domingo, 17 de junho de 2012

Solidão III

Ó homem estranho, ó descendente da lua
Tu que andas perdido algures nessa rua
E que prossegues em frente, sem intenções de parar
Mesmo que não haja motivos, para continuar

Anda cá então...
Anda cá então...Anda cá então
Ter com a tua amada solidão

Tu que foste com a esperança d'algo encontrar
Embora não chegaste mesmo assim a alcançar
Mas será no vazio, dessa tua cama solitária
Que encontrarás o conforto de uma dama precária

Por isso deita-te então...
Deita-te então... Deita-te lá então
Nos braços da querida solidão

Para que possas sonhar tanto
No silêncio da minha canção
Passando uma noite em branco
Depois de um dia de frustração

Mas lembra-te meu pequenino
Não te esqueças meu coração
Que eu nunca te deixarei sozinho
Pois eu a tua amiga solidão

Por isso respira fundo...
Respira fundo... Respira lá fundo
E esquece lá esse mundo

E é assimilando essa magoa tua
No nosso secretismo, na escuridão
Que tu me dás a tua pele cinzenta nua
Ás mãos remediantes da solidão

Duas décadas de solidão
E mais duas décadas, assim virão
Não por falta de atenção
Mas sim por falta de compreensão.

Por isso brilha lá então...
Brilha lá então... Brilha lá então
Jóia prateada... Para a tua amada Solidão.

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