Fantástica emboscada
Com alvo ao subconsciente
Armadilha orquestrada
De um jeito eloquente
Enredo que anda a roda
Só para iludir a razão
Com clichés da moda
Que chamam a atenção
Choque para os viciados
Que não conseguem resistir
E pavor para os desligados
Que clamam nada sentir
Um leque de boas intenções
Que se abre vistoso na sombra
E que desencadeia reacções
Que detonam petardos e bombas.
Subtil praga neuro-tóxica que actua
Enquanto a trama se desenrola e gira
Porque nem todos gostam da verdade crua e nua
E é por isso que a vestem com mentiras
Blackiezato Ravenspawn
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Singularidade (O Fim)
A treva está a aumentar
O caos anda à solta
E o buraco está devorar
Tudo à minha volta
A matéria desintegra-se
À velocidade da luz
E a energia entrega-se
À entropia que a seduz
Pois às presas do infinito
Ninguém foge, ninguém se esconde
Quando é caço no bico
Do evento horizonte
O sangue já não circula
O ar fugiu-me do pescoço
Fui arrastado pela loucura
Que existe no fundo do poço
Onde as galáxias são esmagadas
Pelo enorme peso da gravidade
E onde estrelas são detonadas
Nos olhos da singularidade
E é dissolvendo-me surdo-mudo
Prestes a tornar-me em pó
Que vejo nada tornar-se tudo
E todos nós num só
Enquanto os Deuses do Cosmos
Dão mais um espectáculo
Sempre ansiosos, sempre apostos
A abanar os seus tentáculos
E assim, Eu jazo na forja abismal
No estômago da estrela da destruição
Por não ter o privilégio astral
De caminhar na quarta dimensão...
*
Embora mais logo, acorde
Com os ecos do limbo na minha cabeça
Que apesar do sufoco, não me importe
Porque o fim... é lindo na mesma
Blackiezato Ravenspawn
O caos anda à solta
E o buraco está devorar
Tudo à minha volta
A matéria desintegra-se
À velocidade da luz
E a energia entrega-se
À entropia que a seduz
Pois às presas do infinito
Ninguém foge, ninguém se esconde
Quando é caço no bico
Do evento horizonte
O sangue já não circula
O ar fugiu-me do pescoço
Fui arrastado pela loucura
Que existe no fundo do poço
Onde as galáxias são esmagadas
Pelo enorme peso da gravidade
E onde estrelas são detonadas
Nos olhos da singularidade
E é dissolvendo-me surdo-mudo
Prestes a tornar-me em pó
Que vejo nada tornar-se tudo
E todos nós num só
Enquanto os Deuses do Cosmos
Dão mais um espectáculo
Sempre ansiosos, sempre apostos
A abanar os seus tentáculos
E assim, Eu jazo na forja abismal
No estômago da estrela da destruição
Por não ter o privilégio astral
De caminhar na quarta dimensão...
*
Embora mais logo, acorde
Com os ecos do limbo na minha cabeça
Que apesar do sufoco, não me importe
Porque o fim... é lindo na mesma
Blackiezato Ravenspawn
Sonhos Lúcidos
Contempla o mundo como um patrão
E sê megalómano por um mero dia
Agarra o destino na tua mão
E saboreia a tua maior fantasia
Transforma o teu quarto num bordel
E deixa os teus lençóis húmidos
Enquanto ejaculas suficiente pastel
Para pintar os teus sonhos lúcidos
Excêntrica paixão, infame realeza
Bizarra ostentação, doce vaidade
E eu pergunto-me, imerso em tal beleza
- Quem é que ainda precisa de realidade?
Quando no sonho tudo é de graça
E nem sequer tenho de esperar
E mesmo que seja baba na almofada
Para mim parece coca e caviar
Blackiezato Ravenspawn
E sê megalómano por um mero dia
Agarra o destino na tua mão
E saboreia a tua maior fantasia
Transforma o teu quarto num bordel
E deixa os teus lençóis húmidos
Enquanto ejaculas suficiente pastel
Para pintar os teus sonhos lúcidos
Excêntrica paixão, infame realeza
Bizarra ostentação, doce vaidade
E eu pergunto-me, imerso em tal beleza
- Quem é que ainda precisa de realidade?
Quando no sonho tudo é de graça
E nem sequer tenho de esperar
E mesmo que seja baba na almofada
Para mim parece coca e caviar
Blackiezato Ravenspawn
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