domingo, 9 de outubro de 2016

Livro de Reclamações Mental (Uma Súcubo Mal Encarnada)

O quê qu'Eu vou dizer
Aos meus sentimentos
Quando estiver dentro de ti
E não encontrar nada?

O quê qu'Eu vou fazer
E qual será o argumento
Que usarás pr'a me prender aqui
No interior desta fachada?

O quê qu'eu vou ver
Além de um mero passatempo
Que tenta aproveitar-se de mim
Oh, Súcubo mal encarnada?

Tu és um portal que não me leva a lado algum
Tu, mais esses enredos teus
Eu entrei pela tua cona e saí pelo teu cu
E nem sequer te disse adeus

Eu até posso submeter a este mundo
Eu até posso indulgir-me no teu rancor
Mas, não é por estar num sonho profundo
Qu'Eu vou brincar com o amor

Tu até podes ser uma réplica gira
Flor bonita que não murcha no outono
Mas, Eu não creio nessas mentiras
Por isso, vinde lá, paralisia de sono

*

"Enquanto um homem jaz de bariga para cima
Trancado no pesadelo que ele mesmo criou
As mãos do abismo dedilham o prisma
Onde a luz, outrora brilhou
Mas, o homem não teme o vazio
Nem mesmo pede por auxílio
O homem queixa-se desapontado à escuridão"
- Ai, ai, ai. Que falta d'imaginação

*

O meu subconsciente diz que não se responsabiliza
O meu alter ego teimoso, também não assume, Nega!
E na minha parva indignação, Eu escrevo uma missiva
Mas, a carta não chega a lado algum e dá-se a quebra

- Quebra do quê?

Do sonho.

Blackiezato Ravenspawn

Sem comentários:

Enviar um comentário