Escrevi o meu primeiro poema
Quando ainda era uma criança
Sem um propósito e sem um tema
Só com um pouco de confiança
Nem sequer teve substância
Quanto mais teve uma rima
Foi escrito sem importância
Não p'ra ser uma obra-prima
E todos os que escrevo agora
São uma tentativa de replicar
O que no passado, Eu, outrora
Tive a ousadia, d'assim, criar
Não me lembro como el'era
Não me lembro como o fiz
Mas, a memória me revela
Como uma criança, a brincar, feliz
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
domingo, 28 de outubro de 2018
Choir Synth
Dá-me um choir synth
Para Eu expressar a minha agonia
Pois, uma vida vazia
Não tem nada para oferecer
Dá-me um choir synth
Para Eu harmonizar a minha poesia
Pois, uma voz sombria
Não me chega para erguer
Dá-me um choir Synth
Para Eu tocar uns lindos acordes
Pois uma nota sozinha
Não me consegue suster
Dá-me um Choir Synth
Para Eu atravessar estes fiordes
Pois, a minh'alma fria
Não tem esse poder
Para Eu expressar a minha agonia
Pois, uma vida vazia
Não tem nada para oferecer
Dá-me um choir synth
Para Eu harmonizar a minha poesia
Pois, uma voz sombria
Não me chega para erguer
Dá-me um choir Synth
Para Eu tocar uns lindos acordes
Pois uma nota sozinha
Não me consegue suster
Dá-me um Choir Synth
Para Eu atravessar estes fiordes
Pois, a minh'alma fria
Não tem esse poder
São Eles...
Eu não escrevo estes poemas
Eles, é que bem me descrevem,
As minhas lutas, os meus dilemas
E as coisas que me acontecem.
São eles que me levam pela mão
A viajar em busca d'um futuro,
São eles que me confortam o coração
Quando o mundo, o torna duro.
São eles que me orientam
São eles que sabem tudo,
São eles que me complementam
Com esboços e rascunhos
São eles os meus doces filhos
São eles a minha maior glória,
Cada um com o seu trilho
E todos eles com vontade própria.
Blackiezato Ravenspawn
Eles, é que bem me descrevem,
As minhas lutas, os meus dilemas
E as coisas que me acontecem.
São eles que me levam pela mão
A viajar em busca d'um futuro,
São eles que me confortam o coração
Quando o mundo, o torna duro.
São eles que me orientam
São eles que sabem tudo,
São eles que me complementam
Com esboços e rascunhos
São eles os meus doces filhos
São eles a minha maior glória,
Cada um com o seu trilho
E todos eles com vontade própria.
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 27 de outubro de 2018
São Só Palavras
Ideais não enchem barrigas,
Promessas não pagam dívidas.
Desculpas não saram feridas
Nem as preces, dão garantias.
Nenhuma destas casas, me abriga
Nenhuma destas ruas tem saída
Nenhuma rotina preenche a vida
De quem sonha, todo o dia
Blackiezato Ravenspawn
Promessas não pagam dívidas.
Desculpas não saram feridas
Nem as preces, dão garantias.
Nenhuma destas casas, me abriga
Nenhuma destas ruas tem saída
Nenhuma rotina preenche a vida
De quem sonha, todo o dia
Blackiezato Ravenspawn
Contra Mim Mesmo
Lentamente, Eu torno-me no que mais odeio
E secretamente... Conspiro contra mim próprio
Enquanto, isso, o meu ser racha-se ao meio
E a minha vida vira um pandemónio
Eu esforço-me e tento parecer o mais normal
Embora continue refém deste tormento
Esteja bem, ou esteja mal
Não importa. Estou sempre contra Eu mesmo!
Dois sujeitos com problemas d'atitude
Andam constantemente, à chapada
E não importa o quanto arrume
A casa acaba sempre desarrumada
É por isso qu'Eu imploro, Eu peço
Da forma mais pura, qu'Eu consigo
A essas palavras qu'Eu tanto escrevo
A elas que me distraem deste conflito.
E secretamente... Conspiro contra mim próprio
Enquanto, isso, o meu ser racha-se ao meio
E a minha vida vira um pandemónio
Eu esforço-me e tento parecer o mais normal
Embora continue refém deste tormento
Esteja bem, ou esteja mal
Não importa. Estou sempre contra Eu mesmo!
Dois sujeitos com problemas d'atitude
Andam constantemente, à chapada
E não importa o quanto arrume
A casa acaba sempre desarrumada
É por isso qu'Eu imploro, Eu peço
Da forma mais pura, qu'Eu consigo
A essas palavras qu'Eu tanto escrevo
A elas que me distraem deste conflito.
