O colapso do chão é duro
As vezes deixa fissuras
Quando o destino torna-se cru
E a vida numa tortura
Pelas feridas do teu coração
Eu vejo uma alma que sofre
Que grita em tom de perdição
Embora, ninguem lhe ouve
Pelo reflexo dos teus olhos
Eu revejo-me no passado
Na penumbra, ausente de luz
Murcho, completamente baço
E os ecos do silêncio tocam em mim
Com uma angustiante vibração
Eu não te quero ver mais assim
Por isso deixa-me cozer o teu coração
Deixa-me retirar a trágica agulha
Que te espetaram no meio da carne
Enquanto tu fechas os olhos e mergulhas
Nesse líquido que escorre e arde
Deixa-me usar a ténue linha
Que tu usas para separar
O que te repugna, o que te fascina
E o que tu não sabes categorizar
Eu não quero nada em troca
Não existe nenhum esquema sombrio
É que o Outono está a porta
E Eu não quero que passes tanto frio
Não fiques nessa perdição
Esquece o que te aconteceu
Deixa-me coser o teu coração
Como a música coseu o meu
Blackiezato Ravenspawn
Sem comentários:
Enviar um comentário