segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Guerras Oculares

Em duelos de um para um, não me olham
Pois têm medo dos meus olhos aguçados.
E é só em grupo que os espiões se provam,
Quando vêm disfarçados de meus aliados.

Com os seus elmos de mil e uma faces
Que eu adoro pulverizar com o meu bico,
No desenrolar de um enredo, de um impasse
Quando a tensão, atinge o pico!

E é na minha distracção intencional
Que me tentam flanquear o meu olhar,
Caindo numa armadilha intelectual
Face à minha estratégia, peculiar...

E é num lance sinistro de surpresa
Que eu espezinho os seus egos feridos,
Pois quem quiser assaltar a minha cabeça
Acabará por sangrar pelos ouvidos.

E é na magoa de uma batalha perdida
Inconfortáveis, sem saber o que me dizer,
Que eles viram as caras, agora despidas
Cheios de vergonha, só por me ver.

E é aí que ainda os torturo mais
Sorrindo sarcástico mais uma vez!
Imune aos vossos rituais sociais
Regozijando diante da vossa estupidez!

Porque nem todos me sabem enxergar
E assim eu trespasso como um fantasma,
Porque por mais que me tentarem analisar
Mais vos deixo com as almas pasmas!

E é depois esvoaçando por entre multidões,
Deixando penas simbólicas aos suprimidos.
Pois as vossas atitudes são como ilusões
Que eu uso para treinar, os meus sentidos.

Vocês que me ameaçam com olhos sedentos,
Mas que expõem ridículos as vossas fraquezas.
Deixando-vos à deriva do meu divertimento
Que se resume a brincar com as vossas incertezas.

E para falsos julgamentos, há vozes de desdém.
Pois uma personalidade não habita nas roupas.
Mas sabem onde essas visões estão mesmo bem?
É misturadas com o sarcasmo da minha boca!

Por isso não observai o corvo com desejo,
Não deixai-vos iludir por protocolos regidos.
Porque a estupidez enorme, eu esquartejo
E olhos mortos não vêem, são ingeridos

Pela minha fome... E é só depois deles me virarem as costas que eu clamo os despojos de guerra.

Nada de especial... a não ser

Miseráveis posturas
Estranhos andares
Complexas manias
E até alguns tiques

É o que eu vejo cá!

Mais a falta de cultura
Que faltou nos lares
Demasiada velhacaria
E muita puta chique!

Ha-ha!

Blackiezato Ravenspawn

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