segunda-feira, 7 de março de 2011

Um Cigarro Chamado Portugal

Ver a nossa nação arder,
É como fumar um cigarro.
Sabes bem que vai morrer,
Inspirada no teu caparro.

E assim faz-nos tão mal,
Embora nos saiba tão bem.
Esse prazer tão abismal,
Que faz o que lhe convém.

Tornando-nos em viciados,
Em pacotes de discrepâncias.
E os olhos acabam vendados
Nas prisões de ignorâncias.

Lutamos todos nesta guerra,
Mas as casualidades, são tais
E apesar de honrar esta terra
Odeio-a, por ama-la de mais.

E cada cigarro que eu apago,
Nós ócios das minhas criações.
Mais os pulmões, eu estrago.
A falar dos nossos corações

E no dia em que nos faltar,
A comida, a paz e o dinheiro.
Eu imploro que me deixem ficar,
O meu cigarro e um cinzeiro.

Pois eu irei cumprir o grande rito,
No seu bem, tal como no seu mal.
A fumar o meu cigarro favorito,
Chamado, "A queima de Portugal".

É tão triste, que não existe melhor remédio
Senão rir...

Blackiezato Ravenspawn

1 comentário:

  1. Nietzsche dizia que o mundo é um imenso pântano e que a arte é a orquídea colorida e bela que nasce no alto da árvore podre.
    Digo então que BLOGS DE POESIA SÃO ORQUÍDEAS NO PÂNTANO DA WEB.
    Convido a ler poesia da minha autoria, escrita ontem 05/03/2011. Se gostar comente e divulgue:
    http://valdecyalves.blogspot.com/2011/03/canto-vida-peregrina.html

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