segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pecados Mortais: Luxúria

Olhai para si minha cara dama,
Como vós desfilais na calçada.
Sempre sublime e bem aprumada,
Ai que duquesa de enorme fama!

Seus cabelos são pristinos,
E a sua voz, lindas músicas.
Que encantam as vias públicas
Tal e qual o soar dos sinos..

E toda a gente a si, se ajoelha,
À sua beleza e a sua bela luxúria.
Enquanto as outras na sua lamúria,
Invejam, franzindo a sobrancelha.

E é essa reflexão que eu contemplo,
Dessa sua elegância de primeira.
Que surpreende esta vila inteira,
Fazendo de si, um grande exemplo.

Porque a sua pele é de realeza pura,
E os seus olhos são como cristais.
De uma raridade que nunca vi tais,
Repletos de paixão e rica ternura.

Por isso dê-me a grande cortesia,
De cear junto a si, minha graça
Indo embora comigo desta praça,
Para o meu palácio de fantasia...

Porque a rainha das jibóias,
Merece as mais exóticas oferendas.
Por isso tirai a saia, tirai as rendas
E olhai para estas duas jóias!

Oh! Bravo, Ambrósio... Posso ficar com elas?
- Só se ficar com o conjunto inteiro...
São de onde?
- O minério foi extraído de Angola e a peça foi trabalhada em Portugal...
Oh! São deveras fabulosas e sublimes.
- Obrigado Madama...

Blackiezato Ravenspawn

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