terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Que É Poesia?

O que é poesia...

O que é Poesia!?
Esta é a questão que coloco a mim mesmo
Todos os momentos que sinto
Que deva parar um pouco
Para escrever algo
Que pelo decorrer da minha vida
Já se tornou um dogma para mim...

O que é Poesia!?
Será algo que fale de mim
E que ao mesmo tempo
Signifique algo para outro alguém?
E mesmo que seja isso
O que torna as coisas que escrevo
Em Poesia?
E não em simples agregados de linhas
Compostas por frases desleixadas
Produzidas por fragmentos de sonhos
Mal imaginados?

O que é Poesia?
Será preciso possuir a habilidade de transfusão
De ideias erradas
Tornado-as lógicas
Para depois as destruir
Em nome de uma tese, que marca o progresso.
E terão mesmo os versos que se entender
De forma a parecer um casal que dá as mãos
Numa espécie de simbiose mutua?

O que é Poesia!?
Será o equilíbrio que procuro
Que me faça sentir satisfeito
Com algo que criei e não me arrependa
Do esforço e a emoção que depositei em tal
Entre o tempo que tive ao meu dispor
Para usar sabiamente, ou para o desperdiçar
Através de um vício maior
De uma estúpida desculpa em que eu me fio
Para me defender
Das minhas paragens iminentes
Que não trazem nada de especial
Para um todo em geral
A não ser um birra constante
Para me auto-titular por algo que não sou
E que talvez gostava de ser...

O que é Poesia!?
Será o resultado de uma experiência
Feita numa engenho racional
Que assimila vários ingredientes
Misturando tudo numa panela emocional
Com sabores agridoces
De substancias opostas
Que partilham destinos iguais
Tal como dois irmãos gémeos
Que partilham o mesmo ventre
Até ao célebre dia
Em que nascem
Partindo depois por caminhos diferentes
No lance de palavras perdidas
Que não chegam ao seu destino
Devido a um medo
Ou a uma simples especulação
De não crer, não só apenas, por não querer
Mas simplesmente
Por crer ainda mais do que lhe é possível
E negarem-lhe essa vontade...

O que é Poesia!?
Será algo que já perdi a sua verdadeira definição
Há algum tempo
Que nem dei conta do seu sucedimento
Enquanto me encontrava a escrever
Os restantes passados
Que agora me fazem lutar
Num conflito interminável
Gerando uma terrível indecisão
De uma duvida existencial
Que já não sei se é real ou ilusão...
E visto que as perguntas que eu coloco
Aos meus alter egos
Não me trazem mérito social
Pessoal, ou simplesmente material
Será esta a forma de expressão artística
A mais natural e a mais pura
Para abranger toda a minha humanidade?

E repetindo-me uma vez...

O que é Poesia?

"O que é Poesia?
Perguntas tu muito bem
E eu respondo-te que é algo vivo
Embora morta esteja também.
Sendo ressuscitada em palavras
Para falecer de novo em corações
Que assinalam a minha essência
Gerando as mais distintas percepções..."

Quem?

"Eu, a sacra, e a infâmia Poesia.
A verdadeira musica para os surdos
Como o êxtase de uma agonia."

"Eu, o chacra, a eterna voz dos mudos
E o crepúsculo ao final do dia
Que junta dois corpos desnudos"

"Através das mais irreais
E desconhecidas sensações,
Originadas por essas tais
Tão desejadas tentações."

"Desde essa tal esperada hora
Até ao final de um grande prazer
Quando o Sol sai cá para fora
E anuncia o amanhecer.""

Como?

"Através desses poemas, onde tudo acontece.
Aonde outrora tudo nasceu, e que agora, padece...
Onde o feio se torna belo
E o fraco no mais forte
Num crescendo de violoncelo
Pelas escalas além da morte
Para se juntar ao resto da orquestra...
E reproduzir a Ária Divinal
Com a maior componente mestra
Fazendo de ti, outro imortal."

