Se te parecer horrível
Lidar com este abismo
E te parecer impossível
Resolver este labirinto
Pega em algumas penas
E aprende a improvisar...
E caso morderes o anzol
E nos céus, ascenderes,
Não chegues perto do Sol
Para Ele não te derreter
Essas lindas asas de cera
Que Tu criaste p'ra voar...
Nem queiras ser o idiota
Que vive nesse engano,
De se achar uma gaivota
Num mundo de humanos
Ainda presos em Creta
Sem saber como escapar...
Pois, tal e qual, Ícaro, Eu voei
Como, tal e qual, Ícaro, Eu caí,
Na ilusão qu'Eu mesmo criei
Nesse desejo qu'Eu tanto quis
De sonhar e fugir de Creta
Mas, de acabar no fundo do mar...
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 19 de novembro de 2017
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Bem-Vinda, Chuva
Bem-Vinda, Chuva...
Eles não saem porque está a chover
Preferem estar em casa no sossego
Eu?! Porque não vieste mais cedo
Quando Portugal estava a arder?
Não importa. Agora chora, não sejas tímida
Porque quando chove, a terra geme
Por essa água que escorre pela minha pele
Cheia de graça, cheia de vida
Quem me dera que chovesse todo o ano
E os céus fossem cinzentos como Eu
Porque quando chove, até creio em Deus
E sinto-me um tanto, mais humano
Quando me encontro contigo na rua
E tu acarinhas-me com gotículas mágicas
E Eu vejo no meu rosto as minhas lágrimas
Misturarem-se harmonicamente com as tuas...
Bem-Vinda, Chuva...
Blackiezato Ravespawn
Eles não saem porque está a chover
Preferem estar em casa no sossego
Eu?! Porque não vieste mais cedo
Quando Portugal estava a arder?
Não importa. Agora chora, não sejas tímida
Porque quando chove, a terra geme
Por essa água que escorre pela minha pele
Cheia de graça, cheia de vida
Quem me dera que chovesse todo o ano
E os céus fossem cinzentos como Eu
Porque quando chove, até creio em Deus
E sinto-me um tanto, mais humano
Quando me encontro contigo na rua
E tu acarinhas-me com gotículas mágicas
E Eu vejo no meu rosto as minhas lágrimas
Misturarem-se harmonicamente com as tuas...
Bem-Vinda, Chuva...
Blackiezato Ravespawn
Quando Pegarem Nas Pedras, Escrevam Nomes
Quando pegarem nas pedras...
Escrevam nomes, tipo: filho-da-puta
Cabrão miserável, sabujo, canalha.
Chamem-me carocho de alma suja
Que não vale a merda que caga!
Encham-me a boca com porcaria
E olhem-me de forma funesta,
Todos prontos, a fazer pontaria
Ao centro da minha testa!
Porque as pedras não serão suficientes
Para quebrar este triste sacana.
Sem os actos decadentes
Da estupidez da mão humana!
Façam de mim, o maior culpado
E ditem a minha sentença nessas pedras!
No final fitem-me, Eu o alvo
E sejam hipócritas. Projectem-se nelas!
Blackiezato Ravenspawn
Escrevam nomes, tipo: filho-da-puta
Cabrão miserável, sabujo, canalha.
Chamem-me carocho de alma suja
Que não vale a merda que caga!
Encham-me a boca com porcaria
E olhem-me de forma funesta,
Todos prontos, a fazer pontaria
Ao centro da minha testa!
Porque as pedras não serão suficientes
Para quebrar este triste sacana.
Sem os actos decadentes
Da estupidez da mão humana!
Façam de mim, o maior culpado
E ditem a minha sentença nessas pedras!
No final fitem-me, Eu o alvo
E sejam hipócritas. Projectem-se nelas!
Blackiezato Ravenspawn
Activistas De Sofá
Vocês são indivíduos tão vazios
Quando se fingem d'altruistas
Sem terem carácter, ou mesmo brio
Auto-proclamando-se, de activistas
Vocês falam do mundo, deveras
Embora no fundo, façam tão pouco
Pois do que falam, nada interessa
Na generalidade para o bem do povo
Vocês querem tanto defender causas
Que piada a vossa - Haha-ha!
Então, metam as vossas séries em pausa
E saiam lá, do vosso sofá
Mas, sabe melhor estar sentado?
Pois dá cabo das costas, trabalhar,
E assim o vosso manifesto fica parado
Porque ninguém vos ajudou, a ajudar
Vocês mostram tanta generosidade
Mas, no final, só oferecem desculpas
Porque toda a gente sabe que na verdade
São vocês, quem precisam d'ajuda
Mas, as massas são mesmo assim
Lá fora, como em terreno Português
E Eu não quero uma causa a pensar em mim
Eu quero uma a pensar em vocês
Blackiezato Ravenspawn
Quando se fingem d'altruistas
Sem terem carácter, ou mesmo brio
Auto-proclamando-se, de activistas
Vocês falam do mundo, deveras
Embora no fundo, façam tão pouco
Pois do que falam, nada interessa
Na generalidade para o bem do povo
Vocês querem tanto defender causas
Que piada a vossa - Haha-ha!
Então, metam as vossas séries em pausa
E saiam lá, do vosso sofá
Mas, sabe melhor estar sentado?
