quinta-feira, 14 de maio de 2015

Buraco Negro

Eu contemplo as estrelas
Passarem à volta de mim...
Mas, Eu não consigo contê-las,
Sem lhes dar um fim.

Eu que as sinto tão perto,
Embora, Eu esteja tão longe...
Qu'Eu já não sei ao certo
Onde começa e acaba o horizonte.

Ó Deus do tempo!
Ó Arquitecto do espaço!
Ouve o meu lamento!
E dá-me um abraço!

A este gigante vermelho
Que explodiu numa supernova,
E que agora espalha o desassossego
Quando gira à roda.

Em torno de uma entropia
Que torce as leis da física,
Numa dança sombria
Onde Eu destruo a vida.

Que mesmo absorvendo o calor,
Não conseguir-se-á livrar do frio.
Porque não existe possível amor
Capaz de preencher este vazio.

Eu não queria sugar a luz!
Eu só queria ser brando!
Não esta cruz plantada
Nas costas de um buraco branco!

E assim, devagar, colapso,
Em torno da minha gravidade.
Enquanto a matéria, Eu desfaço
Para criar uma singularidade.

Onde tudo se mistura,
Onde tudo é um só.
No centro da minha loucura
Cósmica. Nada. Comum.

Eu sou a mão que tudo leva!
Eu sou a dissonante voz abismal!
Eu sou o coração das trevas!
Que se refugia numa espiral mortal!

Eu sou um buraco negro...
Eu sou um buraco negro...
Eu sou um buraco negro...
Eu sou um buraco negro...

Blackiezato Ravenspawn

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