"Viajando ainda mais rápido
Que a própria velocidade da luz,
Com todo esse poder cósmico
Que só esta arte assim o produz.
Ampliada milhões de vezes
Pela magna energia do amor,
Criando nébulas e super-novas
No seu auge do seu esplendor."

"Sou o ópio dos mais sensíveis,
A cura de todas as depressões.
Dos pensamentos mais temíveis,
Conjurados por todas as maldições"

Sou o afrodisíaco dos ninfomaníacos
Dos Famintos de prosas e versos,
Dos angelicais e dos demoníacos
Como dos certos e dos controversos

"Posso ganhar forma de homem
Ou simplesmente de uma mulher,
Como posso ser tudo aquilo
O que a tua mente tanto quer.
De todos os elaborados feitios
De todos os impossíveis tamanhos,
Amaldiçoada com um fraco potencial,
Ou abençoada com bons desempenhos"

"Sou eu quem põe a mística magia
Nas palavras que exigem em rimar,
Criando uma agradável melodia
Para que assim possas cantar."

"Sou a dona de toda a sanidade
Como a portadora da maior loucura,
Longe das fontes de claridade
Selada num diamante de cor escura"

"Ou talvez de varias cores,
Onde os poetas e escritores
Puderam assim eventualmente,
Guardar todos os seus clamores"

"Em forma de um bonito pingente
Assente nos seus peitos ardentes
Que surpreende os diversos sonhadores
Com os conteúdos mais irreverentes"

"Essa tal jóia da inocência
Com um brilho de mil estrelas
Que prospera a benevolência
Em forma de flores amarelas."

"Que um dia acabarão por murchar
Convertendo-se a um novo preto.
Na triste cerimónia do despetalar
Para serem substituídas por concreto."

"Das múltiplas cidades que se constroem
Através das maquinas que se movem...
Enquanto as Florestas se destroem
E mais recursos se consomem..."

"Mas vai chegar o certo dia em que a mãe natureza
Vai mudar tudo isto e isso dou-te a minha certeza..."

"Como um suspiro que viaja pelo vento,
Como uma lágrima que se perde na monção.
Como uma faisca que cria um pensamento,
E como uma folha que cai no chão."


"Por isso rega-me com esse sémen raro
Meu belo artista, meu desejado caro...
Para eu dar vida aos nossos filhos
E os encaminhar nos diversos trilhos
Amando cada um da mesma maneira
Tal como te amo e sempre amarei
Por isso levanta-te dessa cadeira
E grita pelo meu nome que eu lá estarei"

"Desde o início desses processos
Desde o soar das tuas canções
E num mundo de tristes insucessos
Eu te darei as mais ricas emoções
Sempre quando mais necessitares
Quando tudo parecer se desmoronar
No momento em que tu mais chamares
E não existir ninguém para te ajudar"

"Porque a Poesia é a razão de tudo
O que tu exiges e desejas expressar,
Tornando as palavras num escudo
Para as guerras que irás enfrentar.
Cuspindo um simples devaneio artístico
Ou até mesmo uma esquemática de génio,
Baseado no teu maior teor logístico
Ou numa simples garrafa de arsénio."

"Da maneira mais natural e espontânea
Que retrata uma estrita realidade
Convertida numa paisagem momentânea
De uma fantasia na totalidade.
Como pode ser a coisa mais sensata do mundo
Como pode ser algo que não seja compreensivo,
Sem sentido, sem emoção, ou deveras profundo
Como negativo, neutro, ou positivo."

...