Pois dá cabo das costas, trabalhar,
E assim o vosso manifesto fica parado
Porque ninguém vos ajudou, a ajudar
Vocês mostram tanta generosidade
Mas, no final, só oferecem desculpas
Porque toda a gente sabe que na verdade
São vocês, quem precisam d'ajuda
Mas, as massas são mesmo assim
Lá fora, como em terreno Português
E Eu não quero uma causa a pensar em mim
Eu quero uma a pensar em vocês
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 27 de agosto de 2017
Como Um Corvo
Eu sou como um corvo
Que paira livre no fino ar
De olhos fechados, Eu voo
Por onde o vento me levar
Logo, Eu não desejo uma gaiola
Eu já tenho o meu poleiro
Nem preciso da tua esmola
Só da tua empatia, companheiro
Eu voo acompanhado como sozinho
Da forma qu'Eu mais quiser
Pois um pássaro faz o ninho
Onde calha, onde der
Que se Tu e a humanidade
Entendessem a língua das aves
Vocês plantariam as vossas cidades
Em harmonia entre as árvores
Mas, Tu muito andas, muito pensas
Em busca da paisagem mais bela
Lembra-te que a tua alma é como um pássaro
Não a prendas... Liberta-a
Blackiezato Ravenspawn
Que paira livre no fino ar
De olhos fechados, Eu voo
Por onde o vento me levar
Logo, Eu não desejo uma gaiola
Eu já tenho o meu poleiro
Nem preciso da tua esmola
Só da tua empatia, companheiro
Eu voo acompanhado como sozinho
Da forma qu'Eu mais quiser
Pois um pássaro faz o ninho
Onde calha, onde der
Que se Tu e a humanidade
Entendessem a língua das aves
Vocês plantariam as vossas cidades
Em harmonia entre as árvores
Mas, Tu muito andas, muito pensas
Em busca da paisagem mais bela
Lembra-te que a tua alma é como um pássaro
Não a prendas... Liberta-a
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 19 de agosto de 2017
"Milton Come A Sopa"
Hoje, lembrei-me dos dias qu'Eu era miúdo
E não gostava de ervilhas, nem de sopa.
Embora a minha mãe me obrigasse a comer tudo
Caso contrário, ficava louca - Milton come a sopa!
E havia vezes qu'Eu teimava e fazia birra,
Misturada com confusão e chantagem.
Mas, a minha mãe ainda mais teimosa não cedia,
À minha falta de respeito, à minha "bandidagem".
Mas, claro que também havia dias,
Qu'ela me presenteava com uma surpresa.
E logo sem castigo, eu enchia a barriga
Para comer logo a sobremesa.
E era batendo palamas contente,
Dizendo - Mãe, mãe. Já acabei!
Qu'Ela me respondia sorridente
-Tem calma filho, já sei, já sei.
E foi hoje, ao comer outra sopa nas calmas,
Como já o faço, à dias, afim.
Qu'Eu ouvi alguém bater palmas
Tal e qual fazia a criança, que tinha dentro de mim.
E parecia-me satisfeita.
Da mesma maneira...
Que Outrora...
Eu fui. E estive.
Blackiezato Ravenspawn
E não gostava de ervilhas, nem de sopa.
Embora a minha mãe me obrigasse a comer tudo
Caso contrário, ficava louca - Milton come a sopa!
E havia vezes qu'Eu teimava e fazia birra,
Misturada com confusão e chantagem.
Mas, a minha mãe ainda mais teimosa não cedia,
À minha falta de respeito, à minha "bandidagem".
Mas, claro que também havia dias,
Qu'ela me presenteava com uma surpresa.
E logo sem castigo, eu enchia a barriga
Para comer logo a sobremesa.
E era batendo palamas contente,
Dizendo - Mãe, mãe. Já acabei!
Qu'Ela me respondia sorridente
-Tem calma filho, já sei, já sei.
E foi hoje, ao comer outra sopa nas calmas,
Como já o faço, à dias, afim.
Qu'Eu ouvi alguém bater palmas
Tal e qual fazia a criança, que tinha dentro de mim.
E parecia-me satisfeita.
Da mesma maneira...
Que Outrora...
Eu fui. E estive.
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Rescrevendo O Inexprimível
Se não vires um coração aberto,
Nem a alegria numa cara amiga.
Fecha a porta, pega no caderno
E rescreve de novo, mais um dia
Eu posso o rescrever as vezes qu'Eu quiser
Para ver s'este fica bem melhor.
Mas, não importa o qu'Eu escreva, Mulher
Eu nunca terei o teu amor.
No meu crescente vazio, Eu divago
Indiferente, naufragado no limbo.
Outrora, Eu queria te dizer algo
Mas, agora, já não sei o que sinto.
Eu pensei que era bom te amar,
Sentir essa bonita emoção por ti.
Mas, Tu não quiseste ser o meu par
Nem mesmo ler o qu'Eu escrevi.
Blackiezato Ravenspawn
Nem a alegria numa cara amiga.
Fecha a porta, pega no caderno
E rescreve de novo, mais um dia
Eu posso o rescrever as vezes qu'Eu quiser
Para ver s'este fica bem melhor.
Mas, não importa o qu'Eu escreva, Mulher
Eu nunca terei o teu amor.
No meu crescente vazio, Eu divago
Indiferente, naufragado no limbo.
Outrora, Eu queria te dizer algo
Mas, agora, já não sei o que sinto.
Eu pensei que era bom te amar,
Sentir essa bonita emoção por ti.
Mas, Tu não quiseste ser o meu par
Nem mesmo ler o qu'Eu escrevi.
