terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Misantropos II - Anarquia

Não interessa se eles tentam
Fervorosamente nos converter
Pois iremos sempre resistir
Pelo que nos estão a fazer

Não nos interessa se somos
Muitos, o suficiente ou poucos
Nem que sejamos completamente
Lunáticos, doentes ou loucos

Não nos interessa se o que
A Tv, os líderes e a rádio nos diz
Pois estamos fartos de mentiras
E a revolução assim o quiz

Também não nos interessa o que
Governo poderá pensar de nós
Porque quanto mais nos oprimem
Mais se eleva a nossa voz

Nem nos interessa o que
A sociedade, nos terá para oferecer
Porque antes de ser vendido
Eu prefiro antes morrer

E assim na maior parte das vezes
Sonho com um mundo muito melhor
Mas quando acordo para a realidade
Infelizmente vejo um ainda pior

E na restante parte das vezes
Dá-me vontade de pegar num pau
E descamar o primeiro miserável
Para o ingerir como um carapau

E naquelas raras ocasiões
Da-me vontade de queimar esta cidade
Porque a maior parte das coisas fedem
E eu anseio pela liberdade

E naqueles momentos cruciais
Penso em mudar para outra cena
Mas sou humano e não consigo
Porque as crianças dão me pena.

E quando me encontro além
Tranquilo e deveras calado
Estou a conjurar um novo prazer
Em cima de um crânio rachado

E a escrever freneticamente, eu combato todo o dia.
Disparando os canhões, dos tanques da anarquia.
E assim os meus gritos de guerra, ecoam a minha poesia
Para no final da noite dormir, nos tectos da misantropia.

Somos filhos de uma geração perdida,
Homens que se toraram animais.
Geneticamente alterados, todos em cativeiro.

E pela solidão busco a minha guarida,
Ausente de todos os espécimens normais
Aonde encontro a felicidade, toda por inteiro.

Blackiezato Ravenspawn

Sem comentários:

Enviar um comentário