segunda-feira, 10 de junho de 2013

Segunda Pele

Chuva ácida de preconceito
Vem com vendavais de ofensas,
Mas eu continuo a andar direito
Sem apanhar quaisquer doenças.

Quando o vosso escárnio se alastra
Gerando motins de rufias intrusos,
Que dão forma a enigmática máscara
Que apático e indiferente eu uso.

Porque eu resisto à vossa malícia fria
E não temo a vergonha nem mesmo a dor,
Quando a vossa hipocrisia se mostra sombria
Bem agreste e cheia de rancor.

Por isso pintai-me lá, com falsas impressões
Como eu fosse a Mona Lisa, minha vedeta,
Com essas tintas feitas de inveja e de ilusões
Que eu sei que no final a tela continuará preta.

Porque além desta minha segunda pele
A minha alma não se entristece, nem envelhece
Pois a minha essência é pura como o mel
E não se estraga com o tempo, nem apodrece.

E com zelo e dedicação a ela me apego
E sinto-me dentro de mim sem me arrepender,
Pois o vosso lixo estimula e elogia o meu ego
Evoluindo a carapaça que cobre o meu ser.

Para alguns, é um labirinto de espinhos
Para outros, uma toca de lobas...
E há quem diga que são as vestes dos que andam sozinhos
Mas para mim... São apenas roupas...

Blackiezato Ravenspawn

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