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 17 de julho de 2017
Uma Árvore Chamada Penumbra
O olho de Deus arde no alto céu
E contempla-nos com rancor
Eu limpo a testa e meto o chapéu
Pois está imenso calor
E é com as suas mãos quentes
Qu'Ele seduz e despe os mortais
Para mostrar a toda a gente
Que debaixo dele, somos todos iguais
E enquanto isso, o meu palácio de gelo
Derrete sobre a vontade do magno Sol
E as gotas d'água escorrem do meu cabelo
Para o resto do meu corpo mole
A minha garganta fica seca
A minha pele torna-se escura
E a minh'alma de canela e seda
Vira gárgula estática e torna-se dura
Por isso, levem.me para onde a luz não me possa tocar
Para longe do El'dourado e da sua fortuna
Para o lugar onde Eu possa finalmente descansar
Debaixo dessa árvore, a qu'Eu chamo, Penumbra
Blackiezato Ravenspawn
E contempla-nos com rancor
Eu limpo a testa e meto o chapéu
Pois está imenso calor
E é com as suas mãos quentes
Qu'Ele seduz e despe os mortais
Para mostrar a toda a gente
Que debaixo dele, somos todos iguais
E enquanto isso, o meu palácio de gelo
Derrete sobre a vontade do magno Sol
E as gotas d'água escorrem do meu cabelo
Para o resto do meu corpo mole
A minha garganta fica seca
A minha pele torna-se escura
E a minh'alma de canela e seda
Vira gárgula estática e torna-se dura
Por isso, levem.me para onde a luz não me possa tocar
Para longe do El'dourado e da sua fortuna
Para o lugar onde Eu possa finalmente descansar
Debaixo dessa árvore, a qu'Eu chamo, Penumbra
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Solidão Perpétua (Nas Cascatas Do Limbo)
Eu só queria mergulhar no vazio
Num lugar onde possa estar sozinho
Com vista apenas para o abismo
Onde se juntam as cascatas do limbo
Por favor, vai-te embora!
E deixa-me na minha sonolência
Não percebes? Dá-me uma hora!
De absoluta inexistência
Deixa-me ir com as estrelas
E libertar-me deste desassossego
Deixa-me seguir a corrente delas
Para dentro do buraco negro
Pois, eu quero sentir-me vaporizado
Completamente fora de mim
E livrar-me deste corpo cansado
Sem animação, pesado e ennui
Mas, a cada vez que acordo
O sol tortura-me uma vez mais
É um transtorno, é um incómodo
Pois os dias... São todos iguais
E ela não me deixa à parte
Pois, Eu fui feito para sofrer
Então, que assim sofra com arte
Da apatia, de viver
Mas, É complicado de aceitar
Porque quanto mais a nego
Mais difícil se torna de lidar
E é por isso qu'Eu a deixo
Ela ficar...
Para me relembrar...
Que não há como escapar
À Solidão Perpétua.
Blackiezato Ravenspawn
Num lugar onde possa estar sozinho
Com vista apenas para o abismo
Onde se juntam as cascatas do limbo
Por favor, vai-te embora!
E deixa-me na minha sonolência
Não percebes? Dá-me uma hora!
De absoluta inexistência
Deixa-me ir com as estrelas
E libertar-me deste desassossego
Deixa-me seguir a corrente delas
Para dentro do buraco negro
Pois, eu quero sentir-me vaporizado
Completamente fora de mim
E livrar-me deste corpo cansado
Sem animação, pesado e ennui
Mas, a cada vez que acordo
O sol tortura-me uma vez mais
É um transtorno, é um incómodo
Pois os dias... São todos iguais
E ela não me deixa à parte
Pois, Eu fui feito para sofrer
Então, que assim sofra com arte
Da apatia, de viver
Mas, É complicado de aceitar
Porque quanto mais a nego
Mais difícil se torna de lidar
E é por isso qu'Eu a deixo
Ela ficar...
Para me relembrar...
Que não há como escapar
À Solidão Perpétua.
Blackiezato Ravenspawn
Vazio
No eterno vazio...
Eu estou preso no limbo
E não consigo sair
Deste abismo, sozinho
Na minha cabeça...
Eu tranquei-me e perdi a chave
E agora jazo na incerteza
Pois, a porta não abre
No meu quarto...
Eu sonhei por passatempo
Para fugir ao aborrecimento
Embora continue estagnado
Então, abri as janelas d'alma
Para ela arejar
E o silêncio de novo se instala
E o vazio volta a entrar
Blackiezato Ravenspawn
Eu estou preso no limbo
E não consigo sair
Deste abismo, sozinho
Na minha cabeça...
Eu tranquei-me e perdi a chave
E agora jazo na incerteza
Pois, a porta não abre
No meu quarto...
Eu sonhei por passatempo
Para fugir ao aborrecimento
Embora continue estagnado
Então, abri as janelas d'alma
Para ela arejar
E o silêncio de novo se instala
E o vazio volta a entrar
Blackiezato Ravenspawn
Canção Da Rejeição
Eu queria um lugar no teu coração
Mas, Tu. Tu disseste que não.
Então, decide escrever esta canção
Do fracasso, da rejeição
Eu amei, Eu sonhei
Eu desejei, Eu tentei
Mas, não te preocupes
Não te desculpes
Pois, Eu não paguei, Eu não paguei...
Porque o amor é de graça
Só me encantei, só me magoei
Mas, isso... Isso, logo passa
Não há mais nada que falar
Obrigado por me aturares
Esta lembrança é para me recordar
E te agradecer por me rejeitares
Blackiezato Ravenspawn
Mas, Tu. Tu disseste que não.
Então, decide escrever esta canção
Do fracasso, da rejeição
Eu amei, Eu sonhei
Eu desejei, Eu tentei
Mas, não te preocupes
Não te desculpes
Pois, Eu não paguei, Eu não paguei...
Porque o amor é de graça
Só me encantei, só me magoei
Mas, isso... Isso, logo passa
Não há mais nada que falar
Obrigado por me aturares
Esta lembrança é para me recordar
E te agradecer por me rejeitares
Blackiezato Ravenspawn
Wanderlust (O Desejo De Viajar Dentro De Ti)
"Eu sempre gostei de viajar"
Afinal de contas - quem não gosta?!
