Estas emoções me cativam
Com tal devoção e tal zelo
Mas, Eu ignoro com desmazelo
Essas vontades que me guiam
Estas mãos bem que queriam
Pousar no teu caloroso cabelo
Mas, os meus dedos de gelo,
- Não!.. - Eles, derreter-se-iam
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
Optimismo De Bolso
Vale muito mais vomitar
O que se tem na barriga
Do que ter que abandonar
O que se tem nesta vida
Ai... É é tão fácil falar
Até parece uma cantiga!
E se chega a rimar
Então, não é mentira
Vai com Deus, ide em paz
Tira a corda do pescoço
Não desistas, Tu és capaz
De lidar com este alvoroço
Deixa o passado para trás
E não olhes mais, para o poço
Diz ironicamente, o rapaz
Com o optimismo, no bolso
Blackiezato Ravenspawn
O que se tem na barriga
Do que ter que abandonar
O que se tem nesta vida
Ai... É é tão fácil falar
Até parece uma cantiga!
E se chega a rimar
Então, não é mentira
Vai com Deus, ide em paz
Tira a corda do pescoço
Não desistas, Tu és capaz
De lidar com este alvoroço
Deixa o passado para trás
E não olhes mais, para o poço
Diz ironicamente, o rapaz
Com o optimismo, no bolso
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
Redundância Tumultuosa
Às vezes apetecia-me dizer que não,
Mas, Eu não o vou dizer
Pois, já tudo, foi dito
E Eu não ganho nada com isso.
Por isso, não digo nada
Já que não vou dizer que sim,
É já qu'Eu nem quero saber
Mas, s'Eu não o revelar...
Vou ser alvo da mesma repetição,
Tudo por não responder
E ficar mais uma vez caladito
Fingindo-me submisso.
Sem achar grande piada
À espera que chegue o fim,
Fim que nem sequer vou ver
E caso o vir, nem vou comentar...
Para quê? Com que razão?
S'isso nem sequer me dá prazer
Nem sequer acho bonito
Esse enlace, esse feitiço.
Essa mentira, essa fachada!
Essa corrida, esse frenesim!
Que tanto a gente quer vencer!!!
Embora ninguém chega a ganhar...
Às vezes apetecia-me dizer que não,
Só para não ter que ceder...
É que estou farto, estou aflito,
Por favor, livrem-me disso!
Dessa pira, dessa maçada!
Que o mundo quer levar até até mim!
Redundante, Ele quer me ter...
Tumultuoso, Eu não me deixo pegar!
Blackiezato Ravenspawn
Mas, Eu não o vou dizer
Pois, já tudo, foi dito
E Eu não ganho nada com isso.
Por isso, não digo nada
Já que não vou dizer que sim,
É já qu'Eu nem quero saber
Mas, s'Eu não o revelar...
Vou ser alvo da mesma repetição,
Tudo por não responder
E ficar mais uma vez caladito
Fingindo-me submisso.
Sem achar grande piada
À espera que chegue o fim,
Fim que nem sequer vou ver
E caso o vir, nem vou comentar...
Para quê? Com que razão?
S'isso nem sequer me dá prazer
Nem sequer acho bonito
Esse enlace, esse feitiço.
Essa mentira, essa fachada!
Essa corrida, esse frenesim!
Que tanto a gente quer vencer!!!
Embora ninguém chega a ganhar...
Às vezes apetecia-me dizer que não,
Só para não ter que ceder...
É que estou farto, estou aflito,
Por favor, livrem-me disso!
Dessa pira, dessa maçada!
Que o mundo quer levar até até mim!
Redundante, Ele quer me ter...
Tumultuoso, Eu não me deixo pegar!
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
O Outono Quedou-se À Minha Janela
Estava tudo agradável, tão bom
Demasiado, até, para a época
Até o horizonte mudar de tom
Sem anunciar, sem dar tréguas
As árvores começaram a dançar
E os pássaros migraram para sul
Chegou a altura de me agasalhar
Chegou a altura de encher o bule
Nem me lembrei do acerto da hora
Nem que as noites eram tão frias
Nem que o vento rugia tanto lá fora
E trazia consigo, a nostalgia
Vou, mas é, meter os lençóis de flanela
Bem-vindas camisolas, adeus camisas
O outono quedou-se à minha janela
E soprou bravo, nas minhas cortinas
Blackiezato Ravenspawn
Demasiado, até, para a época
Até o horizonte mudar de tom
Sem anunciar, sem dar tréguas
As árvores começaram a dançar
E os pássaros migraram para sul
Chegou a altura de me agasalhar
Chegou a altura de encher o bule
Nem me lembrei do acerto da hora
Nem que as noites eram tão frias
Nem que o vento rugia tanto lá fora
E trazia consigo, a nostalgia
Vou, mas é, meter os lençóis de flanela
Bem-vindas camisolas, adeus camisas
O outono quedou-se à minha janela
E soprou bravo, nas minhas cortinas
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
O Primeiro Poema (Epílogo Da Lux Obscura)
Escrevi o meu primeiro poema
Quando ainda era uma criança
Sem um propósito e sem um tema
Só com um pouco de confiança
Nem sequer teve substância
Quanto mais teve uma rima
Foi escrito sem importância
Não p'ra ser uma obra-prima
E todos os que escrevo agora
São uma tentativa de replicar
O que no passado, Eu, outrora
Tive a ousadia, d'assim, criar
Não me lembro como el'era
Não me lembro como o fiz
Mas, a memória me revela
Como uma criança, a brincar, feliz
Blackiezato Ravenspawn
Quando ainda era uma criança
Sem um propósito e sem um tema
Só com um pouco de confiança
Nem sequer teve substância
Quanto mais teve uma rima
Foi escrito sem importância
Não p'ra ser uma obra-prima
E todos os que escrevo agora
São uma tentativa de replicar
O que no passado, Eu, outrora
Tive a ousadia, d'assim, criar
Não me lembro como el'era
Não me lembro como o fiz
Mas, a memória me revela
Como uma criança, a brincar, feliz
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 28 de outubro de 2018
Choir Synth
Dá-me um choir synth
Para Eu expressar a minha agonia
Pois, uma vida vazia
Não tem nada para oferecer
Dá-me um choir synth
Para Eu harmonizar a minha poesia
Pois, uma voz sombria
Não me chega para erguer
Dá-me um choir Synth
Para Eu tocar uns lindos acordes
Pois uma nota sozinha
Não me consegue suster
Dá-me um Choir Synth
Para Eu atravessar estes fiordes
Pois, a minh'alma fria
Não tem esse poder
Para Eu expressar a minha agonia
Pois, uma vida vazia
Não tem nada para oferecer
Dá-me um choir synth
Para Eu harmonizar a minha poesia
Pois, uma voz sombria
Não me chega para erguer
Dá-me um choir Synth
Para Eu tocar uns lindos acordes
Pois uma nota sozinha
Não me consegue suster
Dá-me um Choir Synth
Para Eu atravessar estes fiordes
Pois, a minh'alma fria
Não tem esse poder
São Eles...
Eu não escrevo estes poemas
Eles, é que bem me descrevem,
As minhas lutas, os meus dilemas
E as coisas que me acontecem.
São eles que me levam pela mão
A viajar em busca d'um futuro,
São eles que me confortam o coração
Quando o mundo, o torna duro.
São eles que me orientam
São eles que sabem tudo,
São eles que me complementam
Com esboços e rascunhos
São eles os meus doces filhos
São eles a minha maior glória,
Cada um com o seu trilho
E todos eles com vontade própria.
Blackiezato Ravenspawn
Eles, é que bem me descrevem,
As minhas lutas, os meus dilemas
E as coisas que me acontecem.
São eles que me levam pela mão
A viajar em busca d'um futuro,
São eles que me confortam o coração
Quando o mundo, o torna duro.
São eles que me orientam
São eles que sabem tudo,
São eles que me complementam
Com esboços e rascunhos
São eles os meus doces filhos
São eles a minha maior glória,
Cada um com o seu trilho
E todos eles com vontade própria.
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 27 de outubro de 2018
São Só Palavras
Ideais não enchem barrigas,
Promessas não pagam dívidas.
Desculpas não saram feridas
Nem as preces, dão garantias.
Nenhuma destas casas, me abriga
Nenhuma destas ruas tem saída
Nenhuma rotina preenche a vida
De quem sonha, todo o dia
Blackiezato Ravenspawn
Promessas não pagam dívidas.
Desculpas não saram feridas
Nem as preces, dão garantias.
Nenhuma destas casas, me abriga
Nenhuma destas ruas tem saída
Nenhuma rotina preenche a vida
De quem sonha, todo o dia
Blackiezato Ravenspawn
Contra Mim Mesmo
Lentamente, Eu torno-me no que mais odeio
E secretamente... Conspiro contra mim próprio
Enquanto, isso, o meu ser racha-se ao meio
E a minha vida vira um pandemónio
Eu esforço-me e tento parecer o mais normal
Embora continue refém deste tormento
Esteja bem, ou esteja mal
Não importa. Estou sempre contra Eu mesmo!
Dois sujeitos com problemas d'atitude
Andam constantemente, à chapada
E não importa o quanto arrume
A casa acaba sempre desarrumada
É por isso qu'Eu imploro, Eu peço
Da forma mais pura, qu'Eu consigo
A essas palavras qu'Eu tanto escrevo
A elas que me distraem deste conflito.
E secretamente... Conspiro contra mim próprio
Enquanto, isso, o meu ser racha-se ao meio
E a minha vida vira um pandemónio
Eu esforço-me e tento parecer o mais normal
Embora continue refém deste tormento
Esteja bem, ou esteja mal
Não importa. Estou sempre contra Eu mesmo!
Dois sujeitos com problemas d'atitude
Andam constantemente, à chapada
E não importa o quanto arrume
A casa acaba sempre desarrumada
É por isso qu'Eu imploro, Eu peço
Da forma mais pura, qu'Eu consigo
A essas palavras qu'Eu tanto escrevo
A elas que me distraem deste conflito.
Tu És De Luas
Tu és de Luas
Tens várias fases
Mil e uma loucuras
E Tu, nem sabes!
Tu que bailas à volta
Do incerto, do caos
Porque não rodas, apenas
Cento e oitenta graus...
O teu jeito acrobata
O teu olhar etéreo
Oh, alma de prata
Repleta de Mistério!
Esse teu brilho nocturno
Que ofusca as estrelas, além
E nas costas, o teu lado obscuro
Que não mostras, a ninguém...
Blackiezato Ravenspawn
Tens várias fases
Mil e uma loucuras
E Tu, nem sabes!
Tu que bailas à volta
Do incerto, do caos
Porque não rodas, apenas
Cento e oitenta graus...
O teu jeito acrobata
O teu olhar etéreo
Oh, alma de prata
Repleta de Mistério!
Esse teu brilho nocturno
Que ofusca as estrelas, além
E nas costas, o teu lado obscuro
Que não mostras, a ninguém...
Blackiezato Ravenspawn
Às Vezes / Muitas Das Vezes
Às vezes...
Estou tão triste
Que canto, rezando
Como orava à minha avó
Mas, na maioria das vezes
Digo - que se lixe
E continuando andando
No meu trilho, só
Às vezes...
Estão tão aborrecido
Que me dissocio
Da minha pessoa
Mas, na maioria das vezes
Fico sem ânimo, abatido
Silencioso, sem dar um pio
À espera que o tempo corra
Às vezes...
Estou tão desolado
Que me sinto rendido
À derivada da minha sorte
Mas, na maioria das vezes
Meto-me de lado, resignado
E assim imagino
Um mundo depois da minha morte
Às vezes...
Estou tão confuso
Que nem sei a dor
Que me vai no coração
Mas, na maioria das vezes
Eu entrego-me, dou tudo
E mesmo assim, não me dão valor
Parece que me esforço em vão.
Blackiezato Ravenspawn
Estou tão triste
Que canto, rezando
Como orava à minha avó
Mas, na maioria das vezes
Digo - que se lixe
E continuando andando
No meu trilho, só
Às vezes...
Estão tão aborrecido
Que me dissocio
Da minha pessoa
Mas, na maioria das vezes
Fico sem ânimo, abatido
Silencioso, sem dar um pio
À espera que o tempo corra
Às vezes...
Estou tão desolado
Que me sinto rendido
À derivada da minha sorte
Mas, na maioria das vezes
Meto-me de lado, resignado
E assim imagino
Um mundo depois da minha morte
Às vezes...
Estou tão confuso
Que nem sei a dor
Que me vai no coração
Mas, na maioria das vezes
Eu entrego-me, dou tudo
E mesmo assim, não me dão valor
Parece que me esforço em vão.
Blackiezato Ravenspawn
Tornando-Me Cinza
Eu dou as minhas pétalas do sol
Enquanto o tempo me consome a tinta
E lentamente murcho, fico mole
Enquanto as roupas viram cinza
Eu antes costumava me importar
Quando tinha algo por que viver
Agora não vejo propósito em continuar
Por isso, deixo-me ir, não quero saber
Melchior Montenegro, Melchior Montenegro
Onde tu estás, onde tu estás
Não me abandones neste desassossego
Porque sem ti, eu não sou capaz
De lidar com esta afronta
De dar um senso à minha vida
Porque quando te escondes na sombra
Eu erodo, torno-me cinza
E eu sei que continuas nessa cidadela
Algures perdido por aí
Porque quando recolho as minhas pétalas
Eu vejo-te a andar dentro de mim
À espera da ocasião
Afastado das luzes, debaixo d'um capuz
Mas, sem a tua escuridão
Eu não consigo encontrar a minha luz
Sem o carbono do teu carvão
As chamas apagam-se, tornam-se cinzas.
E não existe possível ressurreição
Porque as fénixes estão extintas.
