sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Dia Em Que Eu Qubrei Os Meus Limites

Foram aquelas palavras com quais me enalteci,
As mesmas responsáveis que me fizeram quase desistir.
Naquele chão frio que tanto puxava por mim
E que me dizia que nunca iria conseguir

E assim, por quarenta vezes emergi
E por mais outras quarenta vezes voltei a imergir.
Fraco, débil. Os meus limites revi e conheci
Sem vontade de os ultrapassar e de os partir

E foi com o peito colado ao poderoso solo
Que eu gritei - por dez vezes mais eu irei subir!
Mas foi sofrendo como um ferido ao colo
Que por dez vezes mais, voltei a cair...

E então frustrado com a minha fraqueza
Eu rebelei-me contra a gravidade,
Com aquela que incentivava a minha incerteza
A manifestar-se na totalidade.

E foi absolutamente irritado, uma atrás de uma
Que o meu corpo começou a oscilar.
Descontrolado, sem mesmo vontade alguma
Do meu código de honra, assim quebrar

E foi recebendo por quatrocentas vezes o convite
Da fraqueza que queria comprar o meu ego em suma,
Que num lance final eu quebrei os meus limites
E alcancei a verdadeira vitória daquela bruma.

E o corpo assim tremeu de uma súbita excitação,
Deixando de imediato de sentir mágoa alguma
Pois eu tinha atingindo o fim da minha missão,
Caindo quatrocentas vezes e levantando-me quatrocentos e uma.

E foi vendo as lágrimas descerem pelo meu rosto, como diamantes
E o meu suor adornar a minha pele como majestosos fios de prata.
Que eu segui em frente o trilho dos bravos radiantes
Aqueles que nem morrendo, a sua glória a morte arrebata.

Blackiezato Ravenspawn

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