De olhar além do mar
E ver de longe, outra costa
E ver de longe, outra costa
Mas, Eu nunca tive grande ambição
De ir atrás de um fim
E assim aprendi com a minha imaginação
A viajar mais, dentro de mim
Embora, isso mude quando te fito
Apesar de não te revelar
Com medo que o meu jeito esquisito
Me difame e não me deixe entrar
E Eu acabe nas mãos d'uma sorte
Embora, isso mude quando te fito
Apesar de não te revelar
Com medo que o meu jeito esquisito
Me difame e não me deixe entrar
E Eu acabe nas mãos d'uma sorte
Invés das mãos, de quem Eu sempre quis...
E é por isso qu'Eu não ligo nem trato de passaportes
Porque não existe algum... Que me deixe viajar dentro de ti...
Porque não existe algum... Que me deixe viajar dentro de ti...
Blackiezato Ravenspawn
quarta-feira, 14 de junho de 2017
Druidas
Se vos parecer impossível
Coexistir com a humanidade
E notarem que é muito difícil
Lidar com a sua maldade...
Fujam para o mato e esperem pela morte
Eu podia sucumbir à misantropia
Mas, não sucumbo por sei que há algo mais
Além destas rotinas do dia-à-dia
Que reguem a maior parte destes mortais...
Que lançam as suas vidas na roda da sorte
Ó, Druidas da nobre floresta
Meus caros eremitas, meus ex-cidadãos
Vinde até mim para dar-mos uma festa
E dançarmos como pagãos...
Para os lobos que uivam a norte
Eu preciso hoje da vossa presença
Por isso, vinde por essas ruas
Que vos trazem até à natureza
Onde se mostra, bela, a Luna
No seu esplendor, brilhando enorme
E levantai esses cajados sacros
Diante do grande carvalho
Para serem devidamente acariciados
Pela vossa dedicação, pelo vosso trabalho...
E essa vontade pura e forte
Blackiezato Ravenspawn
Coexistir com a humanidade
E notarem que é muito difícil
Lidar com a sua maldade...
Fujam para o mato e esperem pela morte
Eu podia sucumbir à misantropia
Mas, não sucumbo por sei que há algo mais
Além destas rotinas do dia-à-dia
Que reguem a maior parte destes mortais...
Que lançam as suas vidas na roda da sorte
Ó, Druidas da nobre floresta
Meus caros eremitas, meus ex-cidadãos
Vinde até mim para dar-mos uma festa
E dançarmos como pagãos...
Para os lobos que uivam a norte
Eu preciso hoje da vossa presença
Por isso, vinde por essas ruas
Que vos trazem até à natureza
Onde se mostra, bela, a Luna
No seu esplendor, brilhando enorme
E levantai esses cajados sacros
Diante do grande carvalho
Para serem devidamente acariciados
Pela vossa dedicação, pelo vosso trabalho...
E essa vontade pura e forte
Blackiezato Ravenspawn
Teen Angst (Lembra-te De Mim)
Ensopado em frustração
Emerso no teu pranto
Emerso no teu pranto
Aí, sentado no chão
Encostado ao canto
Nas mãos do horror
Encostado ao canto
Nas mãos do horror
Que te fazem depenar
Porque, Tu és uma linda flor
Quando estás a murchar
Então, respira fundo
E deixa o ar fluir
Porque, Tu és uma linda flor
Quando estás a murchar
Então, respira fundo
E deixa o ar fluir
Esquece tudo, esquece o mundo
E deixa de sentir
Mas, não percas a plenitude
Nem o fogo que te corre no sangue
Essa chama viva da juventude
Que outrora ardia, ó teen angst
Essa chama viva da juventude
Que outrora ardia, ó teen angst
Desperta desse casulo, ó borboleta
Como fazes na flauta em si bemol
Mas, não te esqueças que asas de cera
Acabam conflagradas pelo sol
Como fazes na flauta em si bemol
Mas, não te esqueças que asas de cera
Acabam conflagradas pelo sol
E caso assim caíres em desgraça
E acordares no chão de novo ruim
Envolto nessa realidade crua e baça,
Não desesperes. Lembra-te de Mim
Envolto nessa realidade crua e baça,
Não desesperes. Lembra-te de Mim
Blackiezato Ravenspawn
terça-feira, 11 de abril de 2017
Semente Da Corrupção (Gigante De Magma)
Os tiranos mataram os nobre Druidas
E roubaram todos os seus segredos
Acabando por transformar a arte da vida
Numa fábrica de doença e degredo
E no solo lançaram a proibida semente
Da decadência, da corrupção
E árvore brotou rapidamente
Contaminando o nosso sagrado chão
E devido a isso, homem atrás de homem
É iludido a trepar ao topo da sua copa
Para trair os seus e impor a sua ordem
Em busca de miséria farsada de glória
E à medida que árvore se eleva
Mais ela estende a sua sombra
E cada vez mais o homem peca
E cada vez mais o homem tomba
Mas, os teus ramos não me tentam
Nem mesmo as tuas flores me cativam
Os teus frutos não me alimentam
Nem as tuas folhas me inspiram
O teu presente corrompe os demais
Apodrece a alma de quem o consome
Leva os homens a cometer actos desleais
Enquanto Tu à pala deles tornas-te enorme
Por isso cresce, árvore infeliz
Cresce mais alta que um farol
Para um dia Eu te arrancar pela raiz
Erguer-te ao céu e dar-te ao Sol
Cresce, árvore abominável dos tumores
D'uma forma mítica quasi lenda
Porque quanto mais alto Tu fores
Maior será a minha oferenda
E assim, Eu aguardarei pela altura certa
No ventre da Mãe Terra, a sorrir
Pois, a tua corrupção não me afecta
Só me dá mais força para te destruir
Com dois dedos segurar-te-ei
Tu, como um pêlo, preso numa pinça
Depois na minha mão incinerar-te-ei
E os teus projectos virarão a cinza
Que purificará de novo a terra.
