segunda-feira, 28 de maio de 2012

Lingering Malaise Cefálica

Alto aí! onde vais?! Põe as mãos no ar!
Estás a ser vítima de um assalto mental
E não há por onde possas fugir e escapar
Por isso desvenda-me o teu córtex cerebral
E nem te armes em tolo, nem em engraçado
Pois eu tenho a língua afiada como facas
Por isso prepara-te para ser brutalmente violado
E chacinado psicologicamente como uma vaca

Vou quebrar esses mecanismos de defesa
E vou-me infiltrar sem misericórdia no teu ser
Para te furtar e deixar-te na maior tristeza
Na tua miserável ruína, no meu belo prazer
Depois vou envenenar as tuas emoções
Quando ejacular nos teus sensíveis ouvidos
Tornando os teus pensamentos em predições
Para sugar os teus suspiros por mim concebidos

Como vou-te semear o medo e a confusão
Para mais tarde colher as minhas gargalhadas
Pois tu não passas de um objecto de recriação
De um temporal escravo a quem dou porrada
E cujo acorrento a todos os meus caprichos
Para parasitar os seus sonhos proibidos
Infestando a sua cabeça com lepra e bichos
Para devorar os seus desejos mais queridos

Vou induzir-te num feitiço mais que profundo
Sem dar-te vazão para tu percepcionares
Para que te possa violar nestes segundos
Até ficares sem escolha e te conformares
Com um abuso verbal de sinistras palavras
Que castigam a tua vontade com uma vara
E te domam para eu te cavalar, sua cabra
Pisando o teu ego, fodendo essa tua cara

Vou doutrinar-te e infundir-te ideias
Sem me ralar com o teu consentimento
Vou quebrar a razão e a lógica a meias
Algures num célere e misterioso tempo
Até que tu te submetas e ajoelhes-te a mim
Soando tal e qual uma bem afinada harpa
Que clama para que chegue o seu fim
Vibrando mais nervoso que uma carpa

Fora de água assim a saltar e a tremer
Possuído por charadas e paradoxos
Sem saber mesmo o que fazer ou dizer
Afundando-se por si no fim dos poços
Sem perceber e sem reagir, certamente
Como estivesse na integra quase morto
Porque eu sou um doente violador de mentes
Que faz desta prática o meu desporto

Por isso contempla o meu pénis fictício
Para não tornares esta psíquica violação
Num fantasmagórico afrodisíaco homicídio
Que te marcará para sempre a tua imaginação!
Por isso deixa-me contemplar-te a engasgar
Na dúvida que assim te prende e te domina
Fazendo que nunca consigas bem lidar
Como fosses no fundo uma frágil menina

Porque eu não tenho arrependimentos
Tu vai ser o título da minha obscura tese
Quando selar a tua alma em tormento
Num episódio de lingering malaise
Pois eu consumo os teus neurónios
Como um zombi consciente, sem afinco
Sendo seduzindo por pedras de zircónio
Que brilham nos meus olhos famintos

E é abandonando o teu corpo vazio!
Bem sucedido nos meus planos tiranos
Criados por um homem astuto e sombrio
Mestre da ilusão e de  jogos insanos
Pois sou eu quem decide quando parar
E não importa o que fizeres, meu caro
Porque quanto mais resistes em lutar
Mais vontade me dás... E menos eu não paro!

Com os meus olhos eu assombrar-te-ei
Por isso cautela, não te armes em guru!
Para depois não dizeres que eu não te avisei
Lembra-te que eu sou mais louco do que tu!
Por isso não compitas com um demente
Não queiras que te destrua esse teu dique
Porque senão serás afogado pelo teu subconsciente
Tornando-te noutro infectado - noutro Freak!

Blackiezato Ravenspawn

Sem comentários:

Enviar um comentário