Mulheres, são tipo laranjas
Com ou sem franja
Umas são difíceis de descascar
Outras fáceis, tipo canja
Umas são doces de trincar
Outras ácidas de saborear,
Mas, um gajo sempre se arranja
Quando precisa de se alimentar
E sendo elas secas, como húmidas
Todas têm vitamina C p'ra dar
Como uma flor para lhes ornamentar
Mas, isso são comparações estúpidas
Que um gajo cospe e esbanja
Quando imagina uma Mulheranja
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
sábado, 19 de novembro de 2016
Coração De Vidro I
O corpo sente dor
A mente tem medo
A alma enche de rancor
Mais um copo com veneno
As mãos que me seguram
Tenham cuidado comigo!
Porque o meu coração
É feito de vidro!
O meu coração está quebrado!
Tenham cautela, atenção!
Pois os cacos estão espalhados
No meio do chão!
Não te culpes, nem te desgraces
Nem mesmo te importes...
O que interessa é que passes
E que não te cortes
E que não te cortes
E que não te cortes
Nos cacos de vidro
Que existem no piso
Eu vou pegar nos fragmentos
Eu vou voltar a colar
Para daqui uns tempos
Voltar-se a quebrar
Voltar-se a quebrar
Voltar-se a quebrar
De mão em mão
Até ser jogado no chão
Blackiezato Ravenspawn
A mente tem medo
A alma enche de rancor
Mais um copo com veneno
As mãos que me seguram
Tenham cuidado comigo!
Porque o meu coração
É feito de vidro!
O meu coração está quebrado!
Tenham cautela, atenção!
Pois os cacos estão espalhados
No meio do chão!
Não te culpes, nem te desgraces
Nem mesmo te importes...
O que interessa é que passes
E que não te cortes
E que não te cortes
E que não te cortes
Nos cacos de vidro
Que existem no piso
Eu vou pegar nos fragmentos
Eu vou voltar a colar
Para daqui uns tempos
Voltar-se a quebrar
Voltar-se a quebrar
Voltar-se a quebrar
De mão em mão
Até ser jogado no chão
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 9 de outubro de 2016
Livro de Reclamações Mental (Uma Súcubo Mal Encarnada)
O quê qu'Eu vou dizer
Aos meus sentimentos
Quando estiver dentro de ti
E não encontrar nada?
O quê qu'Eu vou fazer
E qual será o argumento
Que usarás pr'a me prender aqui
No interior desta fachada?
O quê qu'eu vou ver
Além de um mero passatempo
Que tenta aproveitar-se de mim
Oh, Súcubo mal encarnada?
Tu és um portal que não me leva a lado algum
Tu, mais esses enredos teus
Eu entrei pela tua cona e saí pelo teu cu
E nem sequer te disse adeus
Eu até posso submeter a este mundo
Eu até posso indulgir-me no teu rancor
Mas, não é por estar num sonho profundo
Qu'Eu vou brincar com o amor
Tu até podes ser uma réplica gira
Flor bonita que não murcha no outono
Mas, Eu não creio nessas mentiras
Por isso, vinde lá, paralisia de sono
*
"Enquanto um homem jaz de bariga para cima
Trancado no pesadelo que ele mesmo criou
As mãos do abismo dedilham o prisma
Onde a luz, outrora brilhou
Mas, o homem não teme o vazio
Nem mesmo pede por auxílio
O homem queixa-se desapontado à escuridão"
- Ai, ai, ai. Que falta d'imaginação
*
O meu subconsciente diz que não se responsabiliza
O meu alter ego teimoso, também não assume, Nega!
E na minha parva indignação, Eu escrevo uma missiva
Mas, a carta não chega a lado algum e dá-se a quebra
- Quebra do quê?
Do sonho.
Blackiezato Ravenspawn
Aos meus sentimentos
Quando estiver dentro de ti
E não encontrar nada?
O quê qu'Eu vou fazer
E qual será o argumento
Que usarás pr'a me prender aqui
No interior desta fachada?
O quê qu'eu vou ver
Além de um mero passatempo
Que tenta aproveitar-se de mim
Oh, Súcubo mal encarnada?
Tu és um portal que não me leva a lado algum
Tu, mais esses enredos teus
Eu entrei pela tua cona e saí pelo teu cu
E nem sequer te disse adeus
Eu até posso submeter a este mundo
Eu até posso indulgir-me no teu rancor
Mas, não é por estar num sonho profundo
Qu'Eu vou brincar com o amor
Tu até podes ser uma réplica gira
Flor bonita que não murcha no outono
Mas, Eu não creio nessas mentiras
Por isso, vinde lá, paralisia de sono
*
"Enquanto um homem jaz de bariga para cima
Trancado no pesadelo que ele mesmo criou
As mãos do abismo dedilham o prisma
Onde a luz, outrora brilhou
Mas, o homem não teme o vazio
Nem mesmo pede por auxílio
O homem queixa-se desapontado à escuridão"
- Ai, ai, ai. Que falta d'imaginação
*
O meu subconsciente diz que não se responsabiliza
O meu alter ego teimoso, também não assume, Nega!
E na minha parva indignação, Eu escrevo uma missiva
Mas, a carta não chega a lado algum e dá-se a quebra
- Quebra do quê?
Do sonho.
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
RAVE (Confronto D'Almas / Sangue Na Pista De Dança)
As arenas viram santuários
Os escravos viram estrelas
As caves tornam-se obituários
E os demónios saem das celas
O povo grita possesso e histérico
Emerso na adrenalina de combate
E o anfitrião inicia o espectáculo épico
- Gladiadores ide para o abate!
Os espectadores exigem o confronto
Poi,s no ringue não existe misericórdia
A plateia não quer saber s'estas pronto
Nem quem Tu és, nem da tua história
Os tambores de guerra começam a rugir
E ansiedade faz o teu corpo vibrar
Tu és o cobarde que vai tentar fugir
Ou és o bravo que vai logo dançar?
S'Eu te dissesse que ias desaparecer
Ias contente, ou ias pedir desforra?
É que eventualmente um dia vais morrer
Mas, se morreres hoje, morre com honra
Por isso, dança! Empurra! Chuta
Odeia-me! Como Eu te odeio!
Ataca-me! mata-me! Luta!
Antes qu'Eu te corte ao meio!
*
Os glowsticks viram gládios
Sedentas para eviscerar o adversário
O caos toma conta do estádio
E o sangue flui pelas ondas de rádio
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Deixa-Me Coser O Teu Coração
O colapso do chão é duro
As vezes deixa fissuras
Quando o destino torna-se cru
E a vida numa tortura
Pelas feridas do teu coração
Eu vejo uma alma que sofre
Que grita em tom de perdição
Embora, ninguem lhe ouve
Pelo reflexo dos teus olhos
Eu revejo-me no passado
Na penumbra, ausente de luz
Murcho, completamente baço
E os ecos do silêncio tocam em mim
Com uma angustiante vibração
Eu não te quero ver mais assim
Por isso deixa-me cozer o teu coração
Deixa-me retirar a trágica agulha
Que te espetaram no meio da carne
Enquanto tu fechas os olhos e mergulhas
Nesse líquido que escorre e arde
Deixa-me usar a ténue linha
Que tu usas para separar
O que te repugna, o que te fascina
E o que tu não sabes categorizar
Eu não quero nada em troca
Não existe nenhum esquema sombrio
É que o Outono está a porta
E Eu não quero que passes tanto frio
Não fiques nessa perdição
Esquece o que te aconteceu
Deixa-me coser o teu coração
Como a música coseu o meu
Blackiezato Ravenspawn
As vezes deixa fissuras
Quando o destino torna-se cru
E a vida numa tortura
Pelas feridas do teu coração
Eu vejo uma alma que sofre
Que grita em tom de perdição
Embora, ninguem lhe ouve
Pelo reflexo dos teus olhos
Eu revejo-me no passado
Na penumbra, ausente de luz
Murcho, completamente baço
E os ecos do silêncio tocam em mim
Com uma angustiante vibração
Eu não te quero ver mais assim
Por isso deixa-me cozer o teu coração
Deixa-me retirar a trágica agulha
Que te espetaram no meio da carne
Enquanto tu fechas os olhos e mergulhas
Nesse líquido que escorre e arde
Deixa-me usar a ténue linha
Que tu usas para separar
O que te repugna, o que te fascina
E o que tu não sabes categorizar
Eu não quero nada em troca
Não existe nenhum esquema sombrio
É que o Outono está a porta
E Eu não quero que passes tanto frio
Não fiques nessa perdição
Esquece o que te aconteceu
Deixa-me coser o teu coração
Como a música coseu o meu
Blackiezato Ravenspawn
Companheira De Caça
Nem sabes o quanto preciso
De uma companheira de caça
Para ter sempre ao meu flanco
E encher-me com a sua graça
Pois caçar sozinho, é exaustivo
Quando não partilhas o mesmo trilho
Com outro caçador furtivo
E tens de ter sempre o dedo no gatilho
Quando a noite cai, densa e escura
E os predadores andam à mostra
E Tu não tens quem te acuda
Nem quem te cubra as costas
Quando olhas para o céu e está vazio
E nele não brilha nenhuma estrela
E o velho que vendia cães, sorriu
- Não, Tu precisas é d'uma cadela
Blackiezato Ravenspawn
De uma companheira de caça
Para ter sempre ao meu flanco
E encher-me com a sua graça
Pois caçar sozinho, é exaustivo
Quando não partilhas o mesmo trilho
Com outro caçador furtivo
E tens de ter sempre o dedo no gatilho
Quando a noite cai, densa e escura
E os predadores andam à mostra
E Tu não tens quem te acuda
Nem quem te cubra as costas
Quando olhas para o céu e está vazio
E nele não brilha nenhuma estrela
