Ah, Deusa...
Com favores, tributos e elogios
Construíste-lhe um sacro altar,
Onde tu lhe veneras com imenso brio
Ela, a tua divindade celestial.
Tu que sonhas alto, e crês deverás,
Clamando o seu nome, nesse altar.
Quando rezas, depenas e desesperas
Que ela um dia, te venha visitar.
E é fazendo dessa religião um amor
Que tu ofereces o maior dos teus bens,
Enchendo o coração cheio de valor
Abdicando do melhor que ainda tens.
Desprezando totalmente o teu ser,
Flagelando-te ridículo em penitência.
Só para que possas assim receber
Uma migalha da sua benevolência.
E em vão sacrificas a tua energia
Como fosses o maior dos crentes,
Mas no fundo, desta triste fantasia,
Não passas de mais outro demente.
Que vive iludido que é um templário,
Mas que no fundo não é, para te ser franco.
Porque não acho glória a um otário,
Que é tonto para se achar cavaleiro branco
E mesmo ela não sendo a tua divindade,
Tu insistes fanático na mesma crença.
Louvando uma das crias da doente humanidade
Que nada te dá, excepto indiferença
Como uma falsa deusa...
Blackiezato Ravenspawn
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