Quando te sussurro, leve, levemente,
Pelos teus lábios de agua-ardente.
Nestas noites nossas, tão mágicas
Acompanhados por velas aromáticas...
Que continuam desfechos ilícitos,
Daquelas secretas, cartas de amor.
Onde todos os meus cantos líricos,
Amornavam-te com um etéreo calor...
Fazendo-te suspirar e assim gemer,
Em silêncio, embora tão revoltada.
Tremendo na tua ânsia, refastelada,
Só com o único propósito de me ver.
E para me ter, aos ventos declamaste
E nos seus suspiros, ofertas achaste.
Contendo tais flores, cheias de graças
Iguais as que me dás, quando me abraças.
Quando entro subtil, de surpresa,
Para acariciar o teu sublime cabelo
E termino essa tua maior incerteza,
Enquanto derretes-te como o gelo.
Despetelando-te e entregando-te nua,
Seduzindo-me, sorrindo e implorando.
Agradecendo-me feliz, quase chorando
Por esta bela serenata, à luz da lua.
E ao ouvir essas preces ao fim da rua
Eu trouxe-te o eco e entrei, te tocando...
Blackiezato Ravenspawn
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