E o velho que vendia cães, sorriu
- Não, Tu precisas é d'uma cadela
Blackiezato Ravenspawn
Depressão Sazonal (Flores De Cristal)
O Sol Dourado perde a intensidade
As nuvens cinzentas cobrem o horizonte
O meu corpo enche-se d'humidade
E a minh'alma ao frio, dele se esconde
O meu cabelo como uma flor, murcha e cai
Com o peso divino da chuva,
E numa busca de atrair a luz que se esvai
Perde a cor e fica escura
É o regresso da depressão sazonal
Que de novo me volta a visitar
Sempre envolta no seu manto glacial
Que dá a volta ao mundo para nos alertar
- Que para existir criação, tem de haver morte
- É o ciclo da vida, a lei do céu e da terra
Mas, Eu não me ralo, pois a semente é forte
E brotará outra vez, na primavera
E é enchendo-me de nostalgia que sucumbo ao sono
E é sobre a mão dos elementos qu'Eu hiberno
Acabando a sonambular como um morto-vivo no outono
Até morrer mais tarde nos portões do inverno
- Porque para existir criação tem de haver morte
- É o ciclo da vida, a lei do céu e da terra
Mas, Eu não me ralo, pois a semente é forte
E brotará outra vez, na primavera
Porque todas as flores de cristal
Filhas do vento-frio e da água
São congeladas pelo toque invernal
Para morrerem, mas, não sentirem mágoa
Porque todas as flores de cristal
Que no inverno se atreveram a nascer
São expostas à depressão sazonal
Até ao dia que o gelo começa a derreter
Blackiezato Ravenspawn
As nuvens cinzentas cobrem o horizonte
O meu corpo enche-se d'humidade
E a minh'alma ao frio, dele se esconde
O meu cabelo como uma flor, murcha e cai
Com o peso divino da chuva,
E numa busca de atrair a luz que se esvai
Perde a cor e fica escura
É o regresso da depressão sazonal
Que de novo me volta a visitar
Sempre envolta no seu manto glacial
Que dá a volta ao mundo para nos alertar
- Que para existir criação, tem de haver morte
- É o ciclo da vida, a lei do céu e da terra
Mas, Eu não me ralo, pois a semente é forte
E brotará outra vez, na primavera
E é enchendo-me de nostalgia que sucumbo ao sono
E é sobre a mão dos elementos qu'Eu hiberno
Acabando a sonambular como um morto-vivo no outono
Até morrer mais tarde nos portões do inverno
- Porque para existir criação tem de haver morte
- É o ciclo da vida, a lei do céu e da terra
Mas, Eu não me ralo, pois a semente é forte
E brotará outra vez, na primavera
Porque todas as flores de cristal
Filhas do vento-frio e da água
São congeladas pelo toque invernal
Para morrerem, mas, não sentirem mágoa
Porque todas as flores de cristal
Que no inverno se atreveram a nascer
São expostas à depressão sazonal
Até ao dia que o gelo começa a derreter
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Homem Puta
Eu sou o teu homem puta
Eu sou o teu homem puta
Pois Eu adoro as mulheres
Que sabem dar luta
Eu sou o teu homem puta
Eu sou o teu homem puta
Por isso faz o que quiseres
Não importa se és bruta
Eu quero ser usado
Por ti, minha Dominatrix
Eu quero ser o quadro
Onde tu passas o giz
Eu penso em ti a toda a hora
Eu quero ver-te feliz
Por isso, sê a minha professora
Para Eu ser teu aprendiz
Eu quero ser o teu escravo
Eu quero ser o teu cão
Como se fosse mil quinhentos e quatro
E ainda existisse escravidão
Eu quero que me agarres o pescoço
E quero que me subjugues no chão
Eu quero que me mostres o poço
Onde Tu escondes a tua perversão
Eu quero que me metas a venda
Eu quero que me metas o cabedal
Eu quero venerar a tua renda
E ser o teu brinquedo sexual
Eu quero que me metas a trela
Eu quero que me trates mal
Eu quero que me tranques na cela
E que me chames animal
Eu quero o meu castigo
Eu quero a minha dose
Como Eu Quero o teu regozijo
Cara senhora, minha Domme
Eu quero asfixiar-me na tua dor
Para gritar maluco ao microfone
O quanto imenso amor
Eu tenho pelo teu chicote
Hoje dou-me de forma submissa
Por isso, senta-te na minha cara
Eu quero que me degrades a vida
Por favor... Cospe-me na alma!
Blackiezato Ravenspawn
Eu sou o teu homem puta
Pois Eu adoro as mulheres
Que sabem dar luta
Eu sou o teu homem puta
Eu sou o teu homem puta
Por isso faz o que quiseres
Não importa se és bruta
Eu quero ser usado
Por ti, minha Dominatrix
Eu quero ser o quadro
Onde tu passas o giz
Eu penso em ti a toda a hora
Eu quero ver-te feliz
Por isso, sê a minha professora
Para Eu ser teu aprendiz
Eu quero ser o teu escravo
Eu quero ser o teu cão
Como se fosse mil quinhentos e quatro
E ainda existisse escravidão
Eu quero que me agarres o pescoço
E quero que me subjugues no chão
Eu quero que me mostres o poço
Onde Tu escondes a tua perversão
Eu quero que me metas a venda
Eu quero que me metas o cabedal
Eu quero venerar a tua renda
E ser o teu brinquedo sexual
Eu quero que me metas a trela
Eu quero que me trates mal
Eu quero que me tranques na cela
E que me chames animal
Eu quero o meu castigo
Eu quero a minha dose
Como Eu Quero o teu regozijo
Cara senhora, minha Domme
Eu quero asfixiar-me na tua dor
Para gritar maluco ao microfone
O quanto imenso amor
Eu tenho pelo teu chicote
Hoje dou-me de forma submissa
Por isso, senta-te na minha cara
Eu quero que me degrades a vida
Por favor... Cospe-me na alma!
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
Estou A Ficar Velho
Estou a ficar velho.
Velho! Mas, não idoso
Embora já sinta os joelhos
A quererem mais repouso
É... E agora que penso
Até a tropa me fez bem
Serviu para me dar senso
E valor à minha mãe
Estou a ficar velho.
Velho! Embora mais rijo
Pois, já não sou um fedelho
Agora tenho cautela com o que digo
É... E agora que penso
Só recentemente é que aprendi a viver
Sendo mais simples, menos denso,
Sem pressa alguma de crescer
Estou a ficar velho.
Velho! Apesar de ainda jovem
A ficar mais doce, mais vermelho
A ganhar a maturidade d'homem
É... E agora que penso
Reparo que pouquíssimo sei
Enquanto vejo os sinais do tempo
A revelar-me no qu'Eu me tornei
Estou a ficar velho.
Velho! Portanto mais sábio
Logo, ligo mais aos conselhos
Do que aos truques dos lábios
É... E agora que penso
A vida é assim, por isso tanto me faz
Mas, será mesmo verdade, ó vento?
- Fwooooooooooooosh. Sim, estás.
Blackiezato Ravenspawn
Velho! Mas, não idoso
Embora já sinta os joelhos
A quererem mais repouso
É... E agora que penso
Até a tropa me fez bem
Serviu para me dar senso
E valor à minha mãe
Estou a ficar velho.
Velho! Embora mais rijo
Pois, já não sou um fedelho
Agora tenho cautela com o que digo
É... E agora que penso
Só recentemente é que aprendi a viver
Sendo mais simples, menos denso,
Sem pressa alguma de crescer
Estou a ficar velho.
Velho! Apesar de ainda jovem
A ficar mais doce, mais vermelho
A ganhar a maturidade d'homem
É... E agora que penso
Reparo que pouquíssimo sei
Enquanto vejo os sinais do tempo
A revelar-me no qu'Eu me tornei
Estou a ficar velho.
Velho! Portanto mais sábio
Logo, ligo mais aos conselhos
Do que aos truques dos lábios
É... E agora que penso
A vida é assim, por isso tanto me faz
Mas, será mesmo verdade, ó vento?
- Fwooooooooooooosh. Sim, estás.
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 3 de setembro de 2016
Sentimentos
Eu costumava ter sentimentos
E orgulhos deles, não vergonha
Depois afoguei-os no esquecimento
Algures na minha fronha
E submersos na minha almofada
Eles ainda nadam dentro de mim
Enquanto Eu plano algures na cama
Um pouco acima da superfície
Eu tento espelhar o que sinto
Mas, o que vejo é demasiado denso
Não é palpável, nem suscito
É como o oceano, profundo e extenso
Antes era imaturo viciado no sentir
E expressava tudo sem nada saber
Hoje tenho o necessário para construir
Mas, não tenho vontade de o fazer
Blackiezato Ravenspawn
E orgulhos deles, não vergonha
Depois afoguei-os no esquecimento
Algures na minha fronha
E submersos na minha almofada
Eles ainda nadam dentro de mim
Enquanto Eu plano algures na cama
Um pouco acima da superfície
Eu tento espelhar o que sinto
Mas, o que vejo é demasiado denso
Não é palpável, nem suscito
É como o oceano, profundo e extenso
Antes era imaturo viciado no sentir
E expressava tudo sem nada saber
Hoje tenho o necessário para construir
Mas, não tenho vontade de o fazer
Blackiezato Ravenspawn
Alma-Gémea "Soulmate"
Deus! Nada me assola o meu coração,
Que o puxar desse etéreo cordel.
Quando a noite traz a solidão
Para vir dançar na torre de babel.
Nem uma eternidade de prazer,
No jardim do éden repleto de luz.
Conseguirá um dia mesmo valer,
O amor que a sua alma produz.
Deus! Como eu penso tanto nela,
Após estes longos anos tristes.
Sem saber quem no fundo é Ela,
Embora sabendo qu'Ela existe.
