sábado, 30 de abril de 2011

As Pessoas São Estúpidas

A maior parte das pessoas são estúpidas, porquê? Porque a maior parte destas mesmo conforma-se ao ser estúpida involuntariamente sem se estupidificarem por si mesmas, à sua maneira. Não existe auto-suficiência... Agora entendo, porque razão só existe uma palavra com os seus vários significados para definir estas acções. E sendo assim, continuamos todos estúpidos, onde uns são mais dotados que os outros pela sua auto-estupidez, enquanto os restantes são simplesmente estúpidos, apenas por serem estúpidos... As pessoas são estúpidas, repito mais uma vez. Porque em noventa por cento dos casos eu já sei o que estas mesmas vão dizer, e só me basta ter o mínimo conhecimento delas, para saber o quando são estúpidas... Aí... As pessoas são tão estúpidas que perdem demasiado tempo a falar do que pensam, invés de falarem do que supostamente sentem. E isso é tão estúpido, que às vezes dou por mim a estupidificar-me ainda mais devido às estupideces que ouço e vejo... E essas ideias que deviam ser partilhadas e usadas para expandir as nossas mentes, acabam sendo depositadas na realidade como lixo, num acto de uma estupidez-mor criadas por tais planos, que acabam por ser demasiado estúpidos para funcionarem!? Mas o que devia ser mesmo deitado cá para fora: os nossos sentimentos e emoções. Isso são coisas que nós continuamos a insistir em deixar viver e morrer dentro de nós para nos estupidificarmos ainda mais um pouco. E assim, muitas pessoas me dizem bastante merda, começando pelos mais próximos que são os que me dizem mais. Até mesmo os desconhecidos são as pessoas que me surpreendem mais com novos níveis inferiores de estupidez. Enfim, mas mesmo assim são tão estúpidas e falam tanto sem contribuir com algo de útil e especial. Mas ao menos dizem algo... Eu por um lado, falo pouquíssimo e ainda menos de especial, algo digo. Talvez por não seguir o ideal que devia ser seguido para trazer o equilíbrio entre a minha estupidez e as coisas boas que eu consigo obter a partir dela. Porque se pensamos bem, isso seria ser estúpido apenas só por ser. E assim, já existem um enorme número de pessoas... Eu simplesmente sou estúpido, porque o escolhi ser embora não existissem grandes alternativas, mas para ser franco, até estou deveras satisfeito. Desde que continue a ser estúpido conforme a minha noção de estupidificação... E nada me causa mais graça, ao ver aquelas pessoas que tentam lutar contra a sua estupidez, algo que é impossível de se vencer, acabando por se tornarem ainda mais estúpidas por falharem... Ah, e não é por tentar algo novo, ou mostrar revolta que se é considerado um estúpido. Mas pelo contrário, é se estúpido quando se faz isso sem ter noção do que se está fazer acabando por ventura por ser ainda mais estúpidos que a normalíssima estupidez que deviam conter dentro das suas mentes. E apesar de o ser humano ser dotado de estupidez eu ainda me pergunto a mim mesmo. Porquê que as pessoas escolhem por simplesmente serem estúpidas, invés de escolherem serem estúpidas ao seu critério? Porquê? Mas agora pensando, vejo que isso é algo tão estúpido para uma pessoa tentar compreender, por isso passo à frente pois isso se trata de uma nova forma de estupidez que não me apetece abordar agora.

Dou por mim a ter mais gosto em falar com pessoas estranhas, ou até mesmo com alguém que chega ao pé de mim e me pede por informações, como um simples cigarro (se for feito de uma forma subtil, claro). Sei lá, vejo um mundo menos estúpido do que a habitual estupidez que este é... Eu sei que é estúpido pensar assim, mas felizmente faço-o como eu mais quero. E as pessoas acham-me um avatar de estupidez por causa disso, tal e qual eu as acho também. Mas estar a chamar nomes uns aos outros de uma forma a provar quem é menos estúpido, é deveras estúpido e eu sou dotado de uma perseverança ou preguiça enorme(chamem o que quiserem), que acabo sempre por sair desses "duelos" não por desistência, mas sim porque tenho coisas estúpidas mais importantes para fazer. Mas até existem algumas pessoas que gostam de falar comigo e ouvir as minhas estupideces, porque elas numa forma geral, não são as típicas coisas estúpidas que todos os estúpidos falam. Às vezes parece que fingem que me ouvem, mas não percebem no fundo e aí eu estupidifico-me um pouco, para lhes fazer entender a minha estupidez suprema... Às vezes penso para mim... Que provavelmente eu não passo de uma segurança para certas pessoas, algo que lhes faça pensar que existe sempre alguém mais estúpido que estes mesmos e para não se preocuparem que tu está a correr "estupidificantemente" normal consigo mesmas. Até como parece que ouvisse a sua voz na minha cabeça: "Ena pá, eu sei que sou um grande estúpido, mas pelo amor de Deus... Este gajo abusa na estupidez!"