Blackiezato Ravenspawn
Enquanto o tempo me consome a tinta
E lentamente murcho, fico mole
Enquanto as roupas viram cinza
Eu antes costumava me importar
Quando tinha algo por que viver
Agora não vejo propósito em continuar
Por isso, deixo-me ir, não quero saber
Melchior Montenegro, Melchior Montenegro
Onde tu estás, onde tu estás
Não me abandones neste desassossego
Porque sem ti, eu não sou capaz
De lidar com esta afronta
De dar um senso à minha vida
Porque quando te escondes na sombra
Eu erodo, torno-me cinza
E eu sei que continuas nessa cidadela
Algures perdido por aí
Porque quando recolho as minhas pétalas
Eu vejo-te a andar dentro de mim
À espera da ocasião
Afastado das luzes, debaixo d'um capuz
Mas, sem a tua escuridão
Eu não consigo encontrar a minha luz
Sem o carbono do teu carvão
As chamas apagam-se, tornam-se cinzas.
E não existe possível ressurreição
Porque as fénixes estão extintas.
Blackiezato Ravenspawn
Gladius Et Scutum (Caneta E Papel)
Honrados sejam esses Poetas,
Honrados sejam esses Tutores.
Honradas sejam essas veredas,
Onde caminharam esses senhores.
E Eu orgulho-me tanto de ser,
Dos poucos qu'ainda sobram
E é por isso, que não temo morrer,
Pois estes versos, ainda me tocam.
Eu que luto por um império
Que outrora, já colapsou,
E é por isso, que lhes dou todo o mérito
Pois, é graças a eles qu'Eu cá estou.
Na linha da frente, sempre fiel,
"Ui quod es, eris quod sum."
Para mim a caneta e o papel,
Sunt mei gladius et scutum.
Blackiezato Ravenspawn
Honrados sejam esses Tutores.
Honradas sejam essas veredas,
Onde caminharam esses senhores.
E Eu orgulho-me tanto de ser,
Dos poucos qu'ainda sobram
E é por isso, que não temo morrer,
Pois estes versos, ainda me tocam.
Eu que luto por um império
Que outrora, já colapsou,
E é por isso, que lhes dou todo o mérito
Pois, é graças a eles qu'Eu cá estou.
Na linha da frente, sempre fiel,
"Ui quod es, eris quod sum."
Para mim a caneta e o papel,
Sunt mei gladius et scutum.
Blackiezato Ravenspawn
Desmascarando Intenções
É tão fácil
P'ra quem é hábil
Dissimular
Fingir e enganar
Eu bem que podia
Usar a poesia
Para mentir
Roubar e fugir
Mas, Eu não preciso
Nem empatizo
Com a corrupção
Dessa acção
De ser algo
Tão reles e tão vago
Só para vos ter
E ter o que escrever
Eu cortaria
Antes os pulsos
E deixar-vos-ia
Assim, confusos
- É só um copo de vinho
Diria Eu, mentindo
Mas, ambas as ideias
Correm nas mesmas veias
Onde se juntaram
Ao som das pulsações
Que desmascararam
As verdadeiras intenções
Blackiezato Ravenspawn
P'ra quem é hábil
Dissimular
Fingir e enganar
Eu bem que podia
Usar a poesia
Para mentir
Roubar e fugir
Mas, Eu não preciso
Nem empatizo
Com a corrupção
Dessa acção
De ser algo
Tão reles e tão vago
Só para vos ter
E ter o que escrever
Eu cortaria
Antes os pulsos
E deixar-vos-ia
Assim, confusos
- É só um copo de vinho
Diria Eu, mentindo
Mas, ambas as ideias
Correm nas mesmas veias
Onde se juntaram
Ao som das pulsações
Que desmascararam
As verdadeiras intenções
Blackiezato Ravenspawn
Quem Dança, Não Leva Macumba
O teu mau olhado
Não me intimida,
Passa-me ao lado
Não toca na minha vida.
O teu feitiço, Eu abalo
A tua magia não resulta,
Eu pego no teu galo
E faço uma cachupa.
«Oh! Eh! Ah! Hã!»
Bate no bombo, abana a anca
E chama o xamã
Mitongo Mikanga!
Traz a tanga, traz a lança
Isto é semba, não é zumba,
Aqui quem dança
Não leva Macumba!
Blackiezato Ravenspawn
Não me intimida,
Passa-me ao lado
Não toca na minha vida.
O teu feitiço, Eu abalo
A tua magia não resulta,
Eu pego no teu galo
E faço uma cachupa.
«Oh! Eh! Ah! Hã!»
Bate no bombo, abana a anca
E chama o xamã
Mitongo Mikanga!
Traz a tanga, traz a lança
Isto é semba, não é zumba,
Aqui quem dança
Não leva Macumba!
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
Lençóis Brancos
Este é para aqueles momentos
Em que as súcubos espreitam,
Quando elas descem e se deitam
Nos meus voluptuosos lamentos.
Para todas as sementes perdidas
Que ficaram espalhas pela cama,
Quando a tesão ateia e inflama
A minha alma carente, despida.
Este é para todos os versos
Que ficaram invisíveis e dispersos
Debaixo... dos meus mantos...
Traços poeticamente tingidos
E com o meu sémen bem escritos
Em suaves... lençóis brancos...
Blackizato Ravenspawn
Em que as súcubos espreitam,
Quando elas descem e se deitam
Nos meus voluptuosos lamentos.
Para todas as sementes perdidas
Que ficaram espalhas pela cama,
Quando a tesão ateia e inflama
A minha alma carente, despida.
Este é para todos os versos
Que ficaram invisíveis e dispersos
Debaixo... dos meus mantos...
Traços poeticamente tingidos
E com o meu sémen bem escritos
Em suaves... lençóis brancos...
Blackizato Ravenspawn
Preenchendo O Buraco
Ferida que jorra e não cicatriza
Fome que morde e não se sacia
Desejo que corrompe e hipnotiza
Sede que persegue e tanto agonia
A minha Mãe, diz que só Deus
Tem o poder para me salvar
E que um dia, entre os plebeus
Encontrarei alguém p'ra amar
Com tontas ilusões e parvos caprichos
Eu tento subsistir e arranjar um jeito
Com tristes canções e erróneos rabiscos
Eu selo o vazio co'as mãos ao peito
Eu tento resistir e acabo ainda mais fraco
Nada resulta, cada vez fico pior
E quanto mais tento preencher este buraco
Mais e mais, ele se torna maior.
Blackiezato Ravenspawn
Fome que morde e não se sacia
Desejo que corrompe e hipnotiza
Sede que persegue e tanto agonia
A minha Mãe, diz que só Deus
Tem o poder para me salvar
E que um dia, entre os plebeus
Encontrarei alguém p'ra amar
Com tontas ilusões e parvos caprichos
Eu tento subsistir e arranjar um jeito
Com tristes canções e erróneos rabiscos
Eu selo o vazio co'as mãos ao peito
Eu tento resistir e acabo ainda mais fraco
Nada resulta, cada vez fico pior
E quanto mais tento preencher este buraco
Mais e mais, ele se torna maior.
Blackiezato Ravenspawn
Quando Te Convém
Eu escolhi dançar, apenas contigo
E por Ti, meti as mãos no fogo.
Eu esperei ao sol, o verão todo
E só, fiquei. Como um mendigo.
Eu vi a mesma história, se repetir,
Fechei os olhos e tentei esquecer.
Mas, Tu ignoraste, não quiseste saber
Nem mesmo olhar, nem me sentir.
Agora, não dá mais para acreditar,
Tu deste cabo da nossa argola.
Eu não preciso de ti, nem da tua esmola
Sou demasiado orgulhoso p'ra implorar.
Se dizes que não te soube bem
Então, porque é que agora vens?
E quando não te cheira, te absténs
E só voltas quando te convém?
Blackiezato Ravenspawn
E por Ti, meti as mãos no fogo.
Eu esperei ao sol, o verão todo
E só, fiquei. Como um mendigo.
Eu vi a mesma história, se repetir,
Fechei os olhos e tentei esquecer.
Mas, Tu ignoraste, não quiseste saber
Nem mesmo olhar, nem me sentir.
Agora, não dá mais para acreditar,
Tu deste cabo da nossa argola.
Eu não preciso de ti, nem da tua esmola
Sou demasiado orgulhoso p'ra implorar.
Se dizes que não te soube bem
Então, porque é que agora vens?
E quando não te cheira, te absténs
E só voltas quando te convém?
Blackiezato Ravenspawn
Ovo Podre
A mesma ridícula agonia
A mesma cíclica história
Ser mais uma tonta ironia
Parida na freguesia da Glória
Mete as mãos no teu terço
Ó cabeça, tu és tão profana
Os meus poemas, são o incesto
Entre Eu e a Santa Joana
Enforca-me num moliceiro
Eu não quero ir mais para o céu
Nem andar entre ceboleiros
Quanto mais, com cagaréus
Deixem-me morrer na ria
Não chamem o meu nome
Não me socorras, ó Atita
Eu só sou, um ovo podre
Blackiezato Ravenspawn
A mesma cíclica história
Ser mais uma tonta ironia
Parida na freguesia da Glória
Mete as mãos no teu terço
Ó cabeça, tu és tão profana
Os meus poemas, são o incesto
Entre Eu e a Santa Joana
Enforca-me num moliceiro
Eu não quero ir mais para o céu
Nem andar entre ceboleiros
Quanto mais, com cagaréus
Deixem-me morrer na ria
Não chamem o meu nome
Não me socorras, ó Atita
Eu só sou, um ovo podre
Blackiezato Ravenspawn
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Ser Poeta...
Ser poeta, não é escrever
Com uma estranha pontuação;
Não é rimar por querer
Nem esperar compreensão.
Ser poeta, não é um acto...
- É gritar a verdade crua!
É improvisar no teatro
Sem mesmo, razão alguma.
Ser poeta, não é um estilo de vida
Ser poeta, não é um negócio.
Ser poeta, é fazer alquimia,
Sem precisar d'um laboratório.
Ser poeta, é ser o estigma,
Por trás d'uma semântica
E ter em cada flor, um enigma,
Repleto de lírica quântica.
Ser poeta, não é só expressar
A alma, d'uma forma lúdica...
Ser poeta, é tal e qual, cantar.
P'ra ninguém. Sem. Música...
Blackiezato Ravenspawn
Com uma estranha pontuação;
Não é rimar por querer
Nem esperar compreensão.
Ser poeta, não é um acto...
- É gritar a verdade crua!
É improvisar no teatro
Sem mesmo, razão alguma.
Ser poeta, não é um estilo de vida
Ser poeta, não é um negócio.
Ser poeta, é fazer alquimia,
Sem precisar d'um laboratório.
Ser poeta, é ser o estigma,
Por trás d'uma semântica
E ter em cada flor, um enigma,
Repleto de lírica quântica.
Ser poeta, não é só expressar
A alma, d'uma forma lúdica...
Ser poeta, é tal e qual, cantar.
P'ra ninguém. Sem. Música...
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
Reunião Dos Perdedores Anónimos
Antes de tudo, desejo-vos um mau dia
Não vos vou mentir - Eu odeio a minha vida!
Até parece, que vim, na altura, inoportuna...
Eu tento melhor para encontrar a alegria
Mas, ainda não consegui sarar esta ferida!
Que tece, em mim, esta dura, tortura...
A dor pode ir, a dor pode ir
Mas, volta sempre com mais força!
Eu posso lavar, eu posso lavar
Mas, sempre existirá mais loiça
Para Eu vê-la quebrar
Lembro-me de trazer, os meus sonhos comigo
Feitos de porcelana, dentro das minhas mãos!
Foi há quantos tempo? - foi talvez, há, dez...
Agora passo os meus dias medonhos, no abismo
Sem esperança, com os olhos atirados no chão!
Sobre os fragmentos que me cortam os pés...
Eu posso resistir, eu posso resistir
Mas, o mundo tem muito mais força!
Eu posso tentar, eu posso tentar
Mas, não me adianta grande coisa
- Ele acaba por ganhar
Blackiezato Ravenspawn
Não vos vou mentir - Eu odeio a minha vida!
Até parece, que vim, na altura, inoportuna...
Eu tento melhor para encontrar a alegria
Mas, ainda não consegui sarar esta ferida!
Que tece, em mim, esta dura, tortura...
A dor pode ir, a dor pode ir
Mas, volta sempre com mais força!
Eu posso lavar, eu posso lavar
Mas, sempre existirá mais loiça
Para Eu vê-la quebrar
Lembro-me de trazer, os meus sonhos comigo
Feitos de porcelana, dentro das minhas mãos!
Foi há quantos tempo? - foi talvez, há, dez...
Agora passo os meus dias medonhos, no abismo
Sem esperança, com os olhos atirados no chão!
Sobre os fragmentos que me cortam os pés...
Eu posso resistir, eu posso resistir
Mas, o mundo tem muito mais força!
Eu posso tentar, eu posso tentar
Mas, não me adianta grande coisa
- Ele acaba por ganhar
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
Escutando Com Os Olhos
As palavras voam e vibram,
Os olhos piscam e remexem.
Mas, onde os preconceitos predominam
As ligações, não s'estabelecem.
Eu tentei construir uma ponte,
No vazio qu'existia, entre Tu e Eu.
Mas, Tu ficaste-te pelo horizonte
Logo, nenhum de nós, se deu.
Quiseste-me ver à distância,
Não quiseste unir os pontos.
Preferiste que a tua ignorância,
Fizesse de mim, um tonto.
Pelas aparências foste iludido,
O sentido, continua incógnito.
Como esperas entender o qu'Eu digo
Quando me escutas, com os olhos?
E não, com os teus ouvidos...
Os olhos piscam e remexem.
Mas, onde os preconceitos predominam
As ligações, não s'estabelecem.
Eu tentei construir uma ponte,
No vazio qu'existia, entre Tu e Eu.
Mas, Tu ficaste-te pelo horizonte
Logo, nenhum de nós, se deu.
Quiseste-me ver à distância,
Não quiseste unir os pontos.
Preferiste que a tua ignorância,
Fizesse de mim, um tonto.
Pelas aparências foste iludido,
O sentido, continua incógnito.
Como esperas entender o qu'Eu digo
Quando me escutas, com os olhos?
E não, com os teus ouvidos...
terça-feira, 16 de outubro de 2018
Torre De Babel
Aprendiz da arte da literatura
Autodidacta do ser e do sentir
Bloco a bloco, Eu ergo a estrutura
E faço a escadaria, subir
Irei, Eu terminar esta construção?
Irá, o meu terraço chegar aos céus?