Bem longe, silenciosa e ennui,
Farta de esperar como Eu, enfim.
Puxando o tal cordel para si,
O mesmo qu'Eu puxo para mim.
ATÉ O CORDEL NÃO ESTICAR MAIS!
Deus! Como dói a distância
Que tu puseste entre nós os dois!
O desejo, a fome e a ânsia
Que cresce e nos devora depois!
A minha alma pergunta-me pela sua irmã
Será que algum dia a vou ver?
Ou vais deixar isso para depois de amanhã
Quando um de nós morrer?
Deus! Do que vale uma vida nobre
Sem o conforto de uma alma-gémea,
Para quê ter dinheiro no meu cofre
Se o coração continua uma miséria?
Amor meu, não puxes tanto essa coisa
Qu'isso já não vai mais esticar!
Porque quanto mais puxas, menos força,
Eu tenho para me aguentar...
Firme.
Blackiezato Ravenspawn
Que o puxar desse etéreo cordel.
Quando a noite traz a solidão
Para vir dançar na torre de babel.
Nem uma eternidade de prazer,
No jardim do éden repleto de luz.
Conseguirá um dia mesmo valer,
O amor que a sua alma produz.
Deus! Como eu penso tanto nela,
Após estes longos anos tristes.
Sem saber quem no fundo é Ela,
Embora sabendo qu'Ela existe.
Bem longe, silenciosa e ennui,
Farta de esperar como Eu, enfim.
Puxando o tal cordel para si,
O mesmo qu'Eu puxo para mim.
ATÉ O CORDEL NÃO ESTICAR MAIS!
Deus! Como dói a distância
Que tu puseste entre nós os dois!
O desejo, a fome e a ânsia
Que cresce e nos devora depois!
A minha alma pergunta-me pela sua irmã
Será que algum dia a vou ver?
Ou vais deixar isso para depois de amanhã
Quando um de nós morrer?
Deus! Do que vale uma vida nobre
Sem o conforto de uma alma-gémea,
Para quê ter dinheiro no meu cofre
Se o coração continua uma miséria?
Amor meu, não puxes tanto essa coisa
Qu'isso já não vai mais esticar!
Porque quanto mais puxas, menos força,
Eu tenho para me aguentar...
Firme.
Blackiezato Ravenspawn
Gajas Complicadas
Eu gosto das gajas complicadas,
Das que sabem bem complicar.
Cheias de manias, mal humoradas
E difíceis de decifrar.
Eu gosto das gajas complicadas,
Das que são indecisas até ao fim.
De apreciar a beleza nas suas caras
Quando elas vêem algo ruim.
Eu gosto das gajas complicadas
E dos seus truques e tiques.
Tal e qual desejassem ser jogadas
Como é um cubo de Rubik.
Porque elas dão-me alta tesão,
Embora me gerem um grande dilema.
Quando eu lhes mostro a solução
E elas encaram como um problema.
Problema esse que é sempre igual!
Embora, Eu não o consiga entender!
E isso leva-me a pensar que afinal,
Quem é o complicado, sou mesmo Eu...
Blackiezato Ravenspawn
Das que sabem bem complicar.
Cheias de manias, mal humoradas
E difíceis de decifrar.
Eu gosto das gajas complicadas,
Das que são indecisas até ao fim.
De apreciar a beleza nas suas caras
Quando elas vêem algo ruim.
Eu gosto das gajas complicadas
E dos seus truques e tiques.
Tal e qual desejassem ser jogadas
Como é um cubo de Rubik.
Porque elas dão-me alta tesão,
Embora me gerem um grande dilema.
Quando eu lhes mostro a solução
E elas encaram como um problema.
Problema esse que é sempre igual!
Embora, Eu não o consiga entender!
E isso leva-me a pensar que afinal,
Quem é o complicado, sou mesmo Eu...
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Sencionalismo
Fantástica emboscada
Com alvo ao subconsciente
Armadilha orquestrada
De um jeito eloquente
Enredo que anda a roda
Só para iludir a razão
Com clichés da moda
Que chamam a atenção
Choque para os viciados
Que não conseguem resistir
E pavor para os desligados
Que clamam nada sentir
Um leque de boas intenções
Que se abre vistoso na sombra
E que desencadeia reacções
Que detonam petardos e bombas.
Subtil praga neuro-tóxica que actua
Enquanto a trama se desenrola e gira
Porque nem todos gostam da verdade crua e nua
E é por isso que a vestem com mentiras
Blackiezato Ravenspawn
Com alvo ao subconsciente
Armadilha orquestrada
De um jeito eloquente
Enredo que anda a roda
Só para iludir a razão
Com clichés da moda
Que chamam a atenção
Choque para os viciados
Que não conseguem resistir
E pavor para os desligados
Que clamam nada sentir
Um leque de boas intenções
Que se abre vistoso na sombra
E que desencadeia reacções
Que detonam petardos e bombas.
Subtil praga neuro-tóxica que actua
Enquanto a trama se desenrola e gira
Porque nem todos gostam da verdade crua e nua
E é por isso que a vestem com mentiras
Blackiezato Ravenspawn
Singularidade (O Fim)
A treva está a aumentar
O caos anda à solta
E o buraco está devorar
Tudo à minha volta
A matéria desintegra-se
À velocidade da luz
E a energia entrega-se
À entropia que a seduz
Pois às presas do infinito
Ninguém foge, ninguém se esconde
Quando é caço no bico
Do evento horizonte
O sangue já não circula
O ar fugiu-me do pescoço
Fui arrastado pela loucura
Que existe no fundo do poço
Onde as galáxias são esmagadas
Pelo enorme peso da gravidade
E onde estrelas são detonadas
Nos olhos da singularidade
E é dissolvendo-me surdo-mudo
Prestes a tornar-me em pó
Que vejo nada tornar-se tudo
E todos nós num só
Enquanto os Deuses do Cosmos
Dão mais um espectáculo
Sempre ansiosos, sempre apostos
A abanar os seus tentáculos
E assim, Eu jazo na forja abismal
No estômago da estrela da destruição
Por não ter o privilégio astral
De caminhar na quarta dimensão...
*
Embora mais logo, acorde
Com os ecos do limbo na minha cabeça
Que apesar do sufoco, não me importe
Porque o fim... é lindo na mesma
Blackiezato Ravenspawn
O caos anda à solta
E o buraco está devorar
Tudo à minha volta
A matéria desintegra-se
À velocidade da luz
E a energia entrega-se
À entropia que a seduz
Pois às presas do infinito
Ninguém foge, ninguém se esconde
Quando é caço no bico
Do evento horizonte
O sangue já não circula
O ar fugiu-me do pescoço
Fui arrastado pela loucura
Que existe no fundo do poço
Onde as galáxias são esmagadas
Pelo enorme peso da gravidade
E onde estrelas são detonadas
Nos olhos da singularidade
E é dissolvendo-me surdo-mudo
Prestes a tornar-me em pó
Que vejo nada tornar-se tudo
E todos nós num só
Enquanto os Deuses do Cosmos
Dão mais um espectáculo
Sempre ansiosos, sempre apostos
A abanar os seus tentáculos
E assim, Eu jazo na forja abismal
No estômago da estrela da destruição
Por não ter o privilégio astral
De caminhar na quarta dimensão...
*
Embora mais logo, acorde
Com os ecos do limbo na minha cabeça
Que apesar do sufoco, não me importe
Porque o fim... é lindo na mesma
Blackiezato Ravenspawn
Sonhos Lúcidos
Contempla o mundo como um patrão
E sê megalómano por um mero dia
Agarra o destino na tua mão
E saboreia a tua maior fantasia
Transforma o teu quarto num bordel
E deixa os teus lençóis húmidos
Enquanto ejaculas suficiente pastel
Para pintar os teus sonhos lúcidos
Excêntrica paixão, infame realeza
Bizarra ostentação, doce vaidade
E eu pergunto-me, imerso em tal beleza
- Quem é que ainda precisa de realidade?
Quando no sonho tudo é de graça
E nem sequer tenho de esperar
E mesmo que seja baba na almofada
Para mim parece coca e caviar
Blackiezato Ravenspawn
E sê megalómano por um mero dia
Agarra o destino na tua mão
E saboreia a tua maior fantasia
Transforma o teu quarto num bordel
E deixa os teus lençóis húmidos
Enquanto ejaculas suficiente pastel
Para pintar os teus sonhos lúcidos
Excêntrica paixão, infame realeza
Bizarra ostentação, doce vaidade
E eu pergunto-me, imerso em tal beleza
- Quem é que ainda precisa de realidade?
Quando no sonho tudo é de graça
E nem sequer tenho de esperar
E mesmo que seja baba na almofada
Para mim parece coca e caviar
Blackiezato Ravenspawn
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Fada Do Absinto
Dizem que as fadas não existem
Então, o que faz uma, aqui?
Não importa as mágoas que persistem
Pois ela canta sublime para mim
E assim, o meu coração...
Enche-se de graça ao vê-la bailar
Enquanto, Eu jazo no chão...
Bêbado a delirar
Oh, fada esmeralda e santa
Que pairas divina pela brisa
Com essas asas, Tu me encantas
E com esses olhos, Tu me hipnotizas
Então, vem! Beija o meu rosto!
E livrai-me deste desassossego!
Pois não ver-te causa-me desgosto
E é por isso, qu'Eu tanto bebo
Porque às vezes custa-me a crêr
Logo, guio-me pelo meu instinto
E é por isso qu'eu tendo a beber
Para ver-te, oh fada do absinto
Blackiezato Ravenspawn
Então, o que faz uma, aqui?
Não importa as mágoas que persistem
Pois ela canta sublime para mim
E assim, o meu coração...
Enche-se de graça ao vê-la bailar
Enquanto, Eu jazo no chão...