Tu És De Luas
Tu és de Luas
Tens várias fases
Mil e uma loucuras
E Tu, nem sabes!
Tu que bailas à volta
Do incerto, do caos
Porque não rodas, apenas
Cento e oitenta graus...
O teu jeito acrobata
O teu olhar etéreo
Oh, alma de prata
Repleta de Mistério!
Esse teu brilho nocturno
Que ofusca as estrelas, além
E nas costas, o teu lado obscuro
Que não mostras, a ninguém...
Blackiezato Ravenspawn
Tens várias fases
Mil e uma loucuras
E Tu, nem sabes!
Tu que bailas à volta
Do incerto, do caos
Porque não rodas, apenas
Cento e oitenta graus...
O teu jeito acrobata
O teu olhar etéreo
Oh, alma de prata
Repleta de Mistério!
Esse teu brilho nocturno
Que ofusca as estrelas, além
E nas costas, o teu lado obscuro
Que não mostras, a ninguém...
Blackiezato Ravenspawn
Às Vezes / Muitas Das Vezes
Às vezes...
Estou tão triste
Que canto, rezando
Como orava à minha avó
Mas, na maioria das vezes
Digo - que se lixe
E continuando andando
No meu trilho, só
Às vezes...
Estão tão aborrecido
Que me dissocio
Da minha pessoa
Mas, na maioria das vezes
Fico sem ânimo, abatido
Silencioso, sem dar um pio
À espera que o tempo corra
Às vezes...
Estou tão desolado
Que me sinto rendido
À derivada da minha sorte
Mas, na maioria das vezes
Meto-me de lado, resignado
E assim imagino
Um mundo depois da minha morte
Às vezes...
Estou tão confuso
Que nem sei a dor
Que me vai no coração
Mas, na maioria das vezes
Eu entrego-me, dou tudo
E mesmo assim, não me dão valor
Parece que me esforço em vão.
Blackiezato Ravenspawn
Estou tão triste
Que canto, rezando
Como orava à minha avó
Mas, na maioria das vezes
Digo - que se lixe
E continuando andando
No meu trilho, só
Às vezes...
Estão tão aborrecido
Que me dissocio
Da minha pessoa
Mas, na maioria das vezes
Fico sem ânimo, abatido
Silencioso, sem dar um pio
À espera que o tempo corra
Às vezes...
Estou tão desolado
Que me sinto rendido
À derivada da minha sorte
Mas, na maioria das vezes
Meto-me de lado, resignado
E assim imagino
Um mundo depois da minha morte
Às vezes...
Estou tão confuso
Que nem sei a dor
Que me vai no coração
Mas, na maioria das vezes
Eu entrego-me, dou tudo
E mesmo assim, não me dão valor
Parece que me esforço em vão.
Blackiezato Ravenspawn
Tornando-Me Cinza
Eu dou as minhas pétalas do sol
Enquanto o tempo me consome a tinta
E lentamente murcho, fico mole
Enquanto as roupas viram cinza
Eu antes costumava me importar
Quando tinha algo por que viver
Agora não vejo propósito em continuar
Por isso, deixo-me ir, não quero saber
Melchior Montenegro, Melchior Montenegro
Onde tu estás, onde tu estás
Não me abandones neste desassossego
Porque sem ti, eu não sou capaz
De lidar com esta afronta
De dar um senso à minha vida
Porque quando te escondes na sombra
Eu erodo, torno-me cinza
E eu sei que continuas nessa cidadela
Algures perdido por aí
Porque quando recolho as minhas pétalas
Eu vejo-te a andar dentro de mim
À espera da ocasião
Afastado das luzes, debaixo d'um capuz
Mas, sem a tua escuridão
Eu não consigo encontrar a minha luz
Sem o carbono do teu carvão
As chamas apagam-se, tornam-se cinzas.
E não existe possível ressurreição
Porque as fénixes estão extintas.
Blackiezato Ravenspawn
Enquanto o tempo me consome a tinta
E lentamente murcho, fico mole
Enquanto as roupas viram cinza
Eu antes costumava me importar
Quando tinha algo por que viver
Agora não vejo propósito em continuar
Por isso, deixo-me ir, não quero saber
Melchior Montenegro, Melchior Montenegro
Onde tu estás, onde tu estás
Não me abandones neste desassossego
Porque sem ti, eu não sou capaz
De lidar com esta afronta
De dar um senso à minha vida
Porque quando te escondes na sombra
Eu erodo, torno-me cinza
E eu sei que continuas nessa cidadela
Algures perdido por aí
Porque quando recolho as minhas pétalas
Eu vejo-te a andar dentro de mim
À espera da ocasião
Afastado das luzes, debaixo d'um capuz
Mas, sem a tua escuridão
Eu não consigo encontrar a minha luz
Sem o carbono do teu carvão
As chamas apagam-se, tornam-se cinzas.
