quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Alma Gémea

É em mais um dos meus poemas,
Que deixo tudo o que mais senti
E não declaro a mais alguém
A não ser somente a ti.
A mente pode estar baralhada
Mas o coração fala por si
E revela os meus sentimentos
Que possuo dentro de mim...

Não faço parte deste mundo
Tentei, mas não consegui.
Estou confuso e sem rumo
É sem dar por mim, caí.
Como um pássaro sem asas
Vivendo enjaulado, enfim.
À espera que tu passes
E que me libertes daqui...

Porque a maior parte das pessoas,
Tendem a causar-me aborrecimento.
E é na visão de uma simples janela,
Que suspiro pelos cantos do vento.
Voando na minha própria imaginação,
Seguindo o rasto do teu caminho,
Perdendo-me para além do horizonte,
Enquanto falo de ti, sozinho...

E também peço conselhos às estrelas,
Do que fazer para te encontrar.
Mas tudo o que elas me dizem,
É para continuar a aguardar.
E quando perco a esperança
Pergunto - Será que és real?
Enquanto sonho acordado
Refugiado do tédio habitual...

*inspiração profunda*

Eu sinto-te bem além, algures de tudo o que é me possível ver.
Enquanto padeço silenciosamente à espera do momento em que te possa ter.
Pois a minha pele está congelada, mas as minhas entranhas insistem em arder.
Vem a mim, pois a tua ausência dá-me vontade de morrer.

E...

Dá-me os teus ombros,
Para que eu possa chorar...
Sussurra-me nos ouvidos,
O quanto tens para me dar...

Nutre os meus lábios,
Mata à sede do meu ser...
Através da tua saliva,
Que me fará renascer...

Puxa-me com os teus olhos,
Dá-me razões para sorrir...
Usa a magia do teu encanto,
Para me enfeitiçar e despir...

E junta-me ao teu leito,
Eternamente ao teu dispor...
Enchendo todo o meu peito,
Com todo o teu calor...

Toca nas minhas cordas,
E faz-me assim cantar...
Segura-me nos teus braços,
Para que eu possa dançar...

A essência da minha alma,
Que vibra ao teu redor...
E leva-me para fora daqui,
Para um lugar bem melhor...

Gemamos os nossos nomes,
Partilhando os nossos corpos...
Dividindo as nossas fomes,
Até cairmos ambos mortos...

Sejamos somente um,
Como no início se deu...
Selando ambos nós,
No gesto meu como teu...

Façamos desta simbiose,
Uma existência boémia...
Não me digas que me amas
Chama-me apenas, Alma gémea...

E entrelacemos as mãos
E sopremos nestas brasas...
Porque o teu fogo faz-me sentir
De novo. Perto de casa...

Blackiezato Ravenspawn

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