É verdade, eu abuso... Mas eu sei que não sou o único que é fiel à sua própria estupidez autodidacta... E apesar de ter esse tal dom, não sou comparável a outros grandes ilustres estúpidos que agora pertencem ao passado, como os poucos que ainda existem por aí a estupidificar a terra de uma forma
"estupidificantemente" épica, como os que irão nascer tão estúpidos como nós... E se formos a ver, são esses estúpidos que mudam alguma coisa. São esses estúpidos que pegam na sua estupidez e fazem dela algo de bom, algo para rir, porque senão além de sermos estúpidos, seriamos uns estúpidos tristes. Esses estúpidos... São considerados cientistas dos conceitos de estupidez. Eles pegam na estupidez normal e moldam consoante os seus desejos e pensamentos tal e qual eu, e assim dão novas formas variadas... Desde a música, desde a pintura, etc etc... São insanamente estúpidas se formos a ver. Tão estúpidas que nem merecem ser chamadas de estúpidas, mas sim de visionárias, de génios, de lunáticos, ou o meu favorito pessoal que é o que mais se adequa para mim... Estúpidos incompreendidos. E voltando lá acima, porque já me deixei perder na minha estupidez. A grande razão que leva a algumas pessoas a gostarem de falar comigo: É por ser um estúpido sincero conforme me apetece tal e qual o afirmei anteriormente também... Porque simplesmente eu falo do que sinto e deixo o que eu penso só para mim e para alguns escolhidos a dedo por mim. Ou talvez também porque me vêem a estupidificar-me de maneiras cujo ninguém nunca julgou ser possível, cujo ninguém é capaz. E agora olhando para mim, eu acabo por ser tão estúpido só pelo facto de adorar-me estupidificar-me sem querer algo em troca, sem querer saber se os outros estúpidos me percebem ou não, ou até mesmo se vão de acordo com a minha estupidez. Aí... Tanta coisa estúpida que eu escrevo todos os dias... Tanta coisa, mesmo... Invés de estar a trabalhar como o estúpido regular, ou a fazer alguma estupidez importante para esta sociedade estúpida cujo eu estou inserido "estupidificantemente"...

Odeio trabalhar... E graças a isso, também sou conhecido por ser um preguiçoso estúpido por me achar ser um suficientemente estúpido de mais para gostar de trabalhos repetitivos e cíclicos devido à minha insanidade estúpida. Mas infelizmente as pessoas são tão inseguras que precisam de seguir uma estupidez que se adapte a elas, aquela mesma que estas pensam que devem seguir, a tal famosa composta por responsabilidades e rotinas. E já agora... Desde quando que responsabilidades são algo estúpido? Talvez desde o momento em que os próprios estúpidos se responsabilizam por tal tornando tudo o que fazem numa estupidez constante. É confuso, eu sei... Mas quando fores tão estúpido como eu, irás compreender a tamanha estupidez que acabei de escrever. Mas mesmo assim, eu aproveito para explicar a suprema estupidez universal da estupidificação após as estrelas terem ficado estúpidas e decidirem rebentar com a sua vida para gerar e espalhar a estupidez para todos nos confins do cosmos... O derradeiro ABC da estupidez, a estupidez mais primordial que existe... E isso não é nada mais que o amor. Porquê? Porque o amor é totalmente tão estúpido que nos faz agir da forma mais bela e estúpida, além da nossa estupidez normal que é baseada em trabalhar como qualquer estúpido para ganhar dinheiro estúpido para progressivamente comprar coisas estúpidas, sobrevivendo, vivendo, persistindo de uma forma estúpida. E claro, chamar a toda a essa cadeia de eventos: uma vida, isso é estúpido... Sim, de uma estupidez organizada, ou talvez um estupidez existencial. Não sei... O que eu quero mostrar aqui, é que no amor é outra história, é diferente. No amor as pessoas podem ser estúpidas à vontade destas mesmas, pois parece ou dá a impressão que é algo mais forte que elas. Desde a altura que se dá aquelas experiências químicas que envenenam o corpo com amor, toda a estupidez normal das pessoas evoluí para uma nova estupidez peculiar que é sentida, partilhada e definida de possibilidades infinitas. Mas é triste e ridículo que as pessoas não dão o devido valor a essa estupidez mágica que no fundo acaba por estabilizar consoante o tempo num nível esperado de estupidez banal. Mas o que é mais estúpido, são as formas que as pessoas arranjaram para recuperar parte dessa estupidez astral através de dias especiais para tal, ou simplesmente em momentos estúpidos em que esses indivíduos lembram-se que podem se estupidificar à sua maneira.