E não existe possível ressurreição
Porque as fénixes estão extintas.
Blackiezato Ravenspawn
Gladius Et Scutum (Caneta E Papel)
Honrados sejam esses Poetas,
Honrados sejam esses Tutores.
Honradas sejam essas veredas,
Onde caminharam esses senhores.
E Eu orgulho-me tanto de ser,
Dos poucos qu'ainda sobram
E é por isso, que não temo morrer,
Pois estes versos, ainda me tocam.
Eu que luto por um império
Que outrora, já colapsou,
E é por isso, que lhes dou todo o mérito
Pois, é graças a eles qu'Eu cá estou.
Na linha da frente, sempre fiel,
"Ui quod es, eris quod sum."
Para mim a caneta e o papel,
Sunt mei gladius et scutum.
Blackiezato Ravenspawn
Honrados sejam esses Tutores.
Honradas sejam essas veredas,
Onde caminharam esses senhores.
E Eu orgulho-me tanto de ser,
Dos poucos qu'ainda sobram
E é por isso, que não temo morrer,
Pois estes versos, ainda me tocam.
Eu que luto por um império
Que outrora, já colapsou,
E é por isso, que lhes dou todo o mérito
Pois, é graças a eles qu'Eu cá estou.
Na linha da frente, sempre fiel,
"Ui quod es, eris quod sum."
Para mim a caneta e o papel,
Sunt mei gladius et scutum.
Blackiezato Ravenspawn
Desmascarando Intenções
É tão fácil
P'ra quem é hábil
Dissimular
Fingir e enganar
Eu bem que podia
Usar a poesia
Para mentir
Roubar e fugir
Mas, Eu não preciso
Nem empatizo
Com a corrupção
Dessa acção
De ser algo
Tão reles e tão vago
Só para vos ter
E ter o que escrever
Eu cortaria
Antes os pulsos
E deixar-vos-ia
Assim, confusos
- É só um copo de vinho
Diria Eu, mentindo
Mas, ambas as ideias
Correm nas mesmas veias
Onde se juntaram
Ao som das pulsações
Que desmascararam
As verdadeiras intenções
Blackiezato Ravenspawn
P'ra quem é hábil
Dissimular
Fingir e enganar
Eu bem que podia
Usar a poesia
Para mentir
Roubar e fugir
Mas, Eu não preciso
Nem empatizo
Com a corrupção
Dessa acção
De ser algo
Tão reles e tão vago
Só para vos ter
E ter o que escrever
Eu cortaria
Antes os pulsos
E deixar-vos-ia
Assim, confusos
- É só um copo de vinho
Diria Eu, mentindo
Mas, ambas as ideias
Correm nas mesmas veias
Onde se juntaram
Ao som das pulsações
Que desmascararam
As verdadeiras intenções
Blackiezato Ravenspawn
Quem Dança, Não Leva Macumba
O teu mau olhado
Não me intimida,
Passa-me ao lado
Não toca na minha vida.
O teu feitiço, Eu abalo
A tua magia não resulta,
Eu pego no teu galo
E faço uma cachupa.
«Oh! Eh! Ah! Hã!»
Bate no bombo, abana a anca
E chama o xamã
Mitongo Mikanga!
Traz a tanga, traz a lança
Isto é semba, não é zumba,
Aqui quem dança
Não leva Macumba!
Blackiezato Ravenspawn
Não me intimida,
Passa-me ao lado
Não toca na minha vida.
O teu feitiço, Eu abalo
A tua magia não resulta,
Eu pego no teu galo
E faço uma cachupa.
«Oh! Eh! Ah! Hã!»
Bate no bombo, abana a anca
E chama o xamã
Mitongo Mikanga!
Traz a tanga, traz a lança
Isto é semba, não é zumba,
Aqui quem dança
Não leva Macumba!
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
Lençóis Brancos
Este é para aqueles momentos
Em que as súcubos espreitam,
Quando elas descem e se deitam
Nos meus voluptuosos lamentos.
Para todas as sementes perdidas
Que ficaram espalhas pela cama,
Quando a tesão ateia e inflama
A minha alma carente, despida.
Este é para todos os versos
Que ficaram invisíveis e dispersos
Debaixo... dos meus mantos...
Traços poeticamente tingidos
E com o meu sémen bem escritos
Em suaves... lençóis brancos...