Ou cairá, Ela, fracassada no chão!?
Antes de sequer, tocar em Deus!?
Não sei... só sei, que s'Eu não tentar
Ficarei para sempre à mercê da terra
Vou olhar para o horizonte e vou esperar
Murchar no outono e florir na primavera
Palavra a palavra, Eu evoco
Ao meu credo, sempre fiel
E Degrau a degrau, Eu coloco
Quadras na Torre, de Babel
"Que o mundo não te derrube
Que consigas ir mais acima
Que dobres o teu volume
A cada rima, construída"
Blackiezato Ravenspawn
Dores de Crescimento
Para que a lagosta se desenvolva
Ela tem de abandonar a sua carapaça
Sair da zona de conforto, andar à toa
Enquanto o tempo passa
O tipo de pensamentos muda
A forma de sentir, amadurece
Eu comecei a odiar as conversas de rua
E a gostar mais das minhas preces
Às vezes penso na ingratidão
Que é, viver para o fim de mês
Para pagar uma subscrição
E começar de novo, outra vez
Sinto-me cansado todos os dias
Mas, faço planos para o amanhã
Acordo sempre ausente de alegria
Mas, vou na mesma, de manhã
Às vezes penso em buscar alguém
Para dividir a minha solene existência
Como fez o meu pai com a minha mãe
Mas, não encontro, consistência
E é indultando-me nestes velhos hábitos
Que sobreviveram e se tornaram norma
Que me deleito nestes poemas esporádicos
Que ainda tenho poder, de os dar forma
Tenho as mãos ásperas do trabalho
Tenho os pés desgastados da corrida
Mas, Eu tomo outro café e snifo o orvalho
E vou até onde me levar a lida
Para ter como encher a despensa
Para ter como suster o meu corpo
Um duche quente é a recompensa
E a minha cama, o maior conforto
Blackiezato Ravenspawn
Ela tem de abandonar a sua carapaça
Sair da zona de conforto, andar à toa
Enquanto o tempo passa
O tipo de pensamentos muda
A forma de sentir, amadurece
Eu comecei a odiar as conversas de rua
E a gostar mais das minhas preces
Às vezes penso na ingratidão
Que é, viver para o fim de mês
Para pagar uma subscrição
E começar de novo, outra vez
Sinto-me cansado todos os dias
Mas, faço planos para o amanhã
Acordo sempre ausente de alegria
Mas, vou na mesma, de manhã
Às vezes penso em buscar alguém
Para dividir a minha solene existência
Como fez o meu pai com a minha mãe
Mas, não encontro, consistência
E é indultando-me nestes velhos hábitos
Que sobreviveram e se tornaram norma
Que me deleito nestes poemas esporádicos
Que ainda tenho poder, de os dar forma
Tenho as mãos ásperas do trabalho
Tenho os pés desgastados da corrida
Mas, Eu tomo outro café e snifo o orvalho
E vou até onde me levar a lida
Para ter como encher a despensa
Para ter como suster o meu corpo
Um duche quente é a recompensa
E a minha cama, o maior conforto
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 14 de outubro de 2018
Importantes Pedaços De Papel
Nem todos os escribas
Escrevem em papiro
Nem todas as missivas
Vêm num pergaminho
Nem todas as rimas
Partilham o mesmo ninho
Nem todas as cantigas
Estão no mesmo livro
Em cartão, lenços e guardanapos
Salvo o que importa, guardo estes trapos
Para mais tarde, cozê-los com um cordel
A vida é feita de pequenas cousas
Que cabem bem numa bolsa
Cheia de importantes pedaços de papel
Blackiezato Ravenspawn
Escrevem em papiro
Nem todas as missivas
Vêm num pergaminho
Nem todas as rimas
Partilham o mesmo ninho
Nem todas as cantigas
Estão no mesmo livro
Em cartão, lenços e guardanapos
Salvo o que importa, guardo estes trapos
Para mais tarde, cozê-los com um cordel
A vida é feita de pequenas cousas
Que cabem bem numa bolsa
Cheia de importantes pedaços de papel
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 13 de outubro de 2018
Sorriso Vergonhoso :}
A minha vida é uma anedota
A minh'alma é uma piada
O destino goza, faz chacota
Enquanto o cosmos, dá uma gargalhada
É uma maçada, é um embaraço
É uma tragédia dedicada a mim
Andar entre estes palhaços
E ser no fundo, um arlequim
Ai, coitado de mim, que transtorno
Este espectáculo de degradação
Fazer parte do circo em que os bobos
Se prostituem por atenção
Que desilusão, que idiotice
Estes humores, estas partidas
Ter que olhar p'ra a minha tontice
Para achar, a graça, escondida
*
Como é que Tu consegues ser
Tão peculiar e tão vaidoso
Dançar ágil e seduzir, mas... ter
Um sorriso tão vergonhoso?
Blackiezato Ravenspawn
A minh'alma é uma piada
O destino goza, faz chacota
Enquanto o cosmos, dá uma gargalhada
É uma maçada, é um embaraço
É uma tragédia dedicada a mim
Andar entre estes palhaços
E ser no fundo, um arlequim
Ai, coitado de mim, que transtorno
Este espectáculo de degradação
Fazer parte do circo em que os bobos
Se prostituem por atenção
Que desilusão, que idiotice
Estes humores, estas partidas
Ter que olhar p'ra a minha tontice
Para achar, a graça, escondida
*
Como é que Tu consegues ser
Tão peculiar e tão vaidoso
Dançar ágil e seduzir, mas... ter
Um sorriso tão vergonhoso?
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Ama-se Quem Se Ama E Não Quem Se Quer Amar
Eu sou demasiado precioso
Para estar em segundo lugar
Como também, sou orgulhoso
Para sequer, ter de implorar
E Eu sei muito bem que podia,
Buscar isso, noutra mulher
Mas, não é isso que me fascina
Nem o que o meu coração, quer
Eu não me importo, é de boa
Seja o que for, venha o tempo
Eu posso mentir a outra pessoa
Mas, não consigo a mim mesmo
Eu podia bem dar o meu corpo
Fingir-me de tonto, deixar-me ir
Mas, de que valia esse esforço
Se és Tu quem Eu quero sentir
Ninguém consegue mudar o vento
Ninguém consegue contrariar as marés
Esta caravela move-se pelo sentimento
De atracar apenas, nos teus pés
Tantos portos, tantas docas
"Quem anda no mar que se avie em terra"
Mas, Eu sigo as minhas próprias rotas
Ou és Tu, ou o Mar! Minha Donzela
Às vezes gostava de ser caço na rede
Para escapar a vastidão deste oceano
Fechar-me dentro de quatro paredes
Com quem não achasse, tão estranho
Mas, como diria a Florbela Espanca
Antes de morder o anzol e se matar
"Ama-se quem se ama
E não quem se quer amar."
Blackiezato Ravenspawn
Para estar em segundo lugar
Como também, sou orgulhoso
Para sequer, ter de implorar
E Eu sei muito bem que podia,
Buscar isso, noutra mulher
Mas, não é isso que me fascina
Nem o que o meu coração, quer
Eu não me importo, é de boa
Seja o que for, venha o tempo
Eu posso mentir a outra pessoa
Mas, não consigo a mim mesmo
Eu podia bem dar o meu corpo
Fingir-me de tonto, deixar-me ir
Mas, de que valia esse esforço
Se és Tu quem Eu quero sentir
Ninguém consegue mudar o vento
Ninguém consegue contrariar as marés
Esta caravela move-se pelo sentimento
De atracar apenas, nos teus pés
Tantos portos, tantas docas
"Quem anda no mar que se avie em terra"
Mas, Eu sigo as minhas próprias rotas
Ou és Tu, ou o Mar! Minha Donzela
Às vezes gostava de ser caço na rede
Para escapar a vastidão deste oceano
Fechar-me dentro de quatro paredes
Com quem não achasse, tão estranho
Mas, como diria a Florbela Espanca
Antes de morder o anzol e se matar
"Ama-se quem se ama
E não quem se quer amar."
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 7 de outubro de 2018
D. Sebastião
A olhar para sul, ainda a tentar esquecer
O que era para vir hoje, ficou para ontem
Ninguém quis ser mártir, ninguém quis morrer
Nem ir onde, não é bem vindo, o homem
E Eu ainda ouço o teu espírito comandar
Os outros homens que ousaram, te seguir
Embora já não queiram saber, nem acreditar
No que surgiu, depois de Alcácer Quibir
Os espectros dizem que o teu magno espírito
Possesso, soltou-se das correntes do tempo
E é em cantigas de alaúde e em versos líricos
Que o mito, diz que volverás a qualquer momento
As nossas lanças estão apontadas aos pescoços
Dos usurpadores que se infiltraram na corte
Os nossos cavalos estão ansiosos, em alvoroço
À espera da ordem do ataque, Milorde
Continuamos de costas viradas para o mundo
Com vergonha, fixados no feitos do passado
Afogados, na nossa outrora glória e orgulho
Imobilizados, parados, sem ir algum lado
O nosso espírito foi subjugado, está partido
Não existe nenhuma honra servir esta pátria
Tudo o que importa, é desvalorizado e vendido
A nossa bandeira é uma afronta, uma sátira
E é com ira nos olhos, e desgosto no coração
Que nós os últimos, formamos as linhas
Esperando que um dia, El Rey D. Sebastião
Volte na neblina... E comande esta ofensiva
Porque estes tiranos vivem à margem da lei
Refugiados na capital, no ceio de Belém
O fado do povo, chora pela justiça meu Rey
Mas... Nada acontece... O Rey... Não vem
Blackiezato Ravenspawn
O que era para vir hoje, ficou para ontem
Ninguém quis ser mártir, ninguém quis morrer
Nem ir onde, não é bem vindo, o homem
E Eu ainda ouço o teu espírito comandar
Os outros homens que ousaram, te seguir
Embora já não queiram saber, nem acreditar
No que surgiu, depois de Alcácer Quibir
Os espectros dizem que o teu magno espírito
Possesso, soltou-se das correntes do tempo
E é em cantigas de alaúde e em versos líricos
Que o mito, diz que volverás a qualquer momento
As nossas lanças estão apontadas aos pescoços
Dos usurpadores que se infiltraram na corte
Os nossos cavalos estão ansiosos, em alvoroço
À espera da ordem do ataque, Milorde
Continuamos de costas viradas para o mundo
Com vergonha, fixados no feitos do passado
Afogados, na nossa outrora glória e orgulho
Imobilizados, parados, sem ir algum lado
O nosso espírito foi subjugado, está partido
Não existe nenhuma honra servir esta pátria
Tudo o que importa, é desvalorizado e vendido
A nossa bandeira é uma afronta, uma sátira
E é com ira nos olhos, e desgosto no coração
Que nós os últimos, formamos as linhas
Esperando que um dia, El Rey D. Sebastião
Volte na neblina... E comande esta ofensiva
Porque estes tiranos vivem à margem da lei
Refugiados na capital, no ceio de Belém
O fado do povo, chora pela justiça meu Rey
Mas... Nada acontece... O Rey... Não vem
Blackiezato Ravenspawn
Desamo-te
Eu não te julgo, Eu não te odeio
Como também não m'és indiferente
Simplesmente, partes-me ao meio
Quando entras na minha mente
E Eu não quero mais esta revolta
E é por isso, qu'Eu te peço, Eu declamo-te
Dá-me o meu coração de volta
Eu posso gostar de ti, mas, desamo-te
Blackiezato Ravenspawn
Como também não m'és indiferente
Simplesmente, partes-me ao meio
Quando entras na minha mente
E Eu não quero mais esta revolta
E é por isso, qu'Eu te peço, Eu declamo-te
Dá-me o meu coração de volta
Eu posso gostar de ti, mas, desamo-te
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 6 de outubro de 2018
Piquenique
O céu estava limpo e claro
E nós, resguardados, à sombra
Ambos, no limbo, aninhados
Em cima d'uma manta de lona
Debaixo d'uma grande árvore
Que lindas flores, que doces frutos!
Petrificados como estátuas de mármore
A olhar serenos, para o futuro
A afável brisa acariciava os nossos rostos
E os pássaros graciosos cantavam para nós
Enquanto o teu busto dava-me encosto
E Tu me confortavas com a tua etérea voz
Nos teus olhos eu via o tal mundo
Que desejei, mas, que não cheguei a alcançar
E tu sorrindo d'um jeito profundo
Dizias qu'era tarde, e qu'Eu tinha de acordar
Blackiezato Ravenspawn
E nós, resguardados, à sombra
Ambos, no limbo, aninhados
Em cima d'uma manta de lona
Debaixo d'uma grande árvore
Que lindas flores, que doces frutos!
Petrificados como estátuas de mármore
A olhar serenos, para o futuro
A afável brisa acariciava os nossos rostos
E os pássaros graciosos cantavam para nós
Enquanto o teu busto dava-me encosto
E Tu me confortavas com a tua etérea voz
Nos teus olhos eu via o tal mundo
Que desejei, mas, que não cheguei a alcançar
E tu sorrindo d'um jeito profundo
Dizias qu'era tarde, e qu'Eu tinha de acordar
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 30 de setembro de 2018
Veste Um Sorriso
Porque não vestes um sorriso?
Não deixes a cara nua!
Olha que o mundo é frio
Lá fora, na rua
Não o guardes contigo
Mostra-o também à Lua.
Quando o seu lindo brilho
Pousar, nessa cara tua
Veste um que te convém
Dê gozo usar, que te fascine
E que no fundo assente bem
Tantos sorrisos em promoção!
Amontoados na boutique
E Tu, distraído, sem, noção
Não deixes a cara nua!
Olha que o mundo é frio
Lá fora, na rua
Não o guardes contigo
Mostra-o também à Lua.
Quando o seu lindo brilho
Pousar, nessa cara tua
Veste um que te convém
Dê gozo usar, que te fascine
E que no fundo assente bem
Tantos sorrisos em promoção!
