sexta-feira, 28 de junho de 2013

Predador

Há vezes que não resisto ao desejo
De lhes pular, morder e lacerar.
Eles que nem sabem o quanto lhes cortejo,
Quando chega o momento de os matar

Nas vezes que lhes avisto e vejo,
Eles distraídos em manada a pairar.
Até ser estimulado pelo sádico beijo
D'ardente adrenalina em lhes caçar.

Ela que me excita espontanêa e tão natural
Como eu se fosse um animal racional,
E um subtil predador que saliva dos olhos

Eu! Que fui consumido pelo meu instinto pensativo
E que entre estas presas mantenho cativo!
As carcaças das paisagens que devorei aos molhos...

Depois... Depois, camuflo-me na minha sagacidade
Na alta vegetação que esconde a minha bestialidade

À espera... A ferver de fome, em frenesim...
Pela fera... Que aparecer diante de mim...
               
Pronto... Deverás atento e concentrado.
Empolgado... Sedento para o confronto.

*

Afiando o marfim das minhas garras... Em árvores de ébano poéticas.

Blackiezato Ravenspawn

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