quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A Dona

O que ainda fazes aqui fora,
Meu caro amigo felino?
Quando já passou da hora
De estares na rua, menino.
É que já são cinco da matina
Chegaste tarde, nada há para fumar.
As pessoas agora dormem, é rotina,
Pois é a vida e temos que trabalhar.
É, porque gatos como tu com coleira,
Não devem estar nestes trilhos sombrios.
Como nós, que só fazemos asneiras
Tipo, os outros, gatos vadios.
Volta, mas é para casa, gato
Para os braços da tua dona.
Aonde tu fazes falta de facto
E não aqui, nesta zona.

A tua dona está a chamar-te!
Gato, então porquê que não vais?!
A tua dona quer abraçar-te!
Como Ela carinhnosa, o faz...
A tua dona quer acariciar-te!
Gato, então porquê que não vais?!
A tua dona quer beijar-te!
No colo dela, meu rapaz...

A noite agora tornou-se numa Mulher,
Eloquente, ennui, sem nada exprimir.
Que já não me importa onde ela estiver
Porque Eu sei qu'hoje não vou dormir
Pois a insónia tirou-me da cama
E convenceu-me por aí a andar.
Atrás de uma ilusão, duma chama,
Que tiver um pouco calor para me dar.
Mas, amor como esse, Eu não senti!
Logo, não valeu! O esforço! A pena!
Apenas, andei somente por aí
Como um figurante fora de cena!
Por isso, gato, não vás mais além
Regressa mas é, aonde és preciso.
Pois s'Eu sentisse inveja d'alguém,
Seria por ti, ó caro amigo...

A tua dona está a chamar-te!
Gato, então porquê que não vais?!
A tua dona quer abraçar-te!
Como Ela carinhosa, o faz...
A tua dona quer acariciar-te!
Gato, então porquê que não vais?!
A tua dona quer beijar-te!
No colo dela, meu rapaz...

Blackiezato Ravenspawn

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