Blackizato Ravenspawn
Em que as súcubos espreitam,
Quando elas descem e se deitam
Nos meus voluptuosos lamentos.
Para todas as sementes perdidas
Que ficaram espalhas pela cama,
Quando a tesão ateia e inflama
A minha alma carente, despida.
Este é para todos os versos
Que ficaram invisíveis e dispersos
Debaixo... dos meus mantos...
Traços poeticamente tingidos
E com o meu sémen bem escritos
Em suaves... lençóis brancos...
Blackizato Ravenspawn
Preenchendo O Buraco
Ferida que jorra e não cicatriza
Fome que morde e não se sacia
Desejo que corrompe e hipnotiza
Sede que persegue e tanto agonia
A minha Mãe, diz que só Deus
Tem o poder para me salvar
E que um dia, entre os plebeus
Encontrarei alguém p'ra amar
Com tontas ilusões e parvos caprichos
Eu tento subsistir e arranjar um jeito
Com tristes canções e erróneos rabiscos
Eu selo o vazio co'as mãos ao peito
Eu tento resistir e acabo ainda mais fraco
Nada resulta, cada vez fico pior
E quanto mais tento preencher este buraco
Mais e mais, ele se torna maior.
Blackiezato Ravenspawn
Fome que morde e não se sacia
Desejo que corrompe e hipnotiza
Sede que persegue e tanto agonia
A minha Mãe, diz que só Deus
Tem o poder para me salvar
E que um dia, entre os plebeus
Encontrarei alguém p'ra amar
Com tontas ilusões e parvos caprichos
Eu tento subsistir e arranjar um jeito
Com tristes canções e erróneos rabiscos
Eu selo o vazio co'as mãos ao peito
Eu tento resistir e acabo ainda mais fraco
Nada resulta, cada vez fico pior
E quanto mais tento preencher este buraco
Mais e mais, ele se torna maior.
Blackiezato Ravenspawn
Quando Te Convém
Eu escolhi dançar, apenas contigo
E por Ti, meti as mãos no fogo.
Eu esperei ao sol, o verão todo
E só, fiquei. Como um mendigo.
Eu vi a mesma história, se repetir,
Fechei os olhos e tentei esquecer.
Mas, Tu ignoraste, não quiseste saber
Nem mesmo olhar, nem me sentir.
Agora, não dá mais para acreditar,
Tu deste cabo da nossa argola.
Eu não preciso de ti, nem da tua esmola
Sou demasiado orgulhoso p'ra implorar.
Se dizes que não te soube bem
Então, porque é que agora vens?
E quando não te cheira, te absténs
E só voltas quando te convém?
Blackiezato Ravenspawn
E por Ti, meti as mãos no fogo.
Eu esperei ao sol, o verão todo
E só, fiquei. Como um mendigo.
Eu vi a mesma história, se repetir,
Fechei os olhos e tentei esquecer.
Mas, Tu ignoraste, não quiseste saber
Nem mesmo olhar, nem me sentir.
Agora, não dá mais para acreditar,
Tu deste cabo da nossa argola.
Eu não preciso de ti, nem da tua esmola
Sou demasiado orgulhoso p'ra implorar.
Se dizes que não te soube bem
Então, porque é que agora vens?
E quando não te cheira, te absténs
E só voltas quando te convém?
Blackiezato Ravenspawn
Ovo Podre
A mesma ridícula agonia
A mesma cíclica história
Ser mais uma tonta ironia
Parida na freguesia da Glória
Mete as mãos no teu terço
Ó cabeça, tu és tão profana
Os meus poemas, são o incesto
Entre Eu e a Santa Joana
Enforca-me num moliceiro
Eu não quero ir mais para o céu
Nem andar entre ceboleiros
Quanto mais, com cagaréus
Deixem-me morrer na ria
Não chamem o meu nome
Não me socorras, ó Atita
Eu só sou, um ovo podre
Blackiezato Ravenspawn
A mesma cíclica história
Ser mais uma tonta ironia
Parida na freguesia da Glória
Mete as mãos no teu terço
Ó cabeça, tu és tão profana
Os meus poemas, são o incesto
Entre Eu e a Santa Joana
Enforca-me num moliceiro
Eu não quero ir mais para o céu
Nem andar entre ceboleiros
Quanto mais, com cagaréus
Deixem-me morrer na ria
Não chamem o meu nome
Não me socorras, ó Atita
Eu só sou, um ovo podre
Blackiezato Ravenspawn
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Ser Poeta...
Ser poeta, não é escrever
Com uma estranha pontuação;
Não é rimar por querer
Nem esperar compreensão.
Ser poeta, não é um acto...
- É gritar a verdade crua!