Bêbado a delirar
Oh, fada esmeralda e santa
Que pairas divina pela brisa
Com essas asas, Tu me encantas
E com esses olhos, Tu me hipnotizas
Então, vem! Beija o meu rosto!
E livrai-me deste desassossego!
Pois não ver-te causa-me desgosto
E é por isso, qu'Eu tanto bebo
Porque às vezes custa-me a crêr
Logo, guio-me pelo meu instinto
E é por isso qu'eu tendo a beber
Para ver-te, oh fada do absinto
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Homo Machina
Cercado por tanta tecnologia
Ao som do ruído das máquinas
Que ressoa sem fim todos os dias
Como se fossem serras e lâminas
Toda a gente é um robô
Como toda a gente tem um telemóvel
Toda a gente é um bobo
Que acha mover-se quando está imóvel
Eu já não sinto a minh'alma cheia
Eu só sinto a carga da corrente
Que me corre pulsante pelas veias
E que me deixa excitado e demente
A minha cabeça está cheia de publicidade
O meu corpo de toxinas industriais
O sangue sobrecarregado de electricidade
E os meus olhos de pixeis digitais
Eu às vezes perco o controlo
Como também perco a memória
E acabo por seguir o protocolo
Por não ter vontade própria
Eu quero ficar à tua mercê
Eu desejo sentir-me conectado
Deixa-me ligar o meu cabo USB
E partilhar-te os meus dados
Mais um bebé, mais um peão
Mais um homo machina a sair,
Da linha de produção
Para se auto-destruir
Mais um homem, mais um clone
Mais um parasita, mais uma barata,
Mais um contribuinte, mais um drone
Em direcção à sucata
Blackiezato Ravenspawn
Ao som do ruído das máquinas
Que ressoa sem fim todos os dias
Como se fossem serras e lâminas
Toda a gente é um robô
Como toda a gente tem um telemóvel
Toda a gente é um bobo
Que acha mover-se quando está imóvel
Eu já não sinto a minh'alma cheia
Eu só sinto a carga da corrente
Que me corre pulsante pelas veias
E que me deixa excitado e demente
A minha cabeça está cheia de publicidade
O meu corpo de toxinas industriais
O sangue sobrecarregado de electricidade
E os meus olhos de pixeis digitais
Eu às vezes perco o controlo
Como também perco a memória
E acabo por seguir o protocolo
Por não ter vontade própria
Eu quero ficar à tua mercê
Eu desejo sentir-me conectado
Deixa-me ligar o meu cabo USB
E partilhar-te os meus dados
Mais um bebé, mais um peão
Mais um homo machina a sair,
Da linha de produção
Para se auto-destruir
Mais um homem, mais um clone
Mais um parasita, mais uma barata,
Mais um contribuinte, mais um drone
Em direcção à sucata
Blackiezato Ravenspawn
Comida Chinesa I - Febre Amarela
Deleito-me com doces sonhos húmidos,
Cozinhados à antiga forma oriental.
Temperados com os desejos púdicos
Que existem submersos no arrozal.
- Que Sensação suave, embora'sporádica
Ver-te nua numa malga de porcelana!
A quantidade de volúpia aromática
Que me cativa e me possui com gana
E só de olhar, Eu transpiro de calor
E sem hesitar, Eu deito-me ao teu leito.
Enquanto inspiro o teu saboroso vapor
Como se tratasse d'uma Lotus ao peito.
E é completamente seduzido qu'Eu suspiro,
Só com uma pequena amostra da panela.
Apesar de não ser verdade, só um delirio
Pois estou enfermo com febre amarela.
Blackiezato Ravenspawn
Cozinhados à antiga forma oriental.
Temperados com os desejos púdicos
Que existem submersos no arrozal.
- Que Sensação suave, embora'sporádica
Ver-te nua numa malga de porcelana!
A quantidade de volúpia aromática
Que me cativa e me possui com gana
E só de olhar, Eu transpiro de calor
E sem hesitar, Eu deito-me ao teu leito.
Enquanto inspiro o teu saboroso vapor
Como se tratasse d'uma Lotus ao peito.
E é completamente seduzido qu'Eu suspiro,
Só com uma pequena amostra da panela.
Apesar de não ser verdade, só um delirio
Pois estou enfermo com febre amarela.
Blackiezato Ravenspawn
terça-feira, 19 de julho de 2016
Vida
Nada carpa, nada-nada
Nada contra a corrente,
Enquanto sobes a cascata
Em direcção à nascente.
Voa gaivota, voa-voa
Voa por cima da ponte,
E leva o barco pela popa
De volta ao horizonte.
Corre cavalo, corre-corre
Corre livre pelo prado,
Lembra-te que Tu és nobre
E não do homem, escravo.
Canta miúdo, canta-canta
Não fiques aí tristonho,
Pois cada lágrima que derramas
É um fragmento d'um sonho.
Sorri velho, sorri-sorri
Não sejas assim tão sério,
Ainda existe vida em ti
Se olhares além do cemitério.
Blackiezato Ravenspawn
Nada contra a corrente,
Enquanto sobes a cascata
Em direcção à nascente.
Voa gaivota, voa-voa
Voa por cima da ponte,
E leva o barco pela popa
De volta ao horizonte.
Corre cavalo, corre-corre
Corre livre pelo prado,
Lembra-te que Tu és nobre
E não do homem, escravo.
Canta miúdo, canta-canta
Não fiques aí tristonho,
Pois cada lágrima que derramas
É um fragmento d'um sonho.
Sorri velho, sorri-sorri
Não sejas assim tão sério,
Ainda existe vida em ti
Se olhares além do cemitério.
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Lago Das Fadas
Deixa pegar na tua cabeça
E mergulha-la debaixo d'água
Para afogar a tua incerteza
Com o resto da tua mágoa
Pois, este é o teu baptismo
Por isso, esquece a tua vida passada
Porque a agora meu amigo
Tu reencarnaste numa fada
Levanta agora a tua cabeça
Abre os olhos, respira fundo
E contempla a derradeira beleza
Que existe no nosso mundo
Pois, Este é o teu baptismo
A ressurreição da tua alma
Onde nós te trazemos do abismo
Para junto do lago das fadas
E mergulha-la debaixo d'água
Para afogar a tua incerteza
Com o resto da tua mágoa
Pois, este é o teu baptismo
Por isso, esquece a tua vida passada
Porque a agora meu amigo
Tu reencarnaste numa fada
Levanta agora a tua cabeça
Abre os olhos, respira fundo
E contempla a derradeira beleza
Que existe no nosso mundo
Pois, Este é o teu baptismo
A ressurreição da tua alma
Onde nós te trazemos do abismo
Para junto do lago das fadas
domingo, 10 de julho de 2016
Lágrimas D'Elfo
Os humanos têm o coração rijo que nem pedra
Polido pelo capitalismo, tornado em mármore
São os invasores que ameaçam a floresta
Enquanto os nativos se agarram as árvores
Só a terra sabe o quanto custa
E só o céu sabe o quanto doí
Ouvir o som da máquina robusta
Que pilha e que tanto destrói
As fadas tornam-se em cinzas
O espíritio deixa de ser eterno
E dos meus olhos saem lindas
Embora tristes, lágrimas d'Elfo
A ganância humana não finda
Arde como as piras do inferno
E dos meus olhos saem lindas
Embora tristes, lágrimas d'Elfo
Blackiezato Ravenspawn
Polido pelo capitalismo, tornado em mármore
São os invasores que ameaçam a floresta
Enquanto os nativos se agarram as árvores
Só a terra sabe o quanto custa
E só o céu sabe o quanto doí
Ouvir o som da máquina robusta
Que pilha e que tanto destrói
As fadas tornam-se em cinzas
O espíritio deixa de ser eterno
E dos meus olhos saem lindas
Embora tristes, lágrimas d'Elfo
A ganância humana não finda
Arde como as piras do inferno
E dos meus olhos saem lindas
Embora tristes, lágrimas d'Elfo
Blackiezato Ravenspawn
quarta-feira, 29 de junho de 2016
Nostalgia Monocromática II
O passado escondido ecoa
O futuro ansioso suspira
Enquanto o presente gira
Nas mãos do destino à toa
A caixa de memórias é boa
A galeria de sonhos, gira
Só que a realidade é que é mentira
Pois o tempo muda e voa
Mas, a nostalgia volta numa canção
Embora Eu já não ache grande mistério
Como d'antes cativava a minha visão
E agora já não levo muito a sério
Tal e qual os góticos que já não vão
Tirar fotografias pro cemitério
Blackiezato Ravenspawn
O futuro ansioso suspira
Enquanto o presente gira
Nas mãos do destino à toa
A caixa de memórias é boa
A galeria de sonhos, gira
Só que a realidade é que é mentira
Pois o tempo muda e voa
Mas, a nostalgia volta numa canção
Embora Eu já não ache grande mistério
Como d'antes cativava a minha visão
E agora já não levo muito a sério
Tal e qual os góticos que já não vão
Tirar fotografias pro cemitério
Blackiezato Ravenspawn
terça-feira, 28 de junho de 2016
Mestre Do (Des)engate "Reverse Pick-Up Artist" II
Eu sei que não tenho o que fazer
Como sei que não tenho aonde ir
Mas, invés de ficar aqui e comer
Eu prefiro mais sair e ir dormir
Não percas mais o teu tempo comigo
Pois Eu não te vou dar atenção
Eu prefiro deitar-me num jazigo
Nos braços da minha solidão
Não esperes por quem não quer esperar
Nem te atrevas a falar-me de amor
Porque S'Eu quisesse mesmo dançar
Eu teria escolhido outra bem melhor
O jogo do engate é uma fachada
Uma desculpa foleira que até mete dó
É tão aborrecido, nem tem piada
E é por isso que estou tão só.
