terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Sociedade Das Almas

Não interessa se morremos
Pois nós estamos a delirar
Com um planeta imaginário
Que não pertence à realidade

Somos apenas anjos enfermos
Que caíram num grande sono
E não importa as suas semelhanças
Pois cada um tem o seu trono.

Eu já estive lá, como tu estiveste
Embora não te devas lembrar
Como o resto destas pessoas
Que ainda continuam a sonhar

Num mundo que não faz sentido
E que na verdade não existe
Sendo tudo uma grande febre
De uma mente que está triste

Todos nós jogamos o tal jogo
Onde não existem vencedores
Então porque razão nós lutamos
Para não sermos os perdedores?

Uns querem ser deveras aceites
Outros querem ser tão adorados
E todos nós queremos ser felizes
Mas todos nós somos enganados

Deus não se encontra neste lugar
Porque tu não estás presente
A tua mente pode estar aberta
Mas a tua alma continua ausente

E não importa o que o final traz
Ou o que te possa vir a acontecer
Porque o que tu estás a sentir
Não é no fundo o que estás a ver

Por isso acorda.
*E assim ela acordou*

"Acordei no desconhecido
Embora me pareça familiar
Cercada de outras criaturas
Que dormem ao meu redor"

"Não sei ao certo o que fazer
Nem sei mesmo o que pensar
Talvez deva fazer alguma coisa
Pois me parece ser o melhor"

Ela dormia serenamente
Antes de eu a acordar
E quando esta se levantou
Bocejou inocentemente
Como se estivesse a cantar
De algo que se lembrou.

Eu acordei-a e ela agora ajuda-me a acordar os restantes,
Mas só uma coisa... Quem é que me acordou?

Blackiezato Ravenspawn

3 comentários:

  1. Belo poema, um dos meus favoritos. Gostei da história que desenrolou no final.

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  2. Lindo! Adorei! E que belo blog!Estou seguindo!
    Gostaria que conhecesse meu blog http://artegrotesca.blogspot.com
    bjos

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  3. Adorei! Grande "mindfuck" :)

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