terça-feira, 22 de maio de 2012

O Jogo Da Pureza

Quando é altura de jogar, eles tocam o sino
E esta história começa com um - ding, ding.
Quando a neblina desvanece-se com o hino,
Dos gladiadores petizes que entram no ringue.

Para um ridículo e execrável espectáculo,
Para dar continuação ao mesmo processo.
Que sacia os prazeres dos donos do pináculo,
Já ansiosos com os corações possessos.

Onde as inocentes e pequenas criancinhas,
Que são forçadas a lutar, ainda novas, entre si.
Enquanto os abutres reúnem-se em linhas,
Em suspense à espera do anunciar do fim.

E custa-me imenso ver tantos usurpadores,
A suportar em frenesim esses cruéis festivais
A regozijar com as lágrimas e com os clamores,
À espera do pão amassado por monstros infernais.

Porque lá as pequenas princesas e belas meninas,
São transformadas em bruxas e em imperatrizes.
Tornado-se maldosas, deixando de ser pristinas
Para rebolarem confusas entre fachadas e deslizes.

E onde infantes justos, aprendizes de cavaleiros,
Ajoelham-se em vergonha, ao sacramento negro.
À velhacaria que os eviscera com golpes certeiros,
Em nomes dos lordes do tormento e do medo.

Sobre o comando desses mestres das marionetas,
Que resolvem puzzles e despertam maus genes.
Implantado a falta de ética nas nossas bibliotecas,
"Endoutrinando" e tornando, humanos em vermes.

E é assim que brotam essas sementes,
De toda a malícia e de toda a corrupção.
Que consomem as várias mentes fracas,
Graduando-os em adeptos da destruição.

Pois o preço da pureza é altíssimo, é gigante
E descartada facilmente, por isso, sê sagaz...
Porque quanto mais resistires, perseverante
Ainda com mais força, tu quebrarás.

E não é buscando o perdão num jeito profundo,
Que te será desvendado o tal paraíso eterno.
Porque noventa e nove porcento deste mundo,
Já reservou o bilhete sem saber, para o inferno.

Eu sou aquele que chora lágrimas de orvalho,
Por ver rebentos com um extremo potencial.
A abdicaram da estrada, para sinistros atalhos,
Que apenas os trará às Bastilha do mal.

Deixando-os vazios por dentro por escolha sua,
Fiados numa alternativa de uma incerteza.
Quando na realidade, só a verdade crua e nua,
É capaz de acabar com o jogo da pureza.

E mesmo aqueles restam e que não se resignam,
São condenados a uma vida, a depenar e a sofrer.
Porque são os únicos anjos que ainda purificam,
Todos aqueles que não conseguiram, sobreviver.

Por isso não navegues nesta decadência,
Porque tu não mereces e eu não quero.
Pois a prata da lua sem a sua inocência,
Não passa de nada mais que um ferro.

Ferro esse que sustem os pilares deste jogo,
Que quando corroer, vai para mais uma sucata.
Por isso não dês o pulso à corrente, ao desafogo,
Esquiva-te mas é dos maus, como uma acrobata.

Por isso corre criança, corre. Corre até mais não!
Pr'além do infinito onde ninguém te possa alcançar...
Lá dentro da tua mente, nos confins da imaginação,
Onde ninguém te pode corromper, nem te magoar.

Pois só assim é que conseguiras vencer...
Por isso criança, deita-te, descansa agora.
Para amanhã teres toda energia para correr,
Porque já passa da meia-noite e é hora...

E não querias ser como eu, um anjo da lua,
Para poderes explorares o céu por extenso.
Pois tu só necessitas dessa serenidade, tua,
Porque asas destas, pesariam-te imenso...

Agora fecha os olhinhos e dorme bem...
Sonhos púrpuras.

Blackiezato Ravenspawn

1 comentário:

  1. Always destroying their childhood
    To get whores and good food
    I wish I could crush their heads
    And submit them to the world of the dead

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