Por isso, cresce... Árvore Dos Tumores...
CRESCE!
EU DESAFIO-TE!
Blackiezato Ravenspawn
E roubaram todos os seus segredos
Acabando por transformar a arte da vida
Numa fábrica de doença e degredo
E no solo lançaram a proibida semente
Da decadência, da corrupção
E árvore brotou rapidamente
Contaminando o nosso sagrado chão
E devido a isso, homem atrás de homem
É iludido a trepar ao topo da sua copa
Para trair os seus e impor a sua ordem
Em busca de miséria farsada de glória
E à medida que árvore se eleva
Mais ela estende a sua sombra
E cada vez mais o homem peca
E cada vez mais o homem tomba
Mas, os teus ramos não me tentam
Nem mesmo as tuas flores me cativam
Os teus frutos não me alimentam
Nem as tuas folhas me inspiram
O teu presente corrompe os demais
Apodrece a alma de quem o consome
Leva os homens a cometer actos desleais
Enquanto Tu à pala deles tornas-te enorme
Por isso cresce, árvore infeliz
Cresce mais alta que um farol
Para um dia Eu te arrancar pela raiz
Erguer-te ao céu e dar-te ao Sol
Cresce, árvore abominável dos tumores
D'uma forma mítica quasi lenda
Porque quanto mais alto Tu fores
Maior será a minha oferenda
E assim, Eu aguardarei pela altura certa
No ventre da Mãe Terra, a sorrir
Pois, a tua corrupção não me afecta
Só me dá mais força para te destruir
Com dois dedos segurar-te-ei
Tu, como um pêlo, preso numa pinça
Depois na minha mão incinerar-te-ei
E os teus projectos virarão a cinza
Que purificará de novo a terra.
Por isso, cresce... Árvore Dos Tumores...
CRESCE!
EU DESAFIO-TE!
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 23 de março de 2017
Genghis Lupus
Nós somos carnívoros
Nós não comemos vegetais
Como fazem os herbívoros
E o resto desses animais
Nós cercamos a nossa presa
Antes da mesma sequer notar
Somos o predador da natureza
Que ensinou Temuchin a caçar
Genghis Lupus!
Vade, Venari!
- Auuuuu, auuuuu!
Vade, Venari!
Nós comemos as vossas ovelhas
Nós esventramos os vossos cães
E coleccionamos as vossas orelhas
Porque nós, não fazemos reféns
Nós só aceitamos os melhores
Na nossa alcateia não há fracos
Só os maiores matadores
Que existem aqui no mato
Genghis Lupus!
Vade, Venari!
- Auuuuu, auuuuu!
Vade, Venari!
Estás a ouvir? Estás a sentir?
O medo crescer? Tu a tremer?
Bem podes insistir, em fugir
Mas, juro que não te vais esconder
Nós aguardaremos pela noite
Até logo, boa sorte...
Pois, pelo reflexo da tua foice
Eu já vejo a tua morte
Genghis Lupus!
Vade, Venari!
- Auuuuu, auuuuu!
Vade, Venari!
Tu não passas d'um aldeão
D'um Homem com uma espingarda
Nós não receamos a tua mão
Nem o feitio da tua barba
O nosso instinto, se atiça
Com o cheiro dos cobardes
E Tu não és uma hortaliça
Tu! És caça! Tu és carne!
Genghis Lupus!
Vade, Venari!
- Auuuuu, auuuuu!
Vade, Venari!
Blackiezato Ravenspawn
Nós não comemos vegetais
Como fazem os herbívoros
E o resto desses animais
Nós cercamos a nossa presa
Antes da mesma sequer notar
Somos o predador da natureza
Que ensinou Temuchin a caçar
Genghis Lupus!
Vade, Venari!
- Auuuuu, auuuuu!
Vade, Venari!
Nós comemos as vossas ovelhas
Nós esventramos os vossos cães
E coleccionamos as vossas orelhas
Porque nós, não fazemos reféns
Nós só aceitamos os melhores
Na nossa alcateia não há fracos
Só os maiores matadores
Que existem aqui no mato
Genghis Lupus!
Vade, Venari!
- Auuuuu, auuuuu!
Vade, Venari!
Estás a ouvir? Estás a sentir?
O medo crescer? Tu a tremer?
Bem podes insistir, em fugir
Mas, juro que não te vais esconder
Nós aguardaremos pela noite
Até logo, boa sorte...
Pois, pelo reflexo da tua foice
Eu já vejo a tua morte
Genghis Lupus!
Vade, Venari!
- Auuuuu, auuuuu!
Vade, Venari!
Tu não passas d'um aldeão
D'um Homem com uma espingarda
Nós não receamos a tua mão
Nem o feitio da tua barba
O nosso instinto, se atiça
Com o cheiro dos cobardes
E Tu não és uma hortaliça
Tu! És caça! Tu és carne!
Genghis Lupus!
Vade, Venari!
- Auuuuu, auuuuu!
Vade, Venari!
