domingo, 26 de dezembro de 2010

Génio / Lunático

Ele hoje não tem descanso,
Ele está sozinho e passa incógnito.
Pois a frustração deixou-lhe manso,
Num transe completamente hipnótico.

Agora o seu sangue, é veneno,
Que flui livre nas suas veias.
Queimando o seu terreno,
Destruindo as suas fronteiras.

Ele hoje já não possui meios,
Ele é sádico e um pouco insano.
Pois a sua indecisão gera-lhe receios
Incompreensíveis pelo ser humano.

Os seus olhos foram infectados,
E a sua percepção foi-lhe alterada
Através de pensamentos errados,
De mais uma tentativa falhada.

Ele hoje não escreveu uma linha,
Ele sente se perdido e derrotado.
Pois o poder que ele antes tinha
Desapareceu, deixando-o de lado.

O seu corpo foi tragicamente coberto,
Pela sombra do seu grande ódio,
De um destino inútil e quase incerto,
De nunca alcançar um merecido pódio.

Ele hoje não sabe da sua vida,
Ele está escondido e continua ausente.
Numa multidão que não valida
As grandes obras da sua mente.

E armazenando tudo no seu coração
Encriptado em sonhos profundos.
Toda essa incondicionável confusão
Que gerou os mais diversos mundos.

Ele no amanhã próximo desaparecerá...
Ele foi apagado e ele já morreu...
E assim nunca mais voltará
Pois no seu vazio, se perdeu...

Ele era um tonto sonhador
E estava convencido que era um génio.
Mas só encontrou o verdadeiro amor
Nas suas misturas com arsénio.

Existe um vírus neste ar
Invisível aos "normais",
Nesse célebre bendito lugar
Onde coabitam os demais.

Essa máscara de sanidade
Aonde todos podem ser alguém.
Mas no fundo na realidade...
Não existe mesmo ninguém.

E assim a ciência estuda o espaço,
Em busca de novas planetas.
Mas ele já conquistou esse passo
Enquanto viajava pelos cometas.

Génio ou simples Lunático?
Algo que ele nunca saberá...
E mais um projecto enigmático
No vosso "mundo" existirá.

Blackiezato Ravenspawn

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