terça-feira, 24 de junho de 2014

O Mineteiro

Meus caros...

Cada vagina é um santuário,
Como cada clitoris é um altar.
E é neste mundo efémero e ordinário,
Que ainda busco a fé para acreditar.

Num Deus, numa salvação, num paraíso,
Ou simplesmente em força alguma.
Até olhar para o céu e perder o juízo
E ver nada mais que uma mulher maluca.

Talvez porque o trono das divindades,
Não passa d'uma galeria de orgasmos.
Onde megeras conjuram tempestades,
Para as ninfas cantarem com espasmos.

"Oh meu Deus! Mais rápido! Isso!
Vai! Vai! Uiii, sim! Aí mesmo! CONTINUA!
São alguns dos encantamentos e feitiços,
Evocados por essas tolas nuas...

Oh meu Deus?! Serei eu mesmo Ares/Marte?
Ou um caçador excêntrico... À coca?
E já agora... Deverei eu colocar o meu estandarte?..
- Sim, se o sabor for melhor que droga!

É o que me diz audaz a minha língua,
Que de todos e até de mim faz troça.
Ela que penetra, mas que não mata
Apesar de ser sinistra como uma cobra.

A mesma que comunica com cristãos,
Judeus, Islamitas, Mórmons e Hindus.
Como outros tipo: Satanistas e Pagãos,
Embora não se identifique com algum.

A não ser com o meu/nosso pénis,
A cabecilha da potencia, volúpia e culpa.
Que me incita com caos - Hail Eris!
Agindo também como uma adaga oculta.

É... Porque dizem que a violência resolve tudo,
Quando as palavras falham e criam desacatos.
E é por isso que me finjo de mudo,
Falando apenas, proporcional aos meus actos.

E caso tiverem dúvidas, perguntem,
A sujeitos aficionados tipo o Melchior.
Mas se não o virem, então escutem
Outros que sabem a história de cor.

Que eu cheiro as flores do jardim,
Como um agarrado à cocaína.
Apesar de serem as papoilas a ressacar por mim,
Ahem-ahem. Quer dizer pela minha Língua...

"Será arte ou ciência?" Perguntarão uns indecisos
E eu respondo - Não sei, talvez uma religião.
Pois quando fecho os olhos e "profetizo"
Elas enchem-se de graça e derramam uma monção...

Blackiezato Ravenspawn

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