sábado, 28 de abril de 2012

Espelhos Cósmicos

A mente deforma-se com o momento
E assim o espelho, vai-se quebrando.
Cada fragmento torna-se numa realidade
E a novidade assim, vai-se manifestando.

Uma percepção que antes via um todo,
Agora vê-se divida pelas fendas do tempo
E já não se reconhece bem, certamente,
A não ser os seus diversos fragmentos.

E no final o tempo vem e o tempo vai,
Com toda a vida que sobe pelo chão.
Mas quando a morte sopra tudo cai
Tal e qual as gotas numa monção.

Pois a Percepção molda a mente
E esta cria o tempo que depois então,
Continua sempre, sucessivamente
A alterar a nossa percepção...

E assim vamo-nos quebrando cada vez mais
Até voltamos ao pó, até cairmos como areia.
Recriando novos vidros em cadeia para a teia
Que embora diferentes, acabam todos iguais.

Num espaço que queima matéria para manter uma chama,
Que arrefece pouco a pouco, ao troco de energia vibrante.
Transferida por rotas dimensionais, em diferentes panoramas
Em busca das consciências, de todas as sombras dançantes

Que contêm espelhos cósmicos.

Pois cada um de nós tem uma, ou mais fontes diferentes, como iguais
Tal e qual, cada um espelha da forma que mais a sua luz, ou luzes, lhes convierem.


Blackiezato Ravenspawn

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