Eu por um lado nasci com uma estupidez incompreensível. Eu irradio estupidez, transpiro-a também, às vezes penso que é a minha líbido que tenho em demasia... Olhem para mim, sou um estúpido perverso sempre com um erotismo exacerbado, que estupidez... Mas é como tivesse uma aura, até a sinto ela descer pelos meus pés, espalhando-se por qualquer sítio que passe. Mas pronto, uns estúpidos gostam, outros estúpidos não, embora eu não tenha tempo para me importar com tal. E afinal de contas, isso faria-me descer ao nível de uma estupidez casual e desinteressante... Eu sou um dos poucos dotados com estupidez... Aquela estupidez transcendente que se pode considerar, insanidade. E eu sei tão em disso, porque é a minha realidade estúpida. E não existe ninguém melhor que eu, para saber de tal... Isso ou outro maluco, claro. Mas o que nos torna estúpidos como nós? Poderás perguntar tu muito bem. E que nos tona num desses raros estúpidos. É o facto de nós possuirmos a cura temporária para toda a estupidificação global... Digamos que se trata de um remédio que nos torna humanos por momentos, embora esteja cheio de efeitos secundários como a ira, a frustração, a desilusão e etc...

E nós partilhamos esse medicamento através das nossas redes de estupidez mentais que são tão além da estupidez universal, que se torna impossível de justificar com simples pensamentos estúpidos, a não ser com sentimentos estúpidos que acabam por ser algo repleto de uma estupidez infinita, que por ventura se torna nada estúpida devido aos paradoxos que criam nas leis da estupidez.


E apesar de sentimentos puderem ser convertidas em palavras, sons, toques e as demais coisas sensações, ainda não existe definição exacta para tal. Pois cada um sente de maneiras diferentes. E só seria possível de determinar o absoluto dessa mística estupidez não estúpida, se selássemos toda à estupidez existencial num lugar só, para a estudar e tirar uma conclusão... Mas deixo aqui algo para quem se atrever a quebrar os limites da estupidez... Se tivesses a oportunidade para tal, será que terias a mente necessária para a entender? Pensa para ti...

E assim vou continuar a ser estúpido até ao meu último dia de estupidificação sem querer saber dos regimes estúpidos normais. Mas reparando agora, é isso que me torna diferente dos restantes. E isso não passa nada mais que o meu reflexo de potência e inteligência que só alguns estúpidos têm o conhecimento para o testemunhar.

Reparei também que este texto é demasiado néscio por conter um excesso de repetição de variantes da palavra estúpida, mas...
AGORA FINALMENTE PERCEBO PORQUE?!
É PORQUE AS MAIORES ESTUPIDECES
TENDEM-SE A REPETIR!

...

Bom trabalho mundo!

