Eles esperam, por vocês, famintos
E sobrevoando, eles olham-vos
E quando alguém cai no seu caminho
Eles descendem e devoram-os
Os bicos deles perfuram a carne
E mostram-me uma visão grotesca
Mas, eu não censuro, pois a gente sabe
Qual o seu papel na natureza
Eles eliminam as criaturas "mortas"
Para elas não espalharem, o tormento
Eles saboreiam as almas absortas
Pois o que importa, está cá dentro
Eu viro as costas, apesar do convite
E sorrio cínico, ausente de moral
Desejando-lhes um bom apetite
Mesmo que o prato me cheire mal.
*
Eles sobrevoam a atmosfera
Eles seguem-te com sentimento
Jogando o jogo do espera
Como se tivessem todo o tempo
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 8 de março de 2018
Alta, Forte E Com Grande Orgulho (Flores Da Adversidade)
Existe uma flor que floresceu
Devota d'uma tal perseverança
Que os seus obstáculos venceu
Triunfante, cheia de bonança
Ela não se resignou ao ambiente
Pois, Ela é corajosa, Ela é incrível
Atrevendo-se a crescer eloquente
Onde outras, achavam impossível
Com as suas raízes bem no fundo
Ela subiu e rachou um pedregulho
E mostrou-se fabulosa ao mundo
Alta, forte e com grande orgulho
São as flores da adeversidade
As mais raras, as mais queridas
Aquelas que passam dificuldades
Aquelas que lutam pela vida
Blackiezato Ravenspawn
Devota d'uma tal perseverança
Que os seus obstáculos venceu
Triunfante, cheia de bonança
Ela não se resignou ao ambiente
Pois, Ela é corajosa, Ela é incrível
Atrevendo-se a crescer eloquente
Onde outras, achavam impossível
Com as suas raízes bem no fundo
Ela subiu e rachou um pedregulho
E mostrou-se fabulosa ao mundo
Alta, forte e com grande orgulho
São as flores da adeversidade
As mais raras, as mais queridas
Aquelas que passam dificuldades
Aquelas que lutam pela vida
Blackiezato Ravenspawn
Quando Os Meus Progenitores, Me Tentaram Romanizar
A minha querida Mãe sempre quis
Qu'eu cortasse o meu cabelo
Devias ouvir o qu'Ela me diz
Das minhas luvas até aos cotovelos
E embora Ela goste muito de mim
Ela diz qu'eu preciso d'um espelho
E eu rio-me, achando piada, enfim
Calçando as botas, até ao joelhos
- Aonde é que tu pensas que vais?!
- Assim, maluco, vestido desse jeito?
Perguntava-me tanto o meu Pai
Aos trapos que me cobriam o peito
Com um passivismo agressivo
Camuflado num estrito tom
Por eu ser um jovem alternativo
E Pintar os lábios com batom
Tanta indecência, tanta indignação
Tanta plebe atolada aos molhos
Tanta impertinência, tanta atenção
Focada na sombra dos meus olhos
Tanta a gente a querer ver-me no fogo
Tantas ofensas, tantas alcunhas
«Mas, pensas qu'eu não vou aí e te fodo?
Com estas negras e afiadas unhas!»
"Porque vestes esses casacos longos
Do que te escondes, do que tens medo?
Porque não abres um bocado, ó tonto
E mostras os confins de ti mesmo?"
Porque não importa o espaço-tempo
Nem mesmo o regime que por aqui roda
Eu irei sempre e sempre vestir negro
Mesmo qu'ele não esteja na moda
Por isso, difamem a minha persona
E se quiserem, dêem uma certidão d'óbito!
Mas, lembrem-se... Qu'Eu em Roma.
Eu não me conformei... - Eu fui Gótico.
Blackiezato Ravenspawn
Qu'eu cortasse o meu cabelo
Devias ouvir o qu'Ela me diz
Das minhas luvas até aos cotovelos
E embora Ela goste muito de mim
Ela diz qu'eu preciso d'um espelho
E eu rio-me, achando piada, enfim
Calçando as botas, até ao joelhos
- Aonde é que tu pensas que vais?!
- Assim, maluco, vestido desse jeito?
