segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Segundas-Feiras

Eu adoro todas as segundas feiras
Estou a falar a sério, não é brincadeira
E venero-as ainda mais se estiverem molhadas
Cinzentas e mal frequentadas

Pois é nesses dias qu'Eu trago comigo
As vibrações qu'Eu considero de mais boas
Quando por aí eu divago perdido
Simplesmente a observar pessoas

E é a vendo a maior parte delas deprimidas
Sem vontade própria, sem cor na vida
Cheias de problemas por causa das suas rotinas
Criadas por um sistema que não oferece saídas

Qu'eu sorrio e continuo em frente
Pois a melancolia sempre me inspirou
Porque Eu não sou comum, Eu sou diferente
E é cantando poesia que assim Eu vou

Embora hoje nem toda a gente tenha paciência
Pois este dia costuma ser coberto pela decadência
E ainda há quem sonhe acordado, sem querer sentir
O que faz uns continuar e outros desistir

E é passando por montras e cafés
Qu'Eu me apercebo qu'elas não querem falar
Apesar d'ontem estarem tão radiantes em pé
Embora, hoje só lhes apeteça chorar.

As segundas-feiras são sempre assim
E é por isso qu'Eu sorrio só para mim
Às vezes finjo que me importo e digo-lhes bom dia
Só para ver no rosto delas, a agonia.

De ser um cadáver que por aí circula
Nos caminhos meticulosos do melodrama
Quando todos sabemos que a segunda
É o dia mais importante da semana

Blackiezato Ravenspawn

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