Blackiezato Ravenspawn

Sobrevivência Humana

Nenhum humano é sedentário,
Nem humano algum mesmo vive...
Este também não possui destinatário,
Ele apenas sobrevive e persiste...
É um nómada completamente forçado,
Alguém que lhe arrancaram pela sua raiz
Para perseguir o presente, esquecendo o passado
E nem tudo o que ele sente, ele diz...
Ele destrói, como ele cria...
Ele pensa, como ele faz...
Aprendendo com o que experiência,
Ele é inútil e ao mesmo tempo capaz.
Pois ele é um ser em constante mutação,
Que pega nas emoções e da-lhes forma.
Tal e qual uma pedra que sofre erosão,
Que não se perde, mas que se transforma.
É toda a areia que é arrastada,
E que busca uma nova existência..
E que assim acaba sendo ressuscitada
Numa figura de vidro, numa nova aparência.
Até a altura que cai e se quebra no chão,
No acto de alguma eventual experiência...
Não se fragmentando em perdição
Mas sim dispersando-se, em sobrevivência...
Ele desaparece, como ele vem
Quando é tempo de ser relembrado,
Num gesto peculiar expressado por alguém
Depois é esquecido e posto de lado....
Sendo reciclado por seus descendentes,
Depois da sua alma estar emancipada.
Fazendo parte de um todo...
E ao mesmo tempo de um nada...

Blackiezato Ravenspawn

Tranquilidade

Aí preguiça que me visitas esta tarde,
Que prazer me dás em te acolher...
Nem precisas que te abram a porta,
És aquela amiga que entra sem dizer.

Abraçaste a mim com uma ternura
Como fosses mais que uma irmã...
E assim descansas no meu corpo
Ate que chegue o amanhã.

Carrego-te alegre as minhas cavalitas,
Enquanto contas as tuas aventuras.
Mais as várias experiências vividas,
Planeando outras viagens futuras.

Falas pouco por longos intervalos,
Palavras soltas, ditas com tal vaidade...
E com a tua cabeça encostada no meu ombro,
Tu encontras em mim a tranquilidade.

Blackiezato Ravenspawn

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Misantropos III - Sucuta

Jorra o sangue dos inocentes,
Mais as lágrimas dos órfãos.
Resultantes de planos dementes,
Responsabilizadas por vís mãos.

É o reflexo de sonhos quebrados,
Mais a soma das infâncias perdidas.
Brutalmente subjugados, dominados,
Por penosas mágoas sentidas...

E assim oiço milhares de fantasmas,
Que agora choram na minha almofada.
Espíritos calados, Almas pasmas...
Vítimas de mais uma ceifada.

E assim afogo-me no seu desespero,
Juntamente com os seus corações
Que são dissolvidos neste flagelo,
Gerando o colapso das nações

Em fornalhas de malícia e ira,
Organizados por um falso mundo.
Que de hipocrisia, tanto transpira
E cada momento, desce mais fundo.

Que lhes esquece, que lhes ignora
Não pela distancia, mas por uma doença.
Que tragicamente subsiste nesta hora
Composta de desumanidade e indiferença.

Aí quem me dera ter o poder!
Para deste mal me resguardar...
Para o esquecer, para me desprender
Desta terra que me está a matar...

Mas pensando bem melhor...
Isso me tornaria como vocês,
Vivendo sobre a sombra de um terror,
Que tu já nem notas, já nem vês...

Ausentando-se de toda a humanidade,
Para se envolverem em responsabilidades.
Compostas de rotinas de futilidades,
Estimulados por uma falsa sociedade.

Que vos controla até ao certo dia,
Em que vos decida desligar...
Porque no futuro todavia
Já não sereis digno de se sustentar

Descartando-vos no final, como lixos.
Para serem terminados, destruídos.
Sendo consumidos por todos bichos,
Entre as fezes e os vários resíduos...

Mas existe um prometido lugar
Onde os perdidos voltam a casa...
Nesse lugar que acabares por o encontrar...
Algures, numa sucata.

Blackiezato Ravenspawn

sábado, 23 de abril de 2011

Show De Bola

O futebol no nosso querido Portugal,
Já deixou de ser um honrado desporto.
Converteu-se mais numa arena brutal,
Para o Benfica, o Sporting e o Porto.

Mas o povo já não quer mesmo saber,
E assim segue este grande espectáculo.
Fazendo disto uma forma de viver,
Mais um culto, mais um negro pináculo...

Visualizando todas as suas estrelas,
Nos lagos mágicos dos cabos digitais.
E todos eles as desejariam vivê-las,
Para marcar os golos, mais surreais.

