domingo, 19 de julho de 2015

Dançando À Volta de Buracos Negros

O caos empurra-me para o alvoroço
A gravidade arrasta-me para baixo
E como os demais, Eu caio no poço
No buraco negro, onde me encaixo

As estrelas colapsam ao meu redor
Enquanto dançam nesta espiral mortal
Até acabarem torcidas no cósmico horror
Que é uma singularidade abismal

E sendo desintegradas pelo espaço-tempo
Elas são vítimas de infinitos transtornos
Porque quando um vê o horizonte de eventos
Chega a um ponto sem retorno

E elas não têm velocidade necessária
Para escapar desse destino tal e qual Eu
É é aí que me torno numa alma solitária
Quando elas morrem e Eu digo-lhes - adeus

Para prosseguir com a minha viagem
Pelos enigmáticos portais necromânticos
Nesses lugares onde as estrelas caem
E Eu efectuo os meus saltos quânticos

No desconhecido, nas outras dimensões
Longe de tudo o que existe para me agarrar
Porque Eu sou curioso e sigo as minhas visões
Que me levam para fora, onde Eu quero estar

E assim, ausente, divago em sossego
Atravessando as trevas enquanto canto
Quando entro por estes buracos negros
Que me levam a sair  por buracos brancos

Blackiezato Ravenspawn

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