sexta-feira, 12 de março de 2021

Das Klavier

Eu já não me sinto à deriva a afundar
Nas profundezas da minha demência
De forma alguma, aprendi a nadar
Nesse oceano gigante de malevolência

Eu já não sinto que nasci para achar
Alguém para partilhar a minha decadência
Foi na perda que acabei por encontrar
O propósito da minha existência

Eu já não sinto o desamparo da vida
Nem a fadiga dessa excruciante corrida
Agora corro por prazer em cima de ti

Eu já não ando nesses caminhos vãos
Klavier, pega nas minhas solenes mãos
E leva-nos para bem longe daqui

Blackiezato Ravenspawn

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