Eu sei muito bem como se brinca
Eu só tenho que dizer que sim
Mas, infelizmente, minha menina
A minha vida não me educou assim
Eu sei que Tu estavas no papo
E Eu no tabuleiro, em cheque-mate
Mas, Eu não sou o teu escravo
Eu sou o mestre do desengate
Não esperes qu'Eu tenha de ti pena
Uns dias temos azar, outros sorte
Por isso não vale a pena criar cena
Pois não é tão grave, é só um corte
Eu sou um gajo complexo e sensível
E Tu devias ter tecido com cautela
Mas, Tu achastes-te imprescindível
Por teres uma cara e uma silhueta bela
Eu sei que Tu és uma princesa
Que tem o que quer e uma vida cómoda
Mas, Eu não entendo a tua realeza
Pois eu sou um vadio, um nómada
Eras tão eloquente e tão composta
Mas, a tua essência desvaneceu na hora
Na altura em qu'Eu virei as costas
E disse-te que me ia embora
Eu já te disse que não sou tímido
Eu só quero estar em sossego
Porque neste jogo uns são levados pela libido
Enquanto os outros são levados pelo ego
Eu sei que não tinha nada a perder
Como sei que só tinha de fingir
Mas, invés de aceitar e me conceder
Eu escolhi mesmo me abstrair
Blackiezato Ravenspawn
Como sei que não tenho aonde ir
Mas, invés de ficar aqui e comer
Eu prefiro mais sair e ir dormir
Não percas mais o teu tempo comigo
Pois Eu não te vou dar atenção
Eu prefiro deitar-me num jazigo
Nos braços da minha solidão
Não esperes por quem não quer esperar
Nem te atrevas a falar-me de amor
Porque S'Eu quisesse mesmo dançar
Eu teria escolhido outra bem melhor
O jogo do engate é uma fachada
Uma desculpa foleira que até mete dó
É tão aborrecido, nem tem piada
E é por isso que estou tão só.
Eu sei muito bem como se brinca
Eu só tenho que dizer que sim
Mas, infelizmente, minha menina
A minha vida não me educou assim
Eu sei que Tu estavas no papo
E Eu no tabuleiro, em cheque-mate
Mas, Eu não sou o teu escravo
Eu sou o mestre do desengate
Não esperes qu'Eu tenha de ti pena
Uns dias temos azar, outros sorte
Por isso não vale a pena criar cena
Pois não é tão grave, é só um corte
Eu sou um gajo complexo e sensível
E Tu devias ter tecido com cautela
Mas, Tu achastes-te imprescindível
Por teres uma cara e uma silhueta bela
Eu sei que Tu és uma princesa
Que tem o que quer e uma vida cómoda
Mas, Eu não entendo a tua realeza
Pois eu sou um vadio, um nómada
Eras tão eloquente e tão composta
Mas, a tua essência desvaneceu na hora
Na altura em qu'Eu virei as costas
E disse-te que me ia embora
Eu já te disse que não sou tímido
Eu só quero estar em sossego
Porque neste jogo uns são levados pela libido
Enquanto os outros são levados pelo ego
Eu sei que não tinha nada a perder
Como sei que só tinha de fingir
Mas, invés de aceitar e me conceder
Eu escolhi mesmo me abstrair
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 10 de junho de 2016
A Chinesinha
Adoro ver-te quando vens à minha mesa,
Com os teus misteriosos olhos rasgados.
E me serves elegante comida chinesa
Sem saberes que és o prato mais desejado.
Tu que me deixas tão estúpido e ansioso,
A salivar por dentro em antecipação.
E é aí qu'Eu saboreio o teu cabelo sedoso
Num fragmento da minha imaginação.
Eu tento falar, mas, não adianta,
Pois quando te fito, Eu perco a sensatez.
As palavras ficam presas na garganta
E assim, Eu engasgo-me na minha timidez.
Mas, Tu continuas bela pois o vislumbre é breve
E o trago da solidão, mais uma vez, volta.
E é suspirando qu'eEu olho para o meu crepe
E afogo-o com a minha paixão em molho de soja.
Desnorteado, sintonizo-me em oriente
Até o nosso enredo se tornar precoce
Mas, não me ralo muito, apesar de carente
Porque Eu sei que o amor é agridoce
Pois, Eu não sei se tu notas ou mesmo sabes
Como a tua presença faz-me perder os modos.
Tu qu'és feita de porcelana e brilhas como uma jade
Oh Diva do arrozal, oh querida flor de Lotus.
Ah! Como te imagino nua numa bandeja de prata,
Adornada em suave seda pr'a Eu te sentir.
Embora Eu hesiste e acabe por sentir a ressaca
De uma droga que nunca cheguei a consumir.
E assim como sempre, Eu saio na minha
E a magia da china estagna, cessa e some.
Enquanto Eu te abandono, oh Chinesinha
Rapariga cujo nem sequer, sei o teu nome.
Blackiezato Ravenspawn
Com os teus misteriosos olhos rasgados.
E me serves elegante comida chinesa
Sem saberes que és o prato mais desejado.
Tu que me deixas tão estúpido e ansioso,
A salivar por dentro em antecipação.
E é aí qu'Eu saboreio o teu cabelo sedoso
Num fragmento da minha imaginação.
Eu tento falar, mas, não adianta,
Pois quando te fito, Eu perco a sensatez.
As palavras ficam presas na garganta
E assim, Eu engasgo-me na minha timidez.
Mas, Tu continuas bela pois o vislumbre é breve
E o trago da solidão, mais uma vez, volta.
E é suspirando qu'eEu olho para o meu crepe
E afogo-o com a minha paixão em molho de soja.
Desnorteado, sintonizo-me em oriente
Até o nosso enredo se tornar precoce
Mas, não me ralo muito, apesar de carente
Porque Eu sei que o amor é agridoce
Pois, Eu não sei se tu notas ou mesmo sabes
Como a tua presença faz-me perder os modos.
Tu qu'és feita de porcelana e brilhas como uma jade
Oh Diva do arrozal, oh querida flor de Lotus.
Ah! Como te imagino nua numa bandeja de prata,
Adornada em suave seda pr'a Eu te sentir.
Embora Eu hesiste e acabe por sentir a ressaca
De uma droga que nunca cheguei a consumir.
E assim como sempre, Eu saio na minha
E a magia da china estagna, cessa e some.
Enquanto Eu te abandono, oh Chinesinha
Rapariga cujo nem sequer, sei o teu nome.
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 10 de abril de 2016
Para Eu Abandonar Este Inferno Mental
Eu escuto vozes hipnóticas
Mas, não vejo ninguém falar
Logo, torna-se difícil de entender
Como as devo interpretar
Eu sinto o toque da música
A deslizar pelo meu corpo
A assediar a minha alma
Quando Eu perco o controlo
Por isso diz-me o qu'Eu devo sentir
Porque Eu acho que já não sou normal
E diz-me por favor no que Eu deva crer
Porque eu já não sei bem o que é real
Diz-me aonde é que nós estamos
E porque razão Eu estou a bater tão mal
E diz-me para onde é que nós vamos
Para Eu abandonar este inferno mental
Eu pressinto por aí algo
Escondido algures na cidade
E agora sinto-me espiado
Por uma estranha curiosidade
Eu estou a divagar e alucinar
Completamente fora da realidade
E isso agora faz-me questionar
O estado da minha sanidade
Por isso diz-me o qu'Eu devo sentir
Porque Eu acho que já não sou normal
E diz-me por favor no que Eu deva crer
Porque eu já não sei bem o que é real
Diz-me aonde é que nós estamos
E porque razão Eu estou a bater tão mal
E diz-me para onde é que nós vamos
Para Eu abandonar este inferno mental
Blackiezato Ravenspawn
Mas, não vejo ninguém falar
Logo, torna-se difícil de entender
Como as devo interpretar
Eu sinto o toque da música
A deslizar pelo meu corpo
A assediar a minha alma
Quando Eu perco o controlo
Por isso diz-me o qu'Eu devo sentir
Porque Eu acho que já não sou normal
E diz-me por favor no que Eu deva crer
Porque eu já não sei bem o que é real
Diz-me aonde é que nós estamos
E porque razão Eu estou a bater tão mal
E diz-me para onde é que nós vamos
Para Eu abandonar este inferno mental
Eu pressinto por aí algo
Escondido algures na cidade
E agora sinto-me espiado
Por uma estranha curiosidade
Eu estou a divagar e alucinar
Completamente fora da realidade
E isso agora faz-me questionar
O estado da minha sanidade
Por isso diz-me o qu'Eu devo sentir
Porque Eu acho que já não sou normal
E diz-me por favor no que Eu deva crer
Porque eu já não sei bem o que é real
Diz-me aonde é que nós estamos
E porque razão Eu estou a bater tão mal
E diz-me para onde é que nós vamos
Para Eu abandonar este inferno mental
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 3 de abril de 2016
Quando A Piada Faz Ricochete
Quando a anedota é deverás potente
Que até a sua piada faz ricochete
Os que sofreram lamentam-se à gente
E os outros cúmplices enfiam o barrete
Porque a maioria dos tristes normais
Acham que uma vida prosperá, é uma vida séria
Logo, forçam o humor com gírias banais
Julgando que percebem de comédia
Embora, falhem no fundo em realizar
Que a virtude da graça esteja na clareza
Da realidade, quando a vida te faz tropeçar
Na espontaneidade de mais uma surpresa
É por isso que quando a piada volta para trás
E faz de mim o parvo que nem um boneco
Eu ainda me rio mais porque sou capaz
De entender a ironia da coisa que faz eco
Os "sensíveis" sentem muito, mas, não se riem
Os "insensíveis" gostam de humor negro e cru
Mas a maioria de todos eles não se cingem
Na felicidade... Porque não são como Tu
E agora digam-me lá que piada será melhor qu'esta?
