Hoje descobri que o complexo de evolução,
Sempre se baseou mais na aprendizagem
E não só apenas, numa constante assimilação,
De elementos seleccionados à passagem.
Porque às vezes, um para aqui subsistir
Necessita de sacrificar o seu exterior.
Para que este ou esta continue a existir
Sem comprometer, o seu interior.
Pois, o núcleo é tal e qual um santuário,
Oculto, para os usurpadores não o alcançarem.
Enquanto a carapaça, é mais um obituário,
Tumulto, onde células morrem para outras se formarem.
Logo, não importa a tua autenticidade,
Quando a tua aparência te incrimina.
E acorrenta-te a uma falsa realidade
Que faz do nobre ser que és, uma ruína.
É uma armadilha, é aceitar a estagnação!
Isso de querer ser a alma da paisagem.
Pois como é que irás suceder na tua infiltração,
Quando nem sequer, usas camuflagem?
Lembra-te que a cobra tem de se despir,
Para remover da pele, as provas do seu rancor.
Enquanto a larva exila-se num casulo para evoluir,
Apesar de espiar sempre serena o seu redor.
Por isso esconde o teu código honorário,
E infecta todos os que o desencriptarem.
Fingindo-te de um mero drone, ordinário,
Sendo tu mesmo, sem eles repararem.
É assim que se aje na mais pura suavidade,
Usando a cabeça como um florete de esgrima.
Mas, lembra-te se revelares a tua identidade,
O alarme soa e a tua missão termina...
*
Sê o phantasma dentro da máquina,
O mito urbano, o caçador sem nome.
A bainha que omite a "tímida" lâmina
E a droga que comanda quem a consome.
O paciente zero que devia estar em quarentena
E o vírus mutável que explora o sistema.
Uma cara que representa outra em cena:
A solução como a fonte do problema.
Blackiezato Ravenspawn
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