Tu és algo que me transcende
Em qualquer imaginário panorama,
Sendo a torturadora que me prende
E a mesma que me tira da cama.
És tu que provocas estes sismos
Que me fazem explodir num papel,
O interior dos gigantes abismos
Que possuo abaixo da pele.
És a fonte de energia gratuita
Que me dá poder à custa de nada,
E no silencio a minha alma grita
E dá-se desembainhar de uma espada.
Que alcança grandes conquistas
Através dos mais valorosos actos,
Ausente das vontades egoístas
Sem segundas intenções, sem pactos.
E assim danço pelas várias dimensões
Seguindo os teus flutuantes passos,
Que me trazem aos longínquos portões
Além destes tão famosos compassos.
De duas almas que se ligam mano-a-mano
Para criar uma nova regra da entropia,
E assim eu deixo de ser mais um humano
Para me tornar num avatar de poesia.

"E poesia é?"

Um grande crime sem punição,
Uma droga que não trás ressaca.
É o prazer de uma indecisão
E uma dor que não massacra.

Blackiezato Ravenspawn.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dupla Perfeita II - Alter Ego

Eu saí de casa e tentei fugir dela!
Mas infelizmente, não consegui...
E agora chove a ira de uma Rainha!
Neste dia... De São Valentim...
E galopando ainda mais rápido,
Que a própria velocidade do amor em si...
Eu pergunto aos céus qual será a razão.
Desta maldição que tenho em mim?...

"Maldição!?"

"Nós estamos deveras apaixonados!
Como ousas descartar-me assim?
Depois destes anos tão bem passados!
Onde o nosso amor nunca teve fim!
Qual é a razão que te leva a correr?
E porque tencionas hoje em fugir?
Deste fogo que insiste em arder?
E de tudo o que tu estás a sentir?!"

E por mais que a tente evitar,
Ela continua ainda com razão...
Não tenho coragem para a matar,
Nem para me livrar desta tentação.
Os seus chamamentos não param!
O meu casaco já plana no ar!
As minhas forças já se esgotaram!
Socorro! Ela vai-me apanhar!

"Aonde pensas que vais meu caro?
Saindo das fronteiras do meu domínio?
E mesmo que a chuva apague o teu faro
Não conseguiras escapar do teu declínio.
Eu irei-te sempre encontrar...
Eu sou a razão do teu desassossego!
E não interessa como isto poderá acabar
Pois eu sou o teu Alter Ego!

Larga-me! Larga-me!
"Oh... Não sejas assim..."

"Lembras-te quando eras mais jovem
E ninguém te via, como alguém especial?
E agora... Que cresceste e te tornaste homem
Continua o mesmo enredo e o mesmo final.

Mentiras!
"Haha... Claro..."

"Chama-me invejosa! Se tanto quiseres!
Mas eu só zelo pelo o que é meu...
E não interessa a luta que tu deres
Eu controlarei todo o que é teu!"

É verdade...
"Fala mais alto... Não te ouvi"

Então o que se meu passa querido?
Porque ficaste mudo subitamente?
Não sabes a razão desse gemido?
Queres que te refresque a mente?

Não...

"Então porque saíste do nosso palácio?
E me abandonaste à minha própria sorte?
Apesar de negativo, ainda continuar o rácio
Das tuas fugas em direcção a norte..."

Essa resposta terá de ficar para outro dia...
"Não fujas!"

"Tu não me consegues evitar!
Tu não me consegues destruir!
E apesar de tanto te torturar
Tu não ponderas em desistir.
Dessas demandas estúpidas e suicidas,
Que te fazem percorrer pelo o além.
Através dos limites das nossas vidas,
Em direcção as terras de ninguém."

Eu escondo-me dela como um espectro,
Nós mausoléus da minha insanidade.
Agoniado a caminhar um simples metro,
À custa desta ansiedade.
E assim fujo dos carros de fogo,
Como uma raposa amedrontada.
Enquanto ela se jubila no seu logro,
Quando eu sou o infiel, desta cruzada.

Eu oiço os seus lobos a uivar,
Todos eles ditam a minha sina
E todos eles desejam-me capturar,
Para me entregar a sua menina.
Não existe caminho por onde fugir
Não existe castelo onde me refugiar.
Talvez deva mesmo parar e reflectir
Antes que me acabem por matar.