Amontoados na boutique
E Tu, distraído, sem, noção
O Meu Amor Deixou De Ser De Graça
O meu querido e puro amor
Deixou de ser de graça
Pois, ninguém dá o devido valor
Quando tudo o mundo o amassa
Agora para alguém me ter
Eu vou exigir um preço
E quem me quiser, terá de me oferecer
Tudo o Qu'Eu mereço
Por isso não vale a pena negociar
Fica a oferta qu'Eu pedir
E quem ousar regatear
Mais o custo, Eu vou subir
Leva o tempo que precisares
Lembra-te - quem desdenha quer comprar
Mas, aviso-te que se me quebrares
Eu vou-te obrigar a pagar.
Blackiezato Ravenspawn
Deixou de ser de graça
Pois, ninguém dá o devido valor
Quando tudo o mundo o amassa
Agora para alguém me ter
Eu vou exigir um preço
E quem me quiser, terá de me oferecer
Tudo o Qu'Eu mereço
Por isso não vale a pena negociar
Fica a oferta qu'Eu pedir
E quem ousar regatear
Mais o custo, Eu vou subir
Leva o tempo que precisares
Lembra-te - quem desdenha quer comprar
Mas, aviso-te que se me quebrares
Eu vou-te obrigar a pagar.
Blackiezato Ravenspawn
Ela Só Te Vê Como Um Amigo
Não fiques desapontado
Nem deixes de acreditar
Por não teres sido amado
Tal e qual ousaste amar
Eu sei que é muito difícil
E que dá vontade de desistir
Quando te sentes um inútil
Sem propósito para existir
Porque, ela só te vê como um amigo
Não como Tu julgavas crer
E Tu com o coração partido
Ficas aí silencioso, a sofrer
Esse desgosto mordaz e ruim
Esse desfecho maldito e penoso
Tu bem podes duvidar de mim
Mas, não, da marca
Qu'Ela traz no pescoço.
Blackiezato Ravenspawn
Nem deixes de acreditar
Por não teres sido amado
Tal e qual ousaste amar
Eu sei que é muito difícil
E que dá vontade de desistir
Quando te sentes um inútil
Sem propósito para existir
Porque, ela só te vê como um amigo
Não como Tu julgavas crer
E Tu com o coração partido
Ficas aí silencioso, a sofrer
Esse desgosto mordaz e ruim
Esse desfecho maldito e penoso
Tu bem podes duvidar de mim
Mas, não, da marca
Qu'Ela traz no pescoço.
Blackiezato Ravenspawn
Menos Mal
Ainda bem que não sou supersticioso
E que não creio em maldições
Senão coitado de mim, andaria sempre ansioso
Refém das minhas desilusões
Ainda bem que não tenho rumo
E que me contento com pouco
Saber que não tenho nada que provar ao mundo
A não ser, o de ser louco
Ainda bem que não sou suicida
Apesar de não estar muito bem
E ter este desdém pela vida
E a cabeça sempre no além
Porque raros são os dias em que me divirto
E caso eu tiver um - por favor, contem!
Mas, hoje só me sinto um bocado esquisito
Um pouco, menos mal, do que ontem
Blackiezato Ravenspawn
E que não creio em maldições
Senão coitado de mim, andaria sempre ansioso
Refém das minhas desilusões
Ainda bem que não tenho rumo
E que me contento com pouco
Saber que não tenho nada que provar ao mundo
A não ser, o de ser louco
Ainda bem que não sou suicida
Apesar de não estar muito bem
E ter este desdém pela vida
E a cabeça sempre no além
Porque raros são os dias em que me divirto
E caso eu tiver um - por favor, contem!
Mas, hoje só me sinto um bocado esquisito
Um pouco, menos mal, do que ontem
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 29 de setembro de 2018
Crise D'Identidade
Eu não nasci para seguir uma linha
Mas, vivi à sombra do meu mano
Ele. O primeiro filho da família
E Eu quem seguia. O segundo plano
Eu meti uma máscara no passado
Para esconder do mundo o meu desgosto
E tanto tempo passei desolado
Qu'Ela se colou ao meu rosto
E agora quando a tento remover
Já não sinto algum efeito
Pois a minha forma de ser
Ficou presa aos meus defeitos
"Como consegues ter um pé no abismo
E outro, enterrado nessa vida?"
O que me resta fazer, ó destino?
Sair na próxima saída?
Mãe! Eu disse que te não era uma fase
Eu disse que não tinha cor!!!
E não importa o quanto me esforçasse
Nunca recebi o devido valor
"Como consegues ter um pé na demência?
E outro, firme, na lucidez?!"
Onde é que morreu a minha inocência
Se a tive, alguma vez?!
Tantas armadilhas, tantas mentiras
Tanta ignorância lançada aos molhos
E não importava o qu'Eu lhes diria
As pessoas sempre ouviam com os olhos
E falavam muito com as mãos...
Se todos nós, somos primos
Tal e qual, filhos de Deus
Porque vejo tantos arquétipos?
Mas, não, vejo o meu?!
Onde me levará, esta solitária demanda
Será que vale a pena, esta individualidade?
Porque razão o exterior já não me encanta?
Qual a razão? Desta crise d'identidade?..
Blackiezato Ravenspawn
Mas, vivi à sombra do meu mano
Ele. O primeiro filho da família
E Eu quem seguia. O segundo plano
Eu meti uma máscara no passado
Para esconder do mundo o meu desgosto
E tanto tempo passei desolado
Qu'Ela se colou ao meu rosto
E agora quando a tento remover
Já não sinto algum efeito
Pois a minha forma de ser
Ficou presa aos meus defeitos
"Como consegues ter um pé no abismo
E outro, enterrado nessa vida?"
O que me resta fazer, ó destino?
Sair na próxima saída?
Mãe! Eu disse que te não era uma fase
Eu disse que não tinha cor!!!
E não importa o quanto me esforçasse
Nunca recebi o devido valor
"Como consegues ter um pé na demência?
E outro, firme, na lucidez?!"
Onde é que morreu a minha inocência
Se a tive, alguma vez?!
Tantas armadilhas, tantas mentiras
Tanta ignorância lançada aos molhos
E não importava o qu'Eu lhes diria
As pessoas sempre ouviam com os olhos
E falavam muito com as mãos...
Se todos nós, somos primos
Tal e qual, filhos de Deus
Porque vejo tantos arquétipos?
Mas, não, vejo o meu?!
Onde me levará, esta solitária demanda
Será que vale a pena, esta individualidade?
Porque razão o exterior já não me encanta?
Qual a razão? Desta crise d'identidade?..
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
Angelum Meum "Meu Anjo"
Acolhe-me nos teus divinos ombros
Não tenho sítio, onde ficar
A minha mente está em escombros
E Eu preciso de repousar
Pois, amanhã vem mais um dia
E mais uma batalha para combater
Por favor, canta-me uma elegia
Para me ajudar a adormecer
Se puderes ofega o meu cabelo
Enquanto beijas a minha testa
Purga a minha dor, o meu flagelo
E deixa no meu rosto, uma festa
Sustem-me por uma noite no teu peito
P'ra qu'eu possa dormir em paz
Fica junto de mim, ao meu leito
Enquanto me guardas deste mundo voraz
Alivia o peso da minha consciência
E silencia o vacuum da minha solidão
Benze-me com a tua benevolência
E jamais, soltes a minha mão
Blackiezato Ravenspawn
Não tenho sítio, onde ficar
A minha mente está em escombros
E Eu preciso de repousar
Pois, amanhã vem mais um dia
E mais uma batalha para combater
Por favor, canta-me uma elegia
Para me ajudar a adormecer
Se puderes ofega o meu cabelo
Enquanto beijas a minha testa
Purga a minha dor, o meu flagelo
E deixa no meu rosto, uma festa
Sustem-me por uma noite no teu peito
P'ra qu'eu possa dormir em paz
Fica junto de mim, ao meu leito
Enquanto me guardas deste mundo voraz
Alivia o peso da minha consciência
E silencia o vacuum da minha solidão
Benze-me com a tua benevolência
E jamais, soltes a minha mão
Blackiezato Ravenspawn
Quarta Dimensão
Para quê ir lá para a frente
S'Eu estou muito melhor cá atrás
Adiante tem muita gente
E Eu só quero estar em paz
Não vejo possível alternativa
Entre a esquerda e a direita
Cada rua com a sua perspectiva
Sejam amplas, sejam estreitas
Eu bem queria ir para cima
Mas, a gravidade quer-me cá em baixo
Junto de quem comigo rima
No espaço, onde ainda encaixo
Mas, Eu não estou bem, cá fora
Nem mesmo dentro da multidão
Só me resta transcender e ir embora
P'ro além... P'ra quarta dimensão
Blackiezato Ravenspawn
S'Eu estou muito melhor cá atrás
Adiante tem muita gente
E Eu só quero estar em paz
Não vejo possível alternativa
Entre a esquerda e a direita
Cada rua com a sua perspectiva
Sejam amplas, sejam estreitas
Eu bem queria ir para cima
Mas, a gravidade quer-me cá em baixo
Junto de quem comigo rima
No espaço, onde ainda encaixo
Mas, Eu não estou bem, cá fora
Nem mesmo dentro da multidão
Só me resta transcender e ir embora
P'ro além... P'ra quarta dimensão
Blackiezato Ravenspawn
Oito Horas Até Ir Para Casa
As mãos estão frustradas
A cabeça não gosta de esperar
Pela inspiração dedicada
Qu'ela tanto precisa p'ra criar
E as lindas heras e as trepadeiras
Vão decorando as vigas e o betão
Silvestres e sem fronteiras
No colo da minha imaginação
E já parece que passaram mil anos
Desde o último tique, do relógio
É sempre assim, o meu quotidiano
Quando estou dentro deste negócio
Em que as máquinas são quimeras
E onde o tempo nunca mais passa
A fábrica é um sítio, onde Tu desesperas
Oito horas, até ires para casa
Blackiezato Ravenspawn
A cabeça não gosta de esperar
Pela inspiração dedicada
Qu'ela tanto precisa p'ra criar
E as lindas heras e as trepadeiras
Vão decorando as vigas e o betão
Silvestres e sem fronteiras
No colo da minha imaginação
E já parece que passaram mil anos
Desde o último tique, do relógio
É sempre assim, o meu quotidiano
Quando estou dentro deste negócio
Em que as máquinas são quimeras
E onde o tempo nunca mais passa
A fábrica é um sítio, onde Tu desesperas
Oito horas, até ires para casa
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
Ser Português No Séc. XXI
Carros, bolas e telemóveis
Tertúlias e conversas de café
- Olá, bom dia, boa tarde!
- Então, como é?! (não é)
Estas pessoas continuam imóveis
Espalhadas por todo o lado
Enquanto a nossa pátria arde
Em nome do grande mercado
"Vende cortiça, vende azeite
Faz queijo, mete mais louro"
Não importa se é carne ou peixe
Ou mesmo presunto ou bacalhau
A corrupção virou empreendedorismo
No Tejo, tal e qual no Douro
E a tradição dá-se ao turismo
Neste burgo repleto de caos
As matas estão a desaparecer
Os políticos estão a roubar
Enquanto os lusos estão a perder
O controlo do vasto mar
Bem vindos aos casinos de Deus
Ao suplício, às lamurias
Lançados por porcos e plebeus
- Ai, credo! que fado, qu'angústia!
Hipocrisia, inveja e mau gosto
Miscelânea de filantropos e de parolos
Tanta vergonha e tanto desgosto
Esquecidos por bolos e golos
A desordem à vista na torre de Belém
E este povo, sem rumo algum,
Continua a ser regido por ninguém
Em pleno século vinte e um
Blackiezato Ravenspawn
Tertúlias e conversas de café
- Olá, bom dia, boa tarde!
- Então, como é?! (não é)
Estas pessoas continuam imóveis
Espalhadas por todo o lado
Enquanto a nossa pátria arde
Em nome do grande mercado
"Vende cortiça, vende azeite
Faz queijo, mete mais louro"
Não importa se é carne ou peixe
Ou mesmo presunto ou bacalhau
A corrupção virou empreendedorismo
No Tejo, tal e qual no Douro
E a tradição dá-se ao turismo
Neste burgo repleto de caos
As matas estão a desaparecer
Os políticos estão a roubar
Enquanto os lusos estão a perder
O controlo do vasto mar
Bem vindos aos casinos de Deus
Ao suplício, às lamurias
Lançados por porcos e plebeus
- Ai, credo! que fado, qu'angústia!
Hipocrisia, inveja e mau gosto
Miscelânea de filantropos e de parolos
Tanta vergonha e tanto desgosto
Esquecidos por bolos e golos
A desordem à vista na torre de Belém
E este povo, sem rumo algum,
Continua a ser regido por ninguém
Em pleno século vinte e um
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 19 de agosto de 2018
Revisitado
Eu gosto... É-me tão bom...
Entrar em casas abandonadas
De investigar o que restou
Depois delas ficarem arruinadas
De desvendar o desconhecido, o incerto
E o qu'ele me tem p'ra mostrar
De principalmente, olhar para o tecto
E ter um céu a me espiar
De ouvir o solitário eco do reverb
Da ressonância húmida, cheia de pó
De contemplar o que sobra das paredes
E de reparar que estou mesmo só
De sonhar e imaginar o qu'Eu faria
S'estes lugares fossem todos meus
Que apesar de sombrios, todavia,
Fazem-me sentir mais perto de Deus
Gosto do suspense, da adrenalina
De mergulhar cego no vasto oculto
Da minha cabeça a pregar-me partidas
A tentar meter-me medo, com vultos
Ai, mas, isso é tão parvo e tão irreal
Quem me dera tanto que fosse assim
Qu'eles me atormentassem e me fizessem mal
Mas, não... Nenhum deles vêm até mim
Gosto de ver as aranhas e as centopeias
Darem vida ao sítio, enquanto Eu canto
De reparar nas cortinas substituídas por teias
Que vão decorando os cantos
Gosto de me isolar nestes esquecidos lares
De me deitar no chão e escutar o vento
Porque quando me encontro nestes lugares
Parece que me revisito a mim mesmo...
