Do centro para a periferia,
Como de dentro para fora.
Eu declamo a minha elegia,
Na vigésima quinta hora...
E abandono estes homúnculos,
Que me enchem de ansiedade.
E equipo o meu um par de óculos,
Para navegar além na insanidade..
E assim viajo pelas várias dimensões,
Nos meus asilos, nas minhas cidadelas.
Mas nunca soube porque estas visões,
Começam e a acabam sempre com ela.
Talvez por ela ser Vénus, e eu Marte,
Apesar d'isto soar um pouco ridículo...
Mas custa-me imenso meter de parte,
Aquela que tem o "meu "outro ventrículo.
Mas mais triste que dizer isto,
É não ter alguém para o dedicar.
Porque pelo que tenho visto,
Não existe quem eu mereça amar..
Logo esses "amores" eu ponho de lado,
E desculpem lá, o meu narcisismo.
Porque eu só sou devidamente amado,
Pelas enigmáticas mãos do abismo.
Pois não existe olho para perceber,
O que na minha existência se passou.
Nem as palavras para descrever,
O que eu sou e para onde vou.
Porque se a poesia está mesma morta,
E a lua de mim, continua no céu, absorta.
Quem será a entidade que me transporta,
Pela noite fora enquanto me conforta?
Será um fogo-fátuo incandescente?
Será um mito ou pura imaginação?
Este bicho que me parasita a mente
E que se alimenta do meu coração?
Blackiezato Ravenspawn
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