"Só agora, no início da madrugada?
Porque demoraste tanto a chegar?
Gostaste ao menos do trilho da caçada?
Hahaha! Estava a brincar...
E agora que está de volta à sua amada
Não tenha vergonha de falar...
Aí... Nem sabes o quanto preocupada,
Tu me deixas ficar..."

"Não falas?"
Para quê?

"Porque a mesma história se repetiu,
Embora não tenha percebido direito...
Como vossa excelência tende e conseguiu,
Ser tão insensível a meu respeito?
Eu bem o devia castigar,
Por esse tal infame acto.
Mas eu só lhe desejo beijar,
Quando lhe sinto o seu tacto."

"Lembre-se que nós estamos casados,
Por isso faça o favor e aja como tal.
Como um lindo casal de enamorados,
Juntos no bem como no mal.
A porta ficara assim fechada,
Prepara-se para o eclipse lunar...
Pois você deixou-me irritada
Que mal me consigo controlar!"

O meu corpo está acorrentado
Nestas terríveis algemas de terror
Sinto-me fora de mim, hipnotizado.
Vulnerável as garras da dor...
E porque razão tanto me torturas?
Ó tu agreste e fulminosa chama!
Com várias adagas frias e duras,
Que me crucificam numa cama.
Gritando por ajuda enquanto luto,
Nas teias de uma grande aranha.
Sendo injectado por veneno bruto,
Que me paralisa e me aranha
O meu corpo que não aguenta,
Como todo esse vil processo,
Deixando a mente quase tonta
E o meu espírito tão possesso.
Pela infinidade de emoções,
Forjadas nas nossas fornalhas,
Que ateiam os nossos corações
Como milhões de acendalhas!
Eu cheguei ao meu limite!
Eu não consigo aguentar mais!
E por mais que pense e que acredite
Nunca saberei jamais...

Definir o amor.

"Ele estava agachado no chão,
Enquanto via o seu outro, na água.
No sigilo de uma simples reflexão
Que lhe mostrava, solidão e mágoa."

"Ele rasgou a sua negra pele
Enraivecido como uma fera
Forjando com o seu pincel
Como o Adão fez com a Eva."

"E por mais impenetrável
Que assim seja à sua entrada,
E por mais que inevitável
Seja ignorar a sua chamada."

"E por mais longe que ele esteja.
Bem distante além das milhas,
Oiço uma alma que lacrimeja...
Dentro de todas essas escotilhas."

"Podes tentar iludir o mundo inteiro,
Com os teus belos vitrais surreais...
Mas nunca conseguiras. Meu matreiro.
Mentir à pessoa que te ama mais.

"Alter Ego"

Blackiezato Ravenspawn

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Coração De Cristal

É o artefacto mais cobiçado
P'ralém das terra da fantasia
Forjado no núcleo de um eclipse
Criado por um astro e por uma lua

Feito das mais claras lágrimas
Que correm pelos bravos rios
Incandescentes com toda a magia
Como ditam os sagrados livros

É a pedra mais bem guardada
Nas ruínas de um grande palácio
Que outrora foi impenetrável
E que agora acabou desfeito

E não interessa o meu desleixo
Nem as quantas quedas que este teve
Este continua intacto e nada baço
A iluminar a noite com os pirilampos

Ninguém sabe na verdade a sua origem
Desta maravilhosa jóia de grande pureza
Que possui o mistério de todo o cosmos
Como o misticismo de toda a natureza

Nem ninguém sabe ao certo
Como algo tão vulnerável e frágil
Como as teias de uma elegante aranha
Nunca se desintegrou com o tempo

E os homens lutam pela sua supremacia
Abalando a terra com a sua decadência
Fazendo as cidades cair como dominó
Mas o coração de cristal, nunca quebrou.

E assim continua no seu santuário
Debruçado sobre o seu pedestal
Com a harmonia da sua inocência
Mais as suas sete cores de cristal.