Que aquela que não precisa de anedota alguma
Nem de alguém para ser alvo, enquanto há festa
Pois quem se ri da sua miséria, vale uma fortuna
Blackizato Ravenspawn
Que até a sua piada faz ricochete
Os que sofreram lamentam-se à gente
E os outros cúmplices enfiam o barrete
Porque a maioria dos tristes normais
Acham que uma vida prosperá, é uma vida séria
Logo, forçam o humor com gírias banais
Julgando que percebem de comédia
Embora, falhem no fundo em realizar
Que a virtude da graça esteja na clareza
Da realidade, quando a vida te faz tropeçar
Na espontaneidade de mais uma surpresa
É por isso que quando a piada volta para trás
E faz de mim o parvo que nem um boneco
Eu ainda me rio mais porque sou capaz
De entender a ironia da coisa que faz eco
Os "sensíveis" sentem muito, mas, não se riem
Os "insensíveis" gostam de humor negro e cru
Mas a maioria de todos eles não se cingem
Na felicidade... Porque não são como Tu
E agora digam-me lá que piada será melhor qu'esta?
Que aquela que não precisa de anedota alguma
Nem de alguém para ser alvo, enquanto há festa
Pois quem se ri da sua miséria, vale uma fortuna
Blackizato Ravenspawn
terça-feira, 22 de março de 2016
Como Comer Uma Maçã (Arte De Viver)
Eu Devorei muita da filosofia
Mais faminto que um etíope
E corri deslumbrante pela poesia
Tão veloz como um antílope
E tonto sem noção, Eu deambulei
Pelas ruas confusas do niilismo
Onde lá me perdi e me achei
Nas mãos absolutas do abismo
Eu gritei indomável em anarquia
Como a liberdade assim urge
Mas, desfocada, vi a alegria
Pois, a ignorância humana, é míope
Como contrariado, também cantei
Os ensinamentos do cristianismo
Mas, em Deus, Eu nunca toquei
Por crer tanto no empirismo
Não me mostres como se vive
Pois, Eu prefiro ser autodidacta
De regras sempre me abstive
Pois, a minha orientação é errata
Nem me perguntes no qu'Eu creio
Pois, não existe algo em que crer
A morte é o final, o resto é paleio
Dito por quem não sabe a arte de viver
Eu nunca quis usar o babete nem o bibe
E agora recuso-me a dar o nó na gravata
Pois, Eu podia ser tudo, mas, não me contive
Por me contentar com uma vida pacata
Eu não me ralo se tu a partes ao meio
Ou se engoles o caroço sem querer saber
Pois, tanto a casca como o recheio
Come cada um da forma que entender
Blackiezato Ravenspawn
Mais faminto que um etíope
E corri deslumbrante pela poesia
Tão veloz como um antílope
E tonto sem noção, Eu deambulei
Pelas ruas confusas do niilismo
Onde lá me perdi e me achei
Nas mãos absolutas do abismo
Eu gritei indomável em anarquia
Como a liberdade assim urge
Mas, desfocada, vi a alegria
Pois, a ignorância humana, é míope
Como contrariado, também cantei
Os ensinamentos do cristianismo
Mas, em Deus, Eu nunca toquei
Por crer tanto no empirismo
Não me mostres como se vive
Pois, Eu prefiro ser autodidacta
De regras sempre me abstive
Pois, a minha orientação é errata
Nem me perguntes no qu'Eu creio
Pois, não existe algo em que crer
A morte é o final, o resto é paleio
Dito por quem não sabe a arte de viver
Eu nunca quis usar o babete nem o bibe
E agora recuso-me a dar o nó na gravata
Pois, Eu podia ser tudo, mas, não me contive
Por me contentar com uma vida pacata
Eu não me ralo se tu a partes ao meio
Ou se engoles o caroço sem querer saber
Pois, tanto a casca como o recheio
Come cada um da forma que entender
Blackiezato Ravenspawn
Lamentos Dos Elementos II - Traça Milenar (Primavera)
Por anos, acolhi uma pequena parasita,
Em segredo, na flora da minha mente.
Criatura essa, asquerosa e tão esquisita,
Completamente vulnerável e tão carente.
E alimentando-se dos meus sentimentos,
Ela sobreviveu aos meus pesadelos.
E inspirando os meus poemas como incensos,
Ela tentou trepar pelos meus cabelos.
Embora por anos ela tentou evoluir,
Apesar de ficar muitos anos à espera.
Vendo o meu ser, várias vezes ruir
Sem alguma vez conhecer a primavera.
Mas, hoje, a crisálida da minha alma,
Revelou-se, como se mostra uma violeta.
E de dentro dela, essa esquecida lagarta,
Metamorfoseou-se numa sublime borboleta.
*
Hoje os meus sonhos ganham altitude,
E o ciclo da vida volta a recomeçar.
O horizonte enche-me de plenitude
E Eu voo nas asas da traça milenar.
Blackiezato Ravenspawn
Em segredo, na flora da minha mente.
Criatura essa, asquerosa e tão esquisita,
Completamente vulnerável e tão carente.
E alimentando-se dos meus sentimentos,
Ela sobreviveu aos meus pesadelos.
E inspirando os meus poemas como incensos,
Ela tentou trepar pelos meus cabelos.
Embora por anos ela tentou evoluir,
Apesar de ficar muitos anos à espera.
Vendo o meu ser, várias vezes ruir
Sem alguma vez conhecer a primavera.
Mas, hoje, a crisálida da minha alma,
Revelou-se, como se mostra uma violeta.
E de dentro dela, essa esquecida lagarta,
Metamorfoseou-se numa sublime borboleta.
*
Hoje os meus sonhos ganham altitude,
E o ciclo da vida volta a recomeçar.
O horizonte enche-me de plenitude
E Eu voo nas asas da traça milenar.
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 12 de março de 2016
Liberta-te
Liberta-te de mim minh'alma
Não percas o teu tempo aqui
Pois, Eu não possuo a calma
Que Tu tanto buscas para ti
Liberta-te no espaço e transcende
No éter, livre do fardo deste corpo
Não sejas a prisioneira d'uma mente
Que pertence a este homem morto
Liberta-te da terra e segue a lua
E desprende-te desta estática raiz
Pois esta flor continua murcha
E não tem o poder para te fazer feliz
Liberta-te do toque disfórico do pranto
Das presas da sede, das garras fome
E leva contigo todos os meus cantos
Quando a morte disser o meu nome
Liberta-te de mim, minha querida
Tem uma boa viagem e vai em paz
Diz adeus a esta tediosa vida
E nunca mais voltes para trás
Liberta-te da rotina e sê incrível
E vai para onde sempre quiseste estar
Pois quanto te vejo presa no papel
Só me dás vontade de o rasgar
Liberta-te no auge, minha princesa
E não sucumbas à minha lucidez
Nem deixes que a minha tristeza
Te torne naquilo que tu não és
Liberta-te deste abraço frio
Liberta-te deste destino atroz
E não deixes que o meu vazio
Silencie a tua bela voz
Liberta-te deste meu organismo
Liberta-te desta tenebrosa cruz
E não fiques nesse omino abismo
Que se alimenta da tua luz
Liberta-te desta ruína, deste desgosto
Desta miséria insípida e ruim
Pois as lágrimas já não me escorrem pelo rosto
Quando tu suspiras dentro de mim
Liberta-te, enquanto Eu berro
A indiferente noção qu'Eu sempre tive
Porque tudo o qu'Eu agora mais quero
É que Tu ao menos, sejas livre
Não te entrelaces nessa espiral enlanguescedora
Solta-te da gravidade das coisas e eleva-te...
Eu não me arrependo de nada, por isso vai-te embora
O meu torso está aberto, agora vai, liberta-te...
Blackiezato Ravenspawn
Não percas o teu tempo aqui
Pois, Eu não possuo a calma
Que Tu tanto buscas para ti
Liberta-te no espaço e transcende
No éter, livre do fardo deste corpo
Não sejas a prisioneira d'uma mente
Que pertence a este homem morto
Liberta-te da terra e segue a lua
E desprende-te desta estática raiz
Pois esta flor continua murcha
E não tem o poder para te fazer feliz
Liberta-te do toque disfórico do pranto
Das presas da sede, das garras fome
E leva contigo todos os meus cantos
Quando a morte disser o meu nome
Liberta-te de mim, minha querida
Tem uma boa viagem e vai em paz
Diz adeus a esta tediosa vida
E nunca mais voltes para trás
Liberta-te da rotina e sê incrível
E vai para onde sempre quiseste estar
Pois quanto te vejo presa no papel
Só me dás vontade de o rasgar
Liberta-te no auge, minha princesa
E não sucumbas à minha lucidez
Nem deixes que a minha tristeza
Te torne naquilo que tu não és
Liberta-te deste abraço frio
Liberta-te deste destino atroz
E não deixes que o meu vazio
Silencie a tua bela voz
Liberta-te deste meu organismo
Liberta-te desta tenebrosa cruz
E não fiques nesse omino abismo
Que se alimenta da tua luz
Liberta-te desta ruína, deste desgosto
Desta miséria insípida e ruim
Pois as lágrimas já não me escorrem pelo rosto
Quando tu suspiras dentro de mim
Liberta-te, enquanto Eu berro
A indiferente noção qu'Eu sempre tive
Porque tudo o qu'Eu agora mais quero
É que Tu ao menos, sejas livre
Não te entrelaces nessa espiral enlanguescedora
Solta-te da gravidade das coisas e eleva-te...
Eu não me arrependo de nada, por isso vai-te embora
O meu torso está aberto, agora vai, liberta-te...