Perguntava-me tanto o meu Pai
Aos trapos que me cobriam o peito
Com um passivismo agressivo
Camuflado num estrito tom
Por eu ser um jovem alternativo
E Pintar os lábios com batom
Tanta indecência, tanta indignação
Tanta plebe atolada aos molhos
Tanta impertinência, tanta atenção
Focada na sombra dos meus olhos
Tanta a gente a querer ver-me no fogo
Tantas ofensas, tantas alcunhas
«Mas, pensas qu'eu não vou aí e te fodo?
Com estas negras e afiadas unhas!»
"Porque vestes esses casacos longos
Do que te escondes, do que tens medo?
Porque não abres um bocado, ó tonto
E mostras os confins de ti mesmo?"
Porque não importa o espaço-tempo
Nem mesmo o regime que por aqui roda
Eu irei sempre e sempre vestir negro
Mesmo qu'ele não esteja na moda
Por isso, difamem a minha persona
E se quiserem, dêem uma certidão d'óbito!
Mas, lembrem-se... Qu'Eu em Roma.
Eu não me conformei... - Eu fui Gótico.
Blackiezato Ravenspawn
A Escuridão...
Veio a solene escuridão
Visitar o meu coração
Para mostrar o esplendor
Do brilho do meu amor
Que reluz belo na treva
Ai meus Deus, quem me dera
Ter essa sacra devoção
E irradiar esse fulgor
Veio a solene escuridão
Visitar o meu coração
Para cobrir a minh'Alma cega
Que tanto sofre e desespera
Nas correntes da dor
Nas masmorras do terror
Ai que doce escuridão
Que tanto em mim se apega
Blackiezato Ravenspawn
Visitar o meu coração
Para mostrar o esplendor
Do brilho do meu amor
Que reluz belo na treva
Ai meus Deus, quem me dera
Ter essa sacra devoção
E irradiar esse fulgor
Veio a solene escuridão
Visitar o meu coração
Para cobrir a minh'Alma cega
Que tanto sofre e desespera
Nas correntes da dor
Nas masmorras do terror
Ai que doce escuridão
Que tanto em mim se apega
Blackiezato Ravenspawn
À Espera (Aguardando Em Vão)
À espera na linha
À espera a sofrer
À espera do dia
De São Receber
À espera das ordens
À espera de avançar
À espera dos homens
Que me façam recuar
À espera do toque do sino
À espera que o tempo passe
À espera que o destino
Finamente, me abrace
À espera da Primavera
À espera do Verão
Tanto tempo à espera
Aguardando em vão
Blackiezato Ravenspawn
À espera a sofrer
À espera do dia
De São Receber
À espera das ordens
À espera de avançar
À espera dos homens
Que me façam recuar
À espera do toque do sino
À espera que o tempo passe
À espera que o destino
Finamente, me abrace
À espera da Primavera
À espera do Verão
Tanto tempo à espera
Aguardando em vão
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 4 de março de 2018
Piadas Que Matam
Já alguma vez tiveste um sonho
Aborrecido, sem enredo algum
Tão mal imaginado, tão medonho
Que só de pensar, causa medo a um
Já alguma vez olhaste-te ao espelho
E viste um reflexo que não era suposto
Caso não saibas, Eu dou-te um conselho
Quando sonho, Eu não vejo o meu rosto
Já alguma vez afundaste dentro de ti
E viste o que existe além da superfície
Invés de andares sempre por aqui
Nos quatro cantos desta planície
Já alguma vez acordaste de repente
Sem ar, a dar gargalhadas tontas
Por causa das piadas eloquentes
Que a ti mesmo, o teu sonho conta?
Blackiezato Ravenspawn
Aborrecido, sem enredo algum
Tão mal imaginado, tão medonho
Que só de pensar, causa medo a um
Já alguma vez olhaste-te ao espelho
E viste um reflexo que não era suposto
Caso não saibas, Eu dou-te um conselho
Quando sonho, Eu não vejo o meu rosto
Já alguma vez afundaste dentro de ti
E viste o que existe além da superfície
Invés de andares sempre por aqui
Nos quatro cantos desta planície
Já alguma vez acordaste de repente
Sem ar, a dar gargalhadas tontas
Por causa das piadas eloquentes
Que a ti mesmo, o teu sonho conta?