É improvisar no teatro
Sem mesmo, razão alguma.
Ser poeta, não é um estilo de vida
Ser poeta, não é um negócio.
Ser poeta, é fazer alquimia,
Sem precisar d'um laboratório.
Ser poeta, é ser o estigma,
Por trás d'uma semântica
E ter em cada flor, um enigma,
Repleto de lírica quântica.
Ser poeta, não é só expressar
A alma, d'uma forma lúdica...
Ser poeta, é tal e qual, cantar.
P'ra ninguém. Sem. Música...
Blackiezato Ravenspawn
Com uma estranha pontuação;
Não é rimar por querer
Nem esperar compreensão.
Ser poeta, não é um acto...
- É gritar a verdade crua!
É improvisar no teatro
Sem mesmo, razão alguma.
Ser poeta, não é um estilo de vida
Ser poeta, não é um negócio.
Ser poeta, é fazer alquimia,
Sem precisar d'um laboratório.
Ser poeta, é ser o estigma,
Por trás d'uma semântica
E ter em cada flor, um enigma,
Repleto de lírica quântica.
Ser poeta, não é só expressar
A alma, d'uma forma lúdica...
Ser poeta, é tal e qual, cantar.
P'ra ninguém. Sem. Música...
Blackiezato Ravenspawn
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
Reunião Dos Perdedores Anónimos
Antes de tudo, desejo-vos um mau dia
Não vos vou mentir - Eu odeio a minha vida!
Até parece, que vim, na altura, inoportuna...
Eu tento melhor para encontrar a alegria
Mas, ainda não consegui sarar esta ferida!
Que tece, em mim, esta dura, tortura...
A dor pode ir, a dor pode ir
Mas, volta sempre com mais força!
Eu posso lavar, eu posso lavar
Mas, sempre existirá mais loiça
Para Eu vê-la quebrar
Lembro-me de trazer, os meus sonhos comigo
Feitos de porcelana, dentro das minhas mãos!
Foi há quantos tempo? - foi talvez, há, dez...
Agora passo os meus dias medonhos, no abismo
Sem esperança, com os olhos atirados no chão!
Sobre os fragmentos que me cortam os pés...
Eu posso resistir, eu posso resistir
Mas, o mundo tem muito mais força!
Eu posso tentar, eu posso tentar
Mas, não me adianta grande coisa
- Ele acaba por ganhar
Blackiezato Ravenspawn
Não vos vou mentir - Eu odeio a minha vida!
Até parece, que vim, na altura, inoportuna...
Eu tento melhor para encontrar a alegria
Mas, ainda não consegui sarar esta ferida!
Que tece, em mim, esta dura, tortura...
A dor pode ir, a dor pode ir
Mas, volta sempre com mais força!
Eu posso lavar, eu posso lavar
Mas, sempre existirá mais loiça
Para Eu vê-la quebrar
Lembro-me de trazer, os meus sonhos comigo
Feitos de porcelana, dentro das minhas mãos!
Foi há quantos tempo? - foi talvez, há, dez...
Agora passo os meus dias medonhos, no abismo
Sem esperança, com os olhos atirados no chão!
Sobre os fragmentos que me cortam os pés...
Eu posso resistir, eu posso resistir
Mas, o mundo tem muito mais força!
Eu posso tentar, eu posso tentar
Mas, não me adianta grande coisa
- Ele acaba por ganhar
Blackiezato Ravenspawn
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
Escutando Com Os Olhos
As palavras voam e vibram,
Os olhos piscam e remexem.
Mas, onde os preconceitos predominam
As ligações, não s'estabelecem.
Eu tentei construir uma ponte,
No vazio qu'existia, entre Tu e Eu.
Mas, Tu ficaste-te pelo horizonte
Logo, nenhum de nós, se deu.
Quiseste-me ver à distância,
Não quiseste unir os pontos.
Preferiste que a tua ignorância,
Fizesse de mim, um tonto.
Pelas aparências foste iludido,
O sentido, continua incógnito.
Como esperas entender o qu'Eu digo
Quando me escutas, com os olhos?
E não, com os teus ouvidos...
Os olhos piscam e remexem.
Mas, onde os preconceitos predominam
As ligações, não s'estabelecem.
Eu tentei construir uma ponte,
No vazio qu'existia, entre Tu e Eu.
Mas, Tu ficaste-te pelo horizonte
Logo, nenhum de nós, se deu.
Quiseste-me ver à distância,
Não quiseste unir os pontos.
Preferiste que a tua ignorância,
Fizesse de mim, um tonto.
Pelas aparências foste iludido,
O sentido, continua incógnito.
Como esperas entender o qu'Eu digo
Quando me escutas, com os olhos?
