos os pensamentos...
Emprestando os seus corpos por uns momentos...
A quem lhes mostrar mais sentimentos...

Neste baile... De Máscaras...
Neste cemitério... De Palavras...

Mas pensas mesmo que vou confiar,
Os meus segredos a mascarados
Que hesitam tanto em revelar
Os seus desejos mais ofuscados.
A esses mesmos que me clamam,
Com enganosas palavras de amor.
De lábios tentadores que sangram,
Os deleitos de um trágico horror.
Cavando em mim mentiras,
Semeando amargas ilusões.
Para mais tarde serem colhidas
No sincronizar das nossas pulsações.
Nesses momentos tão únicos,
Prolongados por várias antíteses
Em alinhamentos quase lúdicos,
Estimulados por eclipses...

E assim bailas cega sem saber
Que na verdade, eu não sou teu...
Mas mesmo assim desejas obter
Um coração, que nem é meu.

E assim te perdes em diversos rodeios...
À volta dos mesmos inúteis paleios...
Utilizando os mais tristes e ridículos meios...
Para que o meu peito encontre os teus seios...

Blackiezato Ravenspawn

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