Existia uma abominação de grande pansa,
Conhecida por se esconder na escuridão.
Que eu imaginava quando era criança,
A quem lhe chamavam de bicho papão.
Cresci e nem dei pelo tempo passar,
Que propriamente nem me lembrei de tal.
Dessa besta que me desejava devorar,
E atormentar o meu espírito jovial.
Mas hoje lembrei-me dessa tonta criatura,
Aquela que se escondia debaixo da cama.
De uma forma sinistra, vil e tão obscura,
O meu fim do mundo, o meu trágico drama.
E eu olhei...
Mas não existe tal ridícula tontice,
A não ser os meus chinelos de lona.
Ai meu Deus! Que filha de putice!
Não pode ser! Uma bicha papona?
- Sim, sou eu a suprema prima-dona!
- Que te cantava o terror a noite inteira!
Ai sim? Então cala-te e vai dar a cona
Pois vazia, está a minha carteira...
*
- Oh... Apesar do nosso hiatos, temos que admitir que já andamos nisto à tanto tempo...
E eu acho que já era tempo de levarmos a nossa relação a sério...
Quê? Desta vez vais mesmo me comer?
- Sim.
Então chupa com cuidado ou parto-te os dentes!
*
Porque eu... Eu é que era o meu próprio monstro.
E essa tal entidade, o meu reflexo.
O bicho papão, não passa do meu avatar da perversão.
Blackiezato Ravenspawn
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