E os empresários fintam as várias mentes
Com dribles bonitos, com jogadas rasteiras!
E o publico aplaude de olhos quentes,
Todas as falsidades, todas as asneiras!

Ele domina o cidadão, ele chuta o seu crânio
Para o fundo das redes! Para dentro da sacola!
Que jogada de génio! Que golo de titânio!

Depois baila como uma fada vaidosa
Cantando - "Show dji bóla! Show dji bóla!"

E aí eu meto a mão na minha testa,
Numa forma deveras escandalosa
Enquanto povo lhe dedica uma rosa,
E dá-se o início de mais uma festa...

Que infelizmente, não presta...

Blackiezato Ravenspawn

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Taumaturgia: A Arte Secreta De Manipulação De Sangue Poético

Sou apenas mais um solitário homem,
Dotado de poderes extraordinários...
Aquele que os menos instruídos fogem,
Devido aos seus feitiços "sanguinários"...

Na sombra da descendente noite, eu descanso
E é na luz do ascendente dia, que eu sonho.
E é só quando eu me encontro mais manso
Que eu invoco, conjuro e componho...

A mesma arte que é tão temida,
Proveniente dos talentos ocultos.
Nada má, embora incompreendida,
Mal explorada, tal como os vultos.

E é pelas entrelinhas mais frenéticas,
Que meu coração e a minha alma ruge.
Escrevendo as mais proibidas técnicas,
Partilhando baixinho, num tom tuje...

Para todos os meus futuros aprendizes,
Encriptada na detalhada e artística poesia.
Senão serei apedrejado, como são as meretrizes.
Por ser mais um que pratica Taumaturgia.

E também não quero que me chamem bruxo...

Blackiezato Ravenspawn

Mestre Turíbia

Uma flor de uma célebre bonança,
Incomparável pela sua rica beleza.
Repleta de uma enorme confiança,
Irradiando, exuberante grandeza.

Foste tu, a incrível coruja sábia,
Que educou este corvo curioso…
Revelando os segredos da Arcádia,
Tornando-o num super talentoso.

E se não fosses tu, ó minha tutora,
Eu ainda estaria a delirar em ciclos.
Tu a bela e a sublime encantadora,
Que estimou tanto os seus discípulos.

E com o joelho firme, levantando…
Enquanto o chão beija a outra tíbia.
Eu sinto-me em demasia honrado,
Na tua presença, ó Mestre Turíbia.

Ó julgarias que me ia esquecer de ti...

Blackiezato Ravenspawn

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cavalo Lusitano

Ó nobre cavaleira lusitana,
Mete a cela e vamos cavalgar.
Pela paisagem rica e verdiana,
Que os bosques têm pr'a mostrar.

Seguindo os caminhos do vento,
De uma forma sublime e tão veloz...
Viajando nas estradas do tempo
Sobre o comando da tua voz.

A luz pode ser demasiado rápida,
Mas não é pareia ao meu vulto.
E só de olhar ela fica pávida,
E se postra ao nosso culto.

E assim exploramos um novo mundo,
Pelas trilhos do infinito...
Numa fracção de um micro-segundo,
Traçando um mapa, um novo rito.

Por isso vem e monta-te em mim,
As vezes que mais precisares...
Para corrermos as regiões sem fim
Da forma que mais desejares.

Porque por ti eu não me canso,
Pois eu nasci para te carregar...
E só para ti, é que sou manso,
E o único, com poder de te saciar

Essa graciosa e pura vontade,
Honrada de altíssimos ideais...
Repleta de virtude e qualidade,
Bem vista pelas cortes reais.

E assim cavalgamos noite e dia.
Pelas tuas demandas surreais...
Porque isto não é poesia,
Mas sim metáforas sexuais.

Ah... Nobre cavaleira lusitana!
Que me montas com tal ímpeto!
Tal e qual uma guerreira insana!
Sobre um corcel feroz e PRETO!!!

"ARRE ARRE MEU MENINO!"
HIIIIIRRRRGHHH!

Blackiezato Ravenspawn

domingo, 17 de abril de 2011

Só Escrevo O Que Não Desejo Escrever

Marco as várias paisagens,
Nas regiões da minha cara.
Contemplado essas imagens,
Que infelizmente, ninguém repara...