Blackiezato Ravenspawn
Entrar em casas abandonadas
De investigar o que restou
Depois delas ficarem arruinadas
De desvendar o desconhecido, o incerto
E o qu'ele me tem p'ra mostrar
De principalmente, olhar para o tecto
E ter um céu a me espiar
De ouvir o solitário eco do reverb
Da ressonância húmida, cheia de pó
De contemplar o que sobra das paredes
E de reparar que estou mesmo só
De sonhar e imaginar o qu'Eu faria
S'estes lugares fossem todos meus
Que apesar de sombrios, todavia,
Fazem-me sentir mais perto de Deus
Gosto do suspense, da adrenalina
De mergulhar cego no vasto oculto
Da minha cabeça a pregar-me partidas
A tentar meter-me medo, com vultos
Ai, mas, isso é tão parvo e tão irreal
Quem me dera tanto que fosse assim
Qu'eles me atormentassem e me fizessem mal
Mas, não... Nenhum deles vêm até mim
Gosto de ver as aranhas e as centopeias
Darem vida ao sítio, enquanto Eu canto
De reparar nas cortinas substituídas por teias
Que vão decorando os cantos
Gosto de me isolar nestes esquecidos lares
De me deitar no chão e escutar o vento
Porque quando me encontro nestes lugares
Parece que me revisito a mim mesmo...
Blackiezato Ravenspawn
quarta-feira, 27 de junho de 2018
O Sorriso Mais Querido
O meu sorriso só tem graça
Quando está junto do teu
E quando não está, o tempo passa
E eu imagino, Tu mais Eu
Pois, nele eu vejo uma enorme força
Uma vontade espontânea, em sorrir
Ó meu anjo, com cara de moça
Que ousou do alto céu, um dia cair
Ai... como ele te faz imensamente bela
Sorriso como esse, jamais vi algum
Digo-te com toda a humildade, cara donzela
O teu sorriso, não me é qualquer um
E é a medida que mais o fito
Ele que se esconde nos teus lábios bonitos
Que mais me apercebo que o teu sorriso
É de todos, o mais querido
Blackiezato Ravenspawn
Quando está junto do teu
E quando não está, o tempo passa
E eu imagino, Tu mais Eu
Pois, nele eu vejo uma enorme força
Uma vontade espontânea, em sorrir
Ó meu anjo, com cara de moça
Que ousou do alto céu, um dia cair
Ai... como ele te faz imensamente bela
Sorriso como esse, jamais vi algum
Digo-te com toda a humildade, cara donzela
O teu sorriso, não me é qualquer um
E é a medida que mais o fito
Ele que se esconde nos teus lábios bonitos
Que mais me apercebo que o teu sorriso
É de todos, o mais querido
Blackiezato Ravenspawn
terça-feira, 26 de junho de 2018
A Deprimir Em Aveiro II
Mais uma vez... a mesma cantiga
Qu'Eu já perdi noção da sua mensagem
Já tão gasta e completamente batida
Ó, salineira, que danças à margem
Os moliceiros chegam ao canal de São Roque
E não vão mais adiante, dão a volta
Passam pelo Hotel Meliã, onde os "nobres"
Exibem carros e gastam nota
Há vezes qu'eu sonho em partir
Para longe e jamais voltar
Mas, não sei para onde ir
Por isso, não me atrevo a tentar
Logo, esqueço essa realidade
Porque sei que o grande problema
Não está nesta pequena cidade
Mas, sim, dentro da minha cabeça
O moliço está agarrado à minha vida
O meu coração está a bater mal
Porque no interior das minhas tripas
Não existem ovos moles, só sal
Só vejo um horizonte cinzento
E um cubo de concreto que é um hotel
Oh, Dulce Pontes, tira-me dest'ormento
E leva-me a bailar, no teu batel
Blackiezato Ravenspawn
Qu'Eu já perdi noção da sua mensagem
Já tão gasta e completamente batida
Ó, salineira, que danças à margem
Os moliceiros chegam ao canal de São Roque
E não vão mais adiante, dão a volta
Passam pelo Hotel Meliã, onde os "nobres"
Exibem carros e gastam nota
Há vezes qu'eu sonho em partir
Para longe e jamais voltar
Mas, não sei para onde ir
Por isso, não me atrevo a tentar
Logo, esqueço essa realidade
Porque sei que o grande problema
Não está nesta pequena cidade
Mas, sim, dentro da minha cabeça
O moliço está agarrado à minha vida
O meu coração está a bater mal
Porque no interior das minhas tripas
Não existem ovos moles, só sal
Só vejo um horizonte cinzento
E um cubo de concreto que é um hotel
Oh, Dulce Pontes, tira-me dest'ormento
E leva-me a bailar, no teu batel
Blackiezato Ravenspawn
A Liberdade É Um Pau Com Dois Bicos
Miúdo, ouve o que a tua mãe te diz
Cresce... E pára de fazer asneiras
Pois moços achando-se donos do seu nariz
Tendem a deixar, mães. Solteiras
Sim, é bom correr sem destino traçado
Como um cavalo bravo, sem senhor
Mas, talvez é melhor ser levado e domado
Na mão daquela que merece o teu amor
Não te fies muito em ideologias, nem nas vistas
Não vale a pena fingir, não papes grupos
Pois, Eu já presenciei os maiores moralistas
Serem mais hipócritas que homens corruptos
Modera e cautela com essas substâncias
Mais, principalmente com quem, as vais usar
Lembra-te que uma mera extravagância
Na hora errada, no sítio errado, pode-te matar
Reconsidera e define um rumo para seguires
A vida é mais que um efémero momento
Não queiras ser mais um, que se julgava livre
E que acabou prisioneiro dele mesmo
Sê tu mesmo e segura essas rédeas
Não queiras fazer parte, ser mais um tolo
Aprende quando quebrar as regras
E quando viver sobre controlo
Sim! É de valor lutar pela liberdade
Mas, não a deixes elevar-te, acima da lei
Sê HOMEM! assume a responsabilidade
Depois não me digas - Qu'Eu não te avisei...
Pois, a liberdade é um pau com dois bicos
Uma ponta d'euforia, uma ponta de tormento
É por isso que te partilho esta mensagem
Não faças do teu livre arbítrio, um mau exemplo
Blackiezato Ravenspawn
Cresce... E pára de fazer asneiras
Pois moços achando-se donos do seu nariz
Tendem a deixar, mães. Solteiras
Sim, é bom correr sem destino traçado
Como um cavalo bravo, sem senhor
Mas, talvez é melhor ser levado e domado
Na mão daquela que merece o teu amor
Não te fies muito em ideologias, nem nas vistas
Não vale a pena fingir, não papes grupos
Pois, Eu já presenciei os maiores moralistas
Serem mais hipócritas que homens corruptos
Modera e cautela com essas substâncias
Mais, principalmente com quem, as vais usar
Lembra-te que uma mera extravagância
Na hora errada, no sítio errado, pode-te matar
Reconsidera e define um rumo para seguires
A vida é mais que um efémero momento
Não queiras ser mais um, que se julgava livre
E que acabou prisioneiro dele mesmo
Sê tu mesmo e segura essas rédeas
Não queiras fazer parte, ser mais um tolo
Aprende quando quebrar as regras
E quando viver sobre controlo
Sim! É de valor lutar pela liberdade
Mas, não a deixes elevar-te, acima da lei
Sê HOMEM! assume a responsabilidade
Depois não me digas - Qu'Eu não te avisei...
Pois, a liberdade é um pau com dois bicos
Uma ponta d'euforia, uma ponta de tormento
É por isso que te partilho esta mensagem
Não faças do teu livre arbítrio, um mau exemplo
Blackiezato Ravenspawn
A Luz Entrando Por Uma Brecha Pequena - II - Mil Folhas
Um livro docemente forrado
Com uma capa de azulejo
Como um bolo bem folhado
Com cerca de dois mil textos
Um momento de literatura
Um belo romance, na França
Ai, Tu esse pedaço de ternura
Que deixa, a minh'Alma, mansa
Um voluptuoso vício, um frenesim!
Um hábito que se tende a repetir
Quando a gula dentro de mim
Faz-me sucumbir e faz-me exigir!
Por ti! Eu!.. o eterno carente!!!
Os lábios querem-te, a língua pede!..
Que te desfaças nos meus dentes
E reveles os segredos do teu creme
Blackiezato Ravenspawn
Com uma capa de azulejo
Como um bolo bem folhado
Com cerca de dois mil textos
Um momento de literatura
Um belo romance, na França
Ai, Tu esse pedaço de ternura
Que deixa, a minh'Alma, mansa
Um voluptuoso vício, um frenesim!
Um hábito que se tende a repetir
Quando a gula dentro de mim
Faz-me sucumbir e faz-me exigir!
Por ti! Eu!.. o eterno carente!!!
Os lábios querem-te, a língua pede!..
Que te desfaças nos meus dentes
E reveles os segredos do teu creme
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 11 de junho de 2018
A Luz Entrando Por Uma Brecha Pequena - I - Flor Lusitana
Tu és a mais bela das rainhas
Que alguma vez cresceu no altar
Onde as flores mais bonitas
São plantadas, à beira-mar
Nas tuas pétalas trazes a coroa
Na tua fragrância, a sublime glória
D'um povo que se espalhou fora
Quase já com mil anos de história
Nem os olhos dos nossos poetas
Conseguem medir o teu encanto
Tu és uma maravilha neste planeta
Uma Mulher qu'Eu adoro tanto
E ter essa a oportunidade de te ver
Deixa-me feliz, presto-te uma vénia
Tu devolves-me a vontade de viver
Cada segundo contigo, dura uma Millennia
Blackiezato Ravenspawn
Que alguma vez cresceu no altar
Onde as flores mais bonitas
São plantadas, à beira-mar
Nas tuas pétalas trazes a coroa
Na tua fragrância, a sublime glória
D'um povo que se espalhou fora
Quase já com mil anos de história
Nem os olhos dos nossos poetas
Conseguem medir o teu encanto
Tu és uma maravilha neste planeta
Uma Mulher qu'Eu adoro tanto
E ter essa a oportunidade de te ver
Deixa-me feliz, presto-te uma vénia
Tu devolves-me a vontade de viver
Cada segundo contigo, dura uma Millennia
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 9 de junho de 2018
Angústia Fuchsia
É com os olhos vidrados nesta gema
Que resplandece na minha vista
A beleza d'uma pedra pequena
Que tem o nome, de Ametista
Que'Eu contemplo bonitas caravelas
A navegar sobre o sumo d'Uva
Que escorre tanto pela minha guela
Para pintar os meus sonhos, de Púrpura
Mas, a insónia não me larga!
E a paranóia persegue-me como um mocho
Na noite calada em busca de caça
Tudo, dentro, deste cristal Roxo
Onde as florestas são mágicas
E as árvores têm tons Violeta
Onde as larvas tecem crisálidas
Para depois se vestirem de borboletas
E voarem sublimes e graciosas
Mais suaves que o creme nivea
Levando nas suas asas, sedosas
A essência das minhas Orquídeas
Sim, nesse mundo de mitos e lendas
Onde as criaturas correm audazes
Onde os rios, são Magenta...
Onde os céus, são Lilases...
Ai, o privilégio de senti-lo!
Esse sonho que tanto me encanta
Que tem o sabor de Mirtilo
E a fragrância de Lavanda
E é à medida que olho, cada vez melhor
Para o interior da minha angústia...
Qu'Ela irradia uma enigmática cor
E deixa de ser preta - torna-se Fuchsia!
Blackiezato Ravenspawn
Que resplandece na minha vista
A beleza d'uma pedra pequena
Que tem o nome, de Ametista
Que'Eu contemplo bonitas caravelas
A navegar sobre o sumo d'Uva
Que escorre tanto pela minha guela
Para pintar os meus sonhos, de Púrpura
Mas, a insónia não me larga!
E a paranóia persegue-me como um mocho
Na noite calada em busca de caça
Tudo, dentro, deste cristal Roxo
Onde as florestas são mágicas
E as árvores têm tons Violeta
Onde as larvas tecem crisálidas
Para depois se vestirem de borboletas
E voarem sublimes e graciosas
Mais suaves que o creme nivea
Levando nas suas asas, sedosas
A essência das minhas Orquídeas
Sim, nesse mundo de mitos e lendas
Onde as criaturas correm audazes
Onde os rios, são Magenta...
Onde os céus, são Lilases...
Ai, o privilégio de senti-lo!
Esse sonho que tanto me encanta
Que tem o sabor de Mirtilo
E a fragrância de Lavanda
E é à medida que olho, cada vez melhor
Para o interior da minha angústia...
Qu'Ela irradia uma enigmática cor
E deixa de ser preta - torna-se Fuchsia!
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 31 de maio de 2018
Lynx Pardinus
Caçador
Gracioso
Predador
Misterioso
Solitário
Invisível
Sanguinário
Imprevisível
A tua subtileza
A tua investida
Sobre a presa
Distraída
O teu salto
Bem frenético
Tão longe, tão alto
Oh, Lince Ibérico
Blackiezato Ravenspawn
Gracioso
Predador
Misterioso
Solitário
Invisível
Sanguinário
Imprevisível
A tua subtileza
A tua investida
Sobre a presa
Distraída
O teu salto
Bem frenético
Tão longe, tão alto
Oh, Lince Ibérico
Blackiezato Ravenspawn
terça-feira, 15 de maio de 2018
Automedicados: Chocolate
Trinca-o com raiva e dor
Engole-o com amargura
E sente o seu doce sabor
Tomar conta da tua loucura
Viciante?! - Que disparate
Mais?! - Com certeza
Pois a vida sem chocolate
É uma absoluta tristeza
Nem dá gosto de existir
Nesta ânsia flagelosa
Quando a lingua começa a pedir
Por essa textura, sedosa
Que me relaxa e me traz paz
Que me acarinha, que me embala.
Ele que na boca, se desfaz
Para sedar a minh'alma
Blackiezato Ravenspawn
Engole-o com amargura
E sente o seu doce sabor
Tomar conta da tua loucura
Viciante?! - Que disparate
Mais?! - Com certeza
Pois a vida sem chocolate
É uma absoluta tristeza
Nem dá gosto de existir
Nesta ânsia flagelosa
Quando a lingua começa a pedir
Por essa textura, sedosa
Que me relaxa e me traz paz
Que me acarinha, que me embala.