Blackiezato Ravenspawn
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
O Romantismo Está Morto
Não há tempo para doces beijos
Não há tempo para gestos sinceros
Só há tempo para saciar os desejos
De seres banais e efémeros
Não há paciência para promessas
Não há paciência para amar
Pois libido está com pressa
E não cresceu para aguardar
Não há vontade para sentir
Não há vontade para entender
Se não existir algo que extrair
Do ser que estás a conhecer
Não há passeios à volta do lago
Não há passeios pelo parque
Pois o pessoal d'hoje é tão vago
Para planear o teu resgate
Não há confiança que nos ligue
Não há confiança que nos una
Só há uma paixão, um deslize
Que nos manipula e que nos usa
Talvez, Eu viva num conto de fadas
Talvez, Eu ainda seja um tolo imaturo
Mas, são vocês as crianças desalmadas
Que brincam com o coração dos puros
Mas, Eu sei qu'isso não vos importa
Perante as necessidades do corpo
E é por causa desse pensar que agora
Que o romantismo se encontra morto
Eu não escrevo para parecer bem
Eu não tenho segundas intenções
Eu escrevo pois não existe Alguém
Com quem partilhar estas emoções
Blackiezato Ravenspawn
Não há tempo para gestos sinceros
Só há tempo para saciar os desejos
De seres banais e efémeros
Não há paciência para promessas
Não há paciência para amar
Pois libido está com pressa
E não cresceu para aguardar
Não há vontade para sentir
Não há vontade para entender
Se não existir algo que extrair
Do ser que estás a conhecer
Não há passeios à volta do lago
Não há passeios pelo parque
Pois o pessoal d'hoje é tão vago
Para planear o teu resgate
Não há confiança que nos ligue
Não há confiança que nos una
Só há uma paixão, um deslize
Que nos manipula e que nos usa
Talvez, Eu viva num conto de fadas
Talvez, Eu ainda seja um tolo imaturo
Mas, são vocês as crianças desalmadas
Que brincam com o coração dos puros
Mas, Eu sei qu'isso não vos importa
Perante as necessidades do corpo
E é por causa desse pensar que agora
Que o romantismo se encontra morto
Eu não escrevo para parecer bem
Eu não tenho segundas intenções
Eu escrevo pois não existe Alguém
Com quem partilhar estas emoções
Blackiezato Ravenspawn
Mestre Do (Des)engate "Reverse Pick-Up Artist"
Não importa a forma como te falo
S'Eu não usar a minha astúcia
Às vezes até penso que te amo
Mas, Eu sei que é só volúpia
Às vezes penso no que te dizer
E faço um esforço para ser galante
Embora não acabe por o fazer
Pois tu és tão desinteressante
Às vezes até minto a mim mesmo
E bebo absinto para me moralizar
Mas, quando te vejo, Eu não percebo
Porque razão estou-me a enganar
O Modus Operandi é sempre igual
E agora era suposto fazer-me a ti
Mas, algo diz-me que vai dar mal
Porque tu nem sequer gostas de mim
Às vezes tento ser como os outros
E pego nas cartas e lanço-me do jogo
Mas, o proveito continua a ser tão pouco
Para Eu meter as mãos no fogo
Os teus olhos são tão bonitos
O teu rosto é tão suave e delicado
Mas, a tua persona faz-me perder o tino
E a tua voz deixa-me irritado
Eu sei que tenho de me acalmar
- Por isso, chapa deux nesse paiva
Às vezes até penso em te fornicar
Não por gosto, mas, sim de raiva
O teu nariz é engraçado e único
Os teus lábios são tão tentadores
Eu sei que não devia ser tão pudico
Mas, vamos trocar fluidos e suores
Eu sei que tenho de ser só "Eu"
E entreter-te com uma história
Mas, custa-me deveras ser plebeu
E sentir atracção pela escória
Às vezes penso e repenso por extenso
- É mentira! - Eu penso sempre a toda a hora
E o meu pénis pode estar bem tenso
Mas, a outra cabeça quer que te vás embora
Às vezes penso que vales mesmo a pena
Mas, felizmente Eu não tenho essa lata
E é por isso qu'Eu gosto que tu cries cena
Para Eu ter desculpa para ser sociopata
Pois Eu acho que nem gosto de pessoas
Eu só gosto do enredo e do impasse
E o que me faz falta é uma sádica louca
Que me enfeitice e que me maltrate
E Eu sei que isto é um bocado estranho
Mas, o que queres qu'Eu te diga?!
Quando a motivação para o meu empenho
Está um pouco a sul da tua barriga?!
Às vezes tento ser o mais horrível
Um ser calculista e completamente ruim
Pois quando Eu mostro o meu lado mais sensível
Elas deixam de gostar de mim.
Eu nem sequer me importo com egos
Eu nem quero fazer parte desse pódio
E é pala disso qu'Eu me desapego
Para não magoar os meus neurónios
O teu ar é deveras charmoso
O teu feitio é tão bem temperado
O teu rabo é redondo e gostoso
Mas, tu com um sabor tão salgado
Às vezes penso em demasia
- Não te repitas! Acaba, enfim!
E é por isso qu'Eu escrevo poesia
Por tu não teres amor para mim
Às vezes penso qu'Eu devia mudar
Mas, quando tento, só quero desistir
Às vezes penso qu'Eu devia reiniciar
Mas, quando reinicio, só quero fugir
E aí esqueço o passado e o futuro
E foco-me apenas no presente
E às vezes dou por mim, ao rubro
A ter sexo aleatório por acidente
Às vezes até penso que tenho jeito
Quando a droga finalmente bate
Mas, Eu não te quero nem te "respeito"
Pois eu sou um Mestre do (des)engate
Eu não preciso que me dês atenção
Eu não tenho problemas de auto-estima
Eu não preciso da tua validação
Eu auto valido-me nas minhas rimas
Blackiezato Ravenspawn
S'Eu não usar a minha astúcia
Às vezes até penso que te amo
Mas, Eu sei que é só volúpia
Às vezes penso no que te dizer
E faço um esforço para ser galante
Embora não acabe por o fazer
Pois tu és tão desinteressante
Às vezes até minto a mim mesmo
E bebo absinto para me moralizar
Mas, quando te vejo, Eu não percebo
Porque razão estou-me a enganar
O Modus Operandi é sempre igual
E agora era suposto fazer-me a ti
Mas, algo diz-me que vai dar mal
Porque tu nem sequer gostas de mim
Às vezes tento ser como os outros
E pego nas cartas e lanço-me do jogo
Mas, o proveito continua a ser tão pouco
Para Eu meter as mãos no fogo
Os teus olhos são tão bonitos
O teu rosto é tão suave e delicado
Mas, a tua persona faz-me perder o tino
E a tua voz deixa-me irritado
Eu sei que tenho de me acalmar
- Por isso, chapa deux nesse paiva
Às vezes até penso em te fornicar
Não por gosto, mas, sim de raiva
O teu nariz é engraçado e único
Os teus lábios são tão tentadores
Eu sei que não devia ser tão pudico
Mas, vamos trocar fluidos e suores
Eu sei que tenho de ser só "Eu"
E entreter-te com uma história
Mas, custa-me deveras ser plebeu
E sentir atracção pela escória
Às vezes penso e repenso por extenso
- É mentira! - Eu penso sempre a toda a hora
E o meu pénis pode estar bem tenso
Mas, a outra cabeça quer que te vás embora
Às vezes penso que vales mesmo a pena
Mas, felizmente Eu não tenho essa lata
E é por isso qu'Eu gosto que tu cries cena
Para Eu ter desculpa para ser sociopata
Pois Eu acho que nem gosto de pessoas
Eu só gosto do enredo e do impasse
E o que me faz falta é uma sádica louca
Que me enfeitice e que me maltrate
E Eu sei que isto é um bocado estranho
Mas, o que queres qu'Eu te diga?!
Quando a motivação para o meu empenho
Está um pouco a sul da tua barriga?!
Às vezes tento ser o mais horrível
Um ser calculista e completamente ruim
Pois quando Eu mostro o meu lado mais sensível
Elas deixam de gostar de mim.
Eu nem sequer me importo com egos
Eu nem quero fazer parte desse pódio
E é pala disso qu'Eu me desapego
Para não magoar os meus neurónios
O teu ar é deveras charmoso
O teu feitio é tão bem temperado
O teu rabo é redondo e gostoso
Mas, tu com um sabor tão salgado
Às vezes penso em demasia
- Não te repitas! Acaba, enfim!
E é por isso qu'Eu escrevo poesia
Por tu não teres amor para mim
Às vezes penso qu'Eu devia mudar
Mas, quando tento, só quero desistir
Às vezes penso qu'Eu devia reiniciar
Mas, quando reinicio, só quero fugir
E aí esqueço o passado e o futuro
E foco-me apenas no presente
E às vezes dou por mim, ao rubro
A ter sexo aleatório por acidente
Às vezes até penso que tenho jeito
Quando a droga finalmente bate
Mas, Eu não te quero nem te "respeito"
Pois eu sou um Mestre do (des)engate
Eu não preciso que me dês atenção
Eu não tenho problemas de auto-estima
Eu não preciso da tua validação
Eu auto valido-me nas minhas rimas
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
A Vida É Um RPG
Eu às vezes vejo a vida como se fosse um RPG
Por isso, se quiseres questar fala com os NPC's
Depois sai à rua e junta-te a mais um grupo
Para ires mais além como se fosses maluco
Investindo horas e horas à volta d'um estatuto
Viciado no jogo como se ainda fosses um puto
Tudo com a ideia de receber itens e uns G's
Correndo atrás da ilusão que todo o mundo crê.
Então, cria uma personagem e escolhe uma classe
Acumula experiência e deixa que o tempo passe
Nivela-te o máximo, aprende novas habilidades
Arranja uma profissão e foca-te na tua especialidade
Enquanto ganhas nome para mostrares utilidade
Os teus dotes, os teus talentos e a tua personalidade
Convive com os outros e faz parte deste enlace
Enfrenta o desconhecido e deixa que este te abrace.