Não dizendo o que penso,
Mas sim expressando o que sinto.
Tão docilmente, tão intenso,
Sorrindo, enquanto minto.

Pintando as minhas telas,
Com as artes mais surreais.
De emoções feitas aguarelas
Nunca sentidas, mesmo jamais...

Segredos estes que eu devo,
Algures dentro de mim conter.
E ocultando-os, eu escrevo
O que não desejaria escrever...

Não Sei Declamar Poemas

Sempre fui mais um escritor,
Que se esconde na neblina.
Que desejaria ser cantor,
Mas que infelizmente, desafina...

Não sei declamar poemas,
Porque sucumbo ao nervosismo.
Sendo vítima de vários esquemas,
De grande tremor e terrorismo.

E assim a minha voz acelera,
E aí eu começo a tremer, a vacilar.
Tal e qual uma assustada fera,
Que se sente presa e quer escapar!

Os vossos olhos causam-me medo,
Como fossem "flashes" de fotografias.
E assim se torna tudo em degredo,
Todas as minhas grandes poesias...

Soo como um piano desafinado,
Mas continuo, apesar de estar mal.
Triste e deveras envergonhado,
Ate sair bem, considerado normal...

Por isso peço que me perdoem,
Por não saber expressar tais temas.
Pois de mim estas palavras fogem,
Mesmo estando presas, por algemas.

E a frustração assim corroí-me,
A razão de todos os meus problemas,
E dentro de mim, algo dói-me,
Por não saber declamar poemas...

Por isso peço-vos com cortesia,
Envolto no meu total embaraço...
Não batei palmas em demasia,
Pois eu não sou, nenhum palhaço.

Blackiezato Ravenspawn

sábado, 16 de abril de 2011

Masturbação

Para ti eu sou o doce chocolate,
E para mim, és exótica canela.
Pois esta libido ninguém a bate
Oh minha querida Cinderela...

És o inverso que me espelha,
A fonte de um desejo carnal.
Uma emoção tão vermelha
Movida por instinto animal.

Onde tu fazes de comburente
Responsável pela ignição,
Dos impulsos da minha mente
Que entram em combustão.

Até chegar a maldita hora,
Em que tu sais do meu lado.
Correndo pela noite fora
Deixando-me abandonado

Algures sozinho numa cama,
No auge de uma satisfação.
Extinguindo assim a chama,
Que se chama, masturbação.

Deixando a tua decadência,
Mais as cinzas nos meus dedos.
Dessa tua fictícia aparência,
Baseada nos meus segredos.

Blackiezato Ravenspawn

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Alzheimer Poético

Esqueço-me das minhas chaves,
Esqueço-me da minha carteira.
E esqueço-me das outras coisas
Em cima da mesa de cabeceira.

Esqueço-me do que fazer,
E esqueço-me de quem eu sou.
Esquecendo o que devia saber
E também para onde eu vou.

Esqueço-me dos seus nomes,
Esqueço-me das suas feições.
Esquecendo-me de vários lugares
Mas nunca das emoções.

Mas o que desejaria mesmo esquecer,
Talvez duas, ou mesmo três...
Seria o amor que sinto por ti
Para me apaixonar, mais uma vez.

E assim esqueço-me de quase tudo,
Tal e qual me expressei neste tema.
E mais uma vez, voltei-me a esquecer.
E não sei como acabar, este poema...

Blackiezato Ravenspawn

domingo, 10 de abril de 2011

Solidão

A solidão veste o meu torso
Tal e qual uma mulher vaidosa
Que se deleita no meu desgosto
Tão requintada e tão formosa.
Embora ela não precise de algum par
Mas sim de alguém que lhe saiba amar
Ela que não se entrega de mão beijada
Nem é seduzida, nem conquistada.

Ela apenas visita quem mais precisa,
A quem mais lamenta, a quem mais necessita.
Porque quando lhe quero, ela não vem
E só quando não a desejo, é que ela vem.
Porque na realidade...
Ela não passa de ninguém.
Cinzas, ruínas e pó...
E isso. Que me deixa tão só...

Blackiezato Ravenspawn

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Psicose Maníaco-Depressiva

Qual de nós os dois, hoje sai?
E qual das nossas partes, hoje fica?
Será que hoje a vontade caí?
Ou mais uma vez, ela estica?

