sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Broche

Então queres saber o que penso?
Ok. Tu não mereces estes cantos...
Esses que te declaro por extenso
Para espantar os nossos prantos!

E é assim segurando o teu queixo,
Desgastado pelo nosso fingimento.
Tão saturado dos nossos beijos!
Tão chatos que nem valem o tempo.

Que eu arrasto a tua depravada boca
Para bem junto da minha genitália!
Pois quero que cantes que nem uma louca
Como fosses de todo, a Amália!

Para eu deixar gestos e insultos
Sobre esses teus lábios tão finos!
Que engolirás, como meus vultos
Vestidos em mantos cristalinos!

E quando a barragem ruir na tua guéla!
A mesma que alagará essa tua garganta...
Engasgando-te assim, ó minha bela
Com toda a raiva que me comanda!

Vou-te encantar com a minha esporra!
E só pararei, quando vir cascatas.
Que desceram pelo pescoço que te forra
Essas tuas veias de diplomata!

E é enquanto violo a tua mente!
Para engravidar os teus ouvidos,
Que eu anseio ejacular sadicamente
Todos os meus hediondos suspiros!

E quando o fizer, nessa bochecha tua
Humilhar-te-ei depois, com a minha vara!
Pintando a espessa verdade crua e nua
Mesmo no meio da tua frágil cara...

Oooooh! Sinto-me mais leve
No alto do cume, onde estão as cabras!
Enquanto conjuro estes flocos de neve
E tu saboreias as minhas palavras!

E foi gritando em júbilo para o horizonte!
Perdendo o controlo por meros segundos!
Que eu me vangloriei em cima de um monte!
Contemplando o maior broche do mundo!

Aiiii, minha folha de papel!
De vós nunca me canso...
De molhar este pincel
E de afogar o meu ganso!

*ofegar o cabelo*

"Agora é a minha vez."

Claro... Deixa-me só fumar um cigarro primeiro.

Blackiezato Ravenspawn

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