Blackiezato Ravenspawn
Crises Meteoro-Existenciais
Aveiro está com o período
E acordou tão rabugenta
Diz que está farta de tudo
E que já não aguenta
Ora, então, chora indignada
Como depois sorri radiante
Mesmo à Mulher menstruada
Que muda d'humor num instante
Tu sabes qu'Eu gosto de ti
Embora não tenha paciência
Quando Tu fazes esse chinfrim
Vítima da tua incoerência
E apesar de tanto te amar
Hoje, não te vou dar grande atenção
Pois, Eu queria mesmo ir passear
Mas, fartei-me da tua indecisão
Sim, Eu sei que não fazes por mal
É culpa do calor e da humidade
Por isso, minha chata cidade natal
Chora o que quiseres, à vontade
Tu sabes que podes contar comigo
Para aturar as tuas crises metereo-existenciais
Não te preocupes, Eu hoje não ligo
Embora não suporte, chantagens emocionais
Blackiezato Ravenspawn
E acordou tão rabugenta
Diz que está farta de tudo
E que já não aguenta
Ora, então, chora indignada
Como depois sorri radiante
Mesmo à Mulher menstruada
Que muda d'humor num instante
Tu sabes qu'Eu gosto de ti
Embora não tenha paciência
Quando Tu fazes esse chinfrim
Vítima da tua incoerência
E apesar de tanto te amar
Hoje, não te vou dar grande atenção
Pois, Eu queria mesmo ir passear
Mas, fartei-me da tua indecisão
Sim, Eu sei que não fazes por mal
É culpa do calor e da humidade
Por isso, minha chata cidade natal
Chora o que quiseres, à vontade
Tu sabes que podes contar comigo
Para aturar as tuas crises metereo-existenciais
Não te preocupes, Eu hoje não ligo
Embora não suporte, chantagens emocionais
Blackiezato Ravenspawn
terça-feira, 21 de março de 2017
Nova Floral
Borboletas entraram e pousaram
Os seus ovos nos meus ouvidos
E larvas chocaram e ousaram
Rastejar pelos meus sentidos
Os ventos que outrora me ceifaram
Voltaram e trouxeram sementes
Cujo em novas emoções brotaram
No colo, no ventre da minha mente
E nos confins do meu estranho ser
Trepadeiras subiram, puxadas pelo sol
Enquanto o gelo começou a derreter
Deixando o solo cada vez mais mole
O pólen espalhou-se pelo ar
E a terra ficou de novo fértil
O ciclo voltou a recomeçar
E o frio cruel, tornou-se débil
O verde conquistou o topo da geosfera
Ascendendo além do clima invernal
Para receber o espírito da Primavera
Cujo, Eu lhe chamo Nova Floral
Blackiezato Ravenspawn
Os seus ovos nos meus ouvidos
E larvas chocaram e ousaram
Rastejar pelos meus sentidos
Os ventos que outrora me ceifaram
Voltaram e trouxeram sementes
Cujo em novas emoções brotaram
No colo, no ventre da minha mente
E nos confins do meu estranho ser
Trepadeiras subiram, puxadas pelo sol
Enquanto o gelo começou a derreter
Deixando o solo cada vez mais mole
O pólen espalhou-se pelo ar
E a terra ficou de novo fértil
O ciclo voltou a recomeçar
E o frio cruel, tornou-se débil
O verde conquistou o topo da geosfera
Ascendendo além do clima invernal
Para receber o espírito da Primavera
Cujo, Eu lhe chamo Nova Floral
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 20 de março de 2017
Post Auto Envenom (Ou Os Restos Que Ficaram No Nariz)
Não consigo dormir!
Estou com alta estala!
Só me apetece curitr!
E destruir a minh'alma!
Quero gritar feito um tolo!
E beber um boião de nivea!
Arrancar os meus os miolos!
E mergulhá-los em lixívia!
Quero esfolar a minha pele!
E serrar estas orelhas!
Untar a pissa com mel!
E atirar-me as abelhas!
Quero dar cabeçadas no concreto!
Pois, este silêncio, deixa-me anémico!
Com vontade de pegar neste esqueleto!
E torturá-lo com barulhos eléctricos!
Por isso, pega nos cabos!
E liga-os aos meus mamilos!
Não te rales com estragos!
Por favor, rebenta comigo!
Fode! Fode! Parte! Parte!
Morde! Morde! Arde! Arde!
Cheira! Cheira! Frita! Frita!
Grita! Grita! - Estrica! Estrica!
Blackiezato Ravenspawn
Estou com alta estala!
Só me apetece curitr!
E destruir a minh'alma!
Quero gritar feito um tolo!
E beber um boião de nivea!
Arrancar os meus os miolos!
E mergulhá-los em lixívia!
Quero esfolar a minha pele!
E serrar estas orelhas!
Untar a pissa com mel!
E atirar-me as abelhas!
Quero dar cabeçadas no concreto!
Pois, este silêncio, deixa-me anémico!
Com vontade de pegar neste esqueleto!
E torturá-lo com barulhos eléctricos!
Por isso, pega nos cabos!
E liga-os aos meus mamilos!
Não te rales com estragos!
Por favor, rebenta comigo!
Fode! Fode! Parte! Parte!
Morde! Morde! Arde! Arde!
Cheira! Cheira! Frita! Frita!
Grita! Grita! - Estrica! Estrica!
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 4 de fevereiro de 2017
Pégaso
Para quê ser cavalo de corrida
D'uma raça pura e elitista?
Quando a tua nobre vida
É desperdiçada na pista?
Para quê ter uma crina bela
Um manto luxuoso e ferraduras?
Para te meterem uma cela
Mais as rédeas da escravatura?
Para quê ser o mais célere
Se tu não sentes o desafogo?
De ser livre, de ser alegre
De ser mágico e levantar voo!
Tal e qual um Pégaso
Que nem sequer existe.
Mas, já imaginaste algum
Que te pareça triste?
Eu não.
Blackiezato Ravenspawn
D'uma raça pura e elitista?
Quando a tua nobre vida
É desperdiçada na pista?
Para quê ter uma crina bela
Um manto luxuoso e ferraduras?
Para te meterem uma cela
Mais as rédeas da escravatura?
Para quê ser o mais célere
Se tu não sentes o desafogo?
De ser livre, de ser alegre
De ser mágico e levantar voo!