Blackiezato Ravenspawn
Juntos, Formamos A Escuridão
Há tanto tempo - enterrados na terra!
Há tanto tempo - abaixo nas catacumbas!
Há tanto tempo - em segredo à espera!
Há tanto tempo - escondidos na penumbra!
Tantas sombras vagueiam perdidas
Tantas almas lamentam sozinhas
Tantas estátuas erodem esquecidas
Tantas mágoas jazem entrelinhas
Mas, juntos! Nós somos mais!
Que simples e meros mortais
Que caminham pela multidão
Porque, juntos! Cobrimos tudo!
Com o entrópico manto absoluto
Da infinita e primordial escuridão
*
Por isso, vinde, caros vultos
Sigam o eco da minha voz
E prestai homenagem a este culto
Que tanto chama por nós.
Blackiezato Ravenspawn
Há tanto tempo - abaixo nas catacumbas!
Há tanto tempo - em segredo à espera!
Há tanto tempo - escondidos na penumbra!
Tantas sombras vagueiam perdidas
Tantas almas lamentam sozinhas
Tantas estátuas erodem esquecidas
Tantas mágoas jazem entrelinhas
Mas, juntos! Nós somos mais!
Que simples e meros mortais
Que caminham pela multidão
Porque, juntos! Cobrimos tudo!
Com o entrópico manto absoluto
Da infinita e primordial escuridão
*
Por isso, vinde, caros vultos
Sigam o eco da minha voz
E prestai homenagem a este culto
Que tanto chama por nós.
Blackiezato Ravenspawn
Ressonância Silenciosa (Ecos Do Vazio)
Digo-vos, que - nada me perturba mais!
Que a ausência do som - a indiferença!
Os enlanguescentes suspiros abismais
Que soam no interior da minha cabeça
O vazio que sinto ao não ser ouvido
Que ecoa no centro do meu ser
Mais o desejo de querer ser compreendido
Ai... S'Eu estivesse mesmo à espera
Que vocês escutassem os meus lamentos
As quantas Lunas, as quantas Primaveras
Esperaria, Eu, em vão, sem alento!
Ai... S'Eu estivesse mesmo a contar
Que vocês entendessem o meu coração
O quanto Eu teria que depenar e murchar
Até morrer finalmente de solidão
Mas, não é por isso qu'Eu falarei mais alto
Nessa demanda tonta de ganhar mais relevo
Eu agora, sou mais paciente, menos incauto
E é por isso, qu'Eu tanto, mas tanto escrevo
Que a ausência do som - a indiferença!
Os enlanguescentes suspiros abismais
Que soam no interior da minha cabeça
O vazio que sinto ao não ser ouvido
Que ecoa no centro do meu ser
Mais o desejo de querer ser compreendido
Embora, ninguém queira mesmo saber
Ai... S'Eu estivesse mesmo à espera
Que vocês escutassem os meus lamentos
As quantas Lunas, as quantas Primaveras
Esperaria, Eu, em vão, sem alento!
Ai... S'Eu estivesse mesmo a contar
Que vocês entendessem o meu coração
O quanto Eu teria que depenar e murchar
Até morrer finalmente de solidão
Mas, não é por isso qu'Eu falarei mais alto
Nessa demanda tonta de ganhar mais relevo
Eu agora, sou mais paciente, menos incauto
E é por isso, qu'Eu tanto, mas tanto escrevo
Com esta devota melancolia
Com esta apaixonada decadência
Com esta apaixonada decadência
Refém da minha agonia
Vítima da vossa negligência
Porque o mundo me ensinou a estar sozinho
E a guardar tudo dentro de mim
A estimar a poesia com um enorme carinho
E a tecê-la como se fosse cetim
«É por isso qu'Eu não solto um pio»
Perante seres turvos, sem profundeza...
- Nos meus olhos só verão um vazio!
Proporcional à vossa insensível frieza...
Blackiezato Ravenspawn
Vítima da vossa negligência
Porque o mundo me ensinou a estar sozinho
E a guardar tudo dentro de mim
A estimar a poesia com um enorme carinho
E a tecê-la como se fosse cetim
«É por isso qu'Eu não solto um pio»
Perante seres turvos, sem profundeza...
- Nos meus olhos só verão um vazio!
Proporcional à vossa insensível frieza...
