sexta-feira, 16 de maio de 2014

Caos

Nós os humanos temos a estúpida mania
De sintetizarmos o que tanto percepcionamos,
Acabando escravos do que assim pensamos
Tudo em busca da absoluta sabedoria...
Que me só é alcançada na minha poesia

E é descentralizados que arranjamos explicações
Embora nenhuma delas seja a única, pois tudo é permitido.
Tudo só para tentarmos explicar o que apenas pode ser sentido
Nos nossos espíritos e nos nossos corações
No interior de nós, onde ardem as nossas emoções.

E é na interminável guerra entre a ordem e a desordem
Que a natureza ciclicamente se cria e se auto-destrói,
Quando o vento da mudança sopra e a terra se erode, corroí
Juntamente com o corpo e os impérios do homem
Deixando mistérios quando os sábios da sua face, somem.

Sejamos nós Espadas, Copas, Ouros ou até mesmo Paus
Ou seja lá mesmo qual for o nosso valor...
Isso não importa, porque até o próprio universal amor
É tão incompreensível como o enigmático caos
Que nos traz momentos bons como momentos maus

Logo o cosmos chora e sorri como Pierrot e Arlequim,
Junto a mim a ver o aborrecimento que nos degenera aqui
Mas eu te pergunto agora - Será que ele ainda se lembra de ti?
Ou não passarás de algo qu'ele se esqueceu a fim
De cantar e dançar para caosófos parecidos a mim?

Blackiezato Ravenspawn

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