E não, com os teus ouvidos...
terça-feira, 16 de outubro de 2018
Torre De Babel
Aprendiz da arte da literatura
Autodidacta do ser e do sentir
Bloco a bloco, Eu ergo a estrutura
E faço a escadaria, subir
Irei, Eu terminar esta construção?
Irá, o meu terraço chegar aos céus?
Ou cairá, Ela, fracassada no chão!?
Antes de sequer, tocar em Deus!?
Não sei... só sei, que s'Eu não tentar
Ficarei para sempre à mercê da terra
Vou olhar para o horizonte e vou esperar
Murchar no outono e florir na primavera
Palavra a palavra, Eu evoco
Ao meu credo, sempre fiel
E Degrau a degrau, Eu coloco
Quadras na Torre, de Babel
"Que o mundo não te derrube
Que consigas ir mais acima
Que dobres o teu volume
A cada rima, construída"
Blackiezato Ravenspawn
Dores de Crescimento
Para que a lagosta se desenvolva
Ela tem de abandonar a sua carapaça
Sair da zona de conforto, andar à toa
Enquanto o tempo passa
O tipo de pensamentos muda
A forma de sentir, amadurece
Eu comecei a odiar as conversas de rua
E a gostar mais das minhas preces
Às vezes penso na ingratidão
Que é, viver para o fim de mês
Para pagar uma subscrição
E começar de novo, outra vez
Sinto-me cansado todos os dias
Mas, faço planos para o amanhã
Acordo sempre ausente de alegria
Mas, vou na mesma, de manhã
Às vezes penso em buscar alguém
Para dividir a minha solene existência
Como fez o meu pai com a minha mãe
Mas, não encontro, consistência
E é indultando-me nestes velhos hábitos
Que sobreviveram e se tornaram norma
Que me deleito nestes poemas esporádicos
Que ainda tenho poder, de os dar forma
Tenho as mãos ásperas do trabalho
Tenho os pés desgastados da corrida
Mas, Eu tomo outro café e snifo o orvalho
E vou até onde me levar a lida
Para ter como encher a despensa
Para ter como suster o meu corpo
Um duche quente é a recompensa
E a minha cama, o maior conforto
Blackiezato Ravenspawn
Ela tem de abandonar a sua carapaça
Sair da zona de conforto, andar à toa
Enquanto o tempo passa
O tipo de pensamentos muda
A forma de sentir, amadurece
Eu comecei a odiar as conversas de rua
E a gostar mais das minhas preces
Às vezes penso na ingratidão
Que é, viver para o fim de mês
Para pagar uma subscrição
E começar de novo, outra vez
Sinto-me cansado todos os dias
Mas, faço planos para o amanhã
Acordo sempre ausente de alegria
Mas, vou na mesma, de manhã
Às vezes penso em buscar alguém
Para dividir a minha solene existência
Como fez o meu pai com a minha mãe
Mas, não encontro, consistência
E é indultando-me nestes velhos hábitos
Que sobreviveram e se tornaram norma
Que me deleito nestes poemas esporádicos
Que ainda tenho poder, de os dar forma
Tenho as mãos ásperas do trabalho
Tenho os pés desgastados da corrida
Mas, Eu tomo outro café e snifo o orvalho
E vou até onde me levar a lida
Para ter como encher a despensa
Para ter como suster o meu corpo
Um duche quente é a recompensa
E a minha cama, o maior conforto
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 14 de outubro de 2018
Importantes Pedaços De Papel
Nem todos os escribas
Escrevem em papiro
Nem todas as missivas
Vêm num pergaminho
Nem todas as rimas
Partilham o mesmo ninho
Nem todas as cantigas
Estão no mesmo livro
Em cartão, lenços e guardanapos
Salvo o que importa, guardo estes trapos
Para mais tarde, cozê-los com um cordel
A vida é feita de pequenas cousas
Que cabem bem numa bolsa
Cheia de importantes pedaços de papel
Blackiezato Ravenspawn
Escrevem em papiro
Nem todas as missivas
Vêm num pergaminho
Nem todas as rimas
Partilham o mesmo ninho
Nem todas as cantigas
Estão no mesmo livro
Em cartão, lenços e guardanapos
Salvo o que importa, guardo estes trapos
Para mais tarde, cozê-los com um cordel
A vida é feita de pequenas cousas
Que cabem bem numa bolsa
Cheia de importantes pedaços de papel
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 13 de outubro de 2018
Sorriso Vergonhoso :}
A minha vida é uma anedota
A minh'alma é uma piada
O destino goza, faz chacota
Enquanto o cosmos, dá uma gargalhada
É uma maçada, é um embaraço
É uma tragédia dedicada a mim
Andar entre estes palhaços
E ser no fundo, um arlequim
Ai, coitado de mim, que transtorno
Este espectáculo de degradação
Fazer parte do circo em que os bobos
Se prostituem por atenção
Que desilusão, que idiotice
Estes humores, estas partidas
Ter que olhar p'ra a minha tontice
Para achar, a graça, escondida
*
Como é que Tu consegues ser
Tão peculiar e tão vaidoso
Dançar ágil e seduzir, mas... ter
Um sorriso tão vergonhoso?
