sábado, 30 de julho de 2011

Psicose Maniaco-Depressiva II

Há dias que perco a noção do real,
E das esquemáticas da minha vida.
Como fosse de todo, um doente mental,
Possuído por uma besta agressiva.
E é em cima de um elevado trapézio,
Que abana com a mínima emoção.
Que me torno louco como um génio,
Para não cair na resignação...

E é nesses voláteis momentos,
Que eu forço demasiado este motor.
Porque não controlo os meus pensamentos,
Nem temo mesmo a dor.
E assim olho para dentro de mim,
Pela retina de um caleidoscópio.
Mas não encontro algum fim,
Por girar incansavelmente, num giroscópio.

Mas acabo por ficar tão tonto,
Que mal consigo me orientar.
Tendendo a seguir o primeiro ponto,
Que a minha mente tiver para encontrar.
Caminhando além deveras cego,
Tal e qual fosse seduzido e puxado.
Por uy ilusória luz que eu enxergo
Como um insecto por esta, enfeitiçado...

Mas para quê se acabo tão sozinho?
A flutuar à deriva na minha imensidão...
Aonde não existe nenhum caminho,
Apenas mais frio e escuridão.
E quando não me resta nada, eu me cubro,
Enquanto vejo o meu mundo ruir.
Como vivesse num interminável Outubro,
Onde nenhuma flor conseguira fluir.

Mas mesmo assim ainda não percebo,
Quais são as razões destas magoas sentidas.
Será por habitar no meu degredo,
Rodeado de garrafas partidas?
Cada uma com o seu pequeno sonho,
Com os seus objectivos que eu segui
E que acabaram com um final medonho,
Porque foi eu que as parti...

Mas como não sei, então eu canto
Alto, embora sem voz quase mudo.
A saborear todo este meu pranto,
Sem nada, embora com um pouco de tudo.
Enquanto toco neste adorável piano,
Nas suas teclas de ébano e de marfim.
A canção de um homem confuso'insano
Que anda à perdido à procura de si.

Porque a minha vida é como um bar,
Aonde toda a alegria persiste.
Mas só depois deste fechar,
É que te apercebes como é triste.
E é deitado em cima de uma mesa,
Que eu espero pelo momento certo.
Mas cada vez tenho mais a certeza,
Que não vale a pena, tê-lo aberto.

Mas como sou curioso, então procuro,
Alcançar a minha tranquilidade.
Entre o leve e o mais duro,
No eixo de toda a neutralidade.
Aonde me expresso em ridículo,
Da maneira que mais me cativa.
Repetindo mais uma vez este ciclo,
Da psicose maníaco-depressiva...

Blackieato Ravenspawn

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