Eu Devorei muita da filosofia
Mais faminto que um etíope
E corri deslumbrante pela poesia
Tão veloz como um antílope
E tonto sem noção, Eu deambulei
Pelas ruas confusas do niilismo
Onde lá me perdi e me achei
Nas mãos absolutas do abismo
Eu gritei indomável em anarquia
Como a liberdade assim urge
Mas, desfocada, vi a alegria
Pois, a ignorância humana, é míope
Como contrariado, também cantei
Os ensinamentos do cristianismo
Mas, em Deus, Eu nunca toquei
Por crer tanto no empirismo
Não me mostres como se vive
Pois, Eu prefiro ser autodidacta
De regras sempre me abstive
Pois, a minha orientação é errata
Nem me perguntes no qu'Eu creio
Pois, não existe algo em que crer
A morte é o final, o resto é paleio
Dito por quem não sabe a arte de viver
Eu nunca quis usar o babete nem o bibe
E agora recuso-me a dar o nó na gravata
Pois, Eu podia ser tudo, mas, não me contive
Por me contentar com uma vida pacata
Eu não me ralo se tu a partes ao meio
Ou se engoles o caroço sem querer saber
Pois, tanto a casca como o recheio
Come cada um da forma que entender
Blackiezato Ravenspawn
terça-feira, 22 de março de 2016
Lamentos Dos Elementos II - Traça Milenar (Primavera)
Por anos, acolhi uma pequena parasita,
Em segredo, na flora da minha mente.
Criatura essa, asquerosa e tão esquisita,
Completamente vulnerável e tão carente.
E alimentando-se dos meus sentimentos,
Ela sobreviveu aos meus pesadelos.
E inspirando os meus poemas como incensos,
Ela tentou trepar pelos meus cabelos.
Embora por anos ela tentou evoluir,
Apesar de ficar muitos anos à espera.
Vendo o meu ser, várias vezes ruir
Sem alguma vez conhecer a primavera.
Mas, hoje, a crisálida da minha alma,
Revelou-se, como se mostra uma violeta.
E de dentro dela, essa esquecida lagarta,
Metamorfoseou-se numa sublime borboleta.
*
Hoje os meus sonhos ganham altitude,
E o ciclo da vida volta a recomeçar.
O horizonte enche-me de plenitude
E Eu voo nas asas da traça milenar.
Blackiezato Ravenspawn
Em segredo, na flora da minha mente.
Criatura essa, asquerosa e tão esquisita,
Completamente vulnerável e tão carente.
E alimentando-se dos meus sentimentos,
Ela sobreviveu aos meus pesadelos.
E inspirando os meus poemas como incensos,
Ela tentou trepar pelos meus cabelos.
Embora por anos ela tentou evoluir,
Apesar de ficar muitos anos à espera.
Vendo o meu ser, várias vezes ruir
Sem alguma vez conhecer a primavera.
Mas, hoje, a crisálida da minha alma,
Revelou-se, como se mostra uma violeta.
E de dentro dela, essa esquecida lagarta,
Metamorfoseou-se numa sublime borboleta.
*
Hoje os meus sonhos ganham altitude,
E o ciclo da vida volta a recomeçar.
O horizonte enche-me de plenitude
E Eu voo nas asas da traça milenar.
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 12 de março de 2016
Liberta-te
Liberta-te de mim minh'alma
Não percas o teu tempo aqui
Pois, Eu não possuo a calma
Que Tu tanto buscas para ti
Liberta-te no espaço e transcende
No éter, livre do fardo deste corpo
Não sejas a prisioneira d'uma mente
Que pertence a este homem morto
Liberta-te da terra e segue a lua
E desprende-te desta estática raiz
Pois esta flor continua murcha
E não tem o poder para te fazer feliz
Liberta-te do toque disfórico do pranto
Das presas da sede, das garras fome
E leva contigo todos os meus cantos
Quando a morte disser o meu nome
Liberta-te de mim, minha querida
Tem uma boa viagem e vai em paz
Diz adeus a esta tediosa vida
E nunca mais voltes para trás
Liberta-te da rotina e sê incrível
E vai para onde sempre quiseste estar
Pois quanto te vejo presa no papel
Só me dás vontade de o rasgar
Liberta-te no auge, minha princesa
E não sucumbas à minha lucidez
Nem deixes que a minha tristeza
Te torne naquilo que tu não és
Liberta-te deste abraço frio
Liberta-te deste destino atroz
E não deixes que o meu vazio
Silencie a tua bela voz
Liberta-te deste meu organismo
Liberta-te desta tenebrosa cruz
E não fiques nesse omino abismo
Que se alimenta da tua luz
Liberta-te desta ruína, deste desgosto
Desta miséria insípida e ruim
Pois as lágrimas já não me escorrem pelo rosto
Quando tu suspiras dentro de mim
Liberta-te, enquanto Eu berro
A indiferente noção qu'Eu sempre tive
Porque tudo o qu'Eu agora mais quero
É que Tu ao menos, sejas livre
Não te entrelaces nessa espiral enlanguescedora
Solta-te da gravidade das coisas e eleva-te...
Eu não me arrependo de nada, por isso vai-te embora
O meu torso está aberto, agora vai, liberta-te...
Blackiezato Ravenspawn
Não percas o teu tempo aqui
Pois, Eu não possuo a calma
Que Tu tanto buscas para ti
Liberta-te no espaço e transcende
No éter, livre do fardo deste corpo
Não sejas a prisioneira d'uma mente
Que pertence a este homem morto
Liberta-te da terra e segue a lua
E desprende-te desta estática raiz
Pois esta flor continua murcha
E não tem o poder para te fazer feliz
Liberta-te do toque disfórico do pranto
Das presas da sede, das garras fome
E leva contigo todos os meus cantos
Quando a morte disser o meu nome
Liberta-te de mim, minha querida
Tem uma boa viagem e vai em paz
Diz adeus a esta tediosa vida
E nunca mais voltes para trás
Liberta-te da rotina e sê incrível
E vai para onde sempre quiseste estar
Pois quanto te vejo presa no papel
Só me dás vontade de o rasgar
Liberta-te no auge, minha princesa
E não sucumbas à minha lucidez
Nem deixes que a minha tristeza
Te torne naquilo que tu não és
Liberta-te deste abraço frio
Liberta-te deste destino atroz
E não deixes que o meu vazio
Silencie a tua bela voz
Liberta-te deste meu organismo
Liberta-te desta tenebrosa cruz
E não fiques nesse omino abismo
Que se alimenta da tua luz
Liberta-te desta ruína, deste desgosto
Desta miséria insípida e ruim
Pois as lágrimas já não me escorrem pelo rosto
Quando tu suspiras dentro de mim
Liberta-te, enquanto Eu berro
A indiferente noção qu'Eu sempre tive
Porque tudo o qu'Eu agora mais quero
É que Tu ao menos, sejas livre
Não te entrelaces nessa espiral enlanguescedora
Solta-te da gravidade das coisas e eleva-te...
Eu não me arrependo de nada, por isso vai-te embora
O meu torso está aberto, agora vai, liberta-te...
Blackiezato Ravenspawn
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