Tal e qual um Pégaso
Que nem sequer existe.
Mas, já imaginaste algum
Que te pareça triste?
Eu não.
Blackiezato Ravenspawn
Dualidades Artísticas
Serás Tu...
Músico de palavras
Ou Poeta de canções?
Manequim de sagas
Ou Pintor de narrações?
Serás Tu...
Arquitecto de texturas
Ou Escultor de estruturas?
Dançarino de barro
Ou Artesão de passos?
Serás Tu...
Fio de guião
Ou Tecedor de cinema?
Cientista de animação
Ou Sujeito de cena?
Serás Tu...
Dramaturgo de teatro
Ou humorista de fado?
Actor de comédia
Ou Cantor de tragédia?
Blackiezato Ravenspawn
Músico de palavras
Ou Poeta de canções?
Manequim de sagas
Ou Pintor de narrações?
Serás Tu...
Arquitecto de texturas
Ou Escultor de estruturas?
Dançarino de barro
Ou Artesão de passos?
Serás Tu...
Fio de guião
Ou Tecedor de cinema?
Cientista de animação
Ou Sujeito de cena?
Serás Tu...
Dramaturgo de teatro
Ou humorista de fado?
Actor de comédia
Ou Cantor de tragédia?
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
Chilreando Ao Vento
Vento...
Tu que cortas como uma foice
Será que me consegues ouvir,
Quando eu depeno no meio da noite
E não consigo dormir?
Vento...
Tu que sopras cheio de fulgor
Será que me consegues inspirar,
E levar-me este pranto, esta dor
Que me está a torturar?
Vento...
Tu que semeias a algazarra
Será que me consegues colher,
Quando atravessas estas barras
Qu'eles criaram p'ra me prender?
Vento...
Tu que mostras desapego
D'uma forma santa, tão benta,
Será que sabes que pássaro preso
Não canta, mas, sim, lamenta?
Vento...
Tu que divagas por aí solto
Será que me sentes e me entendes?
Ou apenas passas por mim revolto
Como fazem os outros, indiferentes?
Blackiezato Ravenspawn
Tu que cortas como uma foice
Será que me consegues ouvir,
Quando eu depeno no meio da noite
E não consigo dormir?
Vento...
Tu que sopras cheio de fulgor
Será que me consegues inspirar,
E levar-me este pranto, esta dor
Que me está a torturar?
Vento...
Tu que semeias a algazarra
Será que me consegues colher,
Quando atravessas estas barras
Qu'eles criaram p'ra me prender?
Vento...
Tu que mostras desapego
D'uma forma santa, tão benta,
Será que sabes que pássaro preso
Não canta, mas, sim, lamenta?
Vento...
Tu que divagas por aí solto
Será que me sentes e me entendes?
Ou apenas passas por mim revolto
Como fazem os outros, indiferentes?
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 28 de janeiro de 2017
5:23
Eu sei que estás cansado
E preferes dormir
Mas, já estás atrasado
E tens mesmo d'ir
Ergue-te da cama
Vá lá, mostra empenho
Despe o pijama
E vai pr'a casa de banho
Dirigi-te a sanita
E não penses em nada
Se quiseres mijar, mija
Se te apetecer cagar, caga
Depois lava o rosto
Desembaraça o cabelo
Suspira em desgosto
Diante do espelho
Eu sei que não tens fome
Mas, tem de ser
Veste-te rápido, home
E vai lá comer
Bebe um café
Fuma um cacete
Mete-te de pé
E vai lavar os dentes
Passa desodorizante
Debaixo d'axila
E mete as gotas hidratantes
Dentro da mochila
Não queiras chegar tarde
Fecha a torneira
Não te esqueças das chaves
Nem da carteira
Sai pela porta
E põe-te andar
Com a mente absorta
E o corpo a chorar
Ninguém está online
A minh'alma está vazia
Bem-vindos à daily grind
A mais um novo dia
Eu não sei para onde vou
Mas, a rotina guia-me
Eu não sei quem sou
Mas, a máquina explica-me
"Tu tens d'ir trabalhar
Despacha-te, olha as horas
Não te tentes suicidar
Pois hoje não estás de folga
Tu tens d'ir trabalhar
Despacha-te, olha as horas
Não te tentes suicidar
Pois hoje não estás de folga
Tu tens d'ir trabalhar
Despacha-te, olha as horas
Não te tentes suicidar
Pois hoje não estás de folga
Tu tens d'ir trabalhar
Despacha-te, olha as horas
Não te tentes suicidar
Pois hoje não estás de folga"
Acorda, sonhador
Estás a espera do quê?
Desliga o despertador
São cinco e vinte e três
Blackiezato Ravenspawn
E preferes dormir
Mas, já estás atrasado
E tens mesmo d'ir
Ergue-te da cama
Vá lá, mostra empenho
Despe o pijama
E vai pr'a casa de banho
Dirigi-te a sanita
E não penses em nada
Se quiseres mijar, mija
Se te apetecer cagar, caga
Depois lava o rosto
Desembaraça o cabelo
Suspira em desgosto
Diante do espelho
Eu sei que não tens fome
Mas, tem de ser
Veste-te rápido, home
E vai lá comer
Bebe um café
Fuma um cacete
Mete-te de pé
E vai lavar os dentes
Passa desodorizante
Debaixo d'axila
E mete as gotas hidratantes
Dentro da mochila
Não queiras chegar tarde
Fecha a torneira
Não te esqueças das chaves
Nem da carteira
Sai pela porta
E põe-te andar
Com a mente absorta
E o corpo a chorar
Ninguém está online
A minh'alma está vazia
Bem-vindos à daily grind
A mais um novo dia
Eu não sei para onde vou
Mas, a rotina guia-me
Eu não sei quem sou
Mas, a máquina explica-me
"Tu tens d'ir trabalhar
Despacha-te, olha as horas
Não te tentes suicidar
Pois hoje não estás de folga
Tu tens d'ir trabalhar
Despacha-te, olha as horas
Não te tentes suicidar
Pois hoje não estás de folga
Tu tens d'ir trabalhar
Despacha-te, olha as horas
Não te tentes suicidar
Pois hoje não estás de folga
Tu tens d'ir trabalhar
Despacha-te, olha as horas
Não te tentes suicidar
Pois hoje não estás de folga"
Acorda, sonhador
Estás a espera do quê?