Blackiezato Ravenspawn
A minh'alma é uma piada
O destino goza, faz chacota
Enquanto o cosmos, dá uma gargalhada
É uma maçada, é um embaraço
É uma tragédia dedicada a mim
Andar entre estes palhaços
E ser no fundo, um arlequim
Ai, coitado de mim, que transtorno
Este espectáculo de degradação
Fazer parte do circo em que os bobos
Se prostituem por atenção
Que desilusão, que idiotice
Estes humores, estas partidas
Ter que olhar p'ra a minha tontice
Para achar, a graça, escondida
*
Como é que Tu consegues ser
Tão peculiar e tão vaidoso
Dançar ágil e seduzir, mas... ter
Um sorriso tão vergonhoso?
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Ama-se Quem Se Ama E Não Quem Se Quer Amar
Eu sou demasiado precioso
Para estar em segundo lugar
Como também, sou orgulhoso
Para sequer, ter de implorar
E Eu sei muito bem que podia,
Buscar isso, noutra mulher
Mas, não é isso que me fascina
Nem o que o meu coração, quer
Eu não me importo, é de boa
Seja o que for, venha o tempo
Eu posso mentir a outra pessoa
Mas, não consigo a mim mesmo
Eu podia bem dar o meu corpo
Fingir-me de tonto, deixar-me ir
Mas, de que valia esse esforço
Se és Tu quem Eu quero sentir
Ninguém consegue mudar o vento
Ninguém consegue contrariar as marés
Esta caravela move-se pelo sentimento
De atracar apenas, nos teus pés
Tantos portos, tantas docas
"Quem anda no mar que se avie em terra"
Mas, Eu sigo as minhas próprias rotas
Ou és Tu, ou o Mar! Minha Donzela
Às vezes gostava de ser caço na rede
Para escapar a vastidão deste oceano
Fechar-me dentro de quatro paredes
Com quem não achasse, tão estranho
Mas, como diria a Florbela Espanca
Antes de morder o anzol e se matar
"Ama-se quem se ama
E não quem se quer amar."
Blackiezato Ravenspawn
Para estar em segundo lugar
Como também, sou orgulhoso
Para sequer, ter de implorar
E Eu sei muito bem que podia,
Buscar isso, noutra mulher
Mas, não é isso que me fascina
Nem o que o meu coração, quer
Eu não me importo, é de boa
Seja o que for, venha o tempo
Eu posso mentir a outra pessoa
Mas, não consigo a mim mesmo
Eu podia bem dar o meu corpo
Fingir-me de tonto, deixar-me ir
Mas, de que valia esse esforço
Se és Tu quem Eu quero sentir
Ninguém consegue mudar o vento
Ninguém consegue contrariar as marés
Esta caravela move-se pelo sentimento
De atracar apenas, nos teus pés
Tantos portos, tantas docas
"Quem anda no mar que se avie em terra"
Mas, Eu sigo as minhas próprias rotas
Ou és Tu, ou o Mar! Minha Donzela
Às vezes gostava de ser caço na rede
Para escapar a vastidão deste oceano
Fechar-me dentro de quatro paredes
Com quem não achasse, tão estranho
Mas, como diria a Florbela Espanca
Antes de morder o anzol e se matar
"Ama-se quem se ama
E não quem se quer amar."