Ele que na boca, se desfaz
Para sedar a minh'alma
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 14 de maio de 2018
Sonhando Demasiado
Ausente da minha vida, Eu contemplo
Alguém que sonha demasiado
Na maior parte do seu tempo
Em qualquer sítio, em qualquer lado
Ele que se encontra em dois planos
Embora não viva, na integra, em algum
Devido ao seu constante desengano
De não saber dar prioridade a um
Ai, o seu aborrecimento, ai a sua melancolia!
A falta de encanto que não gera a sintonia!
Necessária para manter a pálida e frágil ilusão
Para fugir da rotina e esquecer a frustração
Ele que vai passando os dedos no seu cabelo
Ele que vai tecendo os sonhos ao seu prazer
Até à realidade vir e tornar tudo um pesadelo
E eu ver tudo, tragicamente, desvanecer
Ele! Que agora descende no oblívio eterno
Enquanto o fito, calmamente, a afundar...
Ele! Que podia ter os olhos bem abertos
Mas, que nunca, chegou mesmo a acordar...
Porque! Sou eu! Quem sonha demasiado...
Porque! Sou eu! Quem deseja estar no lugar...
Dele! Que vive por mim, este fogo-fátuo
Enquanto, eu, passo existência, a sonhar
Blackiezato Ravenspawn
Alguém que sonha demasiado
Na maior parte do seu tempo
Em qualquer sítio, em qualquer lado
Ele que se encontra em dois planos
Embora não viva, na integra, em algum
Devido ao seu constante desengano
De não saber dar prioridade a um
Ai, o seu aborrecimento, ai a sua melancolia!
A falta de encanto que não gera a sintonia!
Necessária para manter a pálida e frágil ilusão
Para fugir da rotina e esquecer a frustração
Ele que vai passando os dedos no seu cabelo
Ele que vai tecendo os sonhos ao seu prazer
Até à realidade vir e tornar tudo um pesadelo
E eu ver tudo, tragicamente, desvanecer
Ele! Que agora descende no oblívio eterno
Enquanto o fito, calmamente, a afundar...
Ele! Que podia ter os olhos bem abertos
Mas, que nunca, chegou mesmo a acordar...
Porque! Sou eu! Quem sonha demasiado...
Porque! Sou eu! Quem deseja estar no lugar...
Dele! Que vive por mim, este fogo-fátuo
Enquanto, eu, passo existência, a sonhar
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 13 de abril de 2018
A Sombra Da Dúvida (A Criadora De Enigmas)
Ela é a sombra da dúvida
Aquela persistente questão
- Serei Eu uma alma lúcida?
Ou vítima da sua confusão
Dela que me leva na sua mão
Delicada, com grande astúcia
E faz do meu corpo, um peão
A dançar ao redor da sua angústia
Eu vou enloquecendo só de girar
Mas, deixo-me ir, não quero parar
E de sair fora deste carrossel
Embora, Eu tenha receio de cair,
Ou colidir com algo e jamais sentir
A sensação de ter um cordel
*
*
Carinhosamente atado ao meu corpo
Às mãos d'um Deus mesquinho
Que por ironia me lança torto
À mercê do meu trágico destino
Sim, sim! Eu quero esse fado!
Esse de me erodir pelo tempo
Rodar tanto até ficar gasto
E só sobrar um filamento
Não quero ser como esses - "outros"
Que são preservados na boutique
Aqueles que envelhecem aos "poucos"
Por serem considerados a "elite"
Que a sombra da dúvida a minha venha
E que me enrole na sua eterna agonia
Ela que surja e traga a sua maior manha
Uma que me faça rodar além da entropia
A Deprimir Em Aveiro
Oito horas, domingos e feriados
Trancado num complexo de cubos
Que por ironia também faz quadrados
Cujo eles chamam azulejos de luxo
Mas, Eu não quero ficar tolo nem cucu
Como andam as formigas nesta colmeia
Embora para pagar a renda neste mundo
Uns têm de sacrificar uma vida inteira
Eu passo os dias a correr em círculos
Feito otário a olhar para o calendário
À espera que os burgueses ricos
Me dêem esmola a qu'Eu chamo salário
Ai... Como eu gosto de falar para a ria
E de lhe declamar a minha decadência
O desejo de querer escapar desta rotina
E de me ver livre da minha existência
Mas, esta ria não tem a profundidade necessária
Para receber as minhas lágrimas escritas
E é por isso, qu'Eu recolho-me nas sombras imaginárias
Que dançam a volta da minha alma bonita
Eu só quero que a corrente me puxe até foz
No dia em que decidir ir ter com Deus...
Quando sucumbir ao destino atroz
De ser nobre e de caminhar entre plebeus
E se a encarnação trouxer-me um novo sol
E caso alguma vez retornar a Aveiro
Que seja moldado em forma de ovo mole
Ou esculpido em forma de moliceiro
Mas, Eu não entendo como esta gente
Pode gostar disto com tanta devoção
Para mim, não existe lugar mais deprimente
Qu'este, para se cultivar uma paixão.
Blackiezato Ravenspawn
Trancado num complexo de cubos
Que por ironia também faz quadrados
Cujo eles chamam azulejos de luxo
Mas, Eu não quero ficar tolo nem cucu
Como andam as formigas nesta colmeia
Embora para pagar a renda neste mundo
Uns têm de sacrificar uma vida inteira
Eu passo os dias a correr em círculos
Feito otário a olhar para o calendário
À espera que os burgueses ricos
Me dêem esmola a qu'Eu chamo salário
Ai... Como eu gosto de falar para a ria
E de lhe declamar a minha decadência
O desejo de querer escapar desta rotina
E de me ver livre da minha existência
Mas, esta ria não tem a profundidade necessária
Para receber as minhas lágrimas escritas
E é por isso, qu'Eu recolho-me nas sombras imaginárias
Que dançam a volta da minha alma bonita
Eu só quero que a corrente me puxe até foz
No dia em que decidir ir ter com Deus...
Quando sucumbir ao destino atroz
De ser nobre e de caminhar entre plebeus
E se a encarnação trouxer-me um novo sol
E caso alguma vez retornar a Aveiro
Que seja moldado em forma de ovo mole
Ou esculpido em forma de moliceiro
Mas, Eu não entendo como esta gente
Pode gostar disto com tanta devoção
Para mim, não existe lugar mais deprimente
Qu'este, para se cultivar uma paixão.
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 8 de março de 2018
Abutres
Eles esperam, por vocês, famintos
E sobrevoando, eles olham-vos
E quando alguém cai no seu caminho
Eles descendem e devoram-os
Os bicos deles perfuram a carne
E mostram-me uma visão grotesca
Mas, eu não censuro, pois a gente sabe
Qual o seu papel na natureza
Eles eliminam as criaturas "mortas"
Para elas não espalharem, o tormento
Eles saboreiam as almas absortas
Pois o que importa, está cá dentro
Eu viro as costas, apesar do convite
E sorrio cínico, ausente de moral
Desejando-lhes um bom apetite
Mesmo que o prato me cheire mal.
*
Eles sobrevoam a atmosfera
Eles seguem-te com sentimento
Jogando o jogo do espera
Como se tivessem todo o tempo
Blackiezato Ravenspawn
E sobrevoando, eles olham-vos
E quando alguém cai no seu caminho
Eles descendem e devoram-os
Os bicos deles perfuram a carne
E mostram-me uma visão grotesca
Mas, eu não censuro, pois a gente sabe
Qual o seu papel na natureza
Eles eliminam as criaturas "mortas"
Para elas não espalharem, o tormento
Eles saboreiam as almas absortas
Pois o que importa, está cá dentro
Eu viro as costas, apesar do convite
E sorrio cínico, ausente de moral
Desejando-lhes um bom apetite
Mesmo que o prato me cheire mal.
*
Eles sobrevoam a atmosfera
Eles seguem-te com sentimento
Jogando o jogo do espera
Como se tivessem todo o tempo
Blackiezato Ravenspawn
Alta, Forte E Com Grande Orgulho (Flores Da Adversidade)
Existe uma flor que floresceu
Devota d'uma tal perseverança
Que os seus obstáculos venceu
Triunfante, cheia de bonança
Ela não se resignou ao ambiente
Pois, Ela é corajosa, Ela é incrível
Atrevendo-se a crescer eloquente
Onde outras, achavam impossível
Com as suas raízes bem no fundo
Ela subiu e rachou um pedregulho
E mostrou-se fabulosa ao mundo
Alta, forte e com grande orgulho
São as flores da adeversidade
As mais raras, as mais queridas
Aquelas que passam dificuldades
Aquelas que lutam pela vida
Blackiezato Ravenspawn
Devota d'uma tal perseverança
Que os seus obstáculos venceu
Triunfante, cheia de bonança
Ela não se resignou ao ambiente
Pois, Ela é corajosa, Ela é incrível
Atrevendo-se a crescer eloquente
Onde outras, achavam impossível
Com as suas raízes bem no fundo
Ela subiu e rachou um pedregulho
E mostrou-se fabulosa ao mundo
Alta, forte e com grande orgulho
São as flores da adeversidade
As mais raras, as mais queridas
Aquelas que passam dificuldades
Aquelas que lutam pela vida
Blackiezato Ravenspawn
Quando Os Meus Progenitores, Me Tentaram Romanizar
A minha querida Mãe sempre quis
Qu'eu cortasse o meu cabelo
Devias ouvir o qu'Ela me diz
Das minhas luvas até aos cotovelos
E embora Ela goste muito de mim
Ela diz qu'eu preciso d'um espelho
E eu rio-me, achando piada, enfim
Calçando as botas, até ao joelhos
- Aonde é que tu pensas que vais?!
- Assim, maluco, vestido desse jeito?
Perguntava-me tanto o meu Pai
Aos trapos que me cobriam o peito
Com um passivismo agressivo
Camuflado num estrito tom
Por eu ser um jovem alternativo
E Pintar os lábios com batom
Tanta indecência, tanta indignação
Tanta plebe atolada aos molhos
Tanta impertinência, tanta atenção
Focada na sombra dos meus olhos
Tanta a gente a querer ver-me no fogo
Tantas ofensas, tantas alcunhas
«Mas, pensas qu'eu não vou aí e te fodo?
Com estas negras e afiadas unhas!»
"Porque vestes esses casacos longos
Do que te escondes, do que tens medo?
Porque não abres um bocado, ó tonto
E mostras os confins de ti mesmo?"
Porque não importa o espaço-tempo
Nem mesmo o regime que por aqui roda
Eu irei sempre e sempre vestir negro
Mesmo qu'ele não esteja na moda
Por isso, difamem a minha persona
E se quiserem, dêem uma certidão d'óbito!
Mas, lembrem-se... Qu'Eu em Roma.
Eu não me conformei... - Eu fui Gótico.
Blackiezato Ravenspawn
Qu'eu cortasse o meu cabelo
Devias ouvir o qu'Ela me diz
Das minhas luvas até aos cotovelos
E embora Ela goste muito de mim
Ela diz qu'eu preciso d'um espelho
E eu rio-me, achando piada, enfim
Calçando as botas, até ao joelhos
- Aonde é que tu pensas que vais?!
- Assim, maluco, vestido desse jeito?
Perguntava-me tanto o meu Pai
Aos trapos que me cobriam o peito
Com um passivismo agressivo
Camuflado num estrito tom
Por eu ser um jovem alternativo
E Pintar os lábios com batom
Tanta indecência, tanta indignação
Tanta plebe atolada aos molhos
Tanta impertinência, tanta atenção
Focada na sombra dos meus olhos
Tanta a gente a querer ver-me no fogo
Tantas ofensas, tantas alcunhas
«Mas, pensas qu'eu não vou aí e te fodo?
Com estas negras e afiadas unhas!»
"Porque vestes esses casacos longos
Do que te escondes, do que tens medo?
Porque não abres um bocado, ó tonto
E mostras os confins de ti mesmo?"
Porque não importa o espaço-tempo
Nem mesmo o regime que por aqui roda
Eu irei sempre e sempre vestir negro
Mesmo qu'ele não esteja na moda
Por isso, difamem a minha persona
E se quiserem, dêem uma certidão d'óbito!
Mas, lembrem-se... Qu'Eu em Roma.
Eu não me conformei... - Eu fui Gótico.
Blackiezato Ravenspawn
A Escuridão...
Veio a solene escuridão
Visitar o meu coração
Para mostrar o esplendor
Do brilho do meu amor
Que reluz belo na treva
Ai meus Deus, quem me dera
Ter essa sacra devoção
E irradiar esse fulgor
Veio a solene escuridão
Visitar o meu coração
Para cobrir a minh'Alma cega
Que tanto sofre e desespera
Nas correntes da dor
Nas masmorras do terror
Ai que doce escuridão
Que tanto em mim se apega
Blackiezato Ravenspawn
Visitar o meu coração
Para mostrar o esplendor
Do brilho do meu amor
Que reluz belo na treva
Ai meus Deus, quem me dera
Ter essa sacra devoção
E irradiar esse fulgor
Veio a solene escuridão
Visitar o meu coração
Para cobrir a minh'Alma cega
Que tanto sofre e desespera
Nas correntes da dor
Nas masmorras do terror
Ai que doce escuridão
Que tanto em mim se apega
Blackiezato Ravenspawn
À Espera (Aguardando Em Vão)
À espera na linha
À espera a sofrer
À espera do dia
De São Receber
À espera das ordens
À espera de avançar
À espera dos homens
Que me façam recuar
À espera do toque do sino
À espera que o tempo passe
À espera que o destino
Finamente, me abrace
À espera da Primavera
À espera do Verão
Tanto tempo à espera
Aguardando em vão
Blackiezato Ravenspawn
À espera a sofrer
À espera do dia
De São Receber
À espera das ordens
À espera de avançar
À espera dos homens
Que me façam recuar
À espera do toque do sino
À espera que o tempo passe
À espera que o destino
Finamente, me abrace
À espera da Primavera
À espera do Verão
Tanto tempo à espera
Aguardando em vão
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 4 de março de 2018
Piadas Que Matam
Já alguma vez tiveste um sonho
Aborrecido, sem enredo algum
Tão mal imaginado, tão medonho
Que só de pensar, causa medo a um
Já alguma vez olhaste-te ao espelho
E viste um reflexo que não era suposto
Caso não saibas, Eu dou-te um conselho
Quando sonho, Eu não vejo o meu rosto
Já alguma vez afundaste dentro de ti
E viste o que existe além da superfície
Invés de andares sempre por aqui
Nos quatro cantos desta planície
Já alguma vez acordaste de repente
Sem ar, a dar gargalhadas tontas
Por causa das piadas eloquentes
Que a ti mesmo, o teu sonho conta?