Atiremos então a moeda ao ar,
Pois hoje confio na minha sorte.
E não importa o que me calhar
Neste caso de vida, ou de morte.

E deparei-me com um caso raro,
Mais um empate duvidoso...
E assim acabo por pagar caro
Por um caminho tão penoso.

Porque a minha escolha ficou a meio,
Nem cara, nem mesmo a coroa
Revelando-me um destino tão feio
De uma fortuna, nada boa…

Onde duas Rainhas lutam por mim,
Nos salões da minha atribulada mente.
Cada uma com um desejado fim,
De me dominar completamente.

E já não sei qual destas duas,
Merece o meu voto de eleição.
E é por isso que me perco nestas ruas
Entre a razão e a emoção.

Faz-me um príncipe do universo,
Oh suprema Rainha Demoníaca.
Cujo meu domínio possa ser disperso,
Sobre a tua vontade maníaca...

Mas os teus planos nunca derão certo,
Nem nunca superam as minhas expectativas.
Pois do sucesso nunca cheguei perto,
Devido as minhas partes depressivas.

E porquê razão o que eu construí...
Agora deixou de ter um sentido?
Será que este episódio que eu vivi,
É fútil e merece ser esquecido?

Deixai-me então em paz, no meu canto,
E não lutai mais pela minha supremacia…
Pois nenhuma de vós me causa espanto,
Nem mesmo as vossas democracias...

Porque são essas tais mudanças súbitas,
As causadoras da minha insanidade.
No desenrolar dessas tramas lúdicas,
Dentro da minha confusa irrealidade.

Por isso libertai-me então desta doença,
E deixai-me viver como um normal.
Porque a minha cabeça já não pensa
E destruído está o meu emocional.

E assim já não sei quem eu sou…
Como também já não sei o que fazer!
E porque razão ainda aqui estou?
Se eu não sei mesmo viver…

A não ser a marcar as minhas memórias
Num gráfico,que tende a oscilar…
Entre as mais suaves e cruas histórias
Que esta vida tem para me mostrar...

Quando sinto furos na minha derme,
E a necessidade de despir o meu ego.
Desta estrutura que tanto treme,
Vítima de vários desassossegos.

No caótico núcleo da minha terra,
Onde as duas generais movem as peças.
Trazendo a tragédia de uma dolorosa guerra
Com os seus ideais e as suas promessas.

Levando a simplesmente à minha ruína,
À grande calamidade do meu sistema…
Onde a semente da vida um dia germina
Para morrer mais tarde do mesmo problema.

De uma percepção que molda a mente,
E que mais tarde, mudará com o tempo.
E eu me pergunto a mim continuamente,
Qual será a raiz deste sofrimento?

Será que não sou nada mais
Que uma miserável pilha de segredos?
Onde eu nunca, mas nunca jamais
Me conseguirei livrar destes degredos?

Que me trazem à confortável solidão,
Onde eu penso querer descansar.
Porque aos meus olhos, a multidão
Não me dá motivos para continuar…

Aí… Já nem sei se sou pesado, ou se sou leve...
Se sou a calorosa luz, ou gélida sombra…
Talvez serei aquele homem que tanto sucede
E que ao mesmo tempo, tanto tomba…

Pois estas palavras já não as meço,
Sejam elas Lux, ou mesmo Umbra…
E apesar de dormir em paz neste berço,
Sinto-me debruçado sobre uma tumba.

Pois não passo de uma mistura,
Do vil ódio! E do puro amor!
Sendo aquela entrópica fissura!
Que separa a beleza do horror!

E assim sou Nero! Como sou Bianco!
Uma abominação, um híbrido imperfeito!
E apesar de mentir, eu sou franco!
Eu não mereço, mas eu aceito...

A minha Psicose Maníaco-Depressiva
Tal e qual como ela é…

Agridoce.

Se focares a tua visão nos meus olhos
Consegues ver um homem que chora
E sorri ao mesmo tempo… Confuso.
Embora não seja por não saber o que escolher.
Mas sim… Por saber mais.
Sobre sim mesmo.

"Manic depression is searching my soul
I know what I want, but I really don’t know...
Feeling, sweet feeling
I wish I could remember
Manic depression is searching my soul"

Blackiezato Ravenspawn