sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Desejos

Por todos nós deslizam várias adagas,
Sobre as nossas carnes pulsantes...
Que desencaminham mentes fracas,
Para teias onde caímos, tão vacilantes

Para nos deixarem reféns de emoções,
Súbitas sem quaisquer argumentos.
São estímulos vestidos de boas intenções,
Para iludir os nossos pensamentos.

Com vontades de dominar, o indomável
Em busca de um tratamento, sem cura...
Pois queremos assim sentir, o agradável
Para esquecermos esta constante tortura.

E assim forjamos máscaras para enganar
E puxa-mo-nos para os demais cortejos.
Vendando-nos depois, para não enxergar
Que somos escravos dos nossos desejos.

E que regozijamos com a sensação inteira
Ardendo nesses charmes demoníacos.
Enquanto metemos mais lenha na fogueira
Como dementes - piromaníacos!

Por isso eu clamo...

Ó desejos que ardem dentro de mim!
Que me fazem sentir forte, incandescente.
Que me fazem consumir ossos sem fim,
Fazendo de mim, uma puta inconsciente.

Ó desejos que ardem dentro de mim!
Que me geram a ansia e o dessassosego...
Que me levam a dessacrar este jardim,
Destruindo as fundações do meu ego.

Ó desejos que ardem dentro de mim!
Que me encadeiam com essa falsa luz...
Em nome de mentiras brancas, eu me vim
Só para escapar por horas, desta cruz.

Ó desejos que ardem dentro de mim!
Que me causam febre e e me deixam torpo...
Porquê que vocês florescem como um jasmim
E depois atormentam-me! Todo o corpo?!

Blackiezato Ravenspawn

Sem comentários:

Enviar um comentário