sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Tácticas De Guerrilha Psicossocial: Guia De Infiltração I - Parasitae

Hoje descobri que o complexo de evolução,
Sempre se baseou mais na aprendizagem
E não só apenas, numa constante assimilação,
De elementos seleccionados à passagem.

Porque às vezes, um para aqui subsistir
Necessita de sacrificar o seu exterior.
Para que este ou esta continue a existir
Sem comprometer, o seu interior.

Pois, o núcleo é tal e qual um santuário,
Oculto, para os usurpadores não o alcançarem.
Enquanto a carapaça, é mais um obituário,
Tumulto, onde células morrem para outras se formarem.

Logo, não importa a tua autenticidade,
Quando a tua aparência te incrimina.
E acorrenta-te a uma falsa realidade
Que faz do nobre ser que és, uma ruína.

É uma armadilha, é aceitar a estagnação!
Isso de querer ser a alma da paisagem.
Pois como é que irás suceder na tua infiltração,
Quando nem sequer, usas camuflagem?

Lembra-te que a cobra tem de se despir,
Para remover da pele, as provas do seu rancor.
Enquanto a larva exila-se num casulo para evoluir,
Apesar de espiar sempre serena o seu redor.

Por isso esconde o teu código honorário,
E infecta todos os que o desencriptarem.
Fingindo-te de um mero drone, ordinário,
Sendo tu mesmo, sem eles repararem.

É assim que se aje na mais pura suavidade,
Usando a cabeça como um florete de esgrima.
Mas, lembra-te se revelares a tua identidade,
O alarme soa e a tua missão termina...

*

Sê o phantasma dentro da máquina,
O mito urbano, o caçador sem nome.
A bainha que omite a "tímida" lâmina
E a droga que comanda quem a consome.

O paciente zero que devia estar em quarentena
E o vírus mutável que explora o sistema.
Uma cara que representa outra em cena:
A solução como a fonte do problema.
 

Blackiezato Ravenspawn

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