quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Solidão II

Ela
Que se passa, meu querido
E porque estás tão cansado.
Doí-te algo, estás ferido
Ou simplesmente, desanimado?

Não te gosto de ver assim
Deves ter algo para desabafar,
Sabes que podes confiar em mim
Pois estou aqui para te ajudar.

Fiz-te algo, estás magoado?
Diz-me lá o que a tua alma tem,
Porque nunca te vi tão calado
Até parece que não estás bem.

Então, fala comigo por favor!
Como costumavas falar dantes...
Diz-me o que tens tu meu amor,
E porque te encontras tão distante?

Ele
Não se passa nada, minha querida
Nem algo de jeito se passou...
Não fiques triste, assim ressentida
Desculpai o tédio, que por mim falou....

Talvez porque continuo na mesma
Com a minha vida sempre igual...
Mais lenta que uma pobre lesma
E já nem sem o que fazer afinal...

Apenas vejo os meus dias passar
Sem nada mesmo querer fazer...
E nem sinto grande vontade de falar
Quanto mais de assim viver...

Caminho para um beco sem saída
Perdido numa estrada sem retorno.
Algures entre o sonho e a vida,
Nem quente'efrio, mas sim morno.

Ela
Bem me parecia que te sentias sozinho,
Por isso deite-mo-nos neste leito.
Juntinhos-agarradinhos no nosso ninho,
Comigo encostada, no teu peito.

Pois nunca terás outra rapariga,
Que entenderá bem esse coração.
A não ser eu, a tua especial amiga
A doce e suave, menina solidão.

Por isso relaxa, meu caro bem,
Na tua carinhosa e bela chuchu.
Como nunca jamais, amou alguém
Como tens amado, sempre tu.

E cantemos ambos - la lalala-la
E depois continuemos - la lalala-li...
Despe-te meu amor e vem cá,
Para dormi-mos juntos aqui...

Blackiezato Ravenspawn

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