Blackiezato Ravenspawn
domingo, 7 de outubro de 2018
D. Sebastião
A olhar para sul, ainda a tentar esquecer
O que era para vir hoje, ficou para ontem
Ninguém quis ser mártir, ninguém quis morrer
Nem ir onde, não é bem vindo, o homem
E Eu ainda ouço o teu espírito comandar
Os outros homens que ousaram, te seguir
Embora já não queiram saber, nem acreditar
No que surgiu, depois de Alcácer Quibir
Os espectros dizem que o teu magno espírito
Possesso, soltou-se das correntes do tempo
E é em cantigas de alaúde e em versos líricos
Que o mito, diz que volverás a qualquer momento
As nossas lanças estão apontadas aos pescoços
Dos usurpadores que se infiltraram na corte
Os nossos cavalos estão ansiosos, em alvoroço
À espera da ordem do ataque, Milorde
Continuamos de costas viradas para o mundo
Com vergonha, fixados no feitos do passado
Afogados, na nossa outrora glória e orgulho
Imobilizados, parados, sem ir algum lado
O nosso espírito foi subjugado, está partido
Não existe nenhuma honra servir esta pátria
Tudo o que importa, é desvalorizado e vendido
A nossa bandeira é uma afronta, uma sátira
E é com ira nos olhos, e desgosto no coração
Que nós os últimos, formamos as linhas
Esperando que um dia, El Rey D. Sebastião
Volte na neblina... E comande esta ofensiva
Porque estes tiranos vivem à margem da lei
Refugiados na capital, no ceio de Belém
O fado do povo, chora pela justiça meu Rey
Mas... Nada acontece... O Rey... Não vem
Blackiezato Ravenspawn
O que era para vir hoje, ficou para ontem
Ninguém quis ser mártir, ninguém quis morrer
Nem ir onde, não é bem vindo, o homem
E Eu ainda ouço o teu espírito comandar
Os outros homens que ousaram, te seguir
Embora já não queiram saber, nem acreditar
No que surgiu, depois de Alcácer Quibir
Os espectros dizem que o teu magno espírito
Possesso, soltou-se das correntes do tempo
E é em cantigas de alaúde e em versos líricos
Que o mito, diz que volverás a qualquer momento
As nossas lanças estão apontadas aos pescoços
Dos usurpadores que se infiltraram na corte
Os nossos cavalos estão ansiosos, em alvoroço
À espera da ordem do ataque, Milorde
Continuamos de costas viradas para o mundo
Com vergonha, fixados no feitos do passado
Afogados, na nossa outrora glória e orgulho
Imobilizados, parados, sem ir algum lado
O nosso espírito foi subjugado, está partido
Não existe nenhuma honra servir esta pátria
Tudo o que importa, é desvalorizado e vendido
A nossa bandeira é uma afronta, uma sátira
E é com ira nos olhos, e desgosto no coração
Que nós os últimos, formamos as linhas
Esperando que um dia, El Rey D. Sebastião
Volte na neblina... E comande esta ofensiva
Porque estes tiranos vivem à margem da lei
Refugiados na capital, no ceio de Belém
O fado do povo, chora pela justiça meu Rey
Mas... Nada acontece... O Rey... Não vem
Blackiezato Ravenspawn
Desamo-te
Eu não te julgo, Eu não te odeio
Como também não m'és indiferente
Simplesmente, partes-me ao meio
Quando entras na minha mente
E Eu não quero mais esta revolta
E é por isso, qu'Eu te peço, Eu declamo-te
Dá-me o meu coração de volta
Eu posso gostar de ti, mas, desamo-te
Blackiezato Ravenspawn
Como também não m'és indiferente
Simplesmente, partes-me ao meio
Quando entras na minha mente
E Eu não quero mais esta revolta
E é por isso, qu'Eu te peço, Eu declamo-te
Dá-me o meu coração de volta
Eu posso gostar de ti, mas, desamo-te
Blackiezato Ravenspawn
sábado, 6 de outubro de 2018
Piquenique
O céu estava limpo e claro
E nós, resguardados, à sombra
Ambos, no limbo, aninhados
Em cima d'uma manta de lona
Debaixo d'uma grande árvore
Que lindas flores, que doces frutos!
Petrificados como estátuas de mármore
A olhar serenos, para o futuro
A afável brisa acariciava os nossos rostos
E os pássaros graciosos cantavam para nós
Enquanto o teu busto dava-me encosto
E Tu me confortavas com a tua etérea voz
Nos teus olhos eu via o tal mundo
Que desejei, mas, que não cheguei a alcançar
E tu sorrindo d'um jeito profundo
Dizias qu'era tarde, e qu'Eu tinha de acordar
Blackiezato Ravenspawn
E nós, resguardados, à sombra
Ambos, no limbo, aninhados
Em cima d'uma manta de lona
Debaixo d'uma grande árvore
Que lindas flores, que doces frutos!
Petrificados como estátuas de mármore
A olhar serenos, para o futuro
A afável brisa acariciava os nossos rostos
E os pássaros graciosos cantavam para nós
Enquanto o teu busto dava-me encosto
E Tu me confortavas com a tua etérea voz
Nos teus olhos eu via o tal mundo
Que desejei, mas, que não cheguei a alcançar
E tu sorrindo d'um jeito profundo
Dizias qu'era tarde, e qu'Eu tinha de acordar
Blackiezato Ravenspawn
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