Tinha os neurónios, já tão cansados
Que já não havia luz, na minha mente.
E os olhos exibiam-se meio-fechados
Que quase nada, já avistava à frente...
Pois estava a planar na irrealidade,
Dormindo com os olhos, entre-abertos.
Enquanto buscava aquela serenidade,
Com novos sentidos, agora despertos.
E quando estava prestes a lá chegar,
Ao arquipélago de toda a imaginação.
Já a fazer sinal para poder atracar,
A minha celeste e mágica embarcação.
Veio uma a empregada me interromper,
Com - Deseja algo mais, meu caro senhor?
E o que me apeteceu, mesmo lhe responder,
Foi - Não me interrompas, por favor...
Mas fui um insensível quando lhe neguei,
Talvez irritado com um pouco de mágoa.
E para me redimir, sorri e lhe perguntei,
- Pode me trazer, outro copo de água?
E ela trouxe... E eu voltei-lhe a agradecer.
Blackiezato Ravenspawn
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