Blackiezato Ravenspawn
Aborrecido, sem enredo algum
Tão mal imaginado, tão medonho
Que só de pensar, causa medo a um
Já alguma vez olhaste-te ao espelho
E viste um reflexo que não era suposto
Caso não saibas, Eu dou-te um conselho
Quando sonho, Eu não vejo o meu rosto
Já alguma vez afundaste dentro de ti
E viste o que existe além da superfície
Invés de andares sempre por aqui
Nos quatro cantos desta planície
Já alguma vez acordaste de repente
Sem ar, a dar gargalhadas tontas
Por causa das piadas eloquentes
Que a ti mesmo, o teu sonho conta?
Blackiezato Ravenspawn
Juntos, Formamos A Escuridão
Há tanto tempo - enterrados na terra!
Há tanto tempo - abaixo nas catacumbas!
Há tanto tempo - em segredo à espera!
Há tanto tempo - escondidos na penumbra!
Tantas sombras vagueiam perdidas
Tantas almas lamentam sozinhas
Tantas estátuas erodem esquecidas
Tantas mágoas jazem entrelinhas
Mas, juntos! Nós somos mais!
Que simples e meros mortais
Que caminham pela multidão
Porque, juntos! Cobrimos tudo!
Com o entrópico manto absoluto
Da infinita e primordial escuridão
*
Por isso, vinde, caros vultos
Sigam o eco da minha voz
E prestai homenagem a este culto
Que tanto chama por nós.
Blackiezato Ravenspawn
Há tanto tempo - abaixo nas catacumbas!
Há tanto tempo - em segredo à espera!
Há tanto tempo - escondidos na penumbra!
Tantas sombras vagueiam perdidas
Tantas almas lamentam sozinhas
Tantas estátuas erodem esquecidas
Tantas mágoas jazem entrelinhas
Mas, juntos! Nós somos mais!
Que simples e meros mortais
Que caminham pela multidão
Porque, juntos! Cobrimos tudo!
Com o entrópico manto absoluto
Da infinita e primordial escuridão
*
Por isso, vinde, caros vultos
Sigam o eco da minha voz
E prestai homenagem a este culto
Que tanto chama por nós.
Blackiezato Ravenspawn
Ressonância Silenciosa (Ecos Do Vazio)
Digo-vos, que - nada me perturba mais!
Que a ausência do som - a indiferença!
Os enlanguescentes suspiros abismais
Que soam no interior da minha cabeça
O vazio que sinto ao não ser ouvido
Que ecoa no centro do meu ser
Mais o desejo de querer ser compreendido
Ai... S'Eu estivesse mesmo à espera
Que vocês escutassem os meus lamentos
As quantas Lunas, as quantas Primaveras
Esperaria, Eu, em vão, sem alento!
Ai... S'Eu estivesse mesmo a contar
Que vocês entendessem o meu coração
O quanto Eu teria que depenar e murchar
Até morrer finalmente de solidão
Mas, não é por isso qu'Eu falarei mais alto
Nessa demanda tonta de ganhar mais relevo
Eu agora, sou mais paciente, menos incauto
E é por isso, qu'Eu tanto, mas tanto escrevo
Que a ausência do som - a indiferença!
Os enlanguescentes suspiros abismais
Que soam no interior da minha cabeça
O vazio que sinto ao não ser ouvido
Que ecoa no centro do meu ser
Mais o desejo de querer ser compreendido
Embora, ninguém queira mesmo saber
Ai... S'Eu estivesse mesmo à espera
Que vocês escutassem os meus lamentos
As quantas Lunas, as quantas Primaveras
Esperaria, Eu, em vão, sem alento!
Ai... S'Eu estivesse mesmo a contar
Que vocês entendessem o meu coração
O quanto Eu teria que depenar e murchar
Até morrer finalmente de solidão
Mas, não é por isso qu'Eu falarei mais alto
Nessa demanda tonta de ganhar mais relevo
Eu agora, sou mais paciente, menos incauto
E é por isso, qu'Eu tanto, mas tanto escrevo
Com esta devota melancolia
Com esta apaixonada decadência
Com esta apaixonada decadência
Refém da minha agonia
Vítima da vossa negligência
Porque o mundo me ensinou a estar sozinho
E a guardar tudo dentro de mim
A estimar a poesia com um enorme carinho
E a tecê-la como se fosse cetim
«É por isso qu'Eu não solto um pio»
Perante seres turvos, sem profundeza...
- Nos meus olhos só verão um vazio!
Proporcional à vossa insensível frieza...
Blackiezato Ravenspawn
Vítima da vossa negligência
Porque o mundo me ensinou a estar sozinho
E a guardar tudo dentro de mim
A estimar a poesia com um enorme carinho
E a tecê-la como se fosse cetim
«É por isso qu'Eu não solto um pio»
Perante seres turvos, sem profundeza...
- Nos meus olhos só verão um vazio!
Proporcional à vossa insensível frieza...
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 3 de março de 2018
Arquitectura Pós-Moderna
O que se passa com esta frente?
É isto?! A arquitectura moderna?
Tanta megalomania em tanta gente
E o resultado, é uma grande merda
Será que perderam a imaginação
É isto o vosso sinónimo de luxo?
Reduzirem uma humilde habitação
A um reles e simples cubo?
- Oh, que design tão vanguardista!
Afinal, não estamos na era digital?
Aonde as pessoas gostam de dar nas vistas
Com a sua vaidade, tão banal
Ou se calhar também esteja a exagerar
Não quero passar por um gajo invejoso
Mas, Eu não consigo deixar de pensar
Como alguém criou ago tão pretensioso
E Eu questiono-me - O que é isto?
E a mente responde-me - é uma jaula
E assim, fico sem perceber este autismo
Que sem emoção, fita a minh'alma.
Porque só de olhar, aborrece, cansa
E faz-me descrer dos novos arquitectos
Pff... É que até mesmo uma criança
Faz melhor com um balde de legos
Mas, pronto, tamém não é assim tão grave
Ao menos tem uma boa métrica
Embora qualquer um sabe
Brincar com figuras geométricas
Eu só espero é que os vosso discípulos
Saibam desenhar casas no espaço
Dando mais uso dos perfeitos círculos
Invés destes explicitos quadrados
E que façam uma revolução arquitéctonica
Não queiram ser um mito, como o Dédalo
Porque se continuarem nesta onda crónica
Nem sequer durarão, um quarto de século
E Eu não queria fazer troça...
Mas, já viram aquela ponte?
Meteram a pata na poça
E estragaram o horizonte
Em cima dela, não consigo ver progresso
Nem sentir a alma do seu autor
Parabéns! Desejo-vos muito sucesso
Na industria de filmes de terror
É que Eu não me sinto nada em paz
No interior destes edifícios redundantes
Um conselho... - Dêem um passo atrás
Se desejarem dar outros dois, adiante
É a minha crítica, desculpem se fui duro
Mas, para mim, existe falta de qualidade...
Nesta selva de concreto sem futuro
Sem beleza... E sem identidade.
Blackeizato Ravenspawn
É isto?! A arquitectura moderna?
Tanta megalomania em tanta gente
E o resultado, é uma grande merda
Será que perderam a imaginação
É isto o vosso sinónimo de luxo?
Reduzirem uma humilde habitação
A um reles e simples cubo?
- Oh, que design tão vanguardista!
Afinal, não estamos na era digital?
Aonde as pessoas gostam de dar nas vistas
Com a sua vaidade, tão banal
Ou se calhar também esteja a exagerar
Não quero passar por um gajo invejoso
Mas, Eu não consigo deixar de pensar
Como alguém criou ago tão pretensioso
E Eu questiono-me - O que é isto?
E a mente responde-me - é uma jaula
E assim, fico sem perceber este autismo
Que sem emoção, fita a minh'alma.
Porque só de olhar, aborrece, cansa
E faz-me descrer dos novos arquitectos
Pff... É que até mesmo uma criança
Faz melhor com um balde de legos
Mas, pronto, tamém não é assim tão grave
Ao menos tem uma boa métrica
Embora qualquer um sabe
Brincar com figuras geométricas
Eu só espero é que os vosso discípulos
Saibam desenhar casas no espaço
Dando mais uso dos perfeitos círculos
Invés destes explicitos quadrados
E que façam uma revolução arquitéctonica
Não queiram ser um mito, como o Dédalo
Porque se continuarem nesta onda crónica
Nem sequer durarão, um quarto de século
E Eu não queria fazer troça...
Mas, já viram aquela ponte?
Meteram a pata na poça
E estragaram o horizonte
Em cima dela, não consigo ver progresso
Nem sentir a alma do seu autor
Parabéns! Desejo-vos muito sucesso
Na industria de filmes de terror
É que Eu não me sinto nada em paz
No interior destes edifícios redundantes
Um conselho... - Dêem um passo atrás
Se desejarem dar outros dois, adiante
É a minha crítica, desculpem se fui duro
Mas, para mim, existe falta de qualidade...
Nesta selva de concreto sem futuro
Sem beleza... E sem identidade.
Blackeizato Ravenspawn
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
Alavarium Lacrimae
Eu remo aqui sozinho
No meu belo moliceiro
E navego devagarinho
Pela ria triste d'Aveiro
Eu vou no crepúsculo
E volto na madrugada
Eu sou um poeta mudo
E jorro a minha mágoa
D'um jeito descontente
Embora audaz e feroz
Ao sabor da corrente
Que me traz até à foz
Eu solitário na vida
A recitar o meu fado
"Alavarium lacrimae
Usque ad mare, tibi dabo"
Blackiezato Ravenspawn
No meu belo moliceiro
E navego devagarinho
Pela ria triste d'Aveiro
Eu vou no crepúsculo
E volto na madrugada
Eu sou um poeta mudo
E jorro a minha mágoa
D'um jeito descontente
Embora audaz e feroz
Ao sabor da corrente
Que me traz até à foz
Eu solitário na vida
A recitar o meu fado
"Alavarium lacrimae
Usque ad mare, tibi dabo"
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 24 de fevereiro de 2018
Usurpadores Da Humanidade I - Magos Idiotas
Porque desenhas esses símbolos?
Porque plagias a geometria sagrada?
E porque acendes velas em círculos?
Se a mais importante deixas apagada?
Que pensamentos te levaram a isso?
Foi o despertar da tua glândula pineal?
E porque razão funcionou, esse feitiço?
Foi por te achares, alguém especial?
Quem julgas ser tu, para falar de magia?
Explica-me, então, o conceito de caos?!
E como pretendes contrariar a entropia?
Que consumirá os bons, como os maus?
E como pretendes, tu mesmo transcender?
Será por vestires, esse manto de ilusão?
Diz-me lá que voz demente te leva a crer?
Que tens esse poder na tua mão?
Tu és uma farsa, Tu és uma anedota!
Um tonto iludido por palavras giras!
Por isso, silêncio! seu Mago idiota!
A tua língua, apenas invoca, mentiras!
Blackiezato Ravenspawn
Porque plagias a geometria sagrada?
E porque acendes velas em círculos?
Se a mais importante deixas apagada?
Que pensamentos te levaram a isso?
Foi o despertar da tua glândula pineal?
E porque razão funcionou, esse feitiço?
Foi por te achares, alguém especial?
Quem julgas ser tu, para falar de magia?
Explica-me, então, o conceito de caos?!
E como pretendes contrariar a entropia?
Que consumirá os bons, como os maus?
E como pretendes, tu mesmo transcender?
Será por vestires, esse manto de ilusão?
Diz-me lá que voz demente te leva a crer?
Que tens esse poder na tua mão?
Tu és uma farsa, Tu és uma anedota!
Um tonto iludido por palavras giras!
Por isso, silêncio! seu Mago idiota!
A tua língua, apenas invoca, mentiras!
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
Os Teus Olhos...
Nos teus olhos Eu quero me perder
E dentro deles, Eu quero ficar...
Para saber como é viver
Dentro d'Alguém que me dá gozo olhar.
Nos teus olhos Eu quero dormir
E nos teus sonhos, Eu quero acordar...
Para te ver sempre a rir
Enquanto a realidade não me chamar.
Pois, nos teus olhos Eu vejo um mundo,
Que jamais vi, em olhos Alguns
E nunca senti algo tão profundo...
Tão raro e belo; peculiar e incomum
Por isso, deixa-me olhar para os teus olhos.
Que se escondem dentro, desses óculos teus.
- Ah... Como os admiro e como os escolho!
Para olharem sempre, para dentro dos meus.
Blackiezato Ravenspawn
E dentro deles, Eu quero ficar...
Para saber como é viver
Dentro d'Alguém que me dá gozo olhar.
Nos teus olhos Eu quero dormir
E nos teus sonhos, Eu quero acordar...
Para te ver sempre a rir
Enquanto a realidade não me chamar.
Pois, nos teus olhos Eu vejo um mundo,
Que jamais vi, em olhos Alguns
E nunca senti algo tão profundo...
Tão raro e belo; peculiar e incomum
Por isso, deixa-me olhar para os teus olhos.
Que se escondem dentro, desses óculos teus.
- Ah... Como os admiro e como os escolho!
Para olharem sempre, para dentro dos meus.
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Amigos Da Onça
O que queres? porque me segues?
E desde quando preciso d'escolta?
Eu nem sei ao que te referes
Porque não vais dar uma volta?
Não. Eu não quero ir beber um copo
Nem gastar inclusíve o meu tempo
O que te levou a pensar logo?
Qu'eu iria aceitar o teu veneno?
Eu não preciso das costas quentes
Eu não confio nesse tipo d'homens
Que fingem ser amigos de toda a gente
Mas, que quando dá merda, fogem
Ou rastejam, implorando como cobardes
Quando revelam a verdadeira parte fraca
Do verme que vive dentro da carne
Pff, achas qu'Eu me dou com vira-casacas?!
