terça-feira, 22 de março de 2016

Como Comer Uma Maçã (Arte De Viver)

Eu Devorei muita da filosofia
Mais faminto que um etíope
E corri deslumbrante pela poesia
Tão veloz como um antílope

E tonto sem noção, Eu deambulei
Pelas ruas confusas do niilismo
Onde lá me perdi e me achei
Nas mãos absolutas do abismo

Eu gritei indomável em anarquia
Como a liberdade assim urge
Mas, desfocada, vi a alegria
Pois, a ignorância humana, é míope

Como contrariado, também cantei
Os ensinamentos do cristianismo
Mas, em Deus, Eu nunca toquei
Por crer tanto no empirismo

Não me mostres como se vive
Pois, Eu prefiro ser autodidacta
De regras sempre me abstive
Pois, a minha orientação é errata

Nem me perguntes no qu'Eu creio
Pois, não existe algo em que crer
A morte é o final, o resto é paleio
Dito por quem não sabe a arte de viver

Eu nunca quis usar o babete nem o bibe
E agora recuso-me a dar o nó na gravata
Pois, Eu podia ser tudo, mas, não me contive
Por me contentar com uma vida pacata

Eu não me ralo se tu a partes ao meio
Ou se engoles o caroço sem querer saber
Pois, tanto a casca como o recheio
Come cada um da forma que entender

Blackiezato Ravenspawn

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