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 3 de março de 2018
Arquitectura Pós-Moderna
O que se passa com esta frente?
É isto?! A arquitectura moderna?
Tanta megalomania em tanta gente
E o resultado, é uma grande merda
Será que perderam a imaginação
É isto o vosso sinónimo de luxo?
Reduzirem uma humilde habitação
A um reles e simples cubo?
- Oh, que design tão vanguardista!
Afinal, não estamos na era digital?
Aonde as pessoas gostam de dar nas vistas
Com a sua vaidade, tão banal
Ou se calhar também esteja a exagerar
Não quero passar por um gajo invejoso
Mas, Eu não consigo deixar de pensar
Como alguém criou ago tão pretensioso
E Eu questiono-me - O que é isto?
E a mente responde-me - é uma jaula
E assim, fico sem perceber este autismo
Que sem emoção, fita a minh'alma.
Porque só de olhar, aborrece, cansa
E faz-me descrer dos novos arquitectos
Pff... É que até mesmo uma criança
Faz melhor com um balde de legos
Mas, pronto, tamém não é assim tão grave
Ao menos tem uma boa métrica
Embora qualquer um sabe
Brincar com figuras geométricas
Eu só espero é que os vosso discípulos
Saibam desenhar casas no espaço
Dando mais uso dos perfeitos círculos
Invés destes explicitos quadrados
E que façam uma revolução arquitéctonica
Não queiram ser um mito, como o Dédalo
Porque se continuarem nesta onda crónica
Nem sequer durarão, um quarto de século
E Eu não queria fazer troça...
Mas, já viram aquela ponte?
Meteram a pata na poça
E estragaram o horizonte
Em cima dela, não consigo ver progresso
Nem sentir a alma do seu autor
Parabéns! Desejo-vos muito sucesso
Na industria de filmes de terror
É que Eu não me sinto nada em paz
No interior destes edifícios redundantes
Um conselho... - Dêem um passo atrás
Se desejarem dar outros dois, adiante
É a minha crítica, desculpem se fui duro
Mas, para mim, existe falta de qualidade...
Nesta selva de concreto sem futuro
Sem beleza... E sem identidade.
Blackeizato Ravenspawn
É isto?! A arquitectura moderna?
Tanta megalomania em tanta gente
E o resultado, é uma grande merda
Será que perderam a imaginação
É isto o vosso sinónimo de luxo?
Reduzirem uma humilde habitação
A um reles e simples cubo?
- Oh, que design tão vanguardista!
Afinal, não estamos na era digital?
Aonde as pessoas gostam de dar nas vistas
Com a sua vaidade, tão banal
Ou se calhar também esteja a exagerar
Não quero passar por um gajo invejoso
Mas, Eu não consigo deixar de pensar
Como alguém criou ago tão pretensioso
E Eu questiono-me - O que é isto?
E a mente responde-me - é uma jaula
E assim, fico sem perceber este autismo
Que sem emoção, fita a minh'alma.
Porque só de olhar, aborrece, cansa
E faz-me descrer dos novos arquitectos
Pff... É que até mesmo uma criança
Faz melhor com um balde de legos
Mas, pronto, tamém não é assim tão grave
Ao menos tem uma boa métrica
Embora qualquer um sabe
Brincar com figuras geométricas
Eu só espero é que os vosso discípulos
Saibam desenhar casas no espaço
Dando mais uso dos perfeitos círculos
Invés destes explicitos quadrados
E que façam uma revolução arquitéctonica
Não queiram ser um mito, como o Dédalo
Porque se continuarem nesta onda crónica
Nem sequer durarão, um quarto de século
E Eu não queria fazer troça...
Mas, já viram aquela ponte?
Meteram a pata na poça
E estragaram o horizonte
Em cima dela, não consigo ver progresso
Nem sentir a alma do seu autor
Parabéns! Desejo-vos muito sucesso
Na industria de filmes de terror
É que Eu não me sinto nada em paz
No interior destes edifícios redundantes
Um conselho... - Dêem um passo atrás
Se desejarem dar outros dois, adiante
É a minha crítica, desculpem se fui duro
Mas, para mim, existe falta de qualidade...
Nesta selva de concreto sem futuro
Sem beleza... E sem identidade.
Blackeizato Ravenspawn
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