sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Não me tirem a Poesia

Eu escrevo os textos mais doces
Que avisto neste triste mundo.
Com palavras descartadas e esquecidas
Algures num poço fundo.

Eu danço a saborosa musica
Que ecoa nos meus ouvidos,
E o meu corpo balança ao vento
Enquanto solto uns gemidos.

De prazer, de êxtase e de alguma euforia
Pois a alma canta tudo o que esta sente.
E apesar da voz, ser um traiçoeira
O meu corpo se move e a ela não mente.

Porque poeta não ilude, nem tenta enganar
Poeta apenas ama, o que constrói.
E tudo o que o homem ignora
E a sua ignorância destrói.

Mas eu não sou poeta,
Devo ser um mero sonhador.
Um homem que agarra a poesia
Para ultrapassar o ardor.

Mas por mais que tente,
Nunca vou encontrar a perfeita sinfonia
Porque o caminho para tal
É tão frustrante como o da alquimia.

Mas a cada dia que passa...
Mais um passo, damos em direcção à morte
Mas a cada dia que escrevo
Mais a minha alma se torna forte.

Por isso não me tirem as lindas notas,
Porque o piano eu adoro tocar.
Nem me tirem a musica,
Porque eu preciso desta para dançar
E nem me silenciem a voz
Porque eu não vivo sem cantar!

Mas antes de tudo...

Tirem-me tudo menos a magia das palavras,
De mim, eu, esta pobre alma escura.
Porque para mim existir sem poesia...
É morrer antes de nascer e viver em tortura...

E para todos aqueles que planearem, tais atrocidades...
Que o vosso coração, se torne, pedra dura.

Blackiezato Ravenspawn

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