sexta-feira, 10 de junho de 2016

A Chinesinha

Adoro ver-te quando vens à minha mesa,
Com os teus misteriosos olhos rasgados.
E me serves elegante comida chinesa
Sem saberes que és o prato mais desejado.

Tu que me deixas tão estúpido e ansioso,
A salivar por dentro em antecipação.
E é aí qu'Eu saboreio o teu cabelo sedoso
Num fragmento da minha imaginação.

Eu tento falar, mas, não adianta,
Pois quando te fito, Eu perco a sensatez.
As palavras ficam presas na garganta
E assim, Eu engasgo-me na minha timidez.

Mas, Tu continuas bela pois o vislumbre é breve
E o trago da solidão, mais uma vez, volta.
E é suspirando qu'eEu olho para o meu crepe
E afogo-o com a minha paixão em molho de soja.

Desnorteado, sintonizo-me em oriente
Até o nosso enredo se tornar precoce
Mas, não me ralo muito, apesar de carente
Porque Eu sei que o amor é agridoce

Pois, Eu não sei se tu notas ou mesmo sabes
Como a tua presença faz-me perder os modos.
Tu qu'és feita de porcelana e brilhas como uma jade
Oh Diva do arrozal, oh querida flor de Lotus.

Ah! Como te imagino nua numa bandeja de prata,
Adornada em suave seda pr'a Eu te sentir.
Embora Eu hesiste e acabe por sentir a ressaca
De uma droga que nunca cheguei a consumir.

E assim como sempre, Eu saio na minha
E a magia da china estagna, cessa e some.
Enquanto Eu te abandono, oh Chinesinha
Rapariga cujo nem sequer, sei o teu nome.

Blackiezato Ravenspawn

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