Vinte e quatro sobre vinte e quatro horas, ao acaso
Em lugares diferentes, embora sempre no mesmo teatro
A representar esse papel que tanto te cativa
Na tentativa de encontrares um propósito para a tua vida
E assim preenches o formulário e entregas a missiva
Em troco de companhia enquanto serves uma guilda
Por isso compra o tabardo e assina o contracto
E equipa a tua farda para encenar mais um acto.
Vive pelo teu código, morre pela tua facção
Reúne-te com os teus e mata mais um dragão
Pilha o seu tesouro e limpa a sua masmorra
E se caíres em combate pede que alguém te socorra
Mas, se não voltares à lida, ao menos vai com honra
Mas, não fiques triste, pois ninguém tem pachorra
Porque todos estão vidrados na mesma ilusão
Criada para nos dar, algum senso de realização.
Por isso, tenta outra vez e almeja para ser vencedor
Mas, se der para o torto, não sejas um mau perdedor
Deixa que o mundo te explore e te retire fotografias
Para teres um diário virtual do que foram os teus dias
Enquanto competias sedento com todas as tuas energias
E marchavas em frente para formar mais uma linha...
Às vezes dou por mim ainda a tentar ser jogador
Mas, na verdade só tenho jeito é para ser narrador.
Blackiezato Ravenspawn
Por isso, se quiseres questar fala com os NPC's
Depois sai à rua e junta-te a mais um grupo
Para ires mais além como se fosses maluco
Investindo horas e horas à volta d'um estatuto
Viciado no jogo como se ainda fosses um puto
Tudo com a ideia de receber itens e uns G's
Correndo atrás da ilusão que todo o mundo crê.
Então, cria uma personagem e escolhe uma classe
Acumula experiência e deixa que o tempo passe
Nivela-te o máximo, aprende novas habilidades
Arranja uma profissão e foca-te na tua especialidade
Enquanto ganhas nome para mostrares utilidade
Os teus dotes, os teus talentos e a tua personalidade
Convive com os outros e faz parte deste enlace
Enfrenta o desconhecido e deixa que este te abrace.
Vinte e quatro sobre vinte e quatro horas, ao acaso
Em lugares diferentes, embora sempre no mesmo teatro
A representar esse papel que tanto te cativa
Na tentativa de encontrares um propósito para a tua vida
E assim preenches o formulário e entregas a missiva
Em troco de companhia enquanto serves uma guilda
Por isso compra o tabardo e assina o contracto
E equipa a tua farda para encenar mais um acto.
Vive pelo teu código, morre pela tua facção
Reúne-te com os teus e mata mais um dragão
Pilha o seu tesouro e limpa a sua masmorra
E se caíres em combate pede que alguém te socorra
Mas, se não voltares à lida, ao menos vai com honra
Mas, não fiques triste, pois ninguém tem pachorra
Porque todos estão vidrados na mesma ilusão
Criada para nos dar, algum senso de realização.
Por isso, tenta outra vez e almeja para ser vencedor
Mas, se der para o torto, não sejas um mau perdedor
Deixa que o mundo te explore e te retire fotografias
Para teres um diário virtual do que foram os teus dias
Enquanto competias sedento com todas as tuas energias
E marchavas em frente para formar mais uma linha...
Às vezes dou por mim ainda a tentar ser jogador
Mas, na verdade só tenho jeito é para ser narrador.
Blackiezato Ravenspawn
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Empatia Digital
O que se passa com as ondas e com o ar?
Subitamente, sinto-me sufocado...
E porque razão me custa a respirar,
O software que me foi descarregado?
O sinal continua forte e sempre aberto,
Mas, os dados não oxigenam a minha mente.
Quando entro nas redes que tenho por perto
Em busca d'uma conexão decente.
E assim a energia volátil, estagna, desaparece,
Pois, as baterias não carregam, estão viciadas.
Eu ligo o wireless, mas, nada acontece
A electricidade não me corre pela placa.
O meu hardware é incompatível!
"The BIOS says - It won't plug"
Logo, estabelecer um interface, é impossível!
Será isto um glitch, ou será um bug?
O que faz, então, mover estes drones?
E porque razão, Eu já não os reconheço?
Quando eles falam para o microfone
Códigos dúbios qu'Eu não percebo?
Quando eu tento emular o cibermundo,
Como um phantasma preso num terminal.
Replicando-me, em busca d'algo profundo
Sem sentir no núcleo, empatia digital.
Enquanto todos seguem o mesmo protocolo,
Recebendo à dádiva do Deus-Mecha Wi-fi.
Eu sou analógico, continuo ligado ao solo
Como um protótipo, sem número de série.
Blackiezato Ravenspawn
Subitamente, sinto-me sufocado...
E porque razão me custa a respirar,
O software que me foi descarregado?
O sinal continua forte e sempre aberto,
Mas, os dados não oxigenam a minha mente.
Quando entro nas redes que tenho por perto
Em busca d'uma conexão decente.
E assim a energia volátil, estagna, desaparece,
Pois, as baterias não carregam, estão viciadas.
Eu ligo o wireless, mas, nada acontece
A electricidade não me corre pela placa.
O meu hardware é incompatível!
"The BIOS says - It won't plug"
Logo, estabelecer um interface, é impossível!
Será isto um glitch, ou será um bug?
O que faz, então, mover estes drones?
E porque razão, Eu já não os reconheço?
Quando eles falam para o microfone
Códigos dúbios qu'Eu não percebo?
Quando eu tento emular o cibermundo,
Como um phantasma preso num terminal.
Replicando-me, em busca d'algo profundo
Sem sentir no núcleo, empatia digital.
Enquanto todos seguem o mesmo protocolo,
Recebendo à dádiva do Deus-Mecha Wi-fi.
Eu sou analógico, continuo ligado ao solo
Como um protótipo, sem número de série.
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Santo Mÿr
Legionário Discordiano
Feiticeiro-curandeiro
Escriba aprendiz insano
Andronymphus d'Aveiro
Humilde nobreza
Valete de paus
Quebra-cabeças
Discípulo do Caos
Calice d'Esmeralda
Metáfora necromântica
Curioso psiconauta
Alma púrpura, quântica
Sacerdote sem ceptro
Adepto no sentir
Essência cósmica, espectro
Santo Aphtërino - Mÿr
Blackiezato Ravenspawn
Feiticeiro-curandeiro
Escriba aprendiz insano
Andronymphus d'Aveiro
Humilde nobreza
Valete de paus
Quebra-cabeças
Discípulo do Caos
Calice d'Esmeralda
Metáfora necromântica
Curioso psiconauta
Alma púrpura, quântica
Sacerdote sem ceptro
Adepto no sentir
Essência cósmica, espectro
Santo Aphtërino - Mÿr
Blackiezato Ravenspawn
Mandala
Mandala, oh Mandala,
Oh perfeita poesia!
Até mesmo a cabala,
Inveja a tua grafia...
Mandala, oh Mandala,
Oh sacra geometria!
Flor da vida que enjaula,
A absoluta mestria...
Mandala, oh Mandala,
Ó simbiótica harmonia!
Caleidoscópio que regala,
O meu olho com phantasia.
Mandala, oh Mandala,
Oh design de luz e energia!
Pela tua verve o cosmos fala,
Com uma enorme sabedoria.
Blackiezato Ravenspawn
Oh perfeita poesia!
Até mesmo a cabala,
Inveja a tua grafia...
Mandala, oh Mandala,
Oh sacra geometria!
Flor da vida que enjaula,
A absoluta mestria...
Mandala, oh Mandala,
Ó simbiótica harmonia!
Caleidoscópio que regala,
O meu olho com phantasia.
Mandala, oh Mandala,
Oh design de luz e energia!
Pela tua verve o cosmos fala,
Com uma enorme sabedoria.
Blackiezato Ravenspawn
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Lamentos Dos Elementos I - Como Lágrimas Na Chuva (Inverno)
Dizem que quando o céu chove,
O solo bebe e a terra endurecesse.
A estagnação pára, a vida escorre
E a regeneração assim, acontecesse.
E como um indígena, Eu ainda danço,
Agradecendo a bênção dos elementos.
Talvez para me distrair do pranto
Que é viver privado destes sentimentos.
E é fitando o céu, ajoelhado no chão
Para receber a dádiva, no meu rosto.
Qu'Eu contemplo a graça desta monção,
Pois Eu sinto a sede de me sentir recomposto.
Porque Ela purga-me todas as mágoas,
Porque Ela limpa-me esta minh'alma suja.
E Eu sinto-me liquidificar-me na água
Como s'Eu fosse lágrimas na chuva.
*
Por isso, levai-me contigo para os oceanos,
Ó água das nascentes, dos rios e dos mares!
E condensa-me algures num lago soberano,
Onde emergem te Ti, bonitos nenúfares.
Blackiezato Ravenspawn
O solo bebe e a terra endurecesse.
A estagnação pára, a vida escorre
E a regeneração assim, acontecesse.
E como um indígena, Eu ainda danço,
Agradecendo a bênção dos elementos.
Talvez para me distrair do pranto
Que é viver privado destes sentimentos.
E é fitando o céu, ajoelhado no chão
Para receber a dádiva, no meu rosto.
Qu'Eu contemplo a graça desta monção,
Pois Eu sinto a sede de me sentir recomposto.
Porque Ela purga-me todas as mágoas,
Porque Ela limpa-me esta minh'alma suja.
E Eu sinto-me liquidificar-me na água
Como s'Eu fosse lágrimas na chuva.
*
Por isso, levai-me contigo para os oceanos,
Ó água das nascentes, dos rios e dos mares!
E condensa-me algures num lago soberano,
Onde emergem te Ti, bonitos nenúfares.
Blackiezato Ravenspawn
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