"Há uma milénia atrás, eu destruí a relíquia de toda a majestosidade com as minhas o próprias mãos...
E das suas fluorescentes células, fui privilegiado a percepcionar uma nova dimensão...
Se reconstruir perante a mim...
O Coração de Cristal nunca quebra...
É tudo uma ilusão. A dor não é real, apenas o seu brilho..."

Blackiezato Ravenspawn

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Sociedade Das Almas

Não interessa se morremos
Pois nós estamos a delirar
Com um planeta imaginário
Que não pertence à realidade

Somos apenas anjos enfermos
Que caíram num grande sono
E não importa as suas semelhanças
Pois cada um tem o seu trono.

Eu já estive lá, como tu estiveste
Embora não te devas lembrar
Como o resto destas pessoas
Que ainda continuam a sonhar

Num mundo que não faz sentido
E que na verdade não existe
Sendo tudo uma grande febre
De uma mente que está triste

Todos nós jogamos o tal jogo
Onde não existem vencedores
Então porque razão nós lutamos
Para não sermos os perdedores?

Uns querem ser deveras aceites
Outros querem ser tão adorados
E todos nós queremos ser felizes
Mas todos nós somos enganados

Deus não se encontra neste lugar
Porque tu não estás presente
A tua mente pode estar aberta
Mas a tua alma continua ausente

E não importa o que o final traz
Ou o que te possa vir a acontecer
Porque o que tu estás a sentir
Não é no fundo o que estás a ver

Por isso acorda.
*E assim ela acordou*

"Acordei no desconhecido
Embora me pareça familiar
Cercada de outras criaturas
Que dormem ao meu redor"

"Não sei ao certo o que fazer
Nem sei mesmo o que pensar
Talvez deva fazer alguma coisa
Pois me parece ser o melhor"

Ela dormia serenamente
Antes de eu a acordar
E quando esta se levantou
Bocejou inocentemente
Como se estivesse a cantar
De algo que se lembrou.

Eu acordei-a e ela agora ajuda-me a acordar os restantes,
Mas só uma coisa... Quem é que me acordou?

Blackiezato Ravenspawn

Misantropos II - Anarquia

Não interessa se eles tentam
Fervorosamente nos converter
Pois iremos sempre resistir
Pelo que nos estão a fazer

Não nos interessa se somos
Muitos, o suficiente ou poucos
Nem que sejamos completamente
Lunáticos, doentes ou loucos

Não nos interessa se o que
A Tv, os líderes e a rádio nos diz
Pois estamos fartos de mentiras
E a revolução assim o quiz

Também não nos interessa o que
Governo poderá pensar de nós
Porque quanto mais nos oprimem
Mais se eleva a nossa voz

Nem nos interessa o que
A sociedade, nos terá para oferecer
Porque antes de ser vendido
Eu prefiro antes morrer

E assim na maior parte das vezes
Sonho com um mundo muito melhor
Mas quando acordo para a realidade
Infelizmente vejo um ainda pior

E na restante parte das vezes
Dá-me vontade de pegar num pau
E descamar o primeiro miserável
Para o ingerir como um carapau

E naquelas raras ocasiões
Da-me vontade de queimar esta cidade
Porque a maior parte das coisas fedem
E eu anseio pela liberdade

E naqueles momentos cruciais
Penso em mudar para outra cena
Mas sou humano e não consigo
Porque as crianças dão me pena.

E quando me encontro além
Tranquilo e deveras calado
Estou a conjurar um novo prazer
Em cima de um crânio rachado

E a escrever freneticamente, eu combato todo o dia.
Disparando os canhões, dos tanques da anarquia.
E assim os meus gritos de guerra, ecoam a minha poesia
Para no final da noite dormir, nos tectos da misantropia.

Somos filhos de uma geração perdida,
Homens que se toraram animais.
Geneticamente alterados, todos em cativeiro.

E pela solidão busco a minha guarida,
Ausente de todos os espécimens normais
Aonde encontro a felicidade, toda por inteiro.

Blackiezato Ravenspawn