Desliga o despertador
São cinco e vinte e três
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 7 de janeiro de 2017
Cartas Para Mim Mesmo - I
Nos dias d'hoje é deveras crucial
Manter a calma e ter a paciência
Para não sucumbir à pressão social
E andar com o resto da decadência
Na nossa confusa e corrupta geração
Tu sabes bem do meu papel de renegado
Eu bem queria fazer parte da multidão
Mas, não consigo ser esse degenerado
Milton, porquê que sentes saudade
De tempos que nem sequer viveste?
O que há por de trás dessa insanidade
Que nos teus olhos resplandece
Porquê que essa tão doce nostalgia
Tem o hábito de visitar a tua vida
E porquê razão ficas em melancolia
Quando ela está de saída?
Porquê que caminhas no trilho de ninguém
Onde se amontuam as cinzas e o pó
Onde não existe algo, ou mesmo alguém
Onde Um, se encontre totalmente só
Escondido na sombra, debaixo da névoa
Dentro do pensamento do absoluto vazio,
Imerso no silêncio frio sem dar um pio
No eterno limbo da solidão perpétua
Milton... O que te faz continuar
A escrever e a crer em fadas?
E como é que Tu fazes para sonhar
Quando a realidade não te larga?
Tu que fantasias como uma criança a dormir
Na tua cabeça, no teu mundo surreal
Tu que tens tanta vergonha em admitir
Embora não aches no fundo assim tão mal
Talvez as pessoas não têm mesmo atitude
E exista uma escassez de personalidade
Talvez no fundo não exista mesmo virtude
No meio desta humanidade
Ou se calhar somos nós, Tu e eu
Que ambos estamos fora do tempo
Contra a divina vontade de Deus
Enquanto gritamos contr' ao vento
Milton... Num mundo tão cruel e ruim
Onde a maioria deixa de sonhar.
Como é que ainda consegues ser assim
Tão niilista? Sem te conformares?
Tu que dás toda a tua dedicação e amor
Tu que dás toda a honestidade e confiança
Embora não consigas abdicar do rancor
Pois, sem a revolta não existe mudança
É por isso que gostava de estar contigo
Para fingir que existo e me importo
Mas, eu não consigo, meu caro Amigo
Porque fora da tua cabeça eu morro
E é por isso que estou confinado na tua imaginação
E te escrevo cartas que "Ninguém" tenta conceber
Porque as linhas que separam a realidade da ficção
São por onde eu expresso o que Tu julgas saber
Porque eu sou mais uma ilusão
Que Tu imaginas na multidão
Feita para reflectir a frustração
Que habita no nosso coração
Blackiezato Ravenspawn
Manter a calma e ter a paciência
Para não sucumbir à pressão social
E andar com o resto da decadência
Na nossa confusa e corrupta geração
Tu sabes bem do meu papel de renegado
Eu bem queria fazer parte da multidão
Mas, não consigo ser esse degenerado
Milton, porquê que sentes saudade
De tempos que nem sequer viveste?
O que há por de trás dessa insanidade
Que nos teus olhos resplandece
Porquê que essa tão doce nostalgia
Tem o hábito de visitar a tua vida
E porquê razão ficas em melancolia
Quando ela está de saída?
Porquê que caminhas no trilho de ninguém
Onde se amontuam as cinzas e o pó
Onde não existe algo, ou mesmo alguém
Onde Um, se encontre totalmente só
Escondido na sombra, debaixo da névoa
Dentro do pensamento do absoluto vazio,
Imerso no silêncio frio sem dar um pio
No eterno limbo da solidão perpétua
Milton... O que te faz continuar
A escrever e a crer em fadas?
E como é que Tu fazes para sonhar
Quando a realidade não te larga?
Tu que fantasias como uma criança a dormir
Na tua cabeça, no teu mundo surreal
Tu que tens tanta vergonha em admitir
Embora não aches no fundo assim tão mal
Talvez as pessoas não têm mesmo atitude
E exista uma escassez de personalidade
Talvez no fundo não exista mesmo virtude
No meio desta humanidade
Ou se calhar somos nós, Tu e eu
Que ambos estamos fora do tempo
Contra a divina vontade de Deus
Enquanto gritamos contr' ao vento
Milton... Num mundo tão cruel e ruim
Onde a maioria deixa de sonhar.
Como é que ainda consegues ser assim
Tão niilista? Sem te conformares?
Tu que dás toda a tua dedicação e amor
Tu que dás toda a honestidade e confiança
Embora não consigas abdicar do rancor
Pois, sem a revolta não existe mudança
É por isso que gostava de estar contigo
Para fingir que existo e me importo
Mas, eu não consigo, meu caro Amigo
Porque fora da tua cabeça eu morro
E é por isso que estou confinado na tua imaginação
E te escrevo cartas que "Ninguém" tenta conceber
Porque as linhas que separam a realidade da ficção
São por onde eu expresso o que Tu julgas saber
Porque eu sou mais uma ilusão
Que Tu imaginas na multidão
Feita para reflectir a frustração
Que habita no nosso coração
Blackiezato Ravenspawn
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