Eu sei de cor o meu caminho
E como já dizia bem o ditado
Mais vale um andar sozinho
Do que mal acompanhado
Pois, vocês são uns parasitas malditos
Uma praga humana, uma afonta!
Vocês que tanto dizem ser meus amigos
- sim... Meus amigos da onça!
Blackiezato Ravenspawn
E desde quando preciso d'escolta?
Eu nem sei ao que te referes
Porque não vais dar uma volta?
Não. Eu não quero ir beber um copo
Nem gastar inclusíve o meu tempo
O que te levou a pensar logo?
Qu'eu iria aceitar o teu veneno?
Eu não preciso das costas quentes
Eu não confio nesse tipo d'homens
Que fingem ser amigos de toda a gente
Mas, que quando dá merda, fogem
Ou rastejam, implorando como cobardes
Quando revelam a verdadeira parte fraca
Do verme que vive dentro da carne
Pff, achas qu'Eu me dou com vira-casacas?!
E como já dizia bem o ditado
Mais vale um andar sozinho
Do que mal acompanhado
Pois, vocês são uns parasitas malditos
Uma praga humana, uma afonta!
Vocês que tanto dizem ser meus amigos
- sim... Meus amigos da onça!
Blackiezato Ravenspawn
O Inverno Mais Frio
Nunca tive a cama tão fria
Nem a alma tão vazia...
Nem mesmo ter que me refugiar
No calor da poesia.
Este inverno é para hibernar
É demasiado para eu aguentar...
Por isso, adeus amiga ria
Eu volto quando a primavera começar.
Eu não me recordo do vento ser tão sombrio
Nem de o achar funesto e doentio,
Nem de ver a minha estação favorita
Tornar-se neste fado, sem brio.
Agora sinto a minh'alma ficar frígida
Sem vontade, sem emoção, sem vida!
E este deve ser - o inverno mais frio
Que alguma vez estou a passar na vida!!!
Blackiezato Ravenspawn
Nem a alma tão vazia...
Nem mesmo ter que me refugiar
No calor da poesia.
Este inverno é para hibernar
É demasiado para eu aguentar...
Por isso, adeus amiga ria
Eu volto quando a primavera começar.
Eu não me recordo do vento ser tão sombrio
Nem de o achar funesto e doentio,
Nem de ver a minha estação favorita
Tornar-se neste fado, sem brio.
Agora sinto a minh'alma ficar frígida
Sem vontade, sem emoção, sem vida!
E este deve ser - o inverno mais frio
Que alguma vez estou a passar na vida!!!
Blackiezato Ravenspawn
Da Verdade
Eu quero a verdade crua e nua
Sem capas, sem máscaras,
Sem tramas, sem bácoras
Mesmo que seja triste e suja.
Eu quero a verdade no prato,
Como é suposto ser servida.
Seja nojenta, esteja fria
Cheire mal e tenha um trago amargo.
Sim, Eu quero a verdade, apenas
Explícita, cem por cento real
- Faça ela me bem, faça ela me mal!
Pois eu não temo os problemas,
Nem as possíveis consequências.
Desde que nunca sinta a ausência
(Do título)
Blackiezato Ravenspawn
Sem capas, sem máscaras,
Sem tramas, sem bácoras
Mesmo que seja triste e suja.
Eu quero a verdade no prato,
Como é suposto ser servida.
Seja nojenta, esteja fria
Cheire mal e tenha um trago amargo.
Sim, Eu quero a verdade, apenas
Explícita, cem por cento real
- Faça ela me bem, faça ela me mal!
Pois eu não temo os problemas,
Nem as possíveis consequências.
Desde que nunca sinta a ausência
(Do título)
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 18 de fevereiro de 2018
Sobre Cerco
Quereis invadir o meu castelo?
Tentai, então, virá-lo do avesso!
Suba as muralhas pelo meu cabelo
À medida que lhes fazeis cerco.
Quebrai a minha alvenaria,
Esmagai lá, os meus portões!
E mandai a vossa cavalaria
À procura das minhas emoções!
Enquanto o meu corpo arde
E a ruína corre pela rua fora!
Mas, "infelizmente" chegou tarde
Pois, Eu. Já dei a volta
E é caindo na vossa própria cilada
Quando vos apercebeis que estais sós...
Qu'Eu vos miro na rima acima
E atiro flechas sobre vós!
Aí, no meu labirinto de quadras,
Sem ter caminho, por onde escapar.
Sem perceber a lógica destas palavras
E o que puderam, elas significar
Pois, foi por isso que vos deixei entrar,
Dentro de mim, sem grande demora.
Só para ter a chance de vos flanquear
E terminar com o este cerco, agora!
Blackiezato Ravenspawn
Tentai, então, virá-lo do avesso!
Suba as muralhas pelo meu cabelo
À medida que lhes fazeis cerco.
Quebrai a minha alvenaria,
Esmagai lá, os meus portões!
E mandai a vossa cavalaria
À procura das minhas emoções!
Enquanto o meu corpo arde
E a ruína corre pela rua fora!
Mas, "infelizmente" chegou tarde
Pois, Eu. Já dei a volta
E é caindo na vossa própria cilada
Quando vos apercebeis que estais sós...
Qu'Eu vos miro na rima acima
E atiro flechas sobre vós!
Aí, no meu labirinto de quadras,
Sem ter caminho, por onde escapar.
Sem perceber a lógica destas palavras
E o que puderam, elas significar
Pois, foi por isso que vos deixei entrar,
Dentro de mim, sem grande demora.
Só para ter a chance de vos flanquear
E terminar com o este cerco, agora!
Blackiezato Ravenspawn
Tácticas D'Engate
Tantos truques, tantas danças
Tantas manhas e tantas vaidades,
Escondem uma falta de segurança
Como uma escassez de honestidade.
As deveras investidas forçadas
O fingimento - a arte de decepção,
Dão uso a deixas já decoradas
Sem sentimento, sem paixão.
O desejo de preencher o buraco
A fome carnal, os impulsos hormonais,
Que reduzem o amor a um teatro
Cheio de doenças e parasitas sociais
A sedução que se torna num saque
Pois, nenhuma das intenções, é séria,
Eles podem vir com tácticas d'engate,
Embora, usem todos, a mesma estratégia.
Blackiezato Ravenspawn
Tantas manhas e tantas vaidades,
Escondem uma falta de segurança
Como uma escassez de honestidade.
As deveras investidas forçadas
O fingimento - a arte de decepção,
Dão uso a deixas já decoradas
Sem sentimento, sem paixão.
O desejo de preencher o buraco
A fome carnal, os impulsos hormonais,
Que reduzem o amor a um teatro
Cheio de doenças e parasitas sociais
A sedução que se torna num saque
Pois, nenhuma das intenções, é séria,
Eles podem vir com tácticas d'engate,
Embora, usem todos, a mesma estratégia.
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
O Desejo De Não Desejar Mais
Se me fosse possível realizar um desejo
Eu escolhia o desejo: de não desejar mais
Nem mesmo uma rima para este trecho
Pois é me indiferente se rima, ou... não.
Só assim sentir-me-ia feliz e completo
Como fui, quando era miúdo
Por não necessitar d'algo, ao certo
Por ser simples e já ter tudo
Ai, quem me dera contemplar o abismo
E ter a alma, finalmente, solta
Livre da tirania deste organismo
Cheio de angústia e de revolta
Então, para quê, qu'Eu vou desejar?!
Quando nem sequer consigo desejar nada?!
- Eis, o eterno dilema, não há volta à dar
O paradoxo é iminente, fim da piada
E como é que uma mente desligada
Ausente dos estímulos, dos seus sinais?
Consegue ainda desejar nada
Após ter desejado, não desejar mais?
É que, por momentos senti-me à deriva,
Perdi a noção do local, como da hora.
E não fui mais além, porque a vida
Decidiu, desejar-me de volta.
Por isso, cautela com o que Tu desejas.
Blackiezato Ravenspawn
Eu escolhia o desejo: de não desejar mais
Nem mesmo uma rima para este trecho
Pois é me indiferente se rima, ou... não.
Só assim sentir-me-ia feliz e completo
Como fui, quando era miúdo
Por não necessitar d'algo, ao certo
Por ser simples e já ter tudo
Ai, quem me dera contemplar o abismo
E ter a alma, finalmente, solta
Livre da tirania deste organismo
Cheio de angústia e de revolta
Então, para quê, qu'Eu vou desejar?!
Quando nem sequer consigo desejar nada?!
- Eis, o eterno dilema, não há volta à dar
O paradoxo é iminente, fim da piada
E como é que uma mente desligada
Ausente dos estímulos, dos seus sinais?
Consegue ainda desejar nada
Após ter desejado, não desejar mais?
É que, por momentos senti-me à deriva,
Perdi a noção do local, como da hora.
E não fui mais além, porque a vida
Decidiu, desejar-me de volta.
Por isso, cautela com o que Tu desejas.
Blackiezato Ravenspawn
Umbra Mea / Sombra Minha
Oh, minha enigmática amiga
Tão obscura e tão fria!
Tu és a melhor companhia
Seja de noite, seja de dia
E verdade, assim, seja dita
Tu és quem mais me fascina!
Mais que a prosa e a poesia
Que se encontram mortas-vivas
Sim, Eu adoro-te, sombra minha
Essa tua silhueta opaca e curvilínea
Que me persegue e que me arrepia
Dançando sinistra, embora linda
Tu, minha querida irmã gémea,
A única com Quem partilho estas rédeas.
Do corcel que é a minha vida, de miséria!
- Meus Amor Aeternus, Umbra Mea!
E é quando te perco no absoluto escuro,
Ficando só, mais estes pensamentos meus.
Qu'Eu imagino os caminhos do teu mundo,
Aonde Tu andas e quem te segue, sou Eu
Como Um Vulto...
Blackiezato Ravenspawn
Tão obscura e tão fria!
Tu és a melhor companhia
Seja de noite, seja de dia
E verdade, assim, seja dita
Tu és quem mais me fascina!
Mais que a prosa e a poesia
Que se encontram mortas-vivas
Sim, Eu adoro-te, sombra minha
Essa tua silhueta opaca e curvilínea
Que me persegue e que me arrepia
Dançando sinistra, embora linda
Tu, minha querida irmã gémea,
A única com Quem partilho estas rédeas.
Do corcel que é a minha vida, de miséria!
- Meus Amor Aeternus, Umbra Mea!
E é quando te perco no absoluto escuro,
Ficando só, mais estes pensamentos meus.
Qu'Eu imagino os caminhos do teu mundo,
Aonde Tu andas e quem te segue, sou Eu
Como Um Vulto...
Blackiezato Ravenspawn
Pousa Em Mim
Nem sabes o quanto te desejo
E garanto-te que não é pouco!
Mesmo sem saber o sabor do teu beijo
Como, do aroma, do teu corpo.
Eu quero que Tu pouses em mim,
Tal e qual se fosses uma abelha.
E que me deixes um pouco de ti
Quando extraíres a tua colheita
Tu, airosa, quando decides enfeitiçar,
A seiva que me corre dentro da pele.
Sedenta de libido que escorre, o néctar,
Que te inspira a criar esse precioso mel
Ai... Quem me dera ser tanto a flor
Que Tu acaricias, que Tu abraças!
E sentir esse zumbido, o teu calor
Antes de subires e bateres asas...
Oh, vento! Escutai por favor!
O doce suplício, deste jasmim!
E sussurra a Ela - ao meu amor
Para pousar em cima de mim...
Blackiezato Ravenspawn
E garanto-te que não é pouco!
Mesmo sem saber o sabor do teu beijo
Como, do aroma, do teu corpo.
Eu quero que Tu pouses em mim,
Tal e qual se fosses uma abelha.
E que me deixes um pouco de ti
Quando extraíres a tua colheita
Tu, airosa, quando decides enfeitiçar,
A seiva que me corre dentro da pele.
Sedenta de libido que escorre, o néctar,
Que te inspira a criar esse precioso mel
Ai... Quem me dera ser tanto a flor
Que Tu acaricias, que Tu abraças!
E sentir esse zumbido, o teu calor
Antes de subires e bateres asas...
Oh, vento! Escutai por favor!
O doce suplício, deste jasmim!
E sussurra a Ela - ao meu amor
Para pousar em cima de mim...
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 7 de janeiro de 2018
Hipócrita
Ó Hipócrita... Tu falas muito,
Mas, na verdade... fazes pouco.
Tu que dizes amar o mundo,
Embora, o verbo, seja outro.
Eu não quero ser teu amigo,
Nem ser vítima da tua trama.
Prefiro mais, estar só, comigo,
Do que com quem me engana.
É que a tua alma é tão suja,
Que me dá nojo, só de a ver.
E não existe possível desculpa
A não ser, a de te ires. foder
A minha atitude não te fascina?!
A minha visão não te diz nada?!
Então, pára! de inventar mentiras
- Tu nem sequer vales a merda
Que cagas!
Eu olho para ti e sinto pena,
A tua vida deve ser um teatro!?
E sem querer estraguei-te a cena
Logo, já, no primeiro acto!?
É... Eu queria te jogar no fogo,
Onde Tu, te dissolves em pus.
Mas, Eu não jogo esses jogos,
Jogado por pessoas, como Tu.
Mas, na verdade... fazes pouco.
Tu que dizes amar o mundo,
Embora, o verbo, seja outro.
Eu não quero ser teu amigo,
Nem ser vítima da tua trama.
Prefiro mais, estar só, comigo,
Do que com quem me engana.
É que a tua alma é tão suja,
Que me dá nojo, só de a ver.
E não existe possível desculpa
A não ser, a de te ires. foder
A minha atitude não te fascina?!
A minha visão não te diz nada?!
Então, pára! de inventar mentiras
- Tu nem sequer vales a merda
Que cagas!
Eu olho para ti e sinto pena,
A tua vida deve ser um teatro!?
E sem querer estraguei-te a cena
Logo, já, no primeiro acto!?
É... Eu queria te jogar no fogo,
Onde Tu, te dissolves em pus.
Mas, Eu não jogo esses jogos,
Jogado por pessoas, como Tu.
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