sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Ovo Podre

A mesma ridícula agonia
A mesma cíclica história
Ser mais uma tonta ironia
Parida na freguesia da Glória

Mete as mãos no teu terço
Ó cabeça, tu és tão profana
Os meus poemas, são o incesto
Entre Eu e a Santa Joana

Enforca-me num moliceiro
Eu não quero ir mais para o céu
Nem andar entre ceboleiros
Quanto mais, com cagaréus

Deixem-me morrer na ria
Não chamem o meu nome
Não me socorras, ó Atita
Eu só sou, um ovo podre

Blackiezato Ravenspawn

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