terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Povo

Acordem escravos latejantes
Porque é tempo de trabalhar
E de voltar a caminhar
Nesta passadeira rolante
Que não pode mesmo parar
Senão passarão sede e fome
Que tende drasticamente a acelerar
Pois o prejuízo já é enorme

E é preciso ainda mais dinheiro
Fundos que nunca os vão ver
Apesar do povo assim os merecer
Dentro dos seus mealheiros
Para investir no futuro
Nas crianças que nascerão
Num clima horrível e duro
Sem esperança e solução

Neste solo que continua deserto
Com a sua natalidade estagnada
Nesta terra que não produz quase nada
Pois aqui as coisas nunca bateram certo
Desde que o fabuloso senhor cavaco
Matou as pescas e a agricultura
Enquanto o povo homenageava Baco
Para curar as suas amarguras

E a vossa juventude de merda
Caminha desunida, desorientada
A sonhar com canções encantadas
Invés de plantar o grão e a erva
Enquanto o país se endivida
E ninguém parece querer saber
Pois é mais importante falar da vida
Do outro quem se quer foder.

E assim vocês brincam a cabra-cega
Atrás de coisas desnecessárias
Enquanto as classes elites, ordinárias
Roubam-vos e não levam nega
Da justiça comprada com capital
Pelos grandes senhores feudais
Que exploram de uma forma surreal
A vocês, tansos e anormais

E às putas baratas e aos bastardos
Na mão de políticos corruptos
Que vos roubam todos os frutos
Dos burros que carregam fardos
Para manter as bases de uma nação
Onde os abençoados vivem o sonho
Enquanto os outros olham para o chão
Com tristeza, de um jeito medonho

E cada vez à menos e menos trabalho
Nesta embarcação chamada Portugal
Que é liderada pelos capitães do mal
Os mesmos que não valem um caralho
E vos enrrabam a torto e direito
Levando a tripulação a abandonar
Sem orgulho e sem respeito
Até este país velho, se afundar.

E é isto, o que vocês são...
Porque eu não me conformo.
Pois eu sou o bárbaro selvagem que pilha histórias.
E o que corvo que aguarda pelos corpos tombarem no chão.
Porque para mim...
Vocês já estão todos mortos
Só que ainda não notaram.

Agora façam algo de especial... Porque onde há moscas, há merda.
E o cheiro excita-me de uma